Na noite seguinte, estava em sua casa, na portaria após descer do prédio indo de encontro ao carro de Ji Sub. Ele, elegantemente abriu a porta do carro para ela que estava impecável. Atrás do carro de Sub, dirigia sua BMW vermelha, seguindo-os na maior cara de pau e se garantindo que aquilo era só precaução. Ji Sub levou a um dos melhores restaurantes e dos mais caros. Para não havia nada de incrível naquilo, exceto o fato de que ele e nunca tiveram aquele tipo de programa e constatar aquilo, lhe causou um frio no estômago.
Durante todo o jantar, Sub e conversaram animados, se divertiram e sentia-se livre dos pensamentos sobre .
— O que achou do jantar? – Ji Sub a perguntou assim que terminaram de comer e já pediam a conta.
— Tudo estava delicioso e bastante agradável, Sub. – respondeu amena, com sua elegância natural e sorrindo.
— Ótimo, quero te levar em outro lugar!
Eles foram para o carro, Ji Sub encostou sua mão quente à lombar nua de , e que quase dormia em seu carro, despertou ao notar que ela usava o vestido vinho de costas nuas que ele adorava.
— , … – sussurrou para si, contrariado.
Assim que o carro partiu, os seguiu. Ji Sub levou ainda para um passeio à luz da lua, na ponte mais bonita do Seoul. Os dois caminhavam tranquilos, conversando.
— Então… Eu soube que você investiu na Purple, para quitar dívidas da Insanity.
— É um pouco disso.
— Quando quitar tudo pretende vender a Purple?
— Ainda não tenho certeza do tempo que isso levaria, mas provavelmente se eu puder sair e não ter mais ligação aos negócios da Purple, eu não teria.
— Eu posso ajudar de alguma forma?
— Não Sub! Por favor, até me ofende com isso!
— Não está mais aqui quem falou…
Ele sorriu da forma sedutora e natural que precisava confessar, era extremamente instigante!
— Vamos falar de outra coisa… , você me acompanha ao casamento da minha irmã?
— Ah Sub… Agradeço ao convite, mas recusarei! Você sabe bem o quanto isso poderia implicar, você não pode sair levando qualquer mulher aos eventos de sua família!
— É, eu sei que isso tudo soaria a compromisso, mas eu não me importaria nada em assumir um compromisso sério com você, . Você sempre soube!
— Mas eu me importo. Eu não acho apropriado te acompanhar dessa forma Sub.
Ji Sub pegou delicadamente a mão de e parou de andar. A mulher o encarou com curiosidade, assim como que estava a pé e disfarçado com um boné e óculos escuros um pouco mais atrás deles.
— Se importa de me acompanhar ou ter um compromisso comigo?
— O que você está me propondo realmente, Ji Sub?
— Você sabe.
Ele respondeu e deu passos comedidos em direção à , e como ela não esboçou negativas, Ji Sub tocou as costas nuas dela e aproximaram-se num beijo. O beijo foi longo e lento. observou a cena, mas não demorou mais ali, deu meia volta e foi embora.
não sentiu nada, não conseguia tirar da cabeça na verdade, por raiva de si e daquele pensamento de que poderia ser ali, ela deu a mão para Ji Sub e silenciosos os dois seguiram seu caminho de passeio na orla, à luz da lua. Naquela noite, Sub deixou em casa, e ela não o convidou para subir e nem mesmo fizeram nada mais que fossem se arrepender. Já , havia ido direto para a Purple, e estava bebendo em silêncio no escritório. Pediu a Okasian para ninguém o incomodar.
Em uma noite qualquer, de algumas semanas depois do ocorrido, a Purple estava lotada e em companhia de algumas garotas. As prostitutas o seduziam brincando com partes do corpo dele, enquanto ele virava um uísque atrás do outro, e com uma pistola de dinheiro jogava sobre elas, notas e mais notas. Desde o dia em que havia saído para jantar com Ji Sub, ela não procurou por para nada, e ele insistiu. Foi até a Insanity atrás dela para conversarem, tentava falar sobre o lance deles com ela na Purple, mas acertou-o em cheio. Quando ela decidiu conversar sobre o assunto, a frase foi simples, direta e reta:
— Eu não quero mais brincar de amante sexual com você, . Seguiremos assim.
