Autora: Li
    Scripts por: Autora Independente
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Finalizada em: 05/06/2022.





Agosto de 2022, Salvador/BA
Ainda há tanta coisa para arrumar, tanta coisa para alinhar entre todos os voluntários que a mulher mal sabe por onde começar. Sua equipe está reunida, todos a encarando, enquanto ela fala sobre como vão se organizar no dia do evento. é a escolhida para supervisionar os voluntários do karaokê. Nesse final de semana será realizado o Bon Odori, festival de cultura japonesa em Salvador, será a décima quarta edição do evento após dois anos difíceis de uma pandemia. Na verdade, a pandemia não acabou, mas está menos fatal que antes, com o avanço da vacinação da população, todos podem sentir-se um pouco mais seguros para realizar eventos e é justamente por isso que a Associação Japonesa da cidade decidiu realizar o evento tão aguardado por seus amantes.

! — chama Júlia, uma das voluntárias. A mulher se vira para encarar a jovem — Esses microfones estão com defeito, coloca aonde?
— Hm... — ela analisa os microfones que estão na mão da jovem e toma uma decisão. — Coloca dentro daquela caixa que está no camarim 2, por favor.
— Embaixo da mesa?
— Não, aquela que está em cima do sofá — corrige. — A da mesa tem outra coisa dentro. Coloque na caixa certa para não misturar tudo, pelo amor de Deus!
— Tudo bem, ! Pode deixar!

vê a jovem se afastar e volta sua atenção ao celular, seu dedo desliza pela tela do aparelho, subindo o conteúdo do documento que acaba de receber. Nele há as atrações confirmadas para o evento do final de semana que começará na sexta e terminará no domingo. Um dos nomes do sábado chama a atenção dela.

— Que cara é essa, ? — questiona Lipe, amigo da moça, ao se aproximar e vê-la de olhos arregalados, o celular nas mãos dela tremendo.
— A... A... meu Deus... — gagueja ela.
— O que houve? — insiste ele, apreensivo.
— A vai tocar no Bon Odori!!! — exclama ela, eufórica.
— Ah, eu sabia já — diz ele, dando de ombros. o encara levemente irritada.
— E por que não me avisou?!
— Achei que tivesse visto o e-mail, foi enviado anteontem.
— Ah, eu estive ocupada e acabei não abrindo — revela ela.
— Não é culpa minha, bebê — zomba ele, rindo.
— Tá, tá, agora me diga uma coisa: que horas é o show? Porque aqui não diz isso...
— Vai ser bem na hora que começará o karaokê — diz Lipe.
— Ah, não, cara... puta merda!
— Mas acho que consigo te cobrir lá — o olhar esperançoso de recai sobre o rapaz que sorri com a reação dela.
— Sério?
— Claro! Sei que gosta deles, se eu tiver de boa lá na praça de alimentação, aí eu dou um pulo no karaokê para você poder ver o show, nem que seja um pouquinho.
— Obrigada, Lipe! — ela o abraça, contente.

O coração de respira aliviado agora, pois terá uma oportunidade de ver o show da . Essa banda é uma das – quem sabe a – bandas favoritas dela, os japoneses não fazem show no Brasil desde 2018 e em Salvador desde 2015. Será a oportunidade que terá de ir ao show deles, já que ela nunca conseguiu ir por vários motivos diferentes. Ela sempre gostou da cultura japonesa como um todo, mas quando começou a ouvir a , passou a gostar ainda mais e a querer até mesmo aperfeiçoar o conhecimento no idioma.
A completará 20 anos nesse ano de 2022 e, por isso, é a convidada especial do festival.

, banda japonesa famosa em todo mundo, fará 20 anos em 2022! Convidamos a banda para fazer parte do XIV Festival de Cultura Japonesa em Salvador nesse final de semana. Venha comemorar a nossa volta aos eventos e o aniversário dessa incrível banda!
Não perca! Garanta já o seu ingresso no link abaixo!”


O post de divulgação conta ainda com uma foto bastante chamativa da banda e a logo do evento. Ao ver isso, se emociona e sente o coração acelerar.
Ela mal vê a hora de poder encontrar os rapazes pessoalmente.

1° dia de evento
A mulher corre apressada pelo local do evento, daqui a pouco ela abrirá o karaokê e, de última hora, teve que buscar microfones extras já que alguns apresentaram defeito de repente. Ela volta ao seu posto e distribui os microfones em seus lugares e pode finalmente liberar a passagem das pessoas que aguardam ansiosamente pelo início da cantoria. Algumas horas se passam e já está cansada, mas atenta a tudo que se passa em seu setor e em volta também. De repente, ela ouve alguns gritos eufóricos e resolve espiar rapidamente o que está acontecendo. Ao esticar o pescoço na direção do burburinho ela vê um grupo de pessoas em volta de algo que, à princípio, ela não consegue identificar do que se trata, até o momento em que ela o vê.
As pernas da mulher começam a tremer involuntariamente somente pelo fato de vê-lo. A figura esguia e fofa de , vocalista da , caminha cercado por muitos fãs da banda que esticam camisas, cadernos e canetas para que ele assine, além é claro de celulares para tirar fotos do momento com o ídolo. Só em vê-lo, mesmo que de longe, ela se sente trêmula e com falta de ar. Seu coração bate ridiculamente acelerado agora e ela acha que ele saltará de sua boca a qualquer segundo.

! ! — ela ouve a voz de Lipe chamando-a, mas ela não consegue tirar os olhos de cima de . — ! — a mulher sente se braço e seu ombro serem puxados para trás, mas ainda assim ela não tira os olhos dele. Não agora... ela não consegue tirar os olhos dele. — Precisamos de você, rápido e urgente! — avisa ele ainda sacudindo a amiga. — A tradutora que acompanharia a não poderá vir e precisam que você cubra essa falta — isso faz a moça olhar para Lipe com os olhos arregalados e ainda mais ofegante.
— O que?! — diz com a voz esganiçada.
— Vem logo, no caminho te explico!

Lipe puxa o braço dela com força e, quase literalmente, arrasta a amiga consigo. No caminho até o camarim onde a também irá em breve, Lipe explica que a tradutora responsável pela comunicação entre a banda e os demais faltou por um motivo que não presta atenção. O que mais a deixa estagnada é que a produção do festival sabe que ela é estudante avançada de japonês e a única disponível para ajudar nessa intermediação com a banda. Ao chegarem no camarim, Lipe explica rapidamente as instruções que lhe foram passadas pela produção para que ele as passasse para . Ela tenta se concentrar, mas o fato de que, em instantes, ela estará no mesmo ambiente que os rapazes da a deixa desconcertada.
O rapaz deixa o camarim e está sozinha agora, pensando em como irá executar as ordens que lhe foram dadas. As mãos delas estão tremendo bastante, sua boca está seca e seus pensamentos bagunçados, a mente tentando trabalhar rapidamente para ordenar tudo antes da chegada da banda. Mas, é tarde demais para isso. Ao ver a porta se abrir e por ela adentrar cada membro da banda, sente-se ainda mais nervosa. Quando todos entraram, juntamente com seu produtor, a porta é fechada e eles ficam enfileirados próximo a ela.

— Você deve ser a , acertei? — questiona Ken, produtor da banda, de maneira solícita e amigável. Ela não consegue responder e apenas curva um pouco o corpo e balança a cabeça positivamente. — Oh, bem-vinda e obrigado por nos ajudar no evento, !
— Obrigado por seu trabalho árduo, -chan! — todos da banda dizem, coordenados, e curvam os troncos para cumprimentá-la. O gesto a faz ficar mais nervosa ainda.
— Que bom que conseguirá nos ajudar durante esses três dias — repete Ken e arregala ainda mais o olhar, pois não sabia que eles ficariam tanto tempo assim.
— Trê-Três dias? — questiona ela, gaguejante.
— Sim! A banda tocará apenas amanhã, mas ficaremos na cidade o final de semana inteiro — explica o homem, dirigindo-se até a mesa de comidas. — Rapazes, fiquem à vontade, por favor. Daqui a pouco os fãs começarão a entrar, ok?
— Sim! — todos dizem, descoordenados dessa vez.

, o outro vocalista da , se aproxima de e se apresenta para ela. O rosto rosado dele e o sorriso que deixa seus olhos apertados faz a moça sentir algo bom dentro de si, mas não é o suficiente para diminuir seu nervosismo. Aos poucos os demais membros da banda se apresentam para ela e começam a conversar na tentativa de fazê-la sentir-se mais à vontade com eles. Na vez de se apresentar, sentiu o corpo se arrepiar só pela proximidade entre eles, mesmo que não tenham se tocado.
Agora os rapazes estão atendendo solicitamente cada grupo de cinco fãs que entra no camarim. está de pé ao lado da mesa para caso algum fã precise de tradução ela esteja disponível para ajudar. A maior parte deles não consegue ter palavras para conversar com os rapazes, os poucos que conseguem falam em inglês com eles, consegue entender. e um pouco, os outros quase nada, então tem que traduzir para eles quatro as partes que não fica tão clara assim. As mãos dela estão segurando uma na outra, na tentativa de que ninguém veja sua tremedeira. O nervosismo ainda é presente, mesmo que já tenham se passado duas horas que está com os rapazes no camarim e já tenha até rido junto com eles de piadas feitas pelo antes dos fãs começarem a entrar.
está sentado no centro da mesa, que há vários pôsteres da banda para assinarem. Em dado momento, ele acena para que vai prontamente até ele, ao chegar perto ela abaixa o tronco para ouvir o que ele falará, mas ele não diz nada por alguns segundos. Curiosa, ela o encara e, assim que seu olhar encontra o dele, ela sente sua mão esquerda ser puxada de sua coxa pela mão livre de . Seu corpo paralisa de imediato e seu olhar arregala de surpresa pelo gesto dele.

— Não precisa ficar nervosa — sussurra ele e sorri de leve. — Se quiser, pode soltar minha mão, caso se sinta desconfortável.

volta sua atenção ao fã que para bem na sua frente e começa a conversar com ele em inglês, enquanto assina o pôster e conversa com o fã, a mão de ainda segura a de que, incrivelmente, começa a sentir o corpo relaxar aos poucos e não se sente tão nervosa como achou que ficaria. Na verdade, ela ainda acha que desmaiará a qualquer instante, mas, o toque quente da mão dele, está acalmando e relaxando o corpo dela devagar. Ela fica meio desconfortável por ainda estar em pé ao lado dele, com a coluna torta, mas não demonstra. Ela não quer sair dali; ela não quer soltar a mão quente de ; e, sinceramente, estar tão próxima a ele assim a faz sentir-se bem.
O encontro com os fãs termina, quase duas horas após seu início e fica o tempo todo ao lado de , de mãos dadas com ele. O rapaz levanta-se da cadeira e solta a mão de , envergonhada ela se afasta um pouco na tentativa de buscar um pouco de ar. Os rapazes da banda se dispersam pelo camarim, que agora é ocupado apenas por eles, e Ken que conversa com alguém ao telefone e está bastante distraído ao que ocorre a sua volta. Os outros e engatam uma conversa sobre o show de amanhã e de como é o clima quente da cidade. acrescenta que está curioso para saber como o público reagirá ao show após tantos anos sem se apresentarem aqui. Os quatro se acomodam no sofá que há ali e nas cadeiras próximas. Antes de sentar-se também, analisa um lugar estratégico onde ninguém note sua presença, mas é meio impossível já que todos interagem com ela mesmo quando ela se esconde atrás de algum móvel. , que até então estava em frente ao frigobar pegando duas latinhas de bebida, caminha de volta à roda formada pelos amigos e companheiros de banda. O olhar dele passa rapidamente por , que ainda analisa em qual lugar sentará: se na cadeira vazia que está mais afastada de – que está em uma outra cadeira – ou se na ponta do sofá, já que há outro membro da banda está sentado apenas na outra ponta, deixando boa parte do lugar vazio. Parecendo ler os pensamentos da moça, segura a mão esquerda dela novamente e a puxa consigo para sentarem-se no sofá. O olhar assustado da mulher recaí sobre ele novamente, mas não resiste e se deixa levar pelo puxão dele, sentando-se ao lado do rapaz na ponta livre do sofá. Ao sentar-se, joga sua perna direita sobre a esquerda, cruzando-as e recosta no sofá relaxando o corpo. ainda está rígida, ele havia soltado a mão da moça e agora está abrindo uma das latinhas, para surpresa da moça a latinha aberta é estendida por ele em sua direção. encara a latinha sem entender o óbvio. Todos parecem não notar os gestos de , alheios a tudo isso eles continuam conversando sobre o calor da cidade e da saudade que estavam dos fãs daqui. Ele olha para , ainda com a latinha estendida para ela.

— Não vai pegar? — indaga ele, aproximando o rosto próximo ao dela, de repente. — Achei que estivesse com sede — conclui ainda com o braço estendido para ela.
— Ah, o-obrigada, — ela agradece e segura a latinha, sorrindo sem jeito.

