Última atualização: 07/05/2025
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dirigia pela estrada de Forks que circundava toda a reserva, enquanto Black decidiu se separar temporariamente na mata. Ela parou o carro à altura da entrada da antiga mansão Cullen. Algo dizia a ele que Paul passara por ali.

— Sinto o rastro dele por aqui. — Jacob falou.
— O que Paul viria fazer deste lado da floresta?
— Eu não sei. Mas, Mark pode estar metido nisto. ... Sabendo que os riscos de um ataque à você são menores, vá até o Mark. Eu vou seguir o cheiro de Paul.
— Uau... O que um pedido de casamento não faz à confiança de um homem! — zombou tirando um sorriso bobo do rosto dele, e pediu: — Tenha cuidado, meu amor.
— Você também, minha Mani.

Eles se beijaram rapidamente e cada um seguiu para um lado. observou Black adentrar à mata, transformado. Encarou o caminho até a casa dos Cullen e seguiu confiante. Ao chegar próxima à encosta alta de mata virgem, que escondia a casa de vidro abaixo, desceu do carro e se pôs a caminhar, mas logo ela foi puxada pela cintura sendo afastada de onde estava e tivera a boca fechada por uma mão.

— Shiii... Fique quietinha. — Ele sussurrou ao ouvido dela — O que faz aqui, gracinha?

Killiam a soltou e se virou ágil para encará-lo.

— Mark? Estou procurando o Paul. O rastro dele nos trouxe aqui.
— Nos trouxe? Não me diga que Jacob está aqui!
— O que houve Mark?
— O seu amigo lobo pressentiu que minhas visitas estavam a caminho e veio até aqui, mas transformou-se em outro monstro muito rápido. Eu tive de contê-lo.
— O que você fez com Paul? Que visitas? — perguntou já desesperando-se por Paul.
— Eu o parei e deixei o corpo dele lá na praia de vocês. Os outros dos seus amigos já devem tê-lo achado.
— Não, ninguém conseguiu senti-lo. Só Black, até agora farejou o rastro dele.
— É porque os sentidos de um alfa são mais aguçados. Desculpe, mas, eu tive de parar seu amiguinho do meu jeito. Ele deve estar fraco.
— Eu vou te matar! — tentou esbravejar jogando-se sobre ele, mas Mark lançou-se a ela tampando sua boca.
— Shhh...! Eu não posso falar mais. Eles estão chegando. Vai embora! Vá para La Push! E mantenha todo quileute bem longe daqui, principalmente seu amado Jacob se quiser evitar uma guerra fora de hora!
— Quem está chegando?
— Os Cullen. Agora vá, Edward está pressentindo sua presença.

olhou aflita e confusa para Mark. Focou o olhar há alguns quilômetros e descobriu mais uma nova sequela: percepção visual aguçada. Enxergou os vampiros chegando, a visão ainda turva e confusa, mas com certeza deveriam ser eles.

— VÁ! — Mark ordenou se afastando dela bastante nervoso por ela ainda estar ali.

correu novamente em direção ao carro, e dirigiu acelerada até La Push. Se concentrou em se conectar com os outros, e Black foi o primeiro deles.

“Estou indo à praia, encontrei ele Mani!”


a voz de Black ecoar em sua mente. Novamente Mark lhe dissera a verdade. Ela respirou aliviada por encontrar Paul e extremamente aflita por novamente perceber que Mark não mentia para ela. Encontrou os outros chegando na praia onde estava Black carregando o corpo de Paul. Abriu a porta do carona na camionete, e ali colocaram o amigo desmaiado. Todos os outros entraram à caçamba, inclusive Jacob. dirigia nervosa, cansada e toda vez que olhava o rapaz ao seu lado, desmaiado, se sentia culpada.
Quando chegaram à reserva, tudo o que mais queriam, Jacob e ela, era dormir. No entanto, Paul dava sinais de algum sintoma estranho. pediu que o levassem à sua cabana, e que Black pedisse à Leah para a encontrar com os itens médicos.

— Ele foi envenenado pelo Mark! — constatou com a redoma de quileutes à sua volta em seu quarto.

Paul estava desacordado, mas dava sinais de enfraquecimento cardíaco deitado em sua cama. Leah sabia o que pretendia fazer, quando ela se sentou à cama arregaçando a manga do próprio casaco.

— Esteja com o antídoto em mãos , eu vou transfundir e a chance dele despertar transformado vai ser grande!
— Você vai aplicar uma transfusão do sangue da nele? — Seth perguntou à irmã.
— É! Uma bomba na corrente sanguínea dele. E agora vamos ver ele se transformar muito rápido, ou... Eu não sei! Calado Seth! Não me deixe mais nervosa.
— Calma Leah! — gritou com ela, que após retirar uma seringa sanguínea de sua veia, trocou as agulhas e preparou a veia de Paul para receber.

deu sinal para os outros afastarem-se. Aquela multidão dentro do quarto as deixava aflitas. apressou-se preparando outra seringa de antídoto. A última dose que havia sobrado desde Leah ter testado nela mesma. Ela ainda não tinha ido até Mark pedir novas amostras de veneno, e agora não sabia quando poderia fazer aquilo tão cedo. Leah injetou a transfusão sanguínea e as duas observaram Paul inerte. Se entreolharam e Leah contou cinco minutos. Nada. Em sete minutos, Paul começou a debater-se. Abriu os olhos em uma nova coloração, e puderam observar a musculatura dele se expandir. Era uma cena horrível.
Black avançou até as duas e empurrou Leah para trás, agora ela era mais vulnerável ali. Os outros a protegiam, e Black lançou-se sobre o corpo de Paul o segurando firme, enquanto pegava a veia e aplicava o antídoto. Parecia que Paul convulsionava, e todos estavam amedrontados! Ele foi voltando ao normal à medida que debatia o corpo inconsciente, e de repente desmaiou. Todos se encararam assustados. A cena foi demais para todos que estavam presentes ali.

— É isso. Agora vamos ter certeza da cura.

Leah falou fazendo-os recordarem de suas palavras: “Se um lobo transformado receber o antídoto ele volta a ser um lobo comum. Se um lobo comum receber o antídoto, ele deixa de ser um lobo”.
Todos saíram dali em direção à sala da cabana de .

— Mas afinal, porque Mark o atacou? — perguntou Seth confuso.
— Eu tenho notícias desagradáveis. — respondeu assim que Seth soltou a pergunta que os demais também queriam fazer.

Então, Quil, Embry, Sam, Emily, Sue, Charlie, Billy, Black e Leah a encaravam com cautela e curiosidade.

— Paul estava perto do território Cullen por ter farejado uma presença estranha. Ele se transformou na frente de Mark, e ele precisou contê-lo. A forma encontrada foi atacando. Ele levou o corpo de Paul para a praia e devido ao envenenamento, os outros não podiam encontrá-lo. Mas, Black sendo o alfa, ele... Tem uma conexão maior com vocês, vocês já sabem… — explicava cansada e aflita.
— O que Paul farejou para Mark ter de afastá-lo assim, ? — Billy demonstrou-se muito mais preocupado.
— Novos vampiros.
— Outros frios chegando à Forks? Então eu estava certo! Eu senti o cheiro deles, mas... Estava concentrado em Paul. — disse Embry.
— Todos sentimos. — confirmou Quil.
, eram os Volturi? — Seth perguntou confuso atraindo os olhares preocupados de todos.

Ela observou um a um, e ao olhar para Black, seu namorado encarava o chão raivoso. Ergueu o olhar até o dela, e os dois pronunciaram ao mesmo tempo:

— Os Cullen.

Todos estavam surpresos. Charlie caiu sentado ao sofá da casa dela e inerte.

— Como sabem que eram eles? — Charlie perguntou em um fio de voz.
— Senti o cheiro deles, Charlie. — respondeu Black.
— E eu os vi chegar distante. Não me perguntem! É mais uma novidade para mim também. — afirmou.
— Mais um dos poderes transferidos a você por Mark. — Leah concluiu.

Charlie ergueu-se e encarou , aflito, perguntando:

— Você a viu, ? Bella também veio?
— Eu não consegui distingui-los totalmente, Charlie.
— Sim. Ela veio. — Black pronunciou.

Charlie caiu novamente sentado. Certamente Black sentiu o cheiro dela, e aquilo era prova concreta. Ele não esqueceria o cheiro dela. Os olhos de desencontraram os de Black e ela pensava que agora teria de encarar a sua ex-amiga, de verdade. Uma fria. Uma rival. Uma peça de todo o passado de Black. Ele caminhou-se até e a abraçou.

•••


Na manhã seguinte, Black e estavam ansiosos pelo despertar de Paul. Mas, o rapaz não acordava. Chamaram a Leah muito cedo pedindo para o examinar. Estava tudo certo com a frequência cardíaca dele, e tudo o mais, contudo, o rapaz havia entrado em uma espécie de “hibernação” temporária.

— Acalme-se . Você não fez nada errado. Quando o Mark te mordeu, você levou dois dias dormindo, lembra?
— Certo... — respondeu para a amiga, bufante e decidiu: — Eu vou ao trabalho.

Se distanciou do quarto, e enquanto desciam as escadas Jacob estava na cozinha preparando o café da manhã. Leah puxou a mão de , de repente, a assustando e encarando o anel que não havia notado ali antes, um tanto surpresa.

— Jake! Jake! — Leah começou a gritá-lo e não conseguiu evitar um esboço de sorriso sem graça.

Jacob se aproximou das duas com uma expressão de tédio pela gritaria de Leah, ele bem sabia pelo tom da amiga que não era algo sério.

— Você tem alguma coisa a ver com este rubi no dedo da ? — Leah falou erguendo a mão da amiga quase à altura dos olhos dele.
— Tenho. — E então Black começou a sorrir tão sem graça quanto .
— Vocês dois, são dois idiotas! Como fazem algo assim e não contam para nós?
— Ele fez o pedido ontem, Leah. E quando voltamos... Bem...
— Eu quero matar vocês! Venham aqui! — Leah abraçava , de um jeito forte e animada e em seguida fez o mesmo com Black.
— Você tem lágrimas nos olhos? — Black perguntou encarando-a como se aquilo fosse absurdo.
— Tenho. Eu quero tanto que vocês sejam felizes!
— Obrigada Leah. — se segurou para não chorar e a abraçou novamente.

Ela os encarou admirada e em seguida saiu correndo gritando:

— E eu vou ser a primeira a sair contando para todo mundo!
— Leah! Espera! — Black e gritaram, mas nada adiantou.

Olharam-se prevendo que não teriam paz. Não era daquele jeito, muito menos naquele momento que eles queriam contar. Mas... Quando é que um quileute tem privacidade de sua própria vida, não é? Alguns minutos após Leah ter saído, Black e sentavam-se à mesa da cozinha para comer, e a multidão de pessoas ainda com as caras amarrotadas adentraram a cabana dela, falantes, sorridentes, carinhosas.
Eles receberam abraços, felicitações, algumas lágrimas também. Billy não se conteve ao abraçar o filho. Alguns sentaram-se à mesa com o casal e tomaram café como uma grande família feliz. parou um instante para refletir sobre aquela cena: ela tinha muito mais do que já sonhara em ter naquele momento. Ela realmente havia ganhado uma nova família. E algumas lágrimas teimosas e discretas escorreram sob seus olhos. Black percebeu e enxugou-as beijando o rosto da agora, noiva. Eles estavam tão felizes que temiam. Temiam toda a atmosfera sombria que insitia em perseguir suas vidas. Ao tempo que os riscos, as dúvidas e os conflitos se aproximavam, eles ainda conseguiam ser felizes. Havia um equilíbrio cósmico inexplicável entre todos que fazia com que suas vidas seguissem “normais” mesmo em meio a todo o horror.
seguiu para o trabalho na farmácia, Black para oficina, Sue tomaria conta do Paul, e Charlie estava abalado com a volta de Bella, mas decidiu ocupar-se também com trabalho. No horário do almoço, ele surgiu na farmácia acompanhado de Erick e surpreendeu .

— Bom dia, senhores! — Ela sorriu ao vê-los.
— Bom dia, . — disse Erick sorrindo e Charlie apenas os encarou apreensivo — Tudo bem?
— Sim! E com você, Erick?
— É... O mesmo. ... Eu vim te entregar isso.

Ele a estendeu um envelope dourado. olhou para Charlie curiosa, e o delegado lhe encarava com um meio-sorriso e sobrancelha arqueada.

— Um convite de casamento? E Seu! — deixou a boca cair chocada — Ora, ora Erick!
— É. Não me pergunte. Quando eu vi, já estava com meu nome nisso.
— Você não quer se casar com a Jéssica?
— Quero. É claro.
— Hm... Então, sorria! Eu fico feliz por você, de verdade Erick!
— Que bom. É... Eu ainda não sei o que estou fazendo, mas... Enfim... Sei que é um pouco em cima da hora, mas, espero que você possa ir e levar quem você quiser.
— Obrigada. Eu irei.

saiu de trás do balcão para abraçá-lo, e ao deixar o envelope sobre o balcão, Erick notou sua mão. Eles se abraçaram e antes que o policial a soltasse, sussurrou ao ouvido dela:

— É um belo rubi.

se afastou dele sorrindo fraco. Charlie observava à tudo atento, e com sarcasmo em sua face.

— Obrigada. Eu me contentaria com um anel mais barato…
— Jacob sabe que você não merece menos. Merece muito mais, e ele é um homem com muito bom gosto.
— Você está elogiando o Jacob? — provocou zombando.

Erick riu e beijou a testa dela e saiu sem lhe responder, logo também se despedindo de Charlie.

— Ele superou, não é? — Charlie perguntou apontando Erick com a cabeça.
— Ele é um bom homem, competitivo apenas. Espero que seja feliz com aquela maluca… — comentou e rindo Charlie concordou pegando a mão dela ao dizer:
— E então, filha, vamos almoçar na reserva?
— Como recusar um pedido desses?

sorriu e o acompanhou até a viatura. De certa forma, Charlie lhe pegou de surpresa. A espantou muito mais aquele convite do que a notícia do casamento de Erick Jones e Jéssica Parker.

— Está tudo bem com você, Charlie?
— Não. Eu não sei como vai ser quando... — Ele parou de falar deixando subentendido.
— Por acaso, vocês brigaram antes dela partir?
— Não. Mas, ficamos em lados opostos, não é?
— Nesse caso, não acho que ela seria uma idiota de descontar no próprio pai suas desavenças com os quileutes.
— Temo que ela... Não seja mais a minha filha, .
— Estou intrigada também. Sei que ela e eu nos encontraremos hora ou outra.
— Bem, até lá estejamos atentos. Os Cullen não voltariam se não fosse por um motivo forte.

•••


Paul acordou três dias após o ocorrido. Sentia-se bem, mas um pouco fraco. Os quileutes não entendiam ainda a dimensão do que acontecia em seu organismo, mas sabiam que seria uma mudança absurda. Bruh, no segundo dia em que ele não despertava, não saía de perto dele. Seth e , estranhavam e comentavam sobre aquilo, enquanto deixaram a garota a sós.

— A Bruh é muito estranha, Lu.
— Ela deve estar gostando do Paul agora, já que percebeu que você não deu ideia para ela, Seth.
— Não... Não estou falando disso... Tem algo muito errado com ela.
— Como o quê?
— Eu não sei, mas sinto que não podemos confiar nela.
— Ela é uma quileute, Seth. Apesar de tudo não acho que faria algo contra nós. Se fosse assim, ela faria antes.
— Pode ser, mas... Meu instinto me diz para ficar em alerta.

Alguns dias se passaram, e precisava de nova dose de veneno de Mark. Mandou uma mensagem a ele e foi até sua antiga casa no bairro Kalil. Assim que estacionou o carro na entrada da casa, observou Mark no andar de cima olhando pela janela e distanciando-se quando percebeu que era ela. Ele abriu a porta para que ela entrasse e rapidamente a fechou.

— Saudades de sua casinha?
— Nem um pouco.
— Saudades de mim, então?
— Também não. Deixe de rodeios, você sabe porque eu vim.
— Que falta de educação, . Sente-se, vamos conversar.
— O que você tem a dizer? — Ela o encarou desconfiada e então ele apontoiu novamente o sofá onde a mulher suspirou, e dando-se por convencida sentou-se.
— Fique longe da casa dos Cullen. Eles vieram todos. Inclusive sua amiguinha Bella.
— E o que eles pretendem?
— Não sei. Bella desconfia que eu estou os traindo. Alguém, que não foi Valerie e nem Darak, lhes contou algo que fizeram os Cullen voltar.
— Como sabe que não foram eles?
— Estão mortos. Os Cullen vieram assim que souberam.
— E o que eles souberam?
— Que Rhikan está em Forks. E você sabe... Eles ainda acham que podem dominar os lobos, dominando a coisa.
— Bella é quem está liderando isso?
— Com certeza. Carlisle e Emma não estão de acordo com alguma coisa. Eles me deixam de fora dos novos planos, então não sei muito. A única coisa que sei, é que todos seguem o ideal de serem uma família unida por isso estão aqui. Porém, não há unanimidade sobre as decisões.
— Eu vou precisar que você me mantenha informada, Mark. Afinal, eu posso contar com você?

Ele se aproximou lentamente de , e encarou-a nos olhos muito próximo de seu rosto.

— Eu já disse que vou tirar o lobinho da jogada, não disse? Este rubi na sua mão será apenas mais uma das suas lembranças.
— Me poupe!
— Vou pegar sua encomenda, gracinha. — Mark sorriu e distanciou-se subindo.

Não era possível que Mark realmente fosse apaixonado por ela, era o que pensava. Achava aquilo tão contraditório, porém, enquanto ele a ajudasse na esperança de que ela o seguiria por toda a eternidade e livres da Rhikan, ela não tinha que se preocupar. Pensou , embora, ainda tentasse encaixar algumas peças do quebra-cabeças confuso que era Killiam e sua ligação com ele. pegou a caixa das mãos dele assim que ele desceu e foi até à porta. Quando tocou a maçaneta, ele chamou novamente a atenção dela:

— Eu já lhe disse que não vai dar certo, não disse?
— Talvez você esteja enganado.
— Você já leu o diário de Darak?

fez silêncio recordando-se de que havia deixado o material no laboratório quando ele a entregou.

— Então você não leu. Cuidado ao sair , não se deixe ser vista comigo ou poderá nos trazer problemas.
— Eles sabem que eu sou a Rhikan?
— Eu não sei. Mas, é bom evitar interrogatórios sobre você.

saiu logo após acenar e sorrir para o frio. Mark não sorriu de volta, ele subiu e retornou à janela de antigo quarto dela a encarando sair com o carro. foi até o laboratório, pegou o diário e ao voltar, decidiu que precisava ir até próximo à casa dos Cullen. Mas, foi tomada de consciência e desistiu. O perigo às vezes lhe atraía como se dominasse a mente dela. Ela dirigia preocupada com tudo que Mark havia dito e algo não saía de sua mente: ele ter certeza que não iria dar certo, que o sacrifício de um lobo era a resposta, que ela precisaria ir embora.
encarou ao anel de noivado em seu dedo, e deixou um suspiro pesado no ar. Mirou olhares ao diário no banco do carona, e ao retornar sua atenção à estrada freiou bruscamente. Estava passando pelo trecho de estrada que dava direção à floresta dos Cullen. Olhou para a mata dos dois lados da estrada, e não pressentiu riscos. Mas, aquela figura que havia passado à frente do seu carro a deixara intrigada. Seria um deles? O carro morreu e ela tentava dar partida, mas não obtinha sucesso.

— Vamos, vamos... — sussurrou para si.

Um barulho na traseira do carro chamou seu olhar aos retrovisores. Ela não encontrou nada. Continuava tentando fazer o carro pegar, quando olhou novamente para o lado de fora da janela e um sorriso maquiavélico a encarava. observou aquele olhar vermelho brilhante, e antes que o ser abrisse a porta do carro como parecia que faria, a abriu. Parecia que o ser estava caçando. Então, mais rápida, saiu do carro para que pudessem se encarar de igual para igual. A expressão maquiavélica, tornou-se surpresa.

? — A vampira, pegou-se surpresa que havia abordado uma figura conhecida.
— Olá Bella.

E respondeu tranquila, como alguém que diferente dela, já esperava aquele encontro.





Então, o grande momento havia chegado. estava cara a cara com Isabella Swan. Bella, aquela que um dia foi a sua melhor amiga. A expressão na face dela era de dúvida. E a de ... Bem, ela estava ali fingindo ser uma atriz digna de Oscar. Se Bella descobrisse que sabia de sua verdadeira forma, talvez ela pudesse estar em apuros. E estar em apuros revelaria a sua verdadeira e nova, identidade.

— O que faz em Forks? — Ela perguntou para , ainda inexpressiva.

ponderou cada uma das suas ações naquele momento. Enquanto Isabella a analisava curiosa, recapitulava o que de melhor poderia fazer. E chegou à conclusão que reagir como alguém que já a esperava seria o tiro no seu pé. Então, encarou-a da mesma forma. Ela não deixaria de notar as mudanças nela, não é? encarou Bella da cabeça aos pés. Caminhou lenta até ela, mas não se aproximou demais. Bella então deu-se conta que notou as mudanças em si, e deu dois passos para trás. Ainda havia dúvida em seu olhar. E que olhar totalmente diferente da introspectiva Isabella que conhecia.
Antes de respondê-la, até porque criava um script em sua mente naquele momento, a ex-amiga fez perguntas:

— Você está muito diferente, Bella. O que houve?
— Você também está. Eu não a reconheci facilmente.

gostaria de saber que explicação Bella lhe daria para suas mudanças.

— Desde quando você usa lentes de contato, Bella? — falou divertida tentando arrancar-lhe um sorriso.
— Bem.... O casamento traz mudanças, . — E a vampira respondeu sorrindo.
— É verdade. Ouvi falar que se casou com um rapaz chamado Edward Cullen.

As duas ficaram ali se encarando estranhas. De repente uma nostalgia se apossou de e ela percebeu que embora não conhecesse a nova Bella, ela jamais conseguiria odiar a antiga. As memórias de seus momentos juntas em Phoenix, quase a fizeram chorar. E choraria de verdade, porque aquela menina frágil havia se tornado imortal, mas se ela o fizesse, perderia o controle da própria farsa. Então, quase deu graças a Deus por ela ter aberto a boca para falar.

— Eu posso te abraçar, ? — Bella perguntou em um tom de saudade.

não imaginava que aquilo significava perigo. Porque o perigo a causava aquele frio na espinha e uma sensação de alerta que ela teimava em evitar. E naquele momento, o que ela sentiu foi só a tranquilidade do sorriso antigo e tímido de Bella, quando pedia por um abraço por mais que odiasse o contato físico com as pessoas.
Que justificativas teria para negar sem que levantasse suspeitas também? “Não, porque agora você é algo que eu devo destruir!” não era algo que poderia dizer. Ela teria de correr o risco daquele contato, então, sorriu em resposta e Bella se aproximou. Aproximou-se rápida. E abraçou tão forte ao ponto de arrancar-lhe um suspiro sufocado.

— Você me traz lembranças de uma vida doce, ... — Isabella murmurou ao ouvido da antiga amiga.

Havia um sentimento de dor naquela fala. Será que Isabella arrependia-se de ter se tornado o que se tornou? se pegou pensando de novo. Ela respirou fundo, e em um gesto muito rápido se afastou da humana. Bella não deixou de sentir o cheiro forte do sangue vivo da antiga amiga, tal como uma forte sensação de necessidade dele. Alerta em perder seu autocontrole, Bella afastou-se tão rápida quanto se aproximou e disse:

— Vo-você está muito diferente…

entendeu: talvez fosse o seu cheiro ou o poder de Rhikan. Mark vivia dizendo o quão tentador era se manter perto de um humano, principalmente quando se tinha sede, mas se tratando dela, a influência de Rhikan também dava “sede” aos vampiros. Aquilo lhe fizera pensar o que Bella faria ali na estrada àquela hora e sozinha.

— Você também. Afinal, passaram-se alguns anos não é? — fingiu obviedade e insistiu em tirar a verdade de Bella. Queria muito que ela a contasse: — Eu estou curiosa... Você está muito diferente mesmo! A cor dos seus olhos... eles…
— Estou usando lentes sim. — Bella a cortou — E há alguns anos eu me tornei uma atleta de academia, se posso assim dizer.
— Ah... Uau. Você malhando? Incrível.

Bella riu abaixando a cabeça. Mas, nem o seu sorriso bobo era o mesmo. Havia tanta confiança em seus gestos que preocupou-se, se aquele momento era uma ilusão como ocorrera com Valerie na noite em que ela tentou atacá-la. Ao mesmo tempo que imaginava que uma vampira não diria que é uma vampira, mesmo à melhor amiga humana, tinha certa esperança de que Bella dissesse. Talvez assim, ela veria o resquício da antiga amizade presente, e não precisaria encarar a ex-amiga, como uma vilã.

— O que fazia aqui na estrada a esta hora, Bella? Olha... Pode ser perigoso. Ataques tem ocorrido com certa frequência. — desconversou tentando investigar até onde Bella seria capaz de ir.

A Swan, ou melhor, a Cullen, soltou um breve riso debochado.

— Eu gosto de caminhadas noturnas, principalmente nesta cidade que me traz tantas lembranças. Forks é um lugar perigoso naturalmente, . Com o tempo você vai descobrir.

fez silêncio olhando-a curiosa.

— Mas, o que você faz em Forks, ?
— Se lembra da última vez que trocamos e-mails?

Bella franziu o cenho pensativa.

— Não... Me desculpe, mas não me lembro de muita coisa depois de um acidente...
— Ah, sim… Sinto muito. Você me mandou e-mails sobre La Push na época em que veio morar com o seu pai, e bem... Após me formar e sofrer a perda de Theo, eu decidi vir visitá-la. Mas, você não estava mais aqui.
— Perda de Theo? O que houve com ele? — Pela primeira vez naquela noite, viu Bella agir como a antiga Bella.
— Então você se lembra dele?
— Sim… Vagamente. — Bella fingiu e notou que parecia desconfiada, então insistiu — Ele andava com a gente e vocês chegaram a namorar, não é?
— Íamos nos casar, mas um acidente de carro... — abaixou a cabeça sem terminar a frase. Não gostava de lembrar daquilo.
— Lamento muito… O Theo, nossa! — Bella apertou os lábios, um hábito próprio dela, e tinha uma expressão de pena no rosto. — Quando isso aconteceu?
— Há um ano. E eu cheguei aqui um pouco depois disso. Não tem muito tempo que estou em Forks.
— E você conheceu La Push? — Bella sorriu amena ao perguntar se recordando exatamente dos e-mails que enviou à antiga amiga, embora houvesse mentido dizendo que não.
— Sim! É lindo como você dizia nos e-mails! — sorriu amplamente — Mas se tratando de praia, Phoenix ainda é um lugar mais aconchegante!

Bella sorriu irônica.

— Você mora aqui agora?
— Sim. — E prevendo a enrascada em que poderia se meter, decidiu cortar o assunto. Imagine se ela disesse para Bella que estava residindo na reserva junto aos quileutes? — Bella! Foi fantástico lhe ver, mas... Eu preciso ir. Eu não gosto de andar por aqui muito tarde, e já está escurecendo.

já ia entrando em seu carro quando Bella a puxou pela mão e a abraçou novamente, de surpresa.

— Foi muito bom te ver. Reavivou algumas memórias. — Bella comentou após se afastar encarando de um jeito intrigado.
— Para mim também. — respondeu.

Entrou no carro, afivelou o cinto, e fechou a janela sorrindo para ela. O carro ainda insistiu em não funcionar, mas o motor roncou na segunda tentativa. Bella ainda a encarava parada à estrada quando seu carro se distanciava e observava a vampira pelo retrovisor. pôs-se atenta ao restante do percurso. E se aquilo fosse uma nova armadilha? No entanto, ela não conteve as lágrimas que escorreram de seus olhos. A se deu conta do que acontecia e estava apavorada. Havia visto a sua ex-melhor amiga antes de declarar a guerra final. Quando ela descobrisse sua vida em Forks, se é que já não soubesse, Bella provavelmente reagiria muito mal. E sentiu após sair daquele lugar que, definitivamente nada mais seria como antes. Nada era igual na sua “rotina” naquela cidade, contudo, se ela já tivera alguma certeza no meio de tanta turbulência era de que as coisas não demorariam a findar-se.
O celular dela tocou e só então notou as muitas chamadas não atendidas de Black. Adentrava à reserva e então Jacob surgia na varanda guardando o telefone em seu bolso.
bateu a porta do carro fortemente e disparou ao encontro dele, aos prantos. Black abraçou-a e ela sentiu-se em seu refúgio. Eles ficaram em silêncio apenas sentindo um ao outro.
não sabia por onde os outros estavam, mas Black a levou até sua cabana. A mulher abriu a porta e acendeu as luzes ainda cabisbaixa. Ele, então pegou em sua mão, e olhou-a profundamente. Aquele olhar voluptuoso que ela conhecia. Apagou novamente as luzes os deixando no escuro. Então Jacob beijou o rosto da mulher e acariciou os ombros dela, logo tirando seu casaco e continuou os carinhos.

— A primeira vez que me lembro de desejar um beijo seu, nós estávamos na cozinha da sua casa, completamente no escuro. — Black sussurrou em seu ouvido e as lembranças vieram recheadas das mesmas emoções, só que agora, poderia tocá-lo.

Ela podia beijá-lo. E foi o que fez. Beijou seu noivo, o seu lobo, o homem que ela amava. Ele abraçou-a mais forte e caminharam calmos pela sala, um levando o corpo do outro. Os dois caíram desajeitados no sofá da cabana.

— Eu sei porque você está assim, eu escutei sua dor, seu choro, sua insegurança. Mas, eu te amo Mani, e não vou deixar você sozinha. Eu prometo. — Jacob falava baixinho enquanto a beijava e acariciava o rosto dela, encarando os olhos da mulher que amava, tão amedrontados.
— Ela voltou, Jacob. As coisas vão mudar e muito, eu sinto.
— Que mudem. Lidaremos com tudo juntos, minha Mani. — Black a beijou com vontade e aos poucos, o beijo foi ganhando traços mais urgentes, mais vorazes.

enlaçou suas pernas à cintura dele, em um claro sinal de que queria amá-lo. E Black de novo, amou a . Amou de uma forma tão lenta, e tão carinhosa que ela se sentia uma peça rara de porcelana em suas mãos. Como se ela pudesse quebrar, ele manipulou seu corpo com toda a delicadeza possível. Depois de alguns minutos, ofegantes, deitados abraçados, apesar de cansada, não conseguiu dormir mesmo com as agradáveis carícias entre eles. E ele também não. Jacob sentiu a tristeza sobre ela e puxou-a novamente para seu corpo. Embora o calor do corpo de Jacob fosse o suficiente para que se sentisse aquecida... Algo no seu coração mantinha um frio canadense. Ele pegou-a em seu colo, e então subiram até o quarto. Black a deitou na própria cama dela e puxou cobertas grossas sobre ambos, se aninhou ao corpo dele, e o cheiro de seu pescoço a faria dormir se ela não estivesse tão fraca emocionalmente.
As mãos de Black, ásperas, por todos os trabalhos manuais, acariciavam a cintura dela e logo os dedos dele dedilhavam suas costas na tentativa de a relaxar de novo. olhou no rosto dele e encontrou os profundos olhos voluptuosos misturados à preocupação fitando seu rosto. Sorriu desanimada, mas beijou-o novamente. E ali ficou por toda noite, até que a madrugada a acordasse em um horário que ela não sabia qual era.
se levantou e vestiu uma roupa quente. Na cozinha, aqueceu chocolate com leite para os dois, porque por mais que ela não quisesse o acordar, ela sabia que ele viria logo. E sorriu convencida ao ouvir os passos fundos de seu noivo pela escada. Ele abraçou as costas dela cheirando seu pescoço.

— Eu te amo como nunca imaginei que poderia amar alguém. — Jacob sussurrou para ela.
— Eu te amo, Black. Como sempre sonhei amar um dia.

Virando-se para ele, selou seus lábios e pegou as canecas. Jacob pegou a dele, e de mãos dadas foram sentar-se diante da lareira da sala. Black acendeu-a e se aconchegava no sofá o observando.

— Podemos nos casar logo? — Ela perguntou.

Ele encarou-a confuso, e sem responder concentrou-se em soprar as brasas. Assim que a chama da lenha subiu, Jacob sentou-se ao lado da mulher puxando suas pernas para cima das pernas dele.

— Quer fazer isso agora?

Brincou e sorriu largamente olhando-o desafiadora.

— Queria tê-la visto chegar com este sorriso, Mani.
— Desculpe amor... Mas, eu tive um fim de tarde cheio... — comentou bufando.

Jacob a observava com um misto de preocupação por ela, e raiva da Cullen por ter aparecido diante dela daquela forma.

— Casaremos na hora que você quiser. E estou falando sério. Não tem um único pedido seu que eu não vá atender.
— Amanhã? — brincou e altivo ele respondeu:
— Amanhã!
— Em Silverdale?
— Onde quiser.
— Com todos nossos amigos?
— Arrasto todos eles, do que estiverem fazendo se preciso for.

gargalhu. Ela queria se casar logo, mas sabia que não seria possível daquele jeito.

— Eu a vi, Jacob. A Bella. Ela apareceu na minha frente. — disse, esquecendo-se de que ao dizer para ela que sentiu tudo o que ela sentiu e escutou seus pensamentos, Jacob já sabia que se tratava da vampira.

falou o encarando, tristonha.

— Eu sei. — Ele acariciou o rosto da noiva.
— Não vai me perguntar como foi?
— Eu já sei como foi. Eu vi. Eu senti quando você chegou. — respondeu sério, e então revirou os olhos.
— Ah é… A conexão. Esqueci. — deixou a cabeça pender para trás e repetiu com olhos fechados para ele: — As coisas vão ser difíceis… Não sei o que vai acontecer, mas… Estou com uma angústia no meu peito.
— Mani. Esqueça o que vai acontecer. Não se martirize pelo futuro.
— Como não martirizar, Black? Eu não sei o que eu devo fazer para proteger a todos! — abriu os olhos de um jeito urgente e mantinha uma culpa em sua voz.
— Você não tem que proteger. As coisas são como são, e vão acontecer como tiver que acontecer. — Jacob mencionou mais calmo que ela, em voz baixa e sábia, quase como seu pai, Billy.
— Eu não posso deixar. Eu preciso proteger você, Black.
— Já pensou que talvez, você não tenha todo o poder de controlar os fatos?
— Do que está falando? — o olhou como se ele soubesse mais do que ela.
— Você não conseguiu evitar nada do que quis até agora, não é?
— Claro que consegui! Embry e Paul por exemplo...
— Mani, isso foi o destino. Você sabe o que ele é?

manteve o silêncio e chateada encarou a caneca em suas mãos.

— Você quer tentar travar uma luta com o destino? Se ele mesmo a trouxe até aqui. Se ele mesmo não nos impediu de ficar juntos. Se o próprio destino é o dono do tempo.
— O que você sugere que eu faça, Black? — levantou-se nervosa. — Que eu fique de braços cruzados vendo todos se transformando em lobisomens por minha causa? Que eu espere o momento em que os Cullen invadirão a reserva atrás de você? Que eu aceite que, para que todos sejam salvos você deverá morrer?

Ele encarava-a silencioso e sério. Pousou a caneca na mesa de abajour ao lado do sofá, e pegou a mão de puxando-a para sentar ao colo dele.
— Andei pensando que talvez, as transformações tenham acontecido para que finalmente essa história entre os frios e nós, acabasse. Eu vi o alívio de Leah, e eu sei o que ela sentia. Todos sabemos. Porque no fundo, sermos normais é o que sempre quisemos. Não acredito que as transformações sejam o fim. Não acho que elas sejam assim tão aburdas.
— Do que você está falando? Ser um lobisomen é uma maldição! É a maneira como o lado humano de vocês se perderá cada vez mais!
— Nós já somos uma maldição, Mani. Você não percebe? Passar a vida fugindo da herança genética. Passar a vida sem opção. Passar a vida caçando seres que julgamos menos dignos que nós. O discurso de Leah me fez pensar no dia em que eu pudesse me imaginar livre. Vivendo uma vida simples, com a mulher que amo, filhos...
— Então é isso? Você quer jogar tudo para o alto? — perguntou chocada.
— Quero. — o olhou confusa e incrédula. — Mas não posso. Nunca pude.

E então, ao ouvir aquilo ela o entendeu.

— É essa a minha missão. Cumprir a reponsabilidade de ser um alfa, haja o que houver. E eu jamais poderei aceitar que tome as responsabilidades de tudo o que acontece, para você.
— Ok, Black. E mais uma vez eu pergunto: o que faremos? Vamos esperar um ataque à reserva?
— Quem disse que a reserva será atacada? Você ainda não entendeu Mani? Sou eu! Sou eu que eles querem derrotar. É a mim que eles acham que poderão controlar se derrotarem Rhikan. Só que eles não imaginam que isso não é mais possível. Isso claro, se Mark não o contou a verdade. É também a mim que ela quer, por vingança. E depois... Se eu enfrentar a fúria deles antes que todos se ponham a postos para defender-me, eu terei assegurado o bem de todos.
— O bem de quem? De quem, Jacob? — enfatizou chorando desesperadamente — Servir-se numa bandeja de prata para eles não fará ninguém feliz! Nem mesmo a eles. Acha que derrotar você é o suficiente?
— Eu preciso tentar algo, não é? — Ele falou óbvio e nervoso.
— Nós. Nós precisamos tentar algo. Eu e você. E todo o restante.

Jacob encarou à , aflito, e abraçou-a apertadamente. Beijou novamente sua boca e eles ficaram se encarando em silêncio. rompeu aquele momento terminando de beber seu chocolate que já estava frio, e ergueu a mão para que ele pegasse. Em seguida eles voltaram ao quarto e só então, dormiram.

•••


No dia seguinte, seguia ao laboratório com Leah. Depois da falha da noite anterior, ela havia pedido para Black olhar o seu carro, dando uma revisão a fim de descobrir o que houve e garantir que funcionasse direito quando ela precisasse fugir. Nem ela, e nem Jacob contaram que havia encontrado Bella. Nem mesmo à Charlie.
Enquanto a e Leah trabahavam nos novos antídotos, mal viam a hora passar. Até que Leah pegou a moto que usaram naquela manhã e foi buscar almoço na cidade, enquando ficou trabalhando um pouco mais. Estava concentrada, mas esfregou os olhos cansada, dando uma breve pausa e observou a estante do seu laboratório. Encarou diretamente as pastas ali. Ela tinha tanto trabalho comum a ser feito! Tantos planos que levaram-na a conquistar o laboratório e não havia dedicado tempo nenhum a eles. O que os irmãos Vincent diriam se soubessem que usou o laboratório apenas para desenvolver um “antídoto anti-lobisomem”? Certamente ficariam decepcionados e chocados por sua insanidade.
Frustrada, ela saiu da sala de pesquisa e caminhou até a recepção. Pegou o diário de Darak, ainda escondido em sua bolsa. Encarava-o decidida, Luan estava evitando ler aquele livro, porém, sabia que em algum momento, ela precisaria o fazer. Acomodou-se no sofá da recepção, — que não havia sido aberta ao público muitas vezes, já que mais utilizava o local para suas pesquisas do que deveria ser a origem — e folheou o caderno.
Cada página lida era uma sensação diferente. Ali constava tudo. Tudo o que ela precisava saber. Tudo o que o Mark havia lhe dito todo aquele tempo. Tudo que ela queria e não queria saber.
Quando Leah retornou com o almoço, não tinha mais fome. A quileute perguntou o que houve para deixá-la tão ansiosa, e estendeu o diário para ela. Depois que leu tudo, Leah disse:

— Vamos almoçar, terminar o trabalho e guardar o antídoto para o dia em que for necessário. E chegando em casa... Pensamos sobre isso.
— Malaika disse tudo o que sabia? — indagou desconfiada da anciã, para Leah que a encarou tão preocupada quanto ela.
— Aquela velha é maluca. Você sabe! Eu não sei mesmo te responder, mas... Minha mãe e Billy talvez saibam.
— Então vamos ao trabalho, porque eu mal posso esperar para chegar em casa.
— Ei, não vamos comer? — Leah perguntou contrariada ao vê-la entrar no laboratório sem tocar na comida. No entanto, com fome ela não iria ficar e almoçou sozinha já que não queria comer.

•••


Leah e chegaram na reserva e tudo parecia normal. procurou por Jacob que estava no galpão e ao vê-la, ele iniciou algum assunto sobre o carro dela, mas ela não escutou. Jogou-se nos braços dele e o beijou. Ele encarou-a, confuso, enquanto ela o puxava de volta à reserva. Assim que o casal aproximou-se das cabanas, Seth olhou em direção à trilha da mata e Black também parou de caminhar.

— O que houve? — perguntou observando aos dois, que encaravam-se silenciosos.
— Billy disse para vocês voltarem. — Respondeu Seth.

observava Seth que mantinha um olhar aflito e quando fez menção a prosseguir seus passos à frente, Black segurou sua mão. Ele encarou o chão enquanto Seth os observava de onde estava, ainda mais aflito. Mani notou Seth transferir o olhar de si e de Jacob, até outro lugar próximo de onde o jovem quileute estava. Black saiu da pose pensativa, olhou firme na direção de Seth que acenou negativo com a cabeça como se o dissesse a não fazer o que ele estivesse pensando em fazer. E então Black puxou em mãos dadas, em claro sinal para prosseguirem.
Leah estava atrás de Sue e Billy, os três, atentos, observavam de trás de Quil, Embry e Paul, a cena que acontecia diante dos olhos deles. Black e surgiram no cômodo da cabana, também curiosos e apreensivos. , mais curiosa do que Jacob que parecia já saber do que se tratava. E Charlie que encarava a filha à sua frente, imóvel, ao reparar nos dois ali, fez com que todos também os reparassem. Black, instintivamente, se colocou à frente de sua .
Havia um homem alto, branco pálido e um tanto esquálido, de uma aparência jovial e um ar sedutor que já reconhecera antes, provavelmente, um vampiro. Ao notar que sua ex-amiga estava ali, ela supôs que aquele deveria ser Edward Cullen. Os dois vampiros ao virem a figura de Jacob, o encararam com ódio. Com tanto ódio que Bella quase não se conteve. Ela fez menção a caminhar até ele quando Edward a segurou sussurrando algo em seu ouvido. A Swan então soltou-se dele e encarou ao seu pai, Charlie, e os outros. puxou Jacob para caminhar de volta para fora, onde Seth estava em frente à cabana e foi ali, que Bella a notou, surpresa.