Ela não hesitou. Não é que estivesse o ignorando, apenas colocou-se inalcançável para , como era para todos os homens. não estava lidando bem com aquilo, e tentou ser a parte desinteressada também, mas percebeu que já havia entrado numa estrada perigosa com aquele jogo de ser amigo com benefícios. Esquecer que não estaria com só dava certo de duas formas: se afundando no velho lamaçal em que ela o encontrou, ou trabalhando muito. Naquela noite, estava no modo pantanoso de si e Gray chegou ali naquele momento. Observava a cena do amigo, deplorável, drogado e bêbado. Uma mulher parou ao seu lado, e ele a encarou reconhecendo-a. Era a mulher que há alguns meses quase o atropelou. E aquela mulher era também a mesma que…
— ?
— Sim. Nos conhecemos? – ela falou olhando Gray ao seu lado, sem o reconhecer.
— Não diretamente. Sou o amigo do . – ele apontou a direção onde o outro estava.
— Ah, claro.
Ela respondeu seca encarando e virou-se para sair dali, mas Gray segurou-a.
— Vocês… O que você faz num lugar como esse?
— Como soube de mim? – ela perguntou estranhando a reação do homem.
O rosto dele não era estranho, se lembrava de tê-lo visto mais de uma vez em algum lugar, só não tinha certeza de onde e de quem era.
— Ele me contou de você ainda na época do lançamento de All I Wanna Do. E também...
— Claro… – ela o interrompeu e parecia um pouco desapontada por ser aquela a referência que havia dado.
— Mas, eu não sabia que vocês frequentavam este lugar.
— Eu sou sócia da Purple. E ele também.
— Como é? O é dono disso aqui?
— Dê um jeito no seu amigo.
Ela apenas saiu, dando as costas ao Gray e indo embora dali em direção ao escritório escondido no andar superior da boate e bordel. Era função de contabilizar o caixa, uma vez que, Oka e poderiam acabar com todo o dinheiro, como ela viu fazer há pouco.
Gray não entendia. Há algum tempo estava ainda mais agressivo, mas prudente com as suas obrigações. Aquela cena toda era extrema. Liu já havia intercedido a ele para que ajudasse a sair das “coisas erradas” que estava se metendo. Mas, ele achava que eram apenas noites desregradas em baladas, como sempre. Não poderia imaginar que ele estava envolvido com prostituição. E se irritou com a hipótese de Liu saber daquilo e muito mais. Havia discutido com ela, antes de chegar ali, justamente por causa de . De novo.
Gray entrou mais no estabelecimento e tentou se desviar da visão de , mas ele fora visto. o chamou, se aproximou cambaleante e com a sua marra tão conhecida. Sorriu maliciosamente e colocou a mão no ombro do amigo:
— Então você abandonou a princesinha em casa e veio se divertir com as minhas garotas?
— , o que você está fazendo, cara? Prostituição?!
— Fuck you, Gray! Não se meta nisso, eu ainda sou o seu chefe!
Gray bufou e iria sair, quando gritou com ele:
— Hey! Por que está aqui, seu filho da puta? Por que está fazendo isso com a Liu?
— Não é da sua conta! Você deveria estar com a Akemi! Já são quase nove meses, ! Seu filho pode nascer a qualquer momento!
— Ele não é meu filho!
empurrou Gray vociferando. Gray revidou, já não suportava mais aquela situação. Quando as coisas entre eles estavam ainda mais fortes, Okasian surgiu com alguns seguranças. Ele estava completamente fora de si, mas conseguiu dar a ordem para que os homens separassem a briga. Gray e foram levados ao escritório de cima, e já descia as escadas quando foi surpreendida com os dois sendo carregados. Ela retornou à sala a fim de entender o que houve.
Lá dentro os dois amigos continuavam a discutir, mas sendo segurados pelos seguranças. ouvia as acusações e desabafos um do outro e não custou a entender o motivo da briga: uma mulher.
Ela tentou mediar o diálogo entre eles, mas Gray falou algo sobre a paternidade de e, acusou o outro de roubar a mulher que ele amava. Ali, ela não teve paciência. Na verdade, não queria admitir, estava apaixonada pelo . E vinha encobrindo as burradas dele pelos meses que estavam se envolvendo. havia se metido nos seus negócios escusos e ele nem sabia o que ela havia feito por ele.
Depois de ouvir brigando por outra, ou por seja lá, o que for que a história Liu x Akemi x Gray havia se tornado, não ficaria ali para ser o “estepe” dele. Ela não precisava daquilo. Quando a porta do escritório bateu e viu que ela havia saído do ambiente, ele chamou por ela e o clima tenso dispersou.
— ! ! – ele gritou da porta do escritório, e não adiantou, ela já atravessava a porta de saída da Purple.
Okasian também saiu do escritório, e foi se recompor. Assim como Gray que também saiu dali e foi embora. E permaneceu dentro do escritório, fumando e bebendo. Chamou uma das prostitutas para lhe servir ali. Mas, o rosto de ficava surgindo como fumaça em sua frente. E depois o de Liu. Os rostos se alternavam e ele sabia que era efeito das drogas, mas não deixou de pensar na participação das duas mulheres em sua vida, dispensou a garota e ficou sozinho.
dirigiu à casa de Ji Sub. Em todas aquelas poucas semanas juntos, ainda não haviam dormido juntos, então pegou o homem de surpresa quando ele abriu a porta com seu cigarro na boca, e entrou abruptamente pela casa da família, antiga e imponente. Ela tirou o cigarro da boca de Ji Sub, jogando num canto qualquer da varanda, e o beijou de uma vez. Sem aviso, sem cumprimentos. Sub pegou em seu colo, e a guiou aos beijos para sua casa. Assim que entraram, começou a retirar as roupas e Sub também. Os dois exploravam os carinhos e corpos um do outro de forma urgente, necessitada, e experiente. Ji Sub beijava o pescoço de , e acariciava a intimidade dela por cima de sua lingerie, mas por mais prazeroso que fossem, ainda não eram os toques de , então decidiu ficar por cima e proporcionar prazer ao Ji Sub primeiro, só para não pensar em . Mas, não adiantou. Aquela foi a transa mais desconcentrada de .
e Ji Sub passaram todo o tempo dele ali na Coréia, juntos. Ela tentou o máximo que pôde dar certo com Sub, e apesar de serem bons amigos juntos, faltava algo. Mas chegou o dia dele voltar para a Europa.
— Ei, vou sentir a sua falta! – ela respondeu o abraçando.
— Eu também! Sabe que se precisar de algo, estarei disponível, não é?
— Sei sim Sub, obrigada.
— E sabe que quando quiser se casar, e se este cara por quem está apaixonada não lhe quiser, eu estarei esperando? Embora eu não acredite que este cara é tão burro assim.
— O que?
— Não é difícil reconhecer que você está apaixonada .
A mulher apenas suspirou e recebeu outro abraço do amigo So Ji Sub. Despediram-se ali no aeroporto e saiu em direção para a Insanity. No caminho, reconheceu o carro de numa viela. Decidiu observar e o pegou entrando em um dos pontos de tráfico do Wang, um açougue na periferia do arredor. Aquela era a área de Wang, e ela viu quando recebia dinheiro do açougueiro. Provavelmente do tráfico.
— seu idiota! Sabe o que eu tive que fazer para te livrar do Wang!? Idiota… Negociando no ponto dele? – ela murmurou para si.
Seguiu o carro dele, e quando o viu estacionar na Insanity, pensou que talvez ele estivesse a procurando.
— ! – saindo do carro ela gritou antes dele entrar na boate.
— ?
— O que fazia recebendo aquele dinheiro?
a olhou sem entender como ela soube, e onde aquilo era da conta dela, mas puxou para dentro de sua BMW, olhando em volta sem a atenção que deveria ter tido, na verdade.
— São meus lances.
— Okasian me garantiu que você estava fora disso!
— Por que estaria?
— Porque ele me garantiu que você não traficava mais!
— E desde quando?
— Desde... – ela desconversou — Achei que você só estava usando essas merdas! Achei que tinha conseguido finalizar tudo e sair!
— Estava ocupada demais com o seu namorado suggar daddy pelo visto, e não soube que eu diminuí minha frequência de uso, mas nunca deixei de lucrar com as drogas.
— Então pare! Eu não passei pelo que passei a toa!
vociferou e ia sair do carro quando ele a impediu.
— Pelo o que você passou?
— Pergunte ao seu amigão Okasian!
Gritou e entrou eufórica na sua casa de shows. estava decidida! Iria largar tudo na Purple, estava farta daquele lugar de qualquer forma. Já foi entrando em sua verdadeira empresa, e procurando a figura de Pietro.
— Noob, Pietro está no escritório? – ela perguntou ao segurança da casa, que já apresentava movimento.
— Sim, . Inclusive ele está junto com Angel, parece que os dois estão a te procurar.
assentiu e subiu ao seu escritório procurando seu telefone em sua bolsa. Percebeu que estava no modo silencioso e por isso não conseguiu atender às chamadas de ambos.
levou alguns segundos para assimilar as palavras de , então bateu a chave na ignição indo até quem ela aconselhou. Okasian iria dizer o que sabia, por bem ou mal! Mas, o que não notou desde que saíra do açougue, foi a camionete preta que o seguia.
Jackson observava em sua área, pronto a pegá-lo quando saísse do ponto, mas avistou o carro de e pediu a Bambam que esperasse. Logo, Wang e seus capangas estavam a seguir ela também, e observaram a cena do casal na frente da Insanity.
— Ela está muito, puta... – Bambam afirmou, assim que viram entrar.
Ao olhar para Wang notou pelo olhar do chefe, que estaria muito fodido.
— Vamos seguir o playboy. – ordenou Jackson puxando o próprio celular do bolso enquanto Bambam dirigia.
adentrou ao seu escritório notando Pietro e Angel conversando à sua espera, mas não conseguiu os cumprimentar. O telefone em sua mão tocou e ao ver de quem era a chamada, arregalou os olhos surpresa e atendeu preocupada.
— Jackson? — Eu realmente tentei aliviar para o seu playboyzinho famoso , mas sabe... Eu não gosto mesmo do seu garoto...
— Jackson! – ela o chamou com a voz vacilante, mas foi interrompida: — Desculpe , mas ele precisa aprender que não mexe com as minhas coisas e fica impune, e depois... Eu já aturei esse seu lance com ele, quieto por muito tempo. Dessa vez eu não vou poder ser cordial com você .
— Jackson! Espera! Jackson! – gritava assustada, mas Wang já havia desligado.
encarou ao celular assustada, em seguida levou as mãos aos cabelos desesperada e pensativa.
— O que houve ? – Pietro perguntou preocupado.
— Jackson vai pegar ele! – falou nervosamente andando em círculos e discando para .
— Ele quem? – Pietro perguntou.
— Atende ! – a mulher desesperada falou sozinha esperando que sua chamada fosse atendida.
Pensou que ele deveria estar a caminho da Purple ou de sua própria casa, depois de ter sido pego em flagrante por ela e com certeza estar refletindo sobre o que ela dissera.
— Okasian!? – gritou ela assim que ele atendeu.
Okasian reconheceu o desespero na voz dela, e nem mesmo fez piada por ela estar o telefonando.
— Aconteceu alguma coisa?
— está aí? — Não... Ele não... – no mesmo instante apareceu à porta — Ah! Ele acabou de entrar!
apenas desligou e puxou sua bolsa desesperada saindo.
— ! Aonde você vai?!
Gritou Pietro e sem resposta o amigo apenas ficou ali no escritório com Angel, aguardando as notícias que ele sabia que viriam, más ou péssimas.
pretendia beber e ficar ali na Insanity até que pudesse tomar coragem de ter uma conversa sincera de desculpas com , não tinham brigado, mas desde a noite em que ela saiu do escritório da Purple enraivecida por sua briga com Gray, que ele sentia-se culpado. E ainda tinha a culpa de sentir que estava a usando para esquecer Liu, sem nem mesmo estar de fato apaixonado por ela, e que só piorou quando começou a sair frequentemente com Ji Sub.
Agora ele temia que ela estivesse num relacionamento sério com o empresário. Ji Sub era o cara certo para , sabia disso, mas ele não poderia lidar com uma “despedida” como a que tiveram: um afastamento repentino e sem muito contato. Quando parou na porta da Insanity não esperava vê-la chegando junto com ele, e o gritando daquela forma. Assim como também não esperava a insinuação feita por ela. O que ela havia feito por ele? Ela havia feito algo por ele? E Okasian sabia? entrou na boate indo direto ao escritório do amigo. Oka estava ao telefone, e mesmo assim entrou e sentou sobre a mesa de Oka o encarando. Okasian desligou a chamada e olhou a expressão nervosa de , prevendo alguma merda.
— E aí, man?
— Era a ? – perguntou.
— Era sim. Parecia nervosa, vocês brigaram?
— Oka, que merda a fez para entrar aqui, que possa ter a ver comigo?
— Do que está falando?
— Okasian… Me conte logo a porra toda.
estava sério e Okasian não tinha porque esconder mais aquilo. Na verdade, nunca teve. Só não o fazia porque não queria. mal pôde acreditar quando Okasian explicou a história de ligação entre a e a máfia coreana. Menos ainda que ela era protegida por Jackson Wang, o chefe da máfia, por ser ex-namorada e amiga de infância dele. Por suas famílias terem sido aliadas. Mas, até aí, tudo bem. era mesmo de uma família metida às coisas mais inacreditáveis. O que deixou aflito e com ódio de si, ao mesmo tempo, foi saber que ele era ameaçado de morte por Wang, não só pelo tráfico, como por se envolver com a , e que ela investiu o dinheiro que salvaria a Insanity da crise financeira, para salvar .
— A inalcançável , comprou sua liberdade com a prisão dela, .
— Por quê?
— Vai ter que perguntar a ela. Embora eu ache que nós já saibamos o motivo, não é?
deu um murro na mesa de Okasian.
— Porra! Você devia ter me dito antes! E mais! Você me deixou continuar agindo como o chefe do cartel local todo! Sabe o risco que eu corri? Você contribuiu para que o esforço dela quase não desse em nada, Okasian! Como você consegue ser tão merda?
— Foi mal , mas eu sempre soube que com ela aqui, você poderia vender o que quisesse na região. Wang nunca ia mexer com o cara dela. Ele sabe que ela está apaixonada por você, e uma das coisas que Jackson não faria é dar razões para ter o ódio de ! Agora, com ela fora, que a merda fede.
— Okasian... Eu estou fora. Se eu soubesse disso antes, eu… Estaria fora há muito tempo! Caralho, você é um lixo! Um lixo!
— Acalme-se ! Vamos preparar a sua saída!
saiu da sala tão depressa que parecia que não havia ninguém impedindo o seu caminho, apesar dele esbarrar em algumas pessoas. Saiu bufante pela rua que começava a escurecer devido o cair da noite, e Jackson sorriu. Os caras de Wang estavam encostados nos dois carros que agora estavam em frente à Purple observando o momento de agirem.
— Vai lá e quebra o Okasian. Arranca aquele merda daí! – Wang ordenou para Bambam.
— Eu devo o deixar viver, Jack?
— Por enquanto sim, mas pode pegar pesado. Ele está merecendo há muito tempo. Agora vai logo! Dok e Bill vão com ele, o resto vem comigo.
Jackson entrou em sua camionete com os capangas subindo na caçamba da mesma e dirigiu seguindo , enquanto os outros entraram e pegaram Okasian desprevenido. Oka tomava uma surra pesada quando surgiu correndo pelo saguão e os poucos funcionários do lugar assistiam tudo, inclusive os seguranças. Ninguém se metia com a máfia, só mesmo o imbecil do Okasian. gritou chamando a atenção de todos.
— Bamy! – chamou Bambam pelo o antigo apelido.
— Fica fora disso ! Hoje você não tem carta branca e nem de cor nenhuma! – o homem gritou enquanto chutava a Okasian.
— Okasian! – se aproximou e Bambam a segurou pela cintura, com a mulher tentando se soltar: — Cadê o !? Fala logo Okasian!
— Mo...nique... – Okasian sussurrou como se pedisse socorro.
A mulher sentiu-se nervosa e começou a se sacudir entre os braços do capanga de confiança de Wang.
— Inferno! Me solta Bamy! – ela gritou o empurrando e o homem respondeu segurando forte ao punho dela.
— Vai embora !
— Para onde Jackson está o levando?!
— Ele está seguindo seu namoradinho e vai emboscar ele, então eu não sei aonde ele vai finalizar o seu amado covarde!
— Escuta aqui Bambam! – gritou com fogo nos olhos e segurou o rosto do capanga com uma só mão enquanto lhe apontava um dedo com a outra: — Eu não vou ficar quieta com isso, ouviu!? Eu sei bem qual o ponto fraco de Wang e não vou deixar de atingir, e eu acho bom esse verme do Okasian não morrer hoje também, porque esse puto ainda me deve muito!
A mulher saiu desnorteada e desesperada correndo para seu carro, com seus longos cabelos pretos sacudindo sensualmente até quando estava desesperada, e Bambam apenas riu ao vê-la sair descontrolada. Ela estava mesmo diferente e fodida por causa dos próprios sentimentos. Continuaram a surra como se nada tivesse acontecido.
Dentro de seu carro telefonou ao Pietro pedindo que a avisasse se aparecesse por lá, e que Pietro o trancasse em segurança em seu escritório. Mas ela sabia que era improvável que desse tempo de chegar até ela. Não fazia ideia de onde estaria indo também, por isso o desespero aumentava a cada toque da chamada que ele não atendia. Até que...
— Fala ! Onde você está? – atendeu também com tom de voz desesperado.
— Pelo amor de Deus, ! Você nunca mais deixe de atender a porra desse telefone quando eu te ligar e...
O som do freio alto e do grito de a interrompeu.
— ? o que houve, onde você está? – ela gritou. — Eu estou chegando , me espera, um idiota me fechou, até já...
— Não! ! – ela gritou, mas não adiantou.
desligou a chamada e desceu do carro avistando a figura de Wang caminhar até ele.
— Qual foi man! Você podia ter provocado um acidente aqui! – disse desconfiado pela postura do homem que caminhava até ele.
Jackson soltou uma baforada de seu cigarro na direção de , e sorriu ladino por perceber a ingenuidade do babaca.
— ... O tal filho da puta.
— Como é que é? – perguntou se sentindo já irritado e observando com cautela a figura do homem que tinha o dobro de seu tamanho.
— Não sabe quem sou eu, não é?
— Que tipo de merda você está fazendo? – perguntou fechando a porta do carro e aproximando-se alguns passos de Jackson que o encarava com ódio.
— Quem fez merda foi você, traficando na minha área e fodendo com a minha garota!
— O que... ? – pensou constatando — Wang?
— Ah, então sabe quem sou, não é? Eu sabia que estava fazendo de propósito!
— Eu não estava. – disse enérgico e se preparando mentalmente para uma briga quando viu os outros caras saindo da caçamba e se aproximando — Vai vir pra cima e trouxe plateia?
Jackson sorriu fraco e jogou seu cigarro no chão pisando-o.
— Eu não sou o tipo leal que joga no mano a mano. Eu trouxe uma equipe pra se divertir também, porque no fim das contas, somos uma máfia perigosa e você não devia brincar de fingir ser perigoso na minha área...
— Não finjo porra nenhuma, não sou mafioso e não vou acovardar de quebrar a sua cara e de quem mais vier Jackson!
— Wang pra você. – Jackson se aproximou e olhou de cima a baixo com muito ódio: — Não acredito que ela foi se apaixonar por um merdinha como você...
— Pelo visto o merdinha não sou eu, já que ela não falou nada sobre o namoradinho de infância.
Jackson estourou naquele momento e puxou pela camisa deferindo o primeiro soco. foi para cima dele também, mas antes que conseguisse dar mais um soco em Wang, os capangas já o seguravam e amontoavam-se ao redor de si. Jackson batia em sem a menor piedade, e depois de um tempo deixou que os outros batessem nele também. Cada vez mais, se feria, mas não deixou de tentar brigar. Quando os capangas foram até o carro de e atearam fogo nele, Jackson voltou a acertá-lo com socos, chutes e pontapés.
que dirigia pelo caminho até a Insanity assim que desligou a chamada dizendo que “estava chegando”, depois de um tempo, avistou o fogo alto na estrada e acelerou ainda mais. Quando ela parou seu carro de qualquer jeito, viu Jackson esmurrando que agora estava solto, fraco, cuspindo muito sangue e tentando enfrentar Wang no um a um, sendo observado por todos. pegou sua arma em seu porta-luvas do carro e desceu, brava apontando a arma para os capangas de Wang atirando em seus pés.
Assim que chamou a atenção deles Jackson a encarou nervoso e deixou caído, indo em direção à mulher e se aproximou dela. Seu maxilar travado demonstrava a força em se controlar para não fazer uma merda contra .
— Já acabou de dar a lição dele? – perguntou tão impávida e mafiosa quanto Jackson, e com a arma abaixada ainda em punho firme.
— Você realmente atirou nos meus caras, ? – Jackson perguntou tocando o rosto dela de forma nervosa e olhos arregalados.
— Você realmente tocou no meu cara, Wang? – falou mais firme e em tom mais alto que ele dando um tapa na mão de Jackson.
O mafioso segurou pelos cabelos, apertando-os fortemente em sua nuca a fim de mostrar quem mandava e ela levou a mão livre na camisa dele a puxando com força.
— Eu só não estou apontando esta arma na sua cabeça porque na hora em que isso acontecer, teremos uma guerra e este não foi o decreto das duas famílias, Jackson! Então, eu vou te perguntar de novo e espero que não me faça usar a única carta que eu tenho contra você! Já deixei o Bambam sob aviso, mas é melhor te lembrar também!
dizia com uma autoridade que há muito tempo ela não precisava usar.
— Sabe que se você romper comigo, e usar o seu trunfo, eu mesmo vou esquecer tudo e lutar contra você, . E só vai acabar quando um de nós estiver morto! Ele vale mesmo tudo isso?
— Eu disse que não iria ser injusta com você e com a nossa história Jackson, e você se manteria fora disso! Quem quebrou o acordo primeiro?
— Ele não te merece! – Jackson gritou.
— E você nunca me mereceu também! – ela gritou de volta o empurrando.
Jackson engoliu seco ao ver as lágrimas nos olhos dela. Ele sabia que a ferida que ele havia causado em , foi maior do que qualquer acordo que ela não tivesse dado conta de cumprir. E na verdade, ele sabia que ela também não tinha consciência de que estava metido ainda com seus negócios. Wang tinha certeza que se ela desconfiasse que ainda estivesse metido com aquilo, ela mesma teria dado um fim no problema. Assim como tentou, ao assumir a dívida de Okasian e da Purple.
— Eu vou te perguntar de novo Jackson! Já acabou com a sua palhaçada por aqui?
O tom de voz de era firme, embora seu rosto estivesse em incontáveis lágrimas. Wang soltou o cabelo dela e afastou-se devagar do corpo da mulher. Olhou para trás, os capangas todos aguardando uma ordem e quase desfalecido no chão.
— Joguem este idiota no carro dela. – ordenou, e disse à : — A gente zera o placar de novo depois disso, mas é bom ele sumir daqui. E se for preciso, suma você junto!
— Essa área também é minha! – ela gritou revelando o que eles ainda não haviam dito a ninguém.
Wang apenas saiu dando as costas para , voltando ao seu carro. Os homens deixaram no banco de trás do carro dela e rapidamente voltou-se ao volante. Ouviu o som da sirene do corpo de bombeiros e acelerou antes que fosse flagrada no lugar, e quando estava bem mais distante a explosão do carro de foi ouvida.
Ela olhou rapidamente para o banco de trás e ainda estava desacordado.
— ... – ele murmurou e ela o viu sorrir e dizer para ela: — Obrigado.
voltou a olhar para frente e dirigiu o mais rápido possível para o hospital. Horas depois, estavam Pietro, Angel, e alguns seguranças da Purple ali no hospital. Os seguranças levaram Okasian que estava em sala cirúrgica, e estava na emergência.
— E agora, o que ficou decidido? – Pietro perguntou afagando os cabelos da amiga e chefe.
— Jackson vai ficar longe. E nós também. Agora eu só queria dar o fora da Purple e fechar aquela merda! Devolver a zona pro Jackson e só... Seguir minha vida... – desabafou .
— Não será um problema, mas a gente conversa melhor sobre isso depois. – Angel afirmou também abraçando a chefe e amiga.
Pietro dispensou os seguranças, