Autora: Li Santos
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Finalizada em: 06/07/2022.




Capítulos: Parte I | Parte II | Parte III



arruma seu material de estudo. A moça está a poucos meses de entregar sua pesquisa conclusiva do curso de Letras com enfoque em línguas estrangeiras. Ela mora, junto com sua amiga , em um apartamento bem no centro da capital de São Paulo, onde ela estuda e trabalha como tradutora de japonês, seu idioma favorito e no qual tem melhor habilidade. Sem contar o detalhe do pai dela ser japonês. é uma mulher focada, batalhou muito para chegar aonde está agora, por isso, não se deixa levar por banalidades. Isso para ela é algo de quem não tem contas para pagar. diz que a amiga é uma baita ranzinza.

— Não acredito!!!!! — a voz estridente de invade o quarto de , rebatendo pelas paredes e ecoando pelo restante da casa.
— O que houve, ? — diz ao entrar no quarto da amiga. está em frente à mesa onde posta o notebook e olha para tela dela com os olhos saltados. — Que cara é essa?
! , você não vai acreditar! Vem cá, vem cá! — diz a outra, eufórica. aproxima-se devagar, quando está próxima suficiente, é puxada por e jogada na cadeira ao lado dela.
— Doida! — reclama , após ser jogada na cadeira. — O que houve de tão importante? — fala a moça de maneira desinteressada.
— Lê! — aponta para tela do computador, olhou rapidamente, ajeitando os óculos e esticando um pouco a cabeça para ler.
— É o seu e-mail, o que tem?
— Lê a droga do e-mail, ! — brada a outra, impaciente. começa a ler.
"Olá, senhorita Mori…" Oi? Por que tem meu nome ali, ? — pergunta, espantada.
— Lê tudo! Anda! — a fuzila com o olhar, mas continua lendo.

"Olá, senhorita Mori!
É com imenso prazer que lhe informamos que você foi a feliz vencedora do Concurso Cultural Tudo por seu Idol, da Rádio Kpop FM!
Após um longo e árduo processo seletivo, resolvemos premiá-la com o prêmio principal. Estamos impressionados com sua criatividade, senhorita Mori! Parabéns! Como já deve saber, seu prêmio consiste em uma viagem com tudo pago para Cancún acompanhada por um idol de sua banda favorita. E, como não poderia ser diferente, já sabemos qual idol você escolheu! Ele está muito feliz e animado com a notícia da sua vitória.

Sua viagem está marcada para dia 11/02/2021, às 21h. Pedimos, por gentileza, que esteja no aeroporto, pelo menos, 3 horas antes para o check-in e algumas orientações de nossa equipe.

O seu idol te encontrará em Cancún, no aeroporto de lá. Qualquer dúvida, pode responder a esse e-mail que resolveremos de imediato.

Parabéns e boa viagem!!

Atenciosamente,

Equipe Rádio K-pop FM"


Ao finalizar a leitura, em voz alta, que surtar. Olha para a amiga, já entendendo o que está acontecendo.

— LILY!!! Como eu ganhei um concurso de k-pop se eu nem escuto? E pior: eu não me inscrevi!!! — está muito, mas muito irritada.
— Eu te inscrevi, amiga. Desculpe, mas você precisa dessa viagem! — explica-se ela. dá um murro na mesa que faz a amiga saltar no próprio corpo. — Infelizmente eu não ganhei — completa ela, num tom triste. — Mas, estou feliz por você, amiga!
— Eu preciso terminar o meu projeto de conclusão de curso, ! É isso que eu preciso!
, você vai gostar do , ele é legal…
— De quem?!
, é o idol que eu indiquei para ser seu acompanhante.
— Eu nem conheço ele, !! — grita e se levanta da cadeira.
— Você o achou bonito quando te mostrei a foto.
— Ah, , eu vou matar você! Cancela esse prêmio. Eu não vou!
— Amiga, não dá…
— Por que não?!
— Uma das regras do regulamento era que você não poderia desistir do concurso, caso fosse para as finais. Não tem como você não viajar — está muito sem graça. anda de um lado a outro, bufando de raiva da amiga.
— Você é inacreditável, !
— Para de falar assim, com essa raiva toda! — brada .
— Sorte que eu não estou com a mão na sua cara agora, ! — suspira fundo e prossegue: — Tem que haver um jeito. Como vou viajar agora? Você sabe a quantidade de textos que tenho que traduzir para três idiomas diferentes?
— Eu sei, amiga. Me escuta, são apenas três dias. Passa rápido.
— Ah, … eu quero tanto matar você — tira os óculos e aperta os olhos com força, os colocando de volta. — A viagem já é amanhã, pelo visto! Você… , sério, o que passa pela sua cabeça?
— Pare de me julgar, ! Você precisa se divertir um pouco, para variar. Você vai para Cancún, curte o fim de semana naquele lugar lindo, ao lado do lindo do e depois você volta. Simples.
— Simples… — suspira novamente.

é um idol da banda , banda favorita da . não ouve k-pop, ouve por influência da amiga, mas não é seu estilo favorito de música.

— Não adianta reclamar, sua chata! — diz e recebe um olhar muito assustador de — Tenho que te dar algumas informações antes de você ir.
— Quais? — já está totalmente sem paciência com a amiga e fala com imensa má vontade.
— Primeiro: o é um amorzinho, por favor, não seja grossa com ele!
— Até parece que eu saio por aí dando patadas nas pessoas, ! — ofende-se .
— Você sabe do que estou falando — se refere exatamente aos surtos de raiva que tinha, assim como este de agora. — Segundo: não diga que você não gosta de k-pop e, muito menos, que não escuta o grupo dele.
— Por que não? Aposto que será uma das primeiras coisas que vai querer saber. — diz, fazendo uma expressão de óbvio e rindo em seguida.
— Porque ele pode se ofender, óbvio!
— Você sabe que uma hora ou outra ele vai descobrir tudo, não é?
— Não, se você não contar e seguir o que eu disser, ele não vai descobrir — já havia pensado em toda estratégia para fazer com que não descobrisse que não escuta k-pop com a frequência esperada.
— Não o conheço bem, mas tenho certeza de que ele não é burro, ! — a moça revira o olhar e senta-se na cama da amiga.

suspira, cansada do mau-humor da amiga. Explicando sua estratégia infalível para que ninguém soubesse seu segredo. ouve a tudo, fingindo prestar atenção. conta também como o é, sua personalidade, seu jeito fofo de ser e como ele é um querido com as pessoas. não segura a risada, quando termina de falar, fazendo a amiga se irritar com o deboche da outra.
volta para seu quarto, após toda a explicação, e continua a arrumar seu material. Agora, além dos textos que tinha para traduzir, um certo coreano fofo passava pelos pensamentos da moça.


já está no aeroporto com suas malas e mochila nas costas. Ela está levando seu material de estudo, pois, em sua mente, planeja ficar maior ou quem sabe toda a viagem no quarto traduzindo os textos que precisa. Manda mensagem para , que não pôde acompanhar ela e guarda o celular em seguida, em poucos minutos, ela estava no avião rumo a Cancún. Ela mal acredita que realmente está fazendo essa viagem em um momento tão importante para a vida dela.

[✨]

A viagem foi tranquila.
pega sua bagagem e aguarda no saguão de desembarque internacional do aeroporto. Um representante da rádio virá buscar a moça e levá-la até ao hotel. De longe, vê uma loja que chamou sua atenção. Uma loja de peças íntimas. De imediato, uma conversa que teve com , antes de viajar, lhe surge na mente.

— Por que devo comprar lingerie nova? ! — questiona , boquiaberta.
— Vai que... — suspende ambas as sobrancelhas e sorriu maliciosa — Essas coisas podem acontecer, .
— Nos seus surtos psicóticos! Só se for!


pensa melhor e conclui que precisa de lingeries novas. Por que não olhar algumas? Sem nenhuma pretensão diferente dessa, claro. Rendendo-se, ela entra na loja de lingeries e olha algumas peças em promoção. Acha várias que cabem em seu orçamento e compra. Após esconder as peças no fundo da mala, ela sai da loja e volta a aguardar pelo representante da rádio. Não demora muito e aparece um rapaz que parecia ser coreano, mas obviamente não iria perguntar.

— Bom dia, senhorita Mori? — questiona o rapaz, educado.
— Sim!
— Oh, mil perdões pelo atraso — ele curva o corpo, pedindo desculpas. — Podemos ir?
— Não demorou tanto assim, está tudo bem. Vamos sim!

sorri e o rapaz também, carregando as malas dela até o táxi que aguardava na frente da porta principal. Logo eles chegaram no hotel. E que hotel! Maravilhoso, mais bonito que nas fotos que havia pesquisado na internet. Após o check-in, pega as chaves do quarto e sobe até o décimo quinto andar, entra no quarto e começa seu trabalho.
Duas horas depois, foi tomar banho quando ouve batidas na porta. Sem poder atender, ela grita que está no banho. Pensa estar louca, mas tem a impressão de ter ouvido a porta se fechar. Ignorando isso, termina o banho e se enrola na toalha. Ao sair do banheiro, dá de cara com um rapaz não tão alto, bem vestido e de cabelos muito escuros, parado e olhando para a cama dela que está lotada de livros, canetas, marca-texto, dicionários, papéis e seu notebook. Parece uma mesa de escritório bem bagunçada.

— Ahhhh, quem é você e que diabos faz aqui?! — ela diz, em inglês, que é uma língua padrão usada com turistas no hotel. O rapaz parece não entender exatamente o que ela fala, mas, pela reação assustada dela, percebe que não havia gostado da presença dele.
— Desculpe! Desculpe! Eu não falo bem inglês — ele diz, em coreano. , após olhar bem para o rosto dele, o reconhece.
?! — questiona ela, o rapaz sorri.
— Sim! Me desculpe, vou sair — ele já ia saindo, mas ela fala:
— Espera, ! Vou vestir uma roupa, só um minuto — ela diz em coreano e ele se surpreende por ela saber sua língua nativa. sai do quarto e aguarda no corredor. Quem visse de fora, acharia que ele foi expulso do quarto. — Pode entrar — diz e abre a porta, sem graça.
— Com licença — entra, ficando muito acanhado. — Me desculpe, a porta estava encostada quando bati, como você não respondeu, achei que precisasse de ajuda — explica ele, sem graça.
— Tudo bem, — diz e sorri. — Eu não ouvi você chamar. Como viu, eu estava no banho.
— Sim, me desculpe por isso também — está muito envergonhado. Ele não viu nada de mais, porém se sente desconfortável em flagrar uma pessoa que ainda não conhecia naquela situação. — Você fala coreano muito bem. Onde aprendeu? — pergunta curioso.
— Sou estudante de Letras com especialização em línguas estrangeiras. Dentre elas, o coreano — a moça sorri e ele abre a boca, como quem entende algo óbvio.
— Interessante! — ele diz, espantado — Bom, vim te chamar para almoçar comigo. Afinal, é uma viagem que estamos fazendo juntos, não é? — tem um sorriso muito encantador, que logo é percebido por , que engole em seco por estar pensando demais no sorriso dele.
— Ah, claro. Vamos, então.

faz sinal para ela passar na frente dele, ao abrir a porta, ao sair ele fecha a porta do quarto dela. Curiosamente, o quarto dele é ao lado do dela. Mas, ela só descobrirá isso mais tarde.
O almoço é agradável, apesar de ter um fotógrafo registrando cada garfada que dá na comida. Ele nota que a moça está incomodada, assim como ele mesmo, e antes da sobremesa chegar, pede para o fotógrafo parar de registrar tudo. A sós, e saborearam a sobremesa em paz e riem com histórias contadas por ambos. contando histórias de turnês com o e contando seus perrengues que passa ao lado de . Inevitavelmente, a pergunta temida foi feita.

— E qual sua música favorita do ? — pergunta , sem pretensão de deixar a moça desconfortável, mas acaba causando esse efeito nela. quis que estivesse ali para ouvir aquilo e ela poder dizer na cara da amiga: "eu disse que ele perguntaria isso!".
— Ah, , eu…
— Me chame apenas de — corrige ele com outro sorriso encantador no rosto.
— Ok, , eu… eu não sou fã da banda. Na verdade, eu nem me inscrevi no concurso. — está envergonhada e com raiva da por ter a metido nessa enrascada.
— Como não?
— Quem me inscreveu foi minha amiga, a .
— Ah, mas você nunca ouviu a banda?
— Já, mas…
— Então, já é alguma coisa! Pense por esse lado — outro sorrisinho lindo que faz perder o chão sem nem mesmo saber o motivo.
— É, vendo por esse lado… — ficando pensativa, ela nem nota que a encara. — Tudo culpa da — ela ri e ele prossegue encarando-a.
— Me lembre de agradecer a por isso.
— Por isso o quê?
— Por te inscrever no concurso. Caso contrário, eu não te conheceria hoje — é impressão dela ou está dando em cima dela? Não, deve ser impressão.
— Eu quis matar aquela vaca…
— Vaca? — ele faz uma expressão confusa e ela ri, inevitavelmente.
— É uma expressão brasileira. Falei no sentido de ofensa a porque fiquei com raiva dela ter me inscrito sem me avisar.
— Ahh, que bom que você fala coreano para poder me explicar essas gírias brasileiras.
— Uhum! — murmura ela — E eu soube que o seu inglês não é tão bom — ele fica visivelmente vermelho e sorri sem graça.
— É, mas o meu coreano é ótimo! — brinca ele e ela ri.
— Melhor que o meu! Estou orgulhosa de você, !

É incrível e assustador para o fato de se dar tão bem, logo de cara, com a . Ele achou que teria problemas com ela, por algum motivo, talvez por ela ser estrangeira. Mas, para sua surpresa, está sendo melhor do que imaginava. Por outro lado, também achou que não se daria bem com . Achou que ele fosse um desses ídolos famosos que são esnobes. Pelo contrário, é um rapaz muito gentil e o oposto do estereótipo que a moça pintou dele, em sua mente.
volta para seu quarto, dizendo que precisava descansar. Porém, a moça volta a traduzir os inúmeros textos que precisava entregar em breve.
Mais uma vez, o coreano de sorriso fofo paira em seus pensamentos.


Já são 18h35 e ainda está trabalhando. Mal sentiu o tempo passar. Cansada, a moça toma banho e pede para trazerem algo para ela comer. Já saindo do banheiro vestida, vide o acontecimento daquela manhã, atende a porta e dá de cara com , perdendo o ar ao ver como o homem está bem vestido. Um espetáculo! Ela mal consegue falar.

— Já está pronta, ? — pergunta ele com as mãos nos bolsos da calça que usa.
— Pronta para quê?
— Vai ter um show agora às 19h na piscina do hotel. Não recebeu a programação? — lembra-se de receber um livrinho que continha a programação do hotel para o fim de semana. Provavelmente, esse livrinho está em algum lugar embaixo da pilha de apostilas que trouxe do Brasil.
— É…
— Não me diga que ainda está estudando? — estica o corpo e olha a cama da moça que está mais cheia de livros que antes. — ! Eu sei que é importante para você, mas você tem que se divertir um pouco — diz ele num tom de sermão. — Vamos combinar uma coisa?
— O quê?
— Nada de livros, apostilas, notebook, seja lá o que for que te remete ao trabalho até o fim da viagem. Combinado? — estica uma das mãos para ela. pensa por alguns instantes. Tinha tanto a traduzir…
— Está bem, ! Nossa, você parece muito com a ! — ela ri e aperta a mão dele. "Que mão macia…", pensa ela.

sai do quarto e a deixa se arrumar. escolhe uma roupa e se veste. Coloca uma sandália no estilo rasteirinha e passa uma maquiagem leve. Enquanto arruma os cabelos, a moça pensa brevemente nas mãos macias de , junto com seu porte malhado, tocando sua pele. Sente calafrios só em imaginar ser abraçada por aqueles braços fortes.
Espantando os pensamentos levianos da mente, conclui seu penteado prendendo a última mecha de cabelo atrás de sua orelha, formando uma espécie de franja. O restante dos cabelos presos em um coque arrumado.

— Demorei? — questiona ela ao sair pela porta de seu quarto e avistando aguardar por ela encostado na parede.

Ela não está com sua melhor roupa, mas o rapaz a acha extremamente linda e cheirosa. O aroma do perfume de lhe invadindo as narinas, o anestesia.