?
— Olá, Bella. — A disse pela segunda vez.
— Você... — Bella encarou a mão de Black entrelaçada à de sua antiga amiga humana.

Ele continuou segurando-a firme e o casal esperou o que a vampira diria, mas Charlie interrompeu qualquer nova fala dela.

— Isabella. Você veio até aqui porque queria me ver?

Bella olhou para o pai, lhe dando atenção novamente.

— Pai, precisamos conversar.
— Certo. — Charlie suspirou dando uma checada na filha dos pés à cabeça — Como você está?
— Eu estaria melhor se você viesse comigo.
— Ir para onde?
— Pai... — Bella parecia sentimental ao chamá-lo.
— Senhor Swan, o que a Bella quer dizer é que nós gostaríamos que o senhor morasse conosco. — Edward se pronunciou.
— Isabella... Eu não posso ir. Sue e eu somos casados e você sabe disso. Além do mais, eu não acho que…
— Pai, por favor... — Isabella interrompeu ao delegado Swan — O senhor agora é a única prova da humanidade que eu ainda tenho. — Ela disse para ele, e lançou um olhar surpreso por que ainda estava ali e ela se esquecera.
— E Renée. — Charlie comentou sobre a mãe dela.
— Ela não conta.
— Ela é sua mãe tanto quanto eu sou seu pai, se eu soube da sua condição e lidei com isso como eu pude, ela certamente também lidará. — Charlie mencionou e viu Bella morder os lábios de um jeito contrariado — Bella... Eu não posso. Além do quê... Eu não sei se posso dizer que você ainda tem alguma humanidade a julgar pelos seus olhos.

Edward abaixou o olhar frustrado, porque sabia que ela sentiria-se muito magoada com aquilo. E Bella soltou de sua boca um estalo contrariado.

— Eu não me adaptei tão bem aos animais, afinal. Mas, isso é o que eu sou.
— Exatamente, é o que você é agora. — Charlie falou com certo pesar.
— Senhor Swan... — Edward começaria a falar, mas Charlie o interrompeu.
— Edward, por favor. Eu acho que você já se meteu suficientemente entre minha filha e eu por todo este tempo.
— Não fale assim com ele! — Bella disse enfática e então Charlie encarou-a decepcionado olhando ao chão.

A atmosfera ali era palpável de tão densa. Ele pôs as mãos na cintura e inspirou rapidamente, pensativo, ou como bem sabia, o delegado apenas buscava acalmar-se de sua raiva.

— Então é isso? Vai me dar as costas de novo, pai?
— Eu nunca dei as costas a você. Minha vida sempre foi em Forks. Eu e Sue já estávamos juntos quando você decidiu ser o que é.

Bella encarou o pai uma última vez e virou-se de costas para ele. Quando todos acharam que ela sairia, a vampira virou-se em direção de e caminhou calmamente até ela. Jacob ficou ainda mais tenso assim como todos que ali estavam. O olhar de Bella foi de ao Black, novamente. E quando pareceu que ela se aproximaria mais, em um repente, Jacob havia transfigurado-se em lobo à frente de sua Mani, em posição de defesa.
Ele acabara de revelar a ela que sabia sobre os lobos. A engoliu a própria saliva seca e não tirou os seus olhos, dos olhos da vampira. Bella analisou aquela situação e levantou o lábio em um sorriso irônico, por entender o que acontecia.

— Não me diga que ela é o seu novo imprinting, Jacob! — Bella disse com escárnio.
— Bella, não! — Edward a chamou, mas ela o ignorou.
— Cuidado , ele é dado a assassinar os próprios imprintings!

Jacob rosnou em direção a ela, e Edward em um ato muito rápido estava atrás segurando a esposa e toda a matilha possível já estava em volta dos frios.

— Sua hora vai chegar, Black! — Bella disse raivosa revelando as presas e novamente uma lufada de ar ficou no rastro dos dois frios que já estavam longe da reserva.

respirou profundamente, aliviada, levou as mãos aos próprios cabelos e encarou à Leah. Jacob tentou correr atrás deles, mas os outros lobos avançaram sobre ele o impedindo. Leah em uma troca de concordância com , apenas por um aceno de cabeça, sussurrou ao para Billy e Sue ao mesmo tempo em que Seth parava ao lado de e sussurrava algo a ela também:

— Precisamos falar sobre a Bruh.
— Eu vou subir e tomar banho. Você pode contar enquanto me espera.
— No banho? — Seth indagou cômico e surpreso.
— Na porta do banheiro.
— Está doida? O Jake vai me matar!
— Se tem algo a falar para ela, então vamos logo Seth! — Jacob disse atrás dele o assustando e acompanhando-os para a cabana da namorada.

Seth estava totalmente desconfortável. Ele estava de costas e sentado à porta do banheiro que estava encostada e tomava banho, quando Black passou por ele com suas roupas em mãos. Seth parou de falar quando ouviu o barulho da porta do boxe se abrindo.

— É sério que vocês vão tomar banho juntos comigo aqui? — O mais novo comentou achando que a intimidade fraterna com aqueles dois já estava indo longe demais.
— Ninguém está fazendo nada demais, Seth. E não ouse pensar na nua, ou eu vou saber. — Black falou brincando, embora não estivesse sorrindo ainda.
— Como se eu já não tivesse visto coisas piores na sua mente!
— Seth! — o repreendeu olhando para Jacob acusativa.
— Não dá para evitar às vezes quando estou pensando nisso. — Jacob deu de ombros explicando — Desculpa, mas é bem difícil ser o alfa e ter essa ligação mental com eles.

Jacob se justificou e Seth riu baixinho, abismada com a falta de privacidade que toda aquela conexão quileute fazia, saiu do boxe e assim que vestiu suas roupas, ela seguiu para o quarto e Seth se levantou seguindo-a.

— E então Seth Clearwater? Eu já terminei o banho e você não falou nada.
— A culpa é do Jake.
— Fala logo Seth!
— Tá... — Seth suspirou um tanto apreensivo com o assunto que falaria — Eu só quero dizer que eu avisei para não confiarmos nela!

olhou para o garoto sentado à sua cama com uma das expressões mais sérias que ela já havia visto. Imediatamente a conversa com Mark lhe veio à tona:

“— Alguém, que não foi Valerie e nem Darak contou a eles que Rhikan está em Forks.”


— O que você descobriu? — perguntou dando mais atenção ao amigo.
— Eu andei vigiando ela. E esta madrugada a segui. Bruh se encontrou com uma pessoa encapuzada. Eu não pude ver quem era porque tive que ficar longe para não me notarem, mas... Eu tenho certeza Lu, que era um frio.
— Um Cullen?
— Não tenho certeza. Como eu disse não pude me aproximar muito, mas não me lembro de nenhum Cullen se portar daquela maneira.
— Se ela fez isso, porque nenhum de nós detectou esse movimento? — A voz de Jacob se fez ouvir surgindo no quarto também já vestido.

Os dois, o quileute mais novo e o alfa, se entreolhavam confusos. Black estava certo. A menos que o frio que ela havia encontrado pudesse vetar os pensamentos de Bruh. Ou apagá-los. levantou-se atônita e muito certa do que iria dizer:

— Ela pode ter sido envenenada como o Paul, ou hipnotizada! Afinal, Black, foi o único que podia encontrá-lo!

O outros dois a olhavam ainda mais confusos, porém, a expressão deles mudou aos poucos ao ponto de entrarem em acordo com ela.




Leah ainda não havia conversado com Billy e Sue sobre os escritos no diário, em virtude do abalo emocional de Charlie. Embora durão, o delegado era também amoroso demais para suportar um reencontro daqueles com Bella sem ficar abalado. Então Sue, passava um tempo com ele a fim de distraí-lo. Black, Seth e ainda estavam na cabana dela pensando o que ocorria com Bruh, quando Leah bateu à porta. Assim que abriu a porta, Leah entrou bastante irritada e reclamando:

— Eu odeio a Swan de todas as maneiras!

Jacob não falou nada, apenas observou Leah sentar-se pirracenta ao sofá. Seth sorriu fraco e mordeu o lábio imaginando quem mais havia ficado com ânimos alterados por causa da visita.

— Não consegui falar com eles, . — Leah reclamou.
— Imagino que Charlie esteja sensibilizado.
— Essa garota estraga tudo por onde passa! Devíamos ter dado um fim neles há tempos.

Black levantou-se e foi até a cozinha. Leah dando-se conta de que talvez, tivesse chateado-o gritou para ele:

— Desculpe Jake!

Mas, Jacob retornou com uma caneca de chá em mãos e estendeu para ela sorrindo ameno.

— Não me ofendeu. Fale o que quiser.

Ela pegou o chá e cheirando a caneca soltou um som enojado e fez piada com “a hereditariedade dos Black não saberem apreciar uma boa bebida”.

— Posso fazer o que você estava fazendo aqui, Seth? — Ela perguntou ao irmão.
— Qual o problema de eu estar aqui?
— É o que quero saber. Black é noivo de e encontrar ele aqui é normal, mas você... Aff.... Como você é intrometido na vida alheia, hein?

Black e se olharam rindo divertidos da pequena discussão que se iniciaria entre irmãos.

— Eu tenho assuntos com meus amigos. E você que veio aqui só para reclamar? E atrapalhar né! E eu que sou o inconveniente!
— Não vim atrapalhar! Também tenho assuntos, pirralho!
— Okay vocês dois... Vamos tratar dos assuntos então! — disse se aninhando no abraço de Black ao sofá.

Seth explicou brevemente o que descobriu para a irmã, e ela ficou ainda mais raivosa. Lamentou ter deixado de ser loba, porque aquele momento era perfeito para ela cravar presas na Ateara mais nova.

— Quem mais sabe sobre isso?
— Só nós. — Seth repondeu.
— E você não vai fazer nada, Jake? — Ela perguntou alarmada.
— Temos que ter certeza. Não posso simplesmente acusá-la, esta é uma dúvida não comprovada de Seth.
— Mark poderia nos ajudar de novo. — constatou.
— Você não disse que estão desconfiando dele? — Jacob indagou-a.
— Sim, mas Mark é inteligente demais para se deixar ser pego.
— Espera... Quando você voltou da Bélgica disse-nos que os Volturi haviam se unido ao Cullen. — Foi então que Seth se recordou.

Os quatro se encararam muito preocupados. Os quileutes disseram para que não seria a primeira vez que os Volturi coletariam informações de alguém contra eles. Disseram que antes, há muito tempo quando Renesmée havia nascido, uma vampira entregou os Cullen em troca de favores dos Volturi. E agora eles pensavam ser possível que tenha ocorrido o mesmo à Bruh. Logicamente, um plano para descobrir o que Bruh Ateara estava tramando seria necessário, e de novo, eles recorreriam ao Mark se fosse preciso.
Leah e também contaram aos rapazes o que haviam lido no diário. E Black não demonstrou-se abalado. Era como se ele já esperasse algo do tipo. não gostou da reação dele, teve uma pontada de certeza que os anciãos da tribo, bem como, o alfa e os outros anciãos da tribo Whitton já soubessem de tudo desde o começo. Ela pediu em segredo para Leah, que não falasse mais nada com Sue e Billy. A decidiu que agiria por sua cabeça primeiro.

•••


A brisa calma da noite alta, e a lua cheia era um cenário tranquilo que decidiu observar enquanto havia deixado Black dormir. E não só ela, mas Charlie pareceu também ter a mesma ideia. A garota o avistou saindo da cabana de Sue, ele sorriu notá-la em sua própria varanda e caminhou até ela. Eles sorriram trocando olhares, Charlie sentou-se no banco ao lado dela, e rompendo o silêncio aconchegante, ofereceu:

— Aceita uma bebida?

Charlie sorriu, e lhe fez uma expressão de obviedade jocosa, e pegou a lata da mão dela, abrindo-a, e olhando de canto desconfiado para .

— O que houve com os chás?
— Ninguém mais quer ficar calmo a esta altura dos fatos. Queremos é ficar bêbados. — explicou dando de ombros e Charlie riu ameno, concordando ao virar um grande gole.
— Tem razão.

— Como você está, Charlie? — Eu já imaginava que tinha a perdido. — A voz do delegado era um pouco emotiva, mas também conformada.
— Ela ainda o ama, Charlie. Do contrário não teria vindo até aqui.
— Eu sei. Eu também a amo, mas ela deveria entender que o que está me pedindo é um pouco demais.
— Não acho. Afinal, você está imerso na realidade fantástica dos quileutes pela mulher que se casou. Na cabeça dela, por que não poderia fazer o mesmo por sua filha?

Ele olhou para , aturdido, compreendendo sentido no que ela dizia.

— É. Novamente você tem razão, mas... Há muito tempo quando ela se foi e eu descobri a verdade sobre ela, eu já havia dito o que eu achava das ações e escolhas da Isabella. Não foi uma condição inata . Ela escolheu aquilo. — ouviu e suspirou profundamente, então Charlie a perguntou demonstrando o que notou na apreensão da jovem: — Não foi um bom reencontro para você também, não é? Ela deve estar pensando como a amiga de Phoenix e Jacob agora são um casal.
— Talvez ela já saiba a verdade agora. Eu me encontrei com ela antes daquilo. Na estrada. Ela estava caçando, eu acho, e acabou me surpreendendo. Ficou alarmada ao me ver. Não decifrei mais nenhum tipo de sentimento da parte dela a não ser dúvida.
— Sentimento. Eu não sei se ele ainda pode sentir. — Ele murmurou.

abraçou Charlie de lado ao ouvir aquela confissão decepcionada.

— Pode sim, delegado. Como eu disse, ela tem você.
— Acha que ela tentará fazer algo contra você?
— Não sei Charlie, mas Bella não me parece agir impulsivamente. Ela ainda deve premeditar um novo encontro entre nós para ter explicações...