O rapaz também sorri e abre a latinha restante, bebericando seu conteúdo em seguida. Ele volta a recostar no sofá e observa atentamente à conversa dos amigos, participando eventualmente com sua opinião a respeito. Aos poucos, a moça relaxa o próprio corpo e também recosta no sofá ao lado de que, ao perceber seus braços tão próximos, sorri de canto e dá mais um gole em sua bebida. A conversa dura até quase o anoitecer.
À noite começam as apresentações noturnas do festival. Assim que anoitece, os rapazes, juntamente com a , saem do camarim e vão passear pelo local. As luzes acesas com enfeites tipicamente japoneses iluminam o local dando um efeito muito bonito. Dessa vez, e andam afastados um do outro. A moça está conversando com que explica a ela sobre como começaram com a confeccionar os enfeites das lâmpadas. Já conversa com o irmão e com os outros e Ken fecham o grupo andando no meio deles. Ao contrário do calor que fez de tarde, a noite em Salvador é fria e venta bastante o que piora a sensação de frio. não levou nenhum casaco e ainda está com a roupa que vestiu pela manhã antes de sair de casa: blusa de manga do evento, short jeans curto e tênis. chama para falar algo com ele e o rapaz deixa caminhando sozinha. A mulher se distrai olhando a pequena lagoa que há no centro do enorme parque onde o evento está sendo realizado, a iluminação realmente deixa o ambiente muito mais bonito do que já é. Ela está abraçando o próprio corpo na tentativa frustrada de se aquecer. Ainda distraída com a beleza do reflexo das luzes na água, não sente a aproximação dele, quando ela menos espera, sente algo quente cobrindo seus ombros.

— Deveria se aquecer um pouco — comenta com a voz grave, assustando que se vira para encará-lo. — Não quis te assustar, desculpa — ele sorri sem jeito.
— Tudo bem, — só agora percebe que retira seu casaco para cobrir os ombros dela. — Toma — ela puxa o casaco dele e o estende para o rapaz. — Se me der seu casaco você ficará com frio.
— Estou acostumado com o frio, — diz ele. — Você está visivelmente se tremendo, pode se resfriar e eu não quero que adoeça — ele pega o casaco e volta a jogá-lo nos ombros dela. — Veste, ficará mais confortável.
— Tem certeza?
— Claro que tenho. Veste.

Ele pega a peça de volta e ajeita para vestir na moça. É um casaco fechado, então tem que ser vestido pela cabeça, com cuidado coloca a peça pela cabeça de e ela termina de vestir a roupa, sentindo o alívio do calor que ele proporciona.

— Melhor? — pergunta ele vendo a expressão de alívio que ela faz.
— Sim — responde ela, sem graça. — Obrigada, .
— Aqui é bem bonito — comenta ele aproximando-se da beira da pequena lagoa com cuidado. As mãos voltadas para trás de suas costas.
— Sim — diz . — E a iluminação ajuda bastante — ele concorda com a afirmação da moça. O vento frio bagunça os cabelos dela e se perde momentaneamente observando o rosto de . — Está tudo bem, ? — indaga ela ao notar que está sendo encarada pelo rapaz.
— Só estou vendo como você é bonita — responde e sorri sem graça, virando seu rosto para frente.
— Oh... — surpreende-se sentindo o rosto esquentar de vergonha. — Você me acha... você me acha bonita?
— Claro que sim — diz voltando a olhar para ela. — Posso te dizer algo?
— Pode.
— Posso dizer em outro lugar? Sem ser aqui — ele pede e arqueia a sobrancelha sem entender. — Tem gente demais aqui.
— Ah... .... você quer...
— Podemos sair daqui para eu te contar o que tenho a dizer?