— Não, valeu a pena a espera — responde ele com o mesmo sorriso fofo que faz se questionar algumas coisas internamente em tão pouco tempo de convivência. — Você está linda, — elogia ele e segura em sua mão.
— Obrigada, — responde e sente o rosto se avermelhar e esquentar levemente.
— Pode me chamar de oppa, se quiser.
oppa? — indaga ela com uma careta no rosto.
— É, normalmente as mulheres na Coreia chamam o homem mais próximos a elas, tipo um amigo, irmão, colega de trabalho...
— Entendo... hm, você quer que eu te chame assim?
— Se você quiser chamar, eu irei gostar.
— Vou pensar no seu caso, — eles riem.
— Vamos? — faz um gesto de cabeça para que eles caminhem.

No caminho até a área externa do hotel, onde ocorre o evento de hoje, pôde ver melhor a roupa que usa. Uma calça jeans escura, sapatos sociais bem lustrosos e pretos, camisa social preta e um blazer branco que realça o porte físico do homem. E os cabelos penteados para o lado, curto dos lados, completam seu look de hoje. Muito bonito.
Por onde passam, e atraem olhares curiosos. Realmente, o coreano atrai a atenção de todos e, o fato de estar com ele, mais ainda.
A forte iluminação do ambiente e a música alta indicam que ali é o local da festa. O evento de hoje consiste em um coquetel para socializar os hóspedes, já que chegaram muitos turistas para passar o fim de semana lá. Há pessoas de, literalmente, todos os cantos do mundo. Apesar de terem fisionomias diferentes, todos tinham a mesma expressão admirada no rosto com a grandeza e beleza do hotel. Tudo está muito lindo.
Durante a festa, e cantam as músicas tocadas pela banda que se apresentava ao vivo, enquanto comem e bebem sentados à mesa. Em dado momento, o vocalista da banda questiona se alguém da animada plateia gostaria de se candidatar a cantar no lugar dele. Várias mãos são alçadas ao ar e uma delas, ainda que tímida, chama a atenção dele.

— Você, rapaz do blazer branco! — indica o vocalista.

sente os olhares sobre ele e se levanta, um pouco sem jeito. observa o caminhar dele até o palco e fica curiosa para saber qual música ele cantará. “Certamente uma do .”, pensou ela.

— Olá, boa noite! — diz , em inglês, tentando falar o mais devagar possível para se fazer entendido. Ele sabe o básico do básico de inglês, consegue se virar na enrolação. Após ouvir uma sonora resposta à sua saudação, ele continua: — Vou cantar essa música para uma amiga. Espero que goste, — a moça ergueu o corpo imediatamente ao sentir o olhar do rapaz direcionado a ela.

fala brevemente com a banda e volta à posição à frente do microfone. Os primeiros acordes se iniciam, mal acredita quando ouve, logo recorda-se da conversa que teve com hoje à tarde, enquanto almoçavam.

Flashback On - hoje à tarde

— Se você escuta pouco , quais bandas você ouve? — questiona, muito curioso, após saber que não ouve sua banda, mesmo estando ali por conta de uma promoção, ainda que obrigada pela amiga. Envergonhada, responde:
— Meu pai é japonês, então ele faz questão que sempre estejamos em contato com a cultura de lá, principalmente as músicas — explica ela e completa: — Sou fã de Flow, LiSA, Granrodeo, Luck Life… enfim — conclui e sorri para o rapaz.
— Hm, entendo. E qual a sua música favorita? Aquela música que aquece seu coração? — não entende a pergunta, mas a resposta veio rápida e com um sorriso doce.
Bokura, da Luck Life, sem a menor dúvida é essa a música que me faz lembrar-me da minha visita à casa de minha avó, lá no Japão. Sinto tanta saudade… — ela diz com uma lágrima no canto do olho e ainda sorrindo.

Ao ouvir a resposta dela, o rapaz sorri de volta e fica pensativo. Foi então que ele tem uma ideia.

Flashback OFF

Enquanto canta Bokura, ele encara que se mostra bastante emocionada. Ele pensa nas poucas horas que teve para aprender a letra da música, o rapaz até mandou uma mensagem para o vocalista da Luck Life para pedir algumas dicas. Ele se sentiu bobo na hora, mas ao ver a reação que tem agora, ele não se arrepende de nada.
Os aplausos e assobios eufóricos vem após concluir sua apresentação e voltar para a mesa onde o aguarda. Logo a banda volta a tocar outras músicas.

— Eu canto bem japonês? — ele diz ao sentar-se à mesa ao lado dela.
— Melhor que o meu pai — revela ela se segurando para não chorar e ri da sua resposta. Pensa nas várias vezes que o pai cantou pessimamente durante os jantares de família.
— Que bom que não decepcionei — ele solta um suspiro de alívio.
— Agora entendo sua pergunta de mais cedo — comenta ela dando um gole em sua bebida. Ele lhe sorri sem jeito.
— Gostou da surpresa? É para agradecer sua vinda até aqui. Sabe? Por causa da promoção — explica ele.
— E muito! Obrigada por isso, !

Não é só a que se encanta por sorrisos, também fica hipnotizado com o sorriso da moça. Sente um arrepio bom na nuca toda vez que o vê.

