Finalizada em: 23/08/2023.





O ápice do prazer a professora é atingido em apenas uma tentativa, longa, mas apenas uma que o modelo, que está deitado sobre suas coxas, fez. Após limpar seus lábios com o canto de sua mão, engatinha sobre a cama, analisando o corpo nu e anestesiado de prazer de sob ele. Seus olhares se encontram na meia-luz de seu quarto. O rapaz a beija, posiciona seu pau na entrada da intimidade dela e a penetra devagar, do jeito que ela gosta e do jeito que ele também adora e sente prazer. Movimentos em seu quadril são executados e o beijo interrompido, abre sua boca, respirando por ela e geme baixinho com os olhos revirando a cada estocada com um pouco mais de impacto. As declarações sobre o quanto estão gostando do momento íntimo são ditas em meio aos gemidos. ergue uma das pernas de e a estoca de maneira frenética até que ele chega ao seu clímax, preenchendo a camisinha com seu gozo.
O homem se joga para o lado, retirando seu pau de dentro dela, e passa a mão pelo rosto. Ele a ouve respirar fundo, puxando o ar com força para recuperar-se do ato que lhes deu tanto prazer quanto os outros que já aconteceram.

— Quer água? — pergunta ainda ofegando.
— Quero, por favor — responde tanto quanto.

Mesmo no escuro do quarto de , consegue ver perfeitamente a silhueta da bunda do rapaz assim que ele levanta da cama. Ela não consegue esconder sua excitação ao ver a cena e morde seus lábios num movimento involuntário.
e não são namorados. São apenas amigos que moram juntos há quase cinco anos e, há dois, ficam eventualmente. Na primeira vez que se beijaram eles já dormiram juntos, pois não conseguiram esconder o tesão sentido. Porém, nunca houve nenhum tipo de declaração amorosa, sentimentos assim não fazem parte da relação deles que é apenas de amizade e sexo casual. Nenhum deles também demonstra ciúmes quando o outro sai com alguém. Nesse período, inclusive, tanto quanto já namoraram outras pessoas por um breve tempo. Sem problemas.
Eles têm a mesma idade: 34 anos. Apesar de morarem há apenas cinco anos juntos, se conhecem há quase dez, quando fizeram juntos a Universidade estudando no mesmo campus, porém cursos diferentes. Mori fez Letras Estrangeiras, é formada e atua como professora de inglês em uma escola bilíngue da cidade, ganha muito bem por isso e adora o que faz que é trabalhar com crianças na faixa etária entre sete e doze anos de idade. Já Murai não exerce sua profissão de formação. Apesar de ser publicitário por diploma, o rapaz atua como modelo fotográfico em uma agência e já fez grandes trabalhos, o mais recente internacional, o que abriu um imenso leque em sua carreira.

— Vou pedir uma pizza, o mesmo sabor de sempre? — pergunta, voltando para o quarto e interrompendo o silêncio de que o olha parado à porta.
— Sim — ela responde meio distraída. — Refrigerante também, por favor.
— Sabe que eu não posso beber refrigerante, queridinha — enfatiza ele o apelido que ela não gosta.
— Nem comece, senhor dieta — ela zomba, rindo. — Está bem, peça apenas para mim.
— Quando vai aprender a se alimentar mais saudável? — repete a pergunta que fez tantas vezes.
— Quando você parar de me pedir isso, seu chato — revira os olhos, levantando-se da cama.
— Veste uma roupa, tem gente vindo aí — a informação faz virar-se de supetão para .
— Quem?
— Alguns amigos. Se veste porque um deles já é doido para ficar com você, se te ver pelada, aí mesmo que ele irá me atormentar — dessa vez é quem revira o olhar e sai do quarto. se enrola no lençol e corre atrás do amigo.
— Que amigo é? — pergunta, curiosa, parando ele no meio do corredor.
— Não vou te dizer — diz, simplesmente. — Agora vai se vestir, mulher!

ri e volta para a sala. bufa e vai para seu quarto vestir uma roupa. Se passam alguns minutos e ouve o barulho da campainha, certamente é o entregador com a pizza. A campainha toca novamente e ela percebe que não está na sala, levanta-se de sua cama e vai até à sala, atendendo a porta.

— Olá… — diz ela ao ver três homens desconhecidos parados ali. Todos muito bonitos. — Posso ajudá-los?
mora aqui? — pergunta um deles, hesitante.
— Sim — responde, sorrindo de canto. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, sente a presença quente de atrás dela.
— Chegaram cedo — comenta ele, seu hálito quente batendo no rosto de fazendo sua pele arrepiar. — Entrem.

Os três homens entram, se acomodando no sofá e na poltrona. Solícita, oferece bebidas a eles.

— Querem beber algo, rapazes? — oferece ela.
— Aceito um copo d’água, por favor — diz um deles, tímido.
— Não, obrigado.
— Também não quero, obrigado, senhorita — o último a agradecer é o mesmo que fez a pergunta para ela segundos atrás, o mesmo que não tira o olhar dela.
— Ok — fala e, antes de ir à cozinha, se apresenta. — Já que meu amigo mal-educado não me apresenta, sou a Mori, prazer — ela se curva brevemente, cumprimentando os três que retribuem com um sorriso amigável.
— Ah, esses são Yori, Haru e Kenji — aponta para cada um conforme vai falando seus nomes.
— Prazer novamente, senhorita Mori — Kenji encara de maneira diferente. Nem é preciso dizer qual amigo quer ficar com ela, a moça já havia percebido.

Incomodado com a troca de olhares, apressa para que vá buscar a água solicitada por Yori enquanto ele atende a porta novamente: a pizza chegou. O rapaz coloca a caixa da pizza sobre a mesinha de centro, retorna da cozinha com uma bandeja com um copo cheio de água em cima. estranha, pois ela nunca foi tão educada assim com os amigos dele. Algo está errado.
A conversa entre os cinco evolui e, quando a pizza está na metade, o álcool na mente deles está no auge. O modelo não bebe muito, pois quer ficar de olho em Kenji. É ele quem está a fim de e, como já esperava, está dando em cima dela. Para o desespero do Hayashi: está retribuindo.
Nunca foi um problema a relação da amiga com outros homens, ela já tinha namorado duas vezes no período em que moram juntos. namorou apenas uma vez. Nas três oportunidades de ter cônjuges no apartamento deles, foi difícil convencer os parceiros à época de que tanto quanto eram apenas amigos e nada mais. Mesmo que eles transassem de vez em quando – mas nunca enquanto comprometidos.
Algum tempo se passa e está bêbado.
Ele é convencido pelos amigos a beber e acaba exagerando um pouco. Pior: ele acaba se distraindo. Quando percebe, só tem três pessoas na sala, nenhuma delas é a . Desesperado, ele corre o olhar ao redor e vê a fresta de luz vindo do quarto da amiga ao fim do corredor. O modelo se levanta e vai até lá sem ser percebido por Yori e Haru que estão dispersos enquanto se sacaneiam.
bate à porta do quarto de .

! ! — ele berra do lado de fora, praticamente esmurrando a porta. — Mori! — grita o sobrenome da amiga. Ele ouve um barulho surdo vindo de dentro do quarto e risadas masculinas. Ouve também a risada gostosa de e, após alguns segundos antes dele bater novamente, vê a porta se abrir. — Mori…
— Oi, Murai — diz com os cabelos bagunçados e sem a parte de cima da roupa, cobrindo os seios expostos com um dos braços. — O que quer?
— Nada de visitas enquanto o outro estiver em casa sem aviso prévio — ele recita a regra básica de convivência que ambos criaram.
— Vou transar com o Kenji, ok? Ok, boa noite, !

Ela diz e bate a porta antes que tenha qualquer reação. Ele pensa em bater novamente, arrombar a porta, mas desiste. não tem esse direito, ´´e solteira e livre para ficar com quem bem entender.
Mas, vai explicar isso para o ciúme do rapaz.

[📸📚]

Vários dias depois…

O romance entre e Kenji segue muito bem.
Ele se mostra interessado nela, a tratando com gentileza e safadeza quando necessário. Requisitos que a mulher adora em um homem. não está lidando bem com o fato da melhor amiga estar se relacionando com um de seus amigos. Kenji sabe que, eventualmente, e transam, mas também sabe que isso não vem acontecendo desde que dormiu com ela. Pelo menos foi o que disse para ele. E qual é a realidade? Bom, a realidade é que continua procurando a amiga quando sente vontade, porém, não é retribuído.
Hoje é mais uma sexta-feira comum.
está com uma pilha de provas para corrigir. Como um extra, a professora dá aula de inglês para adultos. Montou um curso completo, do básico ao avançado, e tem bastante repercussão com ele. Tem cerca de trinta alunos. O som da TV para de repente e chama a atenção de , que ergue o rosto para ver.

— Por que desligou a TV? — indaga a que vem se aproximando sorrateiro.
— Pensei em fazermos algo legal hoje — ele se joga, literalmente, ao lado dela no sofá, derrubando algumas provas no chão.
— Que porra, Murai! — brada ela. — Se amassar essas provas eu arranco seus cabelos.
— Hm, está brava hoje. Gosto — o modelo ri, passando o braço sobre os ombros da amiga.
— Sai, , não estou a fim — o empurra, o rapaz a encara indignado.
— É nosso ritual sagrado hoje, , esqueceu? — lembra. — Nada de trabalho ou encontro extraconjugais.
— Não somos um casal — rebate ela, catando as provas do chão. a ajuda.
— Você entendeu, Mori. Vamos lá, não podemos faltar com nossa tradição de cinco anos — pede, manhoso. — Literalmente fazemos isso desde que nos mudamos.
— Desculpe, , mas eu tenho que- — ele interrompe a fala dela com um beijo caloroso, mas logo o afasta. — Pare, seu tarado! Que coisa! Achei que queria ver um filme, como sempre fizemos, mas na verdade você só transar comigo.
— Nós sempre transamos ao final, que mal há em inverter as coisas? — lança um olhar safado e avança para cima de .

— Estou com saudades, … — murmura ao mesmo tempo que roça o rosto no pescoço dela. — Tanta saudade…
— Sai! — ela o empurra com mais força, ofegando pelo toque dela que ela confessa gostar. a encara com confusão. — Não quero mais isso, , já está na hora de parar.
— Do que está falando?
— Essa vida… esse jeito com que vivemos, não dá mais, eu cansei — a mulher se levanta, deixando as provas e canetas em cima do sofá. a segue. — Cansada de ficar apenas… apenas por conveniência.
— Está falando da nossa relação? — o modelo a abraça por trás, voltando a roçar o nariz no pescoço dela. — Nossa relação é tão gostosa…
— Mas é superficial, ! — brada, se afastando de que a puxa pela cintura, fixando seus braços nas costas dela.
— Quer algo mais profundo entre nós? É isso? — ele sorri. — Podemos tentar.
— Eu já estou namorando — franze o cenho, demonstrando surpresa à informação.
— Kenji não me disse nada nem você me disse…
— Pois saiba agora que estamos namorando — repete a informação que, aliás, não é verdade. — Eu sempre quis algo mais profundo, um namoro de verdade e você nunca quis isso.
— Sim, eu sei disso, mas nunca achei que…
— Que eu fosse ficar com outro? — interrompe. — Já namorei outros caras.
— Mas nenhum a deixou assim. Está diferente.
— Não caio mais nos seus encantos, . Eu realmente cansei da sua indecisão e de seu desleixo.
— Desleixo? — repete, levemente indignado e ainda segurando com firmeza. — Eu gosto de você, sabia? Gosto de verdade! — os olhos de vacilam por frações de segundo.
— Então por que nunca demonstrou? Por que nunca me disse isso? Não me parece ser um sentimento verdadeiro, — ela tenta se afastar novamente, em vão. — Eu gosto de verdade de você, — repete o homem, fechando os olhos e encostando o rosto no dela. Quase acontece um beijo, mas se afasta.
— Você me teve por cinco anos, — diz, a voz embargando. — Eu estava disposta a te amar, mas você nunca quis compromisso. Essas malditas regras foram criadas por você e eu apenas aceitei porque eu não queria que se afastasse de mim. Fui burra em aceitar e passar por cima do meu coração — o desabafo veio junto com algumas lágrimas. — Eu te amo, Murai, te amo muito — confessa, pondo as mãos sobre o peito dele —, mas eu não consigo mais conviver com você apenas como sua amiga.
— Vamos namorar, então — soluciona ele, rapidamente. — Seja minha namorada e tudo estará resolvido, .
— Você demorou demais para notar algum sentimento por mim — ela se afasta, percebendo a frouxidão dos braços dele em volta de si. — Meu coração cansou de te esperar.
… — dessa vez é a voz dele que embarga. — Vamos…
— Não posso mais, . Não posso mais.

Com o coração acelerado por dizer o que sente tão claramente, vai para seu quarto, mas é barrada no meio do caminho. Quando se vira, a abraça com suavidade.

— É isso mesmo que você quer? — indaga, a voz ainda falhando.
— Sim — responde ela com a voz tão falha quanto a dele.
— Eu também amo você — confessa, surpreendendo que o encara trêmula. — Mas eu respeito sua decisão. Só te peço que, caso o Kenji destrate você, o mínimo que seja, por favor, me conte.
— Ele demonstra gostar de mim…
— Mas se ele te destratar…
— Eu conto sim — consegue sorrir um pouco e puxa o rosto de , beijando seu nariz. — Obrigada por entender, .
— Obrigado por não me abandonar mesmo eu sendo um idiota esses anos todos. Eu não te dei o valor necessário.
— Não se culpe — dá um selinho nele, fazendo-o rir. — Nunca deixarei de te amar, Murai, mesmo você sendo um babaca.
— E nem eu de te amar, Mori, mesmo você namorando o Kenji.

Os dois riem abertamente e se abraçam. Mesmo havendo o sentimento, a mágoa pela indecisão de querer ou não ficar com o outro afastou de . Quando Kenji apareceu em sua vida, teve tudo aquilo que esperava ter do melhor amigo e nunca teve por completo. O casal de amigos entra em mais um acordo: o de seguir morando juntos, mas sem a parte do sexo casual.
Será melhor assim.
Mas, caso o namoro entre Kenji e dê errado, estará lá para acudir a amiga e, dessa vez, dar o amor que ela merece ter.

“Eu sou a porra de um desastre
Eu não quero pedir demais
Mas eu não quero sentir falta do seu toque…”

– boyfriend (feat. Social House), Ariana Grande –





Fim.



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Nota da autora: Sem palavras pra esse Keigo safadinho e quase um fura-olho. kkkkkkkk








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