O olhar penetrante dele recai sobre ela novamente, a cabeça pendendo para o lado direito de seu corpo e o olhar suspenso encarando a moça. não consegue questionar mais, mesmo temendo algo que ela imagina que ele fará e se sentindo insegura por isso, ela concorda com um gesto de cabeça. Sem tirar os braços detrás de seu corpo, acena com sua cabeça para que a moça caminhe junto com ele. Ambos caminham lado a lado sem dizer mais nada, a direção para onde estão indo é, até então, desconhecida pela moça. Eles literalmente atravessam o parque e vão na direção dos camarins, só então começa a imaginar que sua teoria talvez esteja certa. Mas não, ela não quer pensar nisso agora ou senão irá vacilar, ela irá fugir e ela não quer isso. Se sua teoria estiver certa, a moça apenas quer se aproveitar e curtir o momento.
e chegam ao camarim onde a banda estava antes de saírem pelo passeio no parque, ao adentrarem e fechar a porta atrás de si, não dá espaço para palavras. O que ele quer falar com a moça não precisa ser expressado através de sílabas, pelo menos não agora. Ele envolve os braços na cintura dela e a puxa para próximo ao seu corpo, um beijo urgente é iniciado. Aquilo que a imaginação de havia pensado está se realizando agora e ela não quer que termine. Não pode se findar.
Os braços firmes de apertam o corpo de contra o dele; está encostado na porta enquanto beija a mulher, o calor produzido pelo beijo o deixa excitado e isso ele não consegue controlar. As mãos ágeis dele suspendem o casaco que a moça veste e o retira. Eles voltam a se beijar e as mãos de vão diretamente na camisa de , desabotoando-a aos poucos, ele a ajuda retirando a peça e jogando-a para longe. agarra uma das pernas de e a ergue travando-a em sua cintura, sorrateiramente sua mão aproveita para passar perto da virilha dela que sente um arrepio com o gesto. Interrompendo o beijo, ambos ofegantes, eles se encaram por alguns segundos.

— Você tem certeza? — questiona .
— Tenho — responde , convicto de seu desejo interno. Ele passa a mão que segurava a perna de pela nuca da moça. — Vamos para o hotel?

A resposta dela vem em forma de mais um beijo ardente, ato que surpreende , mas que o deixa ainda mais animado. Ele finda o beijo e a encara com desejo, mordendo os lábios em seguida. Ambos deixam o camarim e vão diretamente para a saída do parque, chama um Uber para levá-los até o hotel onde a banda está hospedada. Eles entram na parte traseira do carro e vão durante todo o caminho em silêncio, mas as mãos bobas de ambos agem durante o trajeto e os olhares trocados os deixam ainda mais excitados.
Chegando ao hotel, leva diretamente para seu quarto onde ele está sozinho. Assim que adentram ao cômodo, os dois voltam a se beijar com fervor e caminham meio descoordenados até a cama de , o rapaz deita sobre ela e puxa consigo, abraçando a moça contra seu corpo. O passear das mãos dele sobre seu corpo produz arrepios na pele da moça que está anestesiada com o toque suave, porém firme, dele. Eles se encaram, ao fim desse beijo, e ajudam um ao outro a se despir. Começam pela camisa de e a blusa de , depois retiram a calça do rapaz e o short dela, por fim, ambos estão apenas de roupas íntimas. Ele engole em seco ao ver o corpo esbelto da mulher a sua frente, seminu, o toque em sua pele faz com que a pele do rapaz se arrepie. Ele distribui beijos pelo corpo de ao mesmo tempo que a deita na cama e retira seu sutiã e sua calcinha. Ao terminar, ele retira sua cueca também revelando seu membro que já está ereto há algum tempo. Antes de deitar-se sobre ela, pega um preservativo e o coloca em seu membro, voltando a encarar ele engatinha sobre ela, que mantém suas pernas erguidas e os pés apoiados na cama. De repente, um nervosismo incomum toma conta dela que começa a ofegar e tremer. Tais gestos são notados por ele que se deita sobre ela e a beija com carinho, ele sente o corpo dela relaxar aos poucos, as mãos da moça apertam suas costas e então, leva uma de suas mãos até seu membro, colocando-o na posição da intimidade de . Ele sente que ela enrijece o corpo levemente e passa sua outra mão pelo rosto dela, descendo até sua nuca e intensificando o beijo. Num gesto carinhoso e calmo, ele introduz seu membro dentro da intimidade dela com todo cuidado, produzindo gemidos de ambos. Os lábios de agora beijam o pescoço de enquanto ele penetra a mulher ainda com cuidado. Ela aperta as costas dele e ergue o quadril para encaixar melhor, mantendo suas pernas erguidas com uma delas envolvida no quadril de e apoiada na cintura dele. Os movimentos começam a ficar mais e mais fortes e o suor já é presente em ambos, juntamente com os gemidos de prazer que é algo inevitável no momento.

[...]

O toque suave dos dedos de sobre seu braço produz arrepios intensos em . Eles estão abraçados na cama, cobertos pelo lençol, após o ato que acabou há alguns minutos.