— Nossa! — espanta-se ela ao ouvir uma música conhecida — Não acredito que estão tocando forró em Cancún! — comenta ela, empolgada ao ouvir um som tão brasileiro.
— É um ritmo bem legal. Gostei. — diz ele se remexendo involuntariamente ao ritmo da música.
— Vem, vamos dançar! — diz ela de repente e puxa o rapaz pelo braço.
— Eu não sei dançar isso, !

tenta avisar, mas quando se dá conta já está na pista de dança com em seus braços. A moça pôs a mão solta dele, que insistia em ficar em seu ombro, bem firme em sua cintura. Ele se sente envergonhado e invasivo por se excitar só em tocá-la. Sua vergonha só faz aumentar quando o corpo de se mexe no ritmo da música roçando no corpo dele. A sensação de que perderia o controle de seu companheiro é maior a cada movimento. Ele bem que tenta acompanhar ela, mas a moça tem mais experiência e malemolência para dançar.
Cansados de dançar uma música, ambos voltam para a mesa. pede licença e vai ao banheiro refrescar os ânimos e fica na mesa e bebe um pouco mais de sua bebida. Os ânimos dela também precisam ser acalmados.

— Oi, gata — levanta o olhar e vê um homem alto parado ao seu lado. Ele fala em inglês. — Está sozinha? — diz ele já puxando a cadeira e sentando-se ao lado dela.
— Não, estou acompanhada — fala ela de maneira ríspida e completa: — Se puder me deixar sozinha, agradeço — ela vira o rosto, irritada.
— Receio não ser possível — sente o toque indesejado em sua coxa e olha furiosa para o homem, mas logo sua fúria vira pavor. — Não grite, será pior.

Tais palavras e o vislumbre de um canivete na outra mão do homem a faz paralisar. estremece ao ser puxada pelo homem que a manda segui-lo como se fossem um casal comum. Tropeçando nas próprias pernas, o acompanha até um dos longos corredores que cruzam os prédios que formam o hotel. Está escuro ali e vazio, todos estão na festa, os poucos funcionários que estão na área interna, certamente estão ocupados demais para ouvir ou ver qualquer coisa estranha.
sente o impacto do corpo sendo empurrado contra a parede e mãos pesadas e indelicadas passearem por seu corpo. Ela reclama e geme de medo, mas ninguém parece ouvir. Ela começa a se desesperar de verdade.

[✨]

volta para a mesa onde estava com e não a encontra. Em cima da mesa estão apenas os aparelhos celulares deles e suas taças com suas bebidas quase no fim. O rapaz estranha, certamente algo não está certo, ele cata os celulares e os guarda no bolso do blazer. Caminha calmamente pela pista para ver se ela está lá e não está.

— Com licença — o rapaz diz, mais uma vez devagar para que o entendessem —, você viu a moça que estava comigo? — questiona ele ao balconista do bar que fica ao lado da mesa onde ele estava. O outro o encara, pensativo e responde:
— Ela saiu com um homem faz alguns minutos.
— Para onde? — pergunta ele, confuso.
— Para aquele lado. Ela parecia nervosa — o rapaz aponta para a direção onde e o homem foram.

Agradecido, se despede do balconista e caminha rapidamente na direção indicada. Os olhos atentos à procura de sua companhia. se sente responsável pela moça, afinal ela só está ali por sua causa e da promoção.
O rapaz passa pela entrada de um dos longos corredores que cortam o hotel e ouve gritos abafados. Ao ver de longe a figura assustada de sendo agarrada por um desconhecido, ele corre até a cena e puxa o outro com força.

, ele está com um canivete! — assustada, o alerta.
— Cai fora, cara! — o homem berra e empurra que cambaleia para trás. Ele saca seu canivete e investe contra que desvia.
! — grita , assustada ao ver a desvantagem de .

A sequência a seguir ocorre muito rápido: o homem dá um golpe de canivete em que se defende com a mão sentindo a lâmina lhe cortar a pele; mesmo ferido, ele desfere um forte soco no rosto do outro que cambaleia para trás e resolve fugir, mesmo tendo a vantagem de uma arma.

— Ai, meu Deus, ! — se aproxima dele e vê o sangue pingar da mão do rapaz que faz uma careta de dor.
— Está tudo bem com você, ? — questiona ele, preocupado.
— Estou sim, mas você , sua mão… — ela diz, chorosa e segura o punho da mão machucada dele.
— Vamos sair daqui. Ele pode voltar — alerta ele e assente, ainda bastante assustada.

Caminhando rápido, os dois pegaram o elevador e subiram até o andar onde estão hospedados, décimo quinto andar. deixa o rapaz em seu quarto enquanto ela ia no dela buscar um kit de primeiros-socorros que sempre leva consigo.
Ao retornar ao quarto de , que deixa a porta aberta para ela, vê o rapaz tirando o blazer com certa dificuldade, a peça suja de sangue foi jogada no chão. sente a garganta apertar, sentiu-se culpada pelo ferimento dele. Se aproxima da cama onde o rapaz havia se sentado e faz o mesmo. Em silêncio, limpa a ferida da mão dele que já havia molhado com água corrente na pia do banheiro. A moça coloca um pouco de remédio, arrancando um gemido de dor dele, e põe uma gaze por cima.

— Se estiver apertado demais, me avisa, tá? — apenas afirma com um gesto de cabeça.

vai enrolando a atadura com delicadeza para não machucar mais a mão dele. Ao finalizar, pôs um esparadrapo para que a atadura não escapasse. O silêncio é mantido entre eles, enquanto analisa a nova estética de sua mão direita e pensa sobre o que deve falar. Deve dizer que ficou preocupado com o sumiço repentino dela? Deve dizer como se sentiu ao dançar com ela? Mais uma vez, ele sente-se bobo.
Ao lado dele, analisa um ponto específico e aleatório do chão do quarto. O que será que está pensando? Será que ela deve dizer que ficou com medo do rapaz ser morto? Ela quis ser vidente para prever os próximos movimentos dele.

… — a voz de quebra o silêncio, de repente, e faz encarar ele.
— Sua mão está doendo? — ansiosa, ela atropela a fala dele e se arrepende disso no segundo seguinte.
— Não, lateja um pouco, mas está tudo bem — responde ele sem jeito.
— Bom, eu já vou então, vou deixar você descansar — apressada, levanta-se, mas não a deixa ir.
— Fica — ele pede com a voz suave. — Quer dizer, se quiser, pode ficar mais um pouco — corrige-se ele, sem graça e sentindo-se um idiota.

O que você está fazendo, ?!, repreende-se mentalmente. volta a se sentar e encara o chão novamente, seu rosto certamente está vermelho de vergonha e o de não fica para trás.

… — chama ela, alguns minutos silenciosos depois.
— Hm… — resmunga ele em resposta.
— Você tem… você tem namorada? — a pergunta é totalmente surpresa para ele, realmente não esperava que ela lhe perguntasse tal coisa. Na verdade, ela também não está acreditando no que acabara de perguntar — Me desculpa, eu não tenho nada a ver. Devo estar louca… — ela ri sem humor e o silêncio dele, a faz se corrigir de imediato, mas trata de se redimir e responder à pergunta.
— Não — ele se apressa a responder e completa: — E você? Tem namorado? — outro momento das conversas com que ele se sente bobo, quase um adolescente ansioso.
— Não — ela responde com um sorriso leve. — Seria estranho se…
— Não. Se quiser me beijar, eu irei adorar, — a afirmação dele antes mesmo do questionamento, surpreende .

De repente, ela sente uma insegurança em beijar um homem como , um grande e famoso idol coreano, com um corpo forte e tão belo como ele é. Certamente isso a intimida pela primeira vez na vida. Percebendo a repentina insegurança dela, senta-se um pouco mais próximo e toma a caixa de primeiros-socorros de suas mãos e põe ao seu lado. Quando vira o rosto para encarar a moça novamente, é surpreendido com a aproximação fulminante dela que logo o beija nos lábios, que julga serem tão macios quanto suas mãos. Meio travado, vai amolecendo devagar, com o embalo do beijo dela. Um beijo doce, gostoso e com um sentimento de "preciso de mais" envolvido. Sua mão enfaixada vai diretamente na cintura dela, com cuidado para não se machucar, apertando levemente. empurra o rapaz, sem interromper o beijo, para que ele se deite na cama, ela monta em cima dele. sente coisas que fazia tempo que ele não sentia, uma vontade enorme de tirar as roupas da moça e tomá-la em seus braços com vigor. Porém, a insegurança que ele também sente, contradiz todos os outros sentimentos e vontades dele. É justamente isso que o faz parar.

— Algo errado, ? — questiona ela, se afastando um pouco dele, mas sem sair de cima do rapaz. Ela ajeita os cabelos para trás.
— Me desculpe, eu não consigo ser assim... tão ousado — confessa ele. — Os outros caras podem até ser assim, mais atirados, mas eu não consigo. Me desculpe, — ele conclui com muita vergonha e ela sorri de canto.
— Está tudo bem, . Eu confesso que achei estranho, por não estar acostumada com isso, mas eu achei digno de sua parte — ela diz e dá um beijo na testa dele.
— Sou um idiota.
— Não, não é. Você é um cavalheiro — põe uma das mãos no rosto dele e dá-lhe outro beijo na testa. — Fofo.
— Se quiser, pode dormir aqui — ele diz com um sorriso tímido. — Dormir, sabe? — enfatiza ele. solta a risada abafada.
— Sim, bom, eu vou tomar banho e volto, tá?

Ele concorda com a cabeça e ela se levanta, indo até seu quarto. Enquanto está sozinho, ainda deitado na cama encarando o teto do espaçoso quarto, volta a pensar nas coisas que pairavam em sua mente ainda no momento em que fazia o curativo em sua mão. Ele ergue a mão machucada e a observa, ainda pensando, o machucado latejando um pouco. O rapaz se levanta e decide tomar banho também. Já no banheiro, a água escorrendo pelo seu corpo, ele continua pensativo. A inegável vontade de fazer amor com e sua timidez começam a deixá-lo irritado consigo mesmo. Ele não quer que ela pense que ele é um bobo idiota ou até mesmo que ele é inexperiente, longe disso, mas também ele não quer forçar nada, quer que tudo seja especial e da melhor maneira possível. Ele também não quer deixar de fazer aquilo que ele tem vontade por conta de inseguranças dele. Um grande dilema na mente do rapaz.
deixa o banheiro, distraído com seus pensamentos, enxugando os cabelos com uma toalha, a cabeça meio torta para o lado, uma toalha maior cobre seu corpo na parte da cintura.