Irritada, bufou e passados alguns segundos ela começou a rir. Charlie não entendeu nada e explicou:

— Vê? Precisamos ficar bêbados! É muita coisa para minha cabeça... Bella volta e me encontra, descobre que eu namoro Jacob, o ex sei-lá-o-quê da filha dela. Sai enraivecida sem nem mesmo descobrir que eu sou o que ela procura. Bruh nos trai...
— Bruh?
— Que fique entre nós, mas... Parece que ela me dedurou a alguns frios.
— E agora?
— Agora? — encarou ao Charlie que transbordava dúvida e preocupação e sorriu: — Abrimos outra cerveja.

Os dois riram baixo, não com humor. Um riso de sufoco. Duas pessoas “normais” buscando uma porta para fugir de volta ao mundo meramente humano.

— Mudando o assunto... Você vai ao casamento de Erick?
— Eu vou sim. Jéssica estará lá com a expressão de vitória zombando de mim, mas Erick merece que eu esteja lá. Ele é um amigo, apesar de tudo.
— Vai levar o Jacob?
— Mas é lógico! Afinal, como acha que vou deixar a Jéssica no chinelo com o sorrisinho de escárnio dela?

Charlie negou com a cabeça sorrindo e murmurou:

— Mulheres.
— Espero conseguir convencer o Black.
— Ah você nem vai precisar! Quando ele descobrir que Erick vai se casar, Jake será o primeiro a chegar e aliviado.
— Nem precisa tanto. — deu de ombros rindo, então Charlie a contemplou com a sabedoria de um pai e contou-a:
— Erick ainda te ama . E Jacob sabe disso. Só você que acha o contrário.
— Então por quê ele vai se casar?
— Queria que ele continuasse lutando por você?
— Não! Só que não faz sentido...
— Erick sabe perder.

Ela refletiu sobre a fala de Charlie. O senhor Swan terminou de beber sua cerveja, amassou a lata e levantou-se a encarando. Ergueu a mão para ajudá-la a levantar também, e quando estava de pé na frente dele, Charlie beijou sua testa despedindo-se e dizendo:

— Vá dormir, minha pequena menina entre lobos e homens.

sorriu e acenou. Ficou observando Charlie entrar e enquanto a brisa gelada da noite cortava seu rosto, ela refletia no que ele disse: “entre lobos e homens”. Ela havia realmente se colocado entre aqueles mundos e já não sabia se algum dia seria possível retornar ao ponto zero.

•••


— Ele vai se casar?

Jacob perguntou pela terceira vez, ainda desconfiado enquanto tomavam café.

— Este final de semana. E nós vamos porque fomos convidados.
— Você foi.
— Eu e quem eu quiser levar. — declarou óbvia.
— Você já tem roupa?
— Iremos a Silverdale hoje.
— Iremos?

encarou-o óbvia e Black sorriu sem nada pronunciar. Após o café eles foram para a cidade vizinha alugar roupas de festa. Passaram em frente à uma loja e ele parou observando a vitrine, nostálgico.

— O que houve?
— Foi aqui que eu aluguei a minha roupa para o baile de formatura de Bella. Acabei desistindo de ir e só apareci rapidamente para cumprimentá-la.
— Achei que ela não iria. Na época, me disse que o tal Edward havia sumido.
— Ele sumiu um tempo depois disso, mas apareceu logo depois.
— Entendi… — pegou na mão dele e depois de um pequeno silêncio os dois caminharam para dentro da loja.

Eles caminharam calados entre as araras e manequins e estava recordando-se dos relatos de Bella por e-mail descrevendo os sentimentos de Jacob por ela, e o quanto ela sentia-se mal por magoar o amigo, mas justificava-se dizendo também que desde o primeiro momento estava apaixonada por um garoto estranho do colégio novo.
Entre aquelas lembranças, avistou um vestido em uma arara e a fim de esquecer a relação entre Black e Bella, ela puxou Jacob para ajudá-la. Ele não mostrou resistência e começou a procurar vestidos com ela. havia pedido para experimentar outro modelo que tinha gostado e observava, divertida, ao lobo escolhendo vestidos.

— Acho que o seu traje é outro. — Ela o abraçou risonha.
— Você pode experimentar alguns que eu escolher, o que acha?

Sorriu afirmativa, pegou os vestidos das mãos dele e um que a atendente havia trazido a pedido dela em outro tamanho. Caminhou ao provador e após sair de lá com um lindo vestido vermelho escolhido por Jacob, se deparei com a cena mais linda que ela já havia visto: Black saindo de um provador ajeitando-se em um smoking.

— Você... Está lindo de noivo. — Ela falou admirando-o, e embora os olhos dele não desgrudassem do corpo dela naquela peça de roupa, Black concentrou-se em fazer piada.
— Não é justo que você tenha uma prévia do seu noivo vestido para um casamento.
— Podíamos nos casar na mesma cerimônia, o que acha? — Ela brincou com ele.
— Não. Eu quero apreciar você vestida assim. Por favor, leve este vestido.

Jacob disse sem tirar os olhos dos olhos de e a beijou comportadamente. Ela decidiu não alugar, mas comprar aquele vestido que parecia feito sob medida. Antes de deixar a loja, ela notou uma sessão de vestidos de noiva. Black encarou o lugar para onde olhava e a puxou até lá. Eles tatearam modelo a modelo, e enquanto ele perguntava qual ela havia gostado mais, desconversava com “você não pode saber qual vai ser o vestido!”. Mas Jacob a convenceu de apontar pelo menos três favoritos. entrou na brincadeira, até porque ela tinha certeza de que até se casar com ele, ela desistiria daqueles modelos.

•••


Ao voltar para a reserva, ela também voltou à realidade de alguém que teria uma descoberta a fazer. E o senhor Carter era a pessoa que poderia responder suas dúvidas. havia pedido ao Jacob que a deixasse na casa deles e não mentiu sobre o que pretendia fazer. Querendo acompanhá-la, Jacob e estavam sentados à sala da família, o senhor Carter lhes servindo café e com a expressão mais plácida possível. Só estavam os três na casa.

— Algo me diz que o senhor já nos esperava. — disse Black.
— Eu já sabia deste momento desde o dia em que vocês dois entraram em meu estabelecimento. Tão separados e diferentes, mas tão entrelaçados e iguais. Eu acertei, não foi querida ?
— É... Tinha algo mesmo à minha espera.
— Senhor Carter, se já sabia de tudo então sabe o que viemos fazer aqui, não é?
— Vocês querem saber como deter os lobos e os vampiros ao mesmo tempo.

e Jacob se encararam. Junior Carter permanecia imóvel sorrindo e os observando.

. Você conheceu minha avó Surya, não é? — O mais velho perguntou-a já soubesse a resposta e talvez, todas as perguntas que iriam lhe fazer.
— Sim. Scott me levou à tribo há algum tempo.
— Somos uma das tribos mais antigas da região. A premonição sempre foi um dom entre nós. Mas de tempos em tempos uma criança guardiã dos segredos indígenas nasce. Eu sou a última criança nascida e ainda viva.
— Não teve outra? — perguntou curiosa.
— Não. Como guardião, eu devo proteger os segredos da minha tribo. No entanto uma profecia antiga nos fez esperar pelo momento que outros segredos, que já nos eram conhecidos, de outras tribos, teriam um final. E a profecia, você deve conhecer.
— Uma criança que abriga o espírito de uma antiga deusa dentro de si… — respondeu ao senhor Carter.
— Exatamente. Por séculos os vampiros serviram à Rhikan enquanto os lobos haviam sido aprisionados em forma humana. De tempos em tempos, Rhikan libertaria uma geração de lobos à sua verdadeira forma de novo. Aos seres selvagens que são. E embora Rhikan seja a única força capaz de impedir isso, não é o que deverá acontecer. Pois, para que o ciclo de servidão dos vampiros e dos lobos acabe, é preciso que a deusa seja libertada e destrua tudo o que ela mesma criou.
— Espera. Mas, e as transformações que conseguimos conter? — Black perguntou.
— Não creio que seja definitivo. Assim como os Whitton vêm atrasando e bloqueando as mudanças há muitas gerações, a tentativa de vocês pode ser a mesma.
— Senhor Carter, se Rhikan for libertada e destruir tudo, o que acontece?
— O ciclo volta ao normal, onde os lobisomens e os vampiros nunca foram inimigos, mas criaturas sobrenaturais de um mesmo mundo. E claro... Eles perdem a forma humana para sempre. Você conhece a lenda do nascimento dessas espécies?

Black respondeu conhecer a lenda muito mais antiga do que todas as geraões de seus antepassados que se lembre, mas apenas esta. E , disse ter lido algo sobre aquilo em um diário, mas não tinha certeza. Então o senhor Carter assentiu e lhes pediu licença breve, direcionando-se até seu escritório e voltando com um grande livro antigo. Disse que nos contaria umas histórias.

— Seres sobrenaturais capazes de se transformar de homens à animais, são relatados por muitas civilizações ao longo da história da humanidade. Interesses da igreja em condenar pagãos como as bruxas, nos séculos XVII a XIX por seus atos “anticristãos”, bem como justificar crimes cometidos em muitas sociedades, foram também formas de fortalecer a existência destas histórias. Conhecidas como mitos, mitologias antigas e lendas, o ser humano utilizou dessas ferramentas, mas nunca pôde comprovar exatamente a existência de um submundo fantástico. Ou seja... Até alguns de nós, nos depararmos de verdade com essa realidade. O que eu vou lhes contar agora é conhecido por nós como a verdadeira história da origem destes seres. Mas, não é a única versão existente. , como uma cidadã não-quileute vai compreender melhor do que você Jacob, que sempre esteve imerso nas suas próprias tradições.

O casal fez um meneio positivo com a cabeça, em silêncio e observaram ao senhor Carter abrir o livro.

“O Licantropo dos gregos é o mesmo que o Versipélio dos romanos, o Volkodlák dos eslavos, o Werewolf ou Dracopyre dos saxões, o Werwolf dos alemães, o Óboroten dos russos, o Hamtammr dos nórdicos, o Loup-garou dos franceses, o arbac-apuhc da Península Ibérica, o Lobisomem dos brasileiros e da América Central e do Sul, com suas modificações fáceis de Lubiszon, Lobisomem, Lubishome; nas lendas destes povos, trata-se sempre da crença na metamorfose humana em lobo, por um castigo divino. Existem muitas versões dessa lenda, variando de acordo com a região. Uma versão diz que a sétima criança em uma sequência de filhos do mesmo sexo se tornará um lobisomem. Outra versão diz o mesmo de um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres. Outra ainda, diz que o oitavo filho se tornará a fera. Outra já diz que é após a morte de um familiar que possuía a aberração e passou de pai para filho, avô pra neto e assim por diante. As pessoas reconhecem o licantropo na forma humana através de comportamentos estranhos, como mudança de comportamento, alguém misterioso e quase sempre com olhos cansados (olheira). O licantropo na forma humana é uma pessoa muito atenta às outras, sempre desconfiando de tudo tem muito medo de ser descoberta a humanidade que é uma aberração, porém é muito protetora em forma humana. A Peeira ou fada dos lobos é o nome que se dá às jovens que se tornam as guardadoras ou companheiras de lobos. Elas são a versão feminina do lobisomem e fazem parte das lendas de Portugal e da Galiza. A peeira tem o dom de comunicar e controlar alcateias de lobos”.

O senhor Carter interrompeu sua narração olhando atento para os dois. o indicou com face enrrugada e ansiosa, para que ele continuasse.

“Mas a verdade existente e acreditada por nós povos guardiães de muitas civilizações pode-se explicar na profecia de Rhikan. Há entre nós, aqueles que não pertencendo à nossa tribo, transformam-se desde o início de suas gerações em seres licantropos. Metade homem, metade lobos. Há ainda aqueles que não pertencendo nem mesmo à nossa espécie, surgiram vindos de um portal num submundo entre a linha do tempo, considerados imortais por suas maldições. Homens por completo, de almas perdidas e instintos monstruosos. Entre os Whitton e os Quileutes, povos primitivos americanos, a partir do décimo quinto ano de vida, indivíduos de ambos os sexos podem transformar-se em licantropo. Uma herança genética para eles perpetuada entre gerações. Há uma diferença peculiar entre os Whitton e os Quileutes percebida no estágio evolutivo de suas licantropias. Os Whitton, como povo forte de ritualísticos característicos e muito ancestrais, sendo eles também ancestrais antigos do povo quileute, a licantropia ocorrida gera um ser indomável, de aspecto sombrio e monstruoso e com possibilidade irreversível à forma humana. Já os quileutes, povo de primitivismo menor, e mais evoluído humanamente do que os Whitton, a licantropia herdada os revela na figura de lobos. Maiores do que um lobo normal, contudo, mais dóceis e conscientes de sua forma humana. Os quileutes contam que há muito tempo, uma ameaça surgiu na tribo quileute, e seu líder transformou-se para proteger seu povo. Este líder, de nome Efraim Black, perpetuou o gene por gerações sendo ele o veio principal da evolução de seus ancestrais Whitton. Porém, tais tradições quileutes não estão totalmente reveladas. O povo Whitton, conhecedor um pouco mais da história compreende em tábulas rasas a realidade metamórfica de todos estes povos, mas, apenas nós povos guardiães detemos o conhecimento da profecia real. Entre os Whitton a necessidade de conter a metamorfose sempre foi muito forte, e os quileutes resultaram em alguns rituais mesmo em sua licantropia. Porém, nenhum destes povos compreende o quão incontrolável é o destino que os cerca. E por isso, anos, gerações de rituais ou pseudo-evoluções não serão capazes de conter o retorno de Rhikan.”

Black interrompeu o senhor Carter em um repente explosivo de inconformação:

— Não é possível! Não é possível que nós não saibamos nada sobre nós! O senhor só pode estar enganado!
— Black! — o segurou contendo seu andar de um lado ao outro: — Acalme-se! Vamos ouvir tudo, até porque... Não faz sentido para você? Porque... para mim faz, afinal, não é a primeira vez que ouço essas palavras.

Ele olhou para , confuso e atônito, e ela o puxou a sentar-se. Mais calmo, ela o estendeu um copo de água retirado da jarra que o próprio senhor Carter havia buscado. sentou-se novamente ao seu lado e pediu ao senhor Carter para continuar.