... — ela chama por ele, que resmunga em resposta. — Eu, eu estou curiosa com algo.
— Com o que? — ele afasta um pouco o rosto para encará-la.
— Por que você se interessou por mim? — questiona com os olhos voltados para os olhos dele, o rosto de iluminado pela iluminação urbana que entra pela janela do quarto.
— Achei você interessante assim que bati os olhos em você lá no festival — diz ele acariciando o braço dela. — Você estava cantando uma música da minha banda — ele sorri ao se recordar e sente o rosto avermelhar-se ao se lembrar do momento.
— Mas isso foi bem antes da gente se encontrar no camarim — diz ela.
— Foi — confirma . — Eu te vi de longe e seu olhar transmitia um amor imenso pelo que estava cantando, me comoveu — confessa o rapaz ainda encarando a moça.
— Eu estava cantando Butterfly — comenta ela e sorri.
— Sim — ele diz e aproxima mais seu rosto do dela, aninhando-se no abraço. — Não é uma música tão conhecida, não imaginei que alguém gostasse dela tanto assim.
— Eu amo essa música, todas, na verdade — eles riem. — Mas essa música me comove pela letra dela, me dá esperança, sabe? — concorda com a cabeça e sorri para ela. — O que me deixou intrigada foi você se interessar por mim. Justo por mim, ...
— O que quer dizer? — antes dela responder, ele a interrompe. — Você é uma mulher linda e está solteira, certo? — ele faz uma expressão cômica que faz a mulher rir.
— Sim, estou sim — responde , rindo.
— Então nada nos impede de termos uma noite de amor — diz , dando de ombros. — E nada me impede de me interessar por sua beleza e suas qualidades — completa o rapaz com um sorriso de canto nos lábios.
— Mas eu...
... — ele a interrompe novamente. — Vamos só aproveitar o momento, está bem? — ela o encara, os olhos brilhando e querendo se entregar completamente, mas... — Domingo eu volto para o Japão e não sei quando poderei voltar para ver você — isso que temia ouvir, o óbvio sempre é mais doloroso.
— Eu sei — diz ela com a voz fraca e abaixando o olhar. ergue o queixo dela, fazendo-a o olhar novamente.
— Posso prometer que não vamos deixar de nos falar, está bem? — diz ele sentindo a garganta se fechar um pouco. — Eu realmente gostei de te conhecer e eu não quero perder... não quero te perder da minha vida.
...

Ele dá mais um beijo carinhoso nela para evitar que as lágrimas formadas em seu olhar caíssem. O rapaz realmente sente algo intenso e diferente quando está com próximo, ele sentiu isso quando a viu cantando mais cedo, enquanto eles estavam transando, quando se beijam ou quando se abraçam. Isso ele quer sentir de novo e com ela em seus braços. realmente não sabe quando poderá voltar à Salvador ou ao Brasil, mas sabe que não irá perder o contato com , ele quer poder conversar com ela todos os dias e, quem sabe, levá-la para conhecer seus pais lá no Japão. aninha em seu abraço e sorri com a possibilidade de pedir a moça em namoro, por mais loucura que seja pensar nisso quando se acabou de conhecer a pessoa. Porém, a conexão que eles demonstram ter é tão forte e nítida que não acha tão louco pensar assim. Ele está até pensando na decoração do casamento...
Deixando seus devaneios de lado, o rapaz aperta o abraço em e respira o perfume que sai dos cabelos dela. O calor de seu corpo o acalma e organiza seus pensamentos, assim ele consegue planejar melhor como fará quando tiver que embarcar no avião de volta ao seu lar. Mas, no momento, só quer aproveitar o calor do corpo de próximo ao dele, os beijos dela, o toque de seus dedos e de seus lábios em sua pele, o perfume da mulher que é o seu cheiro favorito agora. Ele está passando pouco tempo com ela, mas o suficiente para viver a eternidade de um sentimento muito forte.
Tudo isso é combustível para que ele manter a esperança de prosseguir com esse sentimento, é tudo que ele mais deseja agora.

“Batendo palmas para a vida,
Um brilho se dispersa
Vamos levar a preciosa alegria pela eternidade
Então voe... então voe...”

Butterfly, FLOW


Fim



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Nota da autora: Olha... esse surto era para ser mais leve, mas o Kohshi realmente tem alergia à histórias que NÃO sejam +18, então... tá aí! <3 Te amo, Kohshinho!








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