— Oh, , me perdoe — a voz de diz e ele se assusta, erguendo a cabeça para olhar para ela.
?! — espanta-se ele encarando a moça deitada na cama com seu pijama rendado cor de vinho. Um conjunto que ela comprou ainda no aeroporto.
— Eu não sabia que você ainda estava no banho, achei que estava escovando os dentes — explica ela, nervosa. — Ah, perdão, eu vou deixar você se trocar — ela ia se levantar da cama, mas ele diz:
— Não precisa, . Eu vou colocar uma roupa no banheiro — avisa ele.
— Se quiser, pode ficar assim mesmo — diz ela, surpreendendo a si mesma e ao rapaz que vira o corpo para encará-la. — Desculpa — ela ri, pondo uma das mãos na boca.
— Oh, eu... — ele diz, gaguejando. — Você quer... você quer que...
, venha aqui — chama ela apontando para o lugar na cama ao lado dela. Ele caminha, tímido, até a cama e senta-se ao lado dela, a toalha menor ainda em sua cabeça. — Você não vai precisar disso — diz ela e puxa a toalha da cabeça de revelando seus cabelos molhados. — Você continua muito bonito mesmo com o cabelo desarrumado — comenta e sorri.
— Obrigado — diz ele ainda com timidez.
, posso te fazer uma pergunta super indiscreta? — ele arregala o olhar, mas responde:
— Pode.
— Na verdade, não é uma pergunta diretamente. Só quero te dizer que: eu quero fazer amor com você e quero dizer também que você não deve se preocupar com suas inseguranças agora. Deixa acontecer.
— Ah, eu... — ele solta o ar, respirando fundo em seguida, tomando coragem para externar seus reais sentimentos e vontades. — Eu quero também.
— Eu percebi — diz , sorrindo e põe a mão direita o rosto dele. — Deixa rolar, está bem?

apenas afirma com um gesto de cabeça e aproxima o rosto do dela, sua mão machucada vai até a cintura da moça apertando levemente o local e ele a beija. estranha o beijo que é bastante tranquilo comparado aos que ela já experimentou com ocidentais, porém não deixa de seu gostoso, mesmo não tendo muita língua envolvida. Ela puxa os ombros de para mais perto dela, assim o rapaz é obrigado a se deitar sobre , ainda que sentindo muita vergonha por estar apenas de toalha. Porém, sentir o corpo dela colado ao dele novamente, dessa vez com menos roupas, o faz perder um pouco da vergonha e focar apenas em seu desejo interno de consumir essa relação, ainda que repentinamente. Sem que ele percebesse, instintivamente, as mãos dele passam por dentro da parte de cima do pijama rendado da moça, suspendendo a peça. E também sem que ele perceba, as mãos de vão diretamente no nó da toalha, desfazendo-o e afrouxando a peça no corpo dele, que interrompe o beijo, espantando.

— Você também não vai precisar disso, ... — ela diz, carinhosa.
— Me chama de , mas não de oppa — afirma ele, rindo. — Acho que você não vai precisar do seu pijama também, apesar de ele ficar lindo em você.
— Tira para mim, por favor — pede ela, erguendo os braços para cima, dando espaço para que faça às honras.

O rapaz termina de tirar a parte de cima do pijama dela e, ao sentar-se sobre os pés para retirar a parte debaixo, deixa à mostra o seu membro. Inevitavelmente, o olhar de recai sobre ele e faz abrir um sorriso na moça que nem percebe quando retira a parte debaixo de seu pijama juntamente com sua calcinha. Distraído, o rapaz vira o corpo para a mesinha que há ali do lado da cama, abrindo a gaveta a procura de algo, ao achar ele se vira de volta para que ainda mantém os olhos do membro de .

— Está julgando ou admirando? — questiona ele, curioso, enquanto abre o pacote de camisinha que tem em mãos.
— Admirando — responde ela com o olhar atento. — Você trouxe camisinha?
— Nunca se sabe quando vai precisar, não é? — eles riem.
— Tem pensamentos assim e ainda se mostra tímido por querer transar comigo — afirma ela, balançando a cabeça, enquanto está pondo o preservativo em seu membro.
— Uma coisa não tem a ver com a outra — defende-se ele. — Eu me senti envergonhado, realmente, mas — ele faz uma pausa, concluindo seu trabalho com a camisinha e volta a olhar para — agora, vendo você deitada aqui comigo e vendo que você me deu o aval para eu não me sentir tão inseguro, eu consigo mostrar o que eu realmente queria desde o começo — conclui ele e se põe novamente de quatro, apoiando dos cotovelos na cama sobre o corpo de .
— Você é fofo, , e tem muita atitude, gosto disso em um homem — confessa.
— Meu único medo é te decepcionar daqui para frente — ele diz referindo-se ao sexo.
— Não pense nisso porque eu não estou pensando, está bem? — ela diz, confortando-o de alguma forma.

Sentindo-se ainda mais seguro, o homem toma a iniciativa do beijo que sai de forma mais firme e libertina por parte de ambos. Ele posiciona seu membro na entrada da intimidade dela e começa a empurrar devagar, a tensão de ambos faz com que a penetração inicialmente seja dolorosa. As mãos de cravam nos braços de sentindo sua intimidade ainda não totalmente lubrificada para deixar passagem suave para o membro dele. Vendo que não iria conseguir prosseguir, ela interrompe os movimentos iniciais dele e pede para tirar o membro dali.

— Posso tentar algo? — pede ele, envergonhado.
— Pode, se for o que eu estou pensando... pode sim, com certeza, — diz com um sorriso safado no rosto.

A alegria da moça se faz mais intensa ao ver que engatinha de costas, abaixando o rosto na intimidade dela, os lábios rápidos do homem diretamente beijando os lábios da intimidade de que solta um suspiro longo, puxando o lençol com ambas as mãos. Ele começa a sugar o lugar com desejo e intensidade, vez ou outra ele introduz sua língua ali e sente as pernas de tremerem levemente. Empolgado, ele envolve as coxas dela com as mãos, devagar para não machucar sua mão já ferida. Enquanto está chupando e sentindo o gosto único da intimidade de , ele escuta algo que o faz parar por alguns segundos.

oppa...

A voz de diz e sorri inevitavelmente, sentindo o corpo arrepiar levemente e, logo depois, ele volta a chupar com intensidade a moça que está em sua cama agora, a moça que, ele está imaginando em outras situações que não têm nada a ver com o sexo que fazem agora.
envolve os dedos nos fios alisados do cabelo de , puxando-os conforme sentia o descontrole de seu prazer aumentar. Mas, antes mesmo disso acontecer, ele interrompe sua chupada para introduzir seu membro com força na intimidade dela, voltando a ficar com seu corpo sobre ela, ambos se encarando. Dessa vez, como previsto, consegue introduzir com mais facilidade, bem lubrificada, sente o membro dele deslizar com maciez e se aquecer em seu interior. O homem apoia o cotovelo com a mão machucada no colchão e começa a fazer movimentos leves e ritmados de ida e volta, para cima e para baixo. O rosto de fixado em seu olhar, os olhos dela com um leve brilho, o mesmo que tem em seu olhar. Mais uma vez a moça o chama de oppa e isso parece servir de combustível para que ele intensifique mais as estocadas que dá nela agora, inevitavelmente ele fica ofegante e começa a respirar pela boca, coisa que já faz há algum tempo. Ela está pensando nas sensações incríveis que está sentindo agora, as sensações de felicidade, prazer e carinho que sente agora tão intensas e maravilhosas. é um cavalheiro, muito gentil em seus movimentos e, quando ele acaricia o rosto dela, como faz agora, demonstra ainda mais o carinho que ele demonstra sentir genuinamente. Ela quer sentir mais disso, quer sentir por completo.

[✨]

O dia amanhece e acorda sentindo o calor do corpo de que está agarrado no corpo dela, os braços envolvidos no corpo dela. A mão machucada dele apoiada em um dos seios de , a cena faz a moça sorrir e jogar a mão livre na cabeça dele, acariciando o local. O gesto faz o homem acordar e se aninhar ainda mais no busto dela, gemendo manhoso.

— Vai dormir de novo, oppa? — questiona ela e sorri erguendo a cabeça para cima e olhando para ela.
— Diz de novo? — ele pede com a voz manhosa.
oppa — sussurra ela e dá um beijo no seio dela, fazendo a moça rir.
— Aqui está confortável e a companhia maravilhosa, não quero sair daqui nunca mais — comenta ele e se aninha novamente.
, o dia está bonito, vamos para a piscina? — faz cafuné na nuca dele.
— Não quero... — diz ele, muito manhoso. — Vamos ficar aqui mais um pouco. Que tal para sempre? — ergue novamente a cabeça e sorri de maneira fofa.
oppa... — ela usa da mesma manha para fazê-lo mudar de ideia. — Por favor, oppa — o homem solta uma risada e sobe um pouco mais para se deitar mais perto do rosto dela.
— Agora você me chama de oppa toda hora, né? — diz ele. — Só porque quer que eu vá para a piscina e perca esse lindo e confortável par de seios — ele faz um beicinho com os lábios.
— Se quiser pode deitar neles quando estivermos na piscina também, oppa.
— Golpe baixo, ...
— Vamos, será divertido — ela volta a pedir. — Mais tarde a gente volta para o quarto e podemos voltar a fazer igual fizemos ontem.
— Hm... isso me interessa muito — ele sorri e dá um selinho nela.
— Vamos?
— Ok, senhorita Mori, vamos para a piscina.

Vencido pelo cansaço e movido pelo fato de que terá a moça para si novamente mais tarde, se convence a irem para a piscina. Ambos vão tomar banho e trocam de roupa. O sol aquecendo a pele de ambos que logo deitam-se em duas esteiras na beira da piscina, uma ao lado da outra. Eles ficam alguns minutos ali e não percebe, mas acaba de tirar uma foto dela em seu momento de distração. Na foto aparece parte das pernas dele e o corpo estirado de na esteira, sem mostrar o rosto da moça. Na legenda diz:

"O melhor fim de semana da minha vida! Obrigado por estar comigo!
Fighting! ✨"

O melhor fim de semana que ele poderia ter na vida. Ter conhecido foi de fato um grande presente para ele, já que o medo dela ser uma pessoa chata era muito grande no homem. Porém, a luz natural emitida pela moça que não o conhecia direito o fez enxergar a pessoa incrível que ela é e se apaixonar por ela. Ok, talvez apaixonar seja um verbo muito forte, mas desejar com certeza foi e ainda é algo que ele sente por . Cada minuto mais intenso e genuíno, coisa que ele nunca imaginou sentir por ninguém em sua vida. pensa que a vida é sobre isso, sobre sempre se renovar e melhor mais e mais. desperta essa vontade nele, que já existia, mas que ele, por algum motivo, havia deixado de lado e se conformado no comodismo de ser sempre “certinho” e não experimentar coisas novas.
Essa viagem para Cancun traz para ele uma nova percepção e um novo sentimento. A percepção de que pessoas podem demonstrar o que sentem sem medo de julgamentos. E o sentimento de desejo intenso por uma mulher que lhe virou a cabeça e o fez querer mais e mais sentir esse desejo.
Sentir, apenas sentir a moça dentro de si.

"Agora, nos esforçamos para levantar nossas cabeças
Nos tornaremos novas pessoas
Segurei sua mão
Que parece tão vazia
E então
Podemos seguir adiante"

- Bokura, Luck Life


Fim



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Nota da autora: NOSSA! Essa história tem TANTO tempo que eu quis escrever, mas nunca saía da parte 2 hahahahaha. Pois então, finalmente eu consegui, obrigada Hae por me ajudar <3
Espero que tenham gostado e me digam nos comentários!<

Beijos da Li! 😉


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