“Os segredos de Rhikan deverão ser guardados pelo povo Menitt Howa por todas as gerações até que chegue a hora. A Peeira, que guardará o espírito de Rhikan conforme professado procurará nosso povo ao se aproximar o fim do ciclo dos ciclos e só então o guardião vivo deverá revelar a verdade. Quando a Peeira surgir os lobos despertarão da milenar maldição”.

— Vocês conhecem a história de Rhikan? — perguntou-lhes o senhor Carter, após ler aqueles relatos antigos dos três povos místicos da região, e Jacob afirmaram que conheciam, embora, um pouco em dúvida. — Este é um escrito que se espalhou entre algumas épocas. Ouçam atentamente, porque aqui vocês saberão onde de fato se originou os lobos e os frios.

“Em um tempo muito antigo, antes mesmo de homens caminharem pelas matas conscientes do que eram, e de todas as coisas terem nome, existia uma deusa. Rhikan. Detentora do conhecimento sobre as matas, e sobre magia. Rhikan era a própria Lua e o Sol. Ela podia controlar os ventos, as águas, mas principalmente o nascer da noite e do dia. Nada mais vivia sob o universo...”

— Conheço este fragmento! — afirmou ao Carter o interrompendo, e ele sorriu continuando.

“Então, Rhikan manifestou-se num corpo humano e desceu à Terra, no desejo de saber o que havia aqui. Ela peregrinou por todo o canto onde o olho humano possa ver. E chegou a infinitos onde nem mesmo nossa cabeça poderia criar. Não havia outros como ela, e nem figuras como as que ela havia se materializado. Apenas animais. Rhikan passou muito tempo sozinha na Terra, descobrindo-a. Lobos a acompanhavam durante o dia. E os morcegos, faziam da noite, um evento mais vivo. Um dia, Rhikan notou que quando ela invocava o anoitecer, os lobos adormeciam, e ao invocar o dia, eram os morcegos que adormeciam. Nomeou-os criaturas do dia, e da noite. E como Rhikan era solitária ela distinguiu-os numa espécie leal para fazê-la companhia ao dia e numa espécie sombria que não dormia à noite, para vigiar os perigos que poderiam se aproximar de sua forma humana. Até que chegou o tempo em que, lobos e morcegos não satisfaziam mais a companhia da deusa, e ela criou um ser idêntico ao que ela havia materializado. Contudo, os animais antes fiéis a ela, se aproximaram daquele novo ser. E Rhikan enciumada decidiu retomar sua forma divina e voltar à dimensão do universo ao qual pertencia. A nova criatura então, se apegou aos lobos. Tornou-se uma peeira. Uma mulher que os cuidava. A Peeira, apaixonou-se pelo alfa da alcatéia e originou outros iguais a ela, mas também iguais aos lobos. Foram os primeiros lobos-homens a existir. Rhikan enfurecida, tomou a noite fazendo todos adormecerem, e com sua magia fez com que os morcegos transformassem alguns dos lobos-homens, em seres como eles. Não exatamente iguais, assim nasceram os frios. A primeira criatura mulher, a peeira original chorou a perda de seus filhos, que deixaram de ser o que eram. E Rhikan ressurgiu após sua maldade, separando as espécies e lançando a maldição: um não pode viver com o outro. A noite é inimiga dos cães, e o dia inimigo dos frios. A deusa era a única que podia controlar a noite e o dia, e por isso, controlar os frios e os cães, assim como seus descendentes. E àquela primeira criatura que criara, ela proferiu: darás à luz a uma criança que será minha e entre os dois mundos poderá trazer a paz ou o caos. Rhikan permitiu que a peeira vivesse até se cumprir a profecia, e entre as criaturas animalescas, ela resolveu criar seres muito mais inferiores. Seres sem nenhuma mutação, seres humanos. E entre humanos a peeira misturou-se. E quando os humanos tornaram-se mais numerosos que os frios e que os lobos, Rhikan separou-os sobre a Terra. Espalhou-os e não mais ouvira-se falar na deusa, que sumira da Terra deixando-os e apenas voltara a controlar o nascer da noite e do dia. A Peeira, acreditando que a profecia nunca aconteceria permitiu-se apaixonar-se por humanos. Abandonando os lobos, ela acreditou que a criança nunca poderia vir. E Rhikan, conhecedora de toda a verdade aguardou até o dia que o encarnado à sua escolha viria à Terra para que nele ou nela, a deusa se ocultasse até sua libertação.”.

Quando Jacob e terminaram de ouvir tudo aquilo, o senhor Carter fechou o livro com mansidão em sua face.

— Muito do que o senhor disse eu já sabia. Já ouvi alguns fatos distorcidos ou parecidos, mas... Exatamente tudo o que está no livro, eu li há alguns dias em um diário que consegui capturar de um frio.
— Darak roubou o nosso livro quando Menitt Howa ainda era uma tribo forte. O livro ficou perdido por anos, até que meu antecessor o resgatou. Tudo acontece, porque deve acontecer. — O senhor Carter falou ciente de que diário falava, e sabendo desde que ela havia retornado com o diário, que o livro ainda estava com ela.
— Senhor Carter. Eu não consigo assimilar nada agora. — Black estava muito confuso e contrariado: — Pode nos dar uma resposta final de como tudo isso acaba?
— É por . Surya lhe disse que só você saberia quando estivesse pronta, você tem alguma ideia do que fazer? — Carter perguntou para a mulher ainda com expressão plácida.

Jacob encarou a noiva e ela respirou profundamente.

— Alguns escritos revelam que há alguns sacrifícios a serem feitos. — Jacob soltou uma lufada de ar, insatisfeito com o que ela dissera. De novo aquela história de “sacrifícios”?! — Mark atacou Sam de propósito para que o legítimo alfa assumisse, e assim como ele, o legítimo libertador de Rhikan, ambos sacríficios fossem feitos. Eu estive em um ritual com Darak, e bem... Não deu muito certo. Mas, já sei o motivo. Não era qualquer lobo a ser sacrificado. E estive todo este tempo pensando que o sacríficio seria como aquele, mas... Sinto que já sei a resposta.

Os homens a olhavam atentos. Um deles aflito, o outro plácido.

— A profecia deve se cumprir. Com Rhikan libertada, os lobos estarão despertos e haverá guerra entre frios e licantropos. Lamento que... A paz não seja possível. — respondeu.
— E depois, tudo se recolocará em seu lugar . A paz não é possível pois, os quileutes não aceitarão o sacrifício e nem os frios. Eu lamento. — Carter respondeu encarando ao Jacob, com um pouco de solidariedade.

, àquela altura, já deixava algumas lágrimas escorrerem. E Black, ao notar o semblante dela, agradeceu ao senhor Carter e pegou-a pela mão. Eles se despediram e voltaram para o carro com Jacob proferindo irritado:

— O senhor Carter não sabe de nada, Mani! Vamos buscar respostas em outro...
— Eu já sei Black. — interrompeu-o — Eu tive a epifania enquanto ele falava. A profecia está se cumprindo.
— E o que você viu?
— Não vamos falar sobre isso.

disse categórica o suficiente para Jacob entender que ela não revelaria nem mesmo, e principalmente, a ele, o que ela viu.

•••


nada contou aos outros. E pediu ao Jacob que também não dissesse nada, e apenas confiasse. Mais do que nunca ela sabia que os fatos não poderiam ser evitados. Então, por que causar mais alvoroço?
O dia do casamento de Erick chegou. A igreja lotada com a maioria dos moradores de Forks, mas entre os quileutes só havia Jacob e ela. Afinal, Billy preocupava-se que os Cullen utilizassem a situação para invadir a reserva quando ninguém estivesse nela. Depois da igreja, tinha o convite à festa de casamento, mas não se sentia disposta a ir. Então cumprimentou alguns conhecidos, como Scott, Peter, Steve e alguns outros da cidade antes de ir diretamente ao casal. Jacob e ela se aproximaram, e Erick, com olhar indecifrável cumprimentou Jacob com um sorriso grato e abraçou . Jéssica sorriu frívola para a e quando abraçou Jacob, Jéssica notou o anel no dedo da forasteira e seu sorriso esmoreceu. Foi melhor do que imaginava.
O casal se desculpou com Erick por, no fim das contas, não irem à sua festa, mas ele compreendeu. Até acharam que o policial estivesse mais aliviado por não ter que encarar Black e , juntos em sua festa de casamento com Jéssica. Eles saíram da igreja após se despedirem e ainda na porta do templo, Black retesou todo o corpo. Havia escutado um pensamento ou visto algo.

— Bruh está sendo atacada por um frio.
— Não. Provavelmente ela está sendo sedada com o veneno dele para que interrompa a conexão com você.
— Sumiu. — Jacob comentou sobre o rastreio mental que não conseguiu manter com Bruh — Você está certa!

Jacob puxou Mani pelas mãos para andarem rápidos até o carro, e ao entrar, o perguntou:

— Conseguiu definir o local?
— Nas encostas da enseada de Forks. Quase perto de La Push! Frios! Em território quileute!
— Está começando... — afirmou pesarosa em sussurros.




Black dirigia apressado e recebia um telefonema de Mark. Atendeu à chamada, surpresa pela ligação justo naquele momento.

! Por favor, me ouça! Seja o que for que estiver acontecendo não vá até eles!
— Mark... Acalme-se... — Ela olhou para Black, demonstrando que estava confusa pelo que ouviu do vampiro, e o alfa a encarava tão confuso quanto — O que houve? Do que você está falando?

Antes mesmo que ela pudesse ter respostas, a freada brusca dada no carro por Black revelou a presença do vampiro com uma expressão de euforia na face. Mark fez sinal para que Jacob saísse e assim ele o fez. De dentro do carro, observava o lobo e o vampiro conversando de modo nervoso e irritados. Imediatamente, saiu do automóvel, pois, ela tinha certeza que era sobre ela que os dois estavam falando.

— O que está acontecendo?
— Eu te amo, Mani. Tenha cuidado. — Black apenas proferiu e a beijou. — Não estou satisfeito em deixá-la com ele, acredite. Jamais gostaria que essa cena se repetisse.
— Black! Espera, o que você está fazendo? — perguntou encarando-o com medo, notando que ele se afastava devagar.

Ela nada entendia e caminhou até Jacob, que novamente a abraçou e lhe selou os lábios em um gesto ainda mais apaixonado. Ele entrou no carro e fechou a porta sem dar a ela qualquer tempo de reação. , no entanto, não pôde se conter: começou a socar a porta sem entender que merda de atitude era aquela. Mark surgiu atrás dela, puxando-a brandamente pelo braço, a fim de controlar os ânimos exaltados e assustados da mulher.

— Ei , acalme-se. Eu preciso que me acompanhe.
— Que merda é essa de te acompanhar? Você enlouqueceu Mark?! Por que o Black me deixou aqui com você?

Ela andava de um lado para o outro, raivosa.

, nós temos que ir. Black só quer te proteger.
— Com você?! Que bela proteção! Me deixar na mão de um frio!

Naquele momento, ela pôde notar pelo olhar de Mark que as suas palavras lhe causaram algum desconforto e percebeu como nunca antes, que aquela era a primeira vez que o percebia tão... Humano.

— Eu te protejo há muito mais tempo do que você imagina, .

Antes que ela dissesse qualquer coisa, Mark pegou-a nos braços e colocou o corpo de às suas costas, pondo-se a correr.

— Para onde está me levando?
— Para o único lugar que não irão te encontrar...

Mark correu a uma velocidade absurda, e mal pôde observar o caminho tamanha era a corrente de ar em sua face. Escondia o rosto às costas dele em busca de alguma proteção. Que ironia. Proteção... Nos braços de Mark? Conectou-se mentalmente com Black, e o viu frente à Bruh e outros frios encapuzados. Toda a alcatéia estava ali. Certamente, aqueles arrepios em seu corpo não eram friagem, mas sim, um conhecido e velho mau presságio. Quando abriu os olhos sentindo que Mark havia parado , eles estavam na frente da casa de Hernando Vincent. Ela desceu das costas de Mark e os dois irmãos ali parados, os encaravam sorrindo.
— Bem vinda novamente .
— O quê? Vocês se conhecem? — Ela encarou aos três homens.
— Muita história você desconhece, . Mas seus amigos e protetores, irmãos Vincent, são guardiães do seu segredo.
— Vamos entrar. — afirmou Hernando dando passagem para os dois.

Mark fez sinal positivo e de repente, nada mais fazia nenhum sentido. O que os Vincent sabiam sobre ela, sobre os quileutes, sobre Mark...? Ela acompanhou Julian que lhe abraçou de lado, a fim de acalmá-la e dar à amiga algum conforto de que as coisas estavam sob controle. As esposas de ambos, bem como as crianças estavam sentados ao tapete da sala de estar brincando e sorriam animados. Ao notarem a presença dela, imediatamente as duas mulheres foram ao seu encontro, ainda animadas.

! Que bom recebê-la em minha casa de novo! — falou Stella, esposa de Hernando.
— Obrigada. — A mulher afirmou contida e desconfiada.
— Tem fome? — perguntou Mariah, esposa de Julian.
— Não, obrigada Mariah, eu estou bem.
— Serviremos um chá com torradas, por favor, não faça desfeita. Mark nos disse que você estava vindo do casamento de Erick.

encarou Mark, em dúvida. Ele assentiu para os quatro adultos ali: Julian, Hernando, Mariah e Stella, como se pedisse um momento a sós com . Os quatro sorriram, as mulheres a abraçaram a fim de também a confortarem e logo estavam todos entretidos em seu momento familiar, enquanto Mark guiava a até a varanda de fora, próxima a entrada da casa.

—Mark, o que está...
— Sente-se. — Ele interrompeu indicando o banco de ferro ao gramado.

olhou em volta e se sentou. Abaixou os olhos encarando as próprias mãos e estranhando o fato de que, não havia tido nenhum indício daquilo. Não tinha previsto nada como aquilo. A profecia que se fazia clara, envolvia apenas aos quileutes, os frios e ela.

— Daqui algumas horas, tudo vai acontecer. Você sabe, né? — Mark perguntou.

assentiu com a cabeça, e sentia as lágrimas escorrerem por seu rosto.

— Então daqui há algumas horas você vai descobrir sobre os frios, sobre os motivos pelos quais você está sendo perseguida há séculos, sobre as pessoas que estiveram em seu caminho. Sobre... Sobre nós dois.

encarou a face de Mark ao ouvir tão baixo a última frase, que lhe parecia ser pronunciada com tanta dor.

— Perseguida há séculos?
— Você verá toda a sua história, minha querida. — Como alguém que havia esperado por muito tempo por aquele momento, Mark encarava com uma expressão caridosa.
— Por que eu estou aqui, Mark?
— Os quileutes e os Volturi se encontraram. Bruh entregou a eles informações sobre seu paradeiro, sobre quem você é. Os Cullen ainda não sabem de que lado estão. Por sorte, Edward e Carlisle tem um forte poder de persuasão e Bella está alarmada com o fato de você ser a Rhikan. Ela veio até mim para saber aonde te encontrar. E eu também fui descoberto como traidor entre eles, por ter estado ao seu lado esse tempo todo e não a entregue. Mas, eu não poderia. Jamais poderia fazer isso...
— Espera... Black e os outros estão lutando nesse exato momento? — ergueu-se desesperada.
— Ainda não. Os Volturi vão tentar negociar de alguma forma, eles não são prematuros e impetuosos como a senhorita Swan. Mas, creio que quando Black me enviar o sinal combinado, vamos voltar diretamente para a guerra.
— Céus... Eu odeio tanto essa vida!

reclamou a única coisa que poderia, já que estava presa à Mark e de mãos atadas sem conseguir rastrear Black desde o último ponto que o viu, sentindo-se estranha cada vez mais. Mark riu irônico pela resmungação dela, e notando que a respiração de começava a mudar ele a encarou, solene, plácido, compassivo, dizendo-lhe baixinho:

— Não há uma só vida tua em que tenhas sido feliz.

Um lampejo de memória turva surgiu à mente dela ao ouvi-lo dizer aquela frase, daquela maneira tão antiga e carregada de algum sotaque europeu. E um arrepio subiu à sua espinha. Mark levantou-se e aproximou-se de como na primeira vez em que se encontraram. Ela sentiu a respiração dele tão próxima… O vampiro fechou os olhos, e uma lágrima escorreu. Uma lágrima. De um vampiro. Era possível? Novamente o resquício de humanidade nele reverberou sentimentos dentro de . Mark beijou a testa da mulher e a abraçou, já , nada pôde fazer. Não era um efeito da hipnose dele, não era nenhum efeito mágico, apenas o estranho vibrar de alguma coisa que ela não conhecia dentro do seu peito. Assustada com os sintomas que pareciam angustiá-la, afastou-se de Mark abruptamente e suspirou pesadamente tentando compreender:

— Onde os Vincent entram nessa história?
— São meio humanos e meio vampiros. Assim como Renesmée e outros pelo mundo. E são os guardiães de Rhikan.
— Não é possível! Black e os outros saberiam se eles... — De repente, parou seu raciocínio, concentrando-se em uma única pessoa : Sue Clearwater. E então perguntou para Mark: — A Sue sabia?
— Claro. Ela sempre soube que você chegaria. Mas, Sue apenas sabia que uma mulher surgiria e precisaria de sua ajuda e acolhida. Julian contou a ela que uma criança de uma profecia antiga precisaria ser protegida dos vampiros, e seria protegida por lobos. Sue imaginava que eram dos quileutes que a profecia falava, mas... Ela é a pessoa que menos sabe verdades sobre tudo.
— Por que ela mentiu para mim, todo este tempo?
— Ela não mentiu. Ela quis proteger você e à medida que as coisas aconteciam, ela não podia fazer nada. Ninguém sabia de nada, foi você quem foi descobrindo tudo e contando aos quileutes aos poucos, como tinha que ser.
— Chega. Eu não quero mais saber de nada disso... Eu não agüento mais.
— Vamos entrar, você precisa descansar.

Naquele momento, ela tomou o chá que lhe deram, e prevendo que ela não estava disposta, os anfitriões a indicaram aposentos para descansar. Algo acontecia dentro do corpo de que deixava-a letárgica, quase impossível de não adormecer e foi assim que ela entrou em um sono rápido.
A noite fria e os pensamentos confusos, sem falar no sonho que tivera com Black vasculhando a floresta como um cão, porém, não a deixavam dormir profundamente. acordou algumas vezes na noite e em determinado momento da madrugada, sentou-se a própria cama. A figura de Mark em pé ao canto escuro do quarto e seus olhos vermelhos sendo a única visão possível naquela escuridão lhe assustou. Ao perceber, ele sorriu caminhando até a luz da lua que entrava ao quarto se revelando para ela:

— Sou eu.
— Nunca mais faça isso, seu idiota. Você não é o único com olhos vermelhos por aí.

Ele sorriu abertamente e cruzou os braços.

— Está difícil dormir hoje, não é?
— Que tipo de pessoa consegue dormir com um vampiro?
— A Bella consegue.

Embora tudo estivesse sombrio e caótico, não evitou o sorriso com a pequena graça feita por Mark. Ele sabia que ela queria o ofender, mas mesmo assim não ligou. Como todas as vezes que ela havia feito algo parecido.

— É... A Bella. — concordou.
— E você. — Mark completou arqueando a sobrancelha zombeteiro — Várias vezes, aliás.
— Este é o seu sonho, Mark e não a realidade.

Ele riu abafado e mordeu os lábios deixando à mostra as próprias presas. se pegou pensando quantas vezes havia visto as presas brilhantes dele, fora o dia que ele a mordeu? E por que a figura vampiresca dele lhe parecia mais exaltada, como se ele não precisasse mais parecer um humano?

— Recentemente na Bélgica você pode ter se entupido de cafeína para não dormir, mas em outras vidas ... Você era totalmente entregue aos encantos de um frio.
— Não viaja... — Ela falou assustada e contida por parecer estar vislumbrando a face dele mais parecida com um predador do que o humano.
— Já que acordou, levante-se e se arrume. Seth está vindo buscar você.
— Acabou? Digo… Eles acabaram a luta ou sei lá o que aconteceu? — Ela perguntou exaltada, ansiosa, levantando-se subitamente.
— Não. Só está começando.

Horas depois, quando o raiar do dia se fazia presente, Seth surgiu com a moto. se despediu dos Vincent agradecendo-os por tudo, inclusive por toda a ajuda que ela nem sabia que eles haviam dado. E Mark ficou parado ao lado deles, apenas a observando subir na moto.
colocou o capacete e olhou para trás, encarando o olhar profundo de Mark a encarar o seu. Novamente a sensação de ter perdido algum fio naquele novelo todo tomou-se de angústia em seu peito e ela abraçou Seth fortemente. Ele também estava sério, apenas perguntou-lhe se ela estava bem e não conversaram muito pelo caminho. Enquanto se afastavam da propriedade Vincent, observava hora e outra, a figura daquelas pessoas se distanciando. Mark permaneceu imóvel com os olhos fixos na direção dela e Seth, e então, a hospedeira de Rhikan apoiou o seu rosto no ombro de Seth e iniciou um choro silencioso, que ela mal sabia explicar de onde vinha.

•••


A reserva estava caótica. Seth entrou com a moto e eles passaram por trás das cabanas até entrarem pelos fundos daquela que pertencia à . Os anciãos da tribo, inclusive aqueles que não residiam naquela parte da reserva estavam reunidos ao centro do pátio. Jacob ouvia o tagarelar da multidão e nem olhou direção dela quando, mentalmente, havia o dito que já estava na cabana. Pela janela de sua cozinha, notou a figura de Bruh na frente de Black, Quil sendo amparado por Sue e todos os outros com expressões muito sérias.

— Seth... O que está acontecendo lá?

Ele finalmente sorriu para ela e findou o silêncio em que estavam por todo o trajeto. Sentado à bancada com os braços cruzados nela, ele chamou a amiga para sentar à sua frente.

— O julgamento de Bruh.
— O que acontece aos traidores do clã?
— Não sei. Nunca aconteceu. Sempre fomos unidos, mas... O que ela fez é grave demais. Entregou segredos nossos aos Volturi. E agora para evitar a guerra, ou nós entregamos Rhikan a eles ou eles assassinam a Bruh.
— O que?! — falou alarmada principalmente com a tranquilidade na voz de Seth.
— Calma, Jake já a puniu. Foi uma... Escolha sensata, mas não acho que foi punição suficiente.
— O que ele fez? Pelo amor de Deus Seth, fale logo de uma vez!
— Bruh é uma humana agora. Lia aplicou o antídoto nela, e Jake exilou-a de Forks e dos territórios quileutes. Ela terá que viver com outros de nós por um tempo, em outras terras. Até que tenhamos certeza de que ela poderá ir para onde quiser.
— Levando tudo o que ela sabe sobre vocês?
— Jake acha que ela sendo só uma humana não terá mais armas contra nós, e é isso que está sendo discutido lá fora agora. Os anciãos acham que mantê-la presa à reserva para sempre é o melhor, porque ela ainda pode ser transformada em uma frio agora que é só humana e assim, voltar a trair nossa raça.
— Também acho.
— Provavelmente, ela ficará aqui. Jake vai perceber que afastá-la não é o melhor. É doloroso saber que teremos de conviver com ela, mas... É o mais seguro, não acha?
— Acho que não vai ser preciso mandar ela a lugar algum, Seth.
— O que quer dizer com isso? — Seth encarou-a quase como se entendesse o que pretendia.
— Quando eles voltam?
— Não vamos entregar você e nem deixá-la fazer isso.
— Sei que não, mas o que virá é inevitável.
— Jake me falou que você previu o final disso.

deixou as lágrimas escorrerem novamente e não encarou o olhar de Seth. Observou o povo revoltado lá fora pela janela, enquanto pensava em uma resposta para seu amigo.

— Lu... Sabe que você foi a melhor pessoa que eu conheci em minha vida, não sabe?
— Melhor que a Anne? — Ela brincou.
— Melhor sim.
— Isso é uma despedida, Seth?
— Eu não sei. Mas, você sabe.

o encarou aflita, enxergando medo também nos olhos do amigo e correu para abraçá-lo. Deu tempo apenas de Seth abrir os braços, ainda sentado à bancada e acolhê-la.

— Obrigada por tudo, Seth. Tudo que fez, e que fará.
— Eles voltam pela noite. — Seth entregou a informação um tanto perturbado porque não era aquilo que ele queria fazer, mas algo nos olhos dela, pareciam dominar as ações dele.

•••


Durante toda à tarde, Mani e Black estiveram juntos. Ela sabia que faltavam poucas horas para que o mundo desse uma reviravolta. Aliás, talvez aquele fosse o momento mais equilibrado desde que ela chegara a Forks: toda a reviravolta teria um fim. Estavam apreensivos. A reserva, movimentada com a chegada dos anciãos do conselho que levaram Bruh para a tribo Whitton até que ela pudesse retornar. Fora decidido que ela viveria para sempre junto aos quileutes, mas não seria mais uma quileute. Era uma medida de prevenção até saberem quais riscos ou qual mal, Bruh ainda poderia oferecer aos segredos da tribo. Mas, não haveria tribo. E esta era a verdade que mais cortava o coração de .
Sue, Charlie, Emy, Sam, Leah, Seth, Paul, Quil — consternado pela irmã — e Embry estavam todos à cabana de Billy. A já havia saído de lá há algum tempo e logo Black viera. O clima entre todos era fúnebre. E não podia fingir que não sabia a verdade.

— Depois de hoje, pode ser que todos me odeiem. Pode ser que você me odeie, Black. Mas... Eu quero dizer que eu tentei tudo o que eu podia. Eu não sei mais como deter os fatos. — Ela dissera sincera.

Jacob estava abraçado a , no quarto dela. Estar recostada ao peito dele em sua cama, daquela vez não trazia a sensação de conforto, ou segurança. Trazia culpa. E por conhecê-la bem demais, Black entendia que aquilo era uma despedida.

— Ninguém jamais te odiará, independente de tudo. Eu jamais te odiarei. Quantas vezes forem precisas, eu te amarei.
— Eu te amo. E te amar é a única razão pela qual eu não desejaria que tudo fosse diferente.

Black beijou após aquela declaração. E ela se entregou àquele beijo como se nunca tivesse o beijado. Mani poderia fazer daquele momento, eterno. Na verdade, ela queria ter este poder. Congelar o tempo, congelar as sensações, amá-lo infinitamente sem se preocupar com o que viria a seguir. Black sentia o mesmo. Ela soube por seus pensamentos. Ela soube por suas lágrimas, soube por seu beijo, e principalmente pela forma como suas mãos tocavam o corpo dela.
Era aquilo, o anúncio da última troca de carinho, amor, paixão entre eles. Do último enlace de almas. Sentí-lo era o que ela queria, e a única coisa que poderia fazer pelos dois naquele momento. A pele incendiada que ela jamais esqueceria o quão lhe causava arrepios. Os lábios macios, e os braços fortes. A maneira única como seus braços se envolviam no abraço perfeito de seus corpos. Aquela foi a despedida de um casal que desejava ser eterno, mas não tivera tempo.
Dali para frente, todos os fatos que prosseguiram o fim da tarde e início da noite, ocorreram como flashes aleatórios e sincronizados do que viria.

— Lu! Jake já foi para La Push.

Seth adentrou à cabana, enquanto ela secava as lágrimas no sofá aguardando pelo sinal do amigo que avisaria o momento em que os vampiros viriam.

— Eu queria poder fazer algo para evitar suas lágrimas Lu...
— Vamos Seth. Não temos escolha a não ser enfrentar o destino.

se levantou do sofá da sala ajeitando a sua jaqueta. A noite era fria como toda noite Forkense, e ainda mais. Seth abraçou-a apertado. O típico abraço de Seth. E os dois se encararam carinhosos antes dela sair pela porta da cabana.
Não havia ninguém. Não havia nem mesmo Charlie. Todos haviam ido para a praia. O ponto onde tudo começou e onde tudo terminaria. E a missão de naquele momento, era ir até Mark.
Quando Jacob lhe disse que os Cullen desejavam um último acordo marcando na praia de La Push, no mesmo lugar onde Renesmée havia sido morta por ele, sabia que não adiantaria nada. E ele também imaginava uma armadilha por parte dos Cullen e dos Volturi. Afinal, os Volturi tinham dito para que ele entregasse Rhikan ou matariam Bruh, mas todos sabiam que não era a ameaça final. Então Black contou, que todos iriam ao encontro dos vampiros liderados por ele e que, até os mais velhos como Billy estariam lá. Billy não poderia se transformar, devido à sua deficiência, mas convencê-lo a ficar na reserva foi impossível até mesmo para o alfa. Sue acompanhava Charlie, que tinha como última cartada tentar convencer a filha a não prosseguir apoiando os Volturi.
Seth deu um último abraço em e seguiu até a praia, enquanto ela dirigiu até o lugar marcado com Mark. Não seria no mesmo ponto que Black e os outros, mas seria em uma encostada bem afastada da praia, em uma caverna. Ainda que fosse para evitar armadilhas, a verdade é que eles só estavam cumprindo as coisas como na visão da profecia.
Ao encontrar Mark próximo às pedras, ele pegou em seus braços correndo rapidamente para dentro da caverna. E ao colocá-la no chão, encarou sua face com o mesmo olhar de antes: compassivo e caridoso.

— Eu vou te contar a verdade sobre nós porque não temos tempo. O acordo falso dos Cullen, já resulta em algumas perdas… — Mark declarou para ela.

Os olhos da mulher marejavam, porque ela ainda tinha conexão ao Black e podia ouvir e sentir o que acontecia há um quilômetro de onde estavam.

— Éramos jovens apaixonados. Você serviçal do castelo do meu pai, que na época eu não sabia, mas já era um vampiro. E eu estava prometido à uma duquesa, era a Valerie. Nos envolvemos e embora eu tenha prometido a você nunca me casar com Valerie, eu era apenas um humano frágil na mão de dois vampiros. Fui assassinado e transformado na noite de núpcias por ela, e ao mesmo tempo, você foi assassinada pelo Lorde Killiam. Eles já estavam em busca de Rhikan. Consegue se lembrar?
— Não. — declarou atenta, mórbida de qualquer sentimento se não a dor.
— Eu fui transformado por sorte, Valerie e Killiam ainda não sabiam muito sobre Rhikan e como encontrá-la. Mas já sabiam dos nossos destinos: meu e da Deusa. A coincidência, ou não... Foi eu me apaixonar pela hospedeira. Naquela vida e em outras. Depois de transformado eu jurei que te encontraria e protegeria dos vampiros, e daria um fim àquele absurdo cumprindo à promessa de pertencer somente a você.
— E quantas vezes você me encontrou?
— Algumas... Infelizmente, você estava destinada a morrer a cada encarnação humana sua, por causa dessa maldita Deusa. E eu não consegui deter isso em nenhuma delas, até hoje. Eu não pretendo perder você de novo, . — Mark declarou em um tom decisivo.
— Nem que tenha que morrer para isso? — perguntou em um novo tom de admiração.

Mark aproximou-se ainda mais dela e encostou a fria mão em seu rosto. Novamente, aquele vulto de humanidade que ela percebia nele, estava diante dos olhos dela.

— Eu posso morrer para que você viva, mas eu não conseguirei mais suportar a imortalidade se eu perder você para sempre. Enquanto eu viver, eu te amarei.

Ouvindo a declaração dele, engoliu a saliva que se formou em sua boca. Era a segunda pessoa a lhe dizer aquilo. Ela desfez o contato visual e entrelaçou seus braços frente ao corpo, quando Mark puxou-a para seus lábios. E enquanto ela era beijada de surpresa, a cicatriz em sua lombar começara a queimar. Era aquele o sinal. Era aquele beijo a chave para as memórias da mulher e em seguida... da Deusa. Quando Mark separou-se de , ela viu o homem e não o vampiro. Uma imagem antiga dele vestido de outra forma... Em um século antigo.

— O que vê?
— O jovem Mark.

— Algumas cenas podem acontecer à sua frente agora, e eu posso mudar de aparência algumas vezes. Você vai reviver as suas memórias de vidas passadas.

— Eu estou em uma masmorra...?

perguntou e sentiu a dor estrangular sua jugular. Urrava de dor e levou a mão ao pescoço. Mark, o antigo e jovem humano, a olhava com cenho franzido. Era o mesmo Mark, mas apenas a visão que ela tinha dele, que era outra.

— Seu primeiro assassinato . São memórias, não está acontecendo nada com você agora. É um tipo de transe, apenas.
— Estou em uma padaria agora... Mas, ainda em um século antigo...
— Foi a primeira vez que te encontrei depois de ter sido transformado. Você era a filha de um padeiro francês, e...
— Estou sufocando... — disse fazendo o possível para puxar o ar.

Mark fazia um silêncio ensurdecedor e ao olhar em sua direção, conseguia vê-lo: sua vista enevoada por miragens dele em um reflexo acima de si com outras roupas e aparência mais parecida com a atual, enquanto ela afundava em águas escuras.
Em seguida, a mulher o avistou com uma roupa de baile. Havia um espelho à sua frente, e olhando-se nele, deparou-se vestida como uma princesa.

— Eu fui uma princesa? — Ela encarou, surpresa, ao Mark que lhe sorriu enviesado.
— Você achava que era uma mesmo. Mas, não. Era apenas uma mulher nobre e mimada. Muito mimada, inclusive.
— E... Ugh! — sentiu um puxão em seu cabelo antes de terminar de falar e Mark não mais sorria, apenas a observava sentir as dores das vidas passadas.

A dor de uma lança a ferir suas costas era pior do que o afogamento ou a mordida no pescoço. respirou profundamente, após recuperar-se da dor e perguntou ansiosa:

— Quantas mortes mais eu terei que reviver?
— Esta será a última. O que vê?
— Uma espécie de escritório sujo. E você... Em roupas policiais?
— Foi nossa convivência mais longa, acredite. Foi nessa época que eu aprendi a disfarçar que havia encontrado você, e por isso demorou para que os Volturi lhe achassem, mas sua morte não foi melhor, porque para te salvar deles, eu tive que...
— AH! — deu um grito sentindo a queimação no peito, olhou para Mark e ele apontava uma arma para ela — Você atirou em mim?!
— Éramos detetives. Seu sonho era ser policial, mas sua época não permitia uma mulher trabalhando como tal, e eu ofereci a você um emprego. Assim pude passar mais tempo com você, mas infelizmente quando Darak avisou-me que os Volturi descobriram, eu tive que assassiná-la. Não suportaria ver você sofrer nas mãos deles de novo.

Um brilho foi surgindo nos olhos da mulher, ela imaginava que tinha acabado, mas não.

— Pai? Tia? Por que estou vendo os dois?
— Sua última memória humana. A da sua vida atual.
— Meu antigo quarto, — sorriu para Mark como se ele pudesse ver, e desta vez ele era o mesmo da realidade — todas as minhas coisas...
— Vai repassar fases da sua vida, .
— Theo! — reviu o ex-noivo caminhando e acenando até ela, que estava ao lado de Bella — E a Bella... Os convites de casamento...

Ela novamente chorava. Estava realmente revivendo as memórias da sua atual vida. Os flashes em luz branca que transitavam diante de seus olhos, a levavam de uma memória à outra.

— Este… É o dia em que cheguei a Forks? Até quando irão essas lembranças? — perguntou, confusa, para Mark.
— Até este momento. Depois, , você será Rhikan. Se você permitir, é claro. E você sabe o que eu tenho que fazer, não é?

A Pergunta do vampiro não foi sequer respondida, pois, Rhikan já estava mostrando aos olhos de , um cenário muito preocupante, algo que deixou-a absolutamente focada no que enxergava e não em sua própria condição.

— Eu estou vendo eles! — Ofegante, ela começou a gritar em vão: — NÃO! NÃO!

Era a batalha. Black estava lutando contra Bella e estava ferindo-se. Billy estava ao chão caído e desmaiado, Seth protegia Sue e Charlie que acolhiam Leah ferida em seus braços e choravam. Paul, Quil e Embry lutavam contra os Volturi. Não havia outros Cullen. Eles não estavam lá, com exceção de Edward e Bella.

— Jacob! — chamava-o de dentro da caverna, como se na realidade estivesse ao lado dele, e assim, ela percebeu a conexão telepática entre eles voltando.

Black continuava atacando alguns vampiros que surgiam encapuzados. O clã principal dos Volturi assistiam. Bella atacou Jacob e se posicionou para correr até lá, mas foi segurada por Mark.

— Eu preciso ir!
— Só tem um jeito de acabar, você sabe! — Mark gritou para ela a contendo.

focou sua visão na direção de um quilometro, para onde todos estavam, Black jogou o corpo de Bella à uma rocha e Edward se aproximou dela. Então o alfa foi na direção dos outros lobos, mas haviam muitos vampiros. Seth adentrava à mata correndo, com Sue e Charlie em suas costas, e segurava Leah em sua boca. Sam também lutava, embora não tivesse uma das patas, e seguiu Seth como se lhe desse cobertura, com Billy também em sua boca. viu os dois lobos chegando à reserva, e também, viu Seth retornar sozinho, caindo em uma emboscada ao retornar. Embry surgiu ao seu lado, e a cena dos lobos arrancando a cabeça dos vampiros à mordidas, não foi pior para ela do que a cena de Black sendo ferido. Uma vampira loira parada à sua frente o fazia se contorcer, e outros vampiros devagar aproximavam-se dele. Paul foi arremessado longe quando tentou ajudá-lo, e Quil estava desacordado ao chão.

— BLACK! NÃO! — gritou como se gritar fosse ajudá-lo.
! Eu preciso libertá-la! — Mark gritou também sacudindo a mulher em sua frente, na tentativa de fazer a visão dela focar-se nele, e não nas imagens que Rhikan lhe permitia ver.

Mark, desesperado, puxou o rosto dela na tentativa de fazê-la se concentrar a ele. E assim, não viu mais nada que acontecia no “campo de batalha”.

— Faça o que precisa ser feito, Mark. — Ela disse somente.

E então, Mark virou o corpo de , de costas e abaixou-se erguendo a blusa prostando-se bem diante da cicatriz, ou melhor, do selo de Rhikan.

— Espera! — pediu e o vampiro parou e encarou-a ainda abaixado. — O que vai acontecer com você Mark?
— Eu não sei. Diz a profecia, que eu morro aqui. Mas, talvez a minha vontade de não te deixar em paz possa servir pra me salvar. — Ele fez piada e sorriu. — Você é imortal, Mark. Não deve acabar assim.
— Faz sentido, mas não era para eu ter me tornado vampiro. Foi um acidente de descuido de Valerie e Killiam.
— A profecia fala de um menino que liberta Rhikan. Não diz nada sobre o menino não ser um vampiro, ou um lobo.
— Sim. Em todo caso, a profecia fala de um sacrifício.
— Eu não vi o seu sacrifício em minha visão, Mark. Algo morria sim, mas não era o menino da profecia.

Mark então a encarou surpreso, mas não sorria. Não havia motivos para sorrir, embora ela tivesse quase certeza de que ele se salvaria.

— Eu vou tentar te ajudar, mesmo depois que tudo acabar. — prometeu para Mark, virando-se e abaixando-se diante dele e o abraçou dizendo: — Eu não vou te deixar sozinho, vivo ou morto, Mark. Porque você sempre esteve comigo me protegendo.

E ao finalizar o que disse, Mark surpreso sentiu uma fagulha de calor em seu coração sempre gélido pelo veneno monstruoso que lhe corria o corpo, e , rapidamente deu-lhe novamente as costas se posicionando como antes. Mark precisava finalizar aquilo.
O vampiro voltou a erguer a blusa da mulher e com agilidade, sentiu a dor lancinante, sentiu Mark cravando suas presas delicadamente na cicatriz, e em seguida, ela sentia o sangue que ele sugava saindo de si e parte escorrendo por sua lombar. Enquanto Killiam transmutava a magia naquele selo através do sangue de , ela avistou Black, em uma última cena antes de sua consciência ser tomada. Jacob estava caído, desacordado e ferido. Não mais como lobo, mas como homem. Haviam muitas mordidas em seu corpo. Marcas de presas vampirescas. Instantes após da visão, tudo se apagou. Mark caiu ao chão, desacordado quando a sentiu o seu corpo erguer no ar, e de repente, tudo ficou escuro também para ela.

– x –


O corpo de caiu ao chão, ao lado de Mark e o sopro brilhante que saiu de dentro da mulher pairou minutos sobre seus corpos. A luz que irradiava do ventre de , fez clarão em toda a caverna. O sopro flutuou como uma brisa movimentando a areia, e percorreu até as águas do mar. Em uma velocidade tão grande, que mais do que uma brisa, o sopro era visível. Uma forma de luz branca, que chegou até onde estavam os vampiros mortos. Entre eles, somente acordados e caminhando, estavam os Volturi a dar as costas ao cemitério que aquele lugar se tornara. A luz branca e densa passou flutuando veloz entre corpos ao chão, e em poucos instantes pairava sobre corpos inteiros e não dilacerados de alguns vampiros que estavam ali desacordados. Assim também ela transitou entre os corpos humanos desacordados, dos quileutes. O sopro era tão veloz e poderoso que não se fez sentir pelos vampiros mais antigos, e de repente, o clã dos Volturi caiu por terra. Um a um, restou apenas as túnicas e capas vazias ao chão e cinzas negras a flutuar levadas ao vento.
O sopro brilhante seguiu em direção oposta, por entre as matas. Seth caminhava junto a Embry, quando os dois caíram ao chão. Haviam também sido tocados pelo sopro. Sue, que já avistara os meninos que quase chegavam ao meio da reserva, correu em sua direção ao vê-los cair, e o sopro transpassando o corpo da mulher, também a desacordou. Seguiu até Leah que estava desacordada e pairou sobre ela. Seguiu até Sam também desacordado e pairou sobre ele. Seguiu até Emy, que estava cansada, mas alerta e estupefata com o que via, e envolveu-a, porém, não desacordando-a. Todos os corpos pelos quais o sopro pairou, foram salvos. O sopro apenas não pôde salvar, os corpos que já haviam sido mortos.
O sopro, era Rhikan.


Continua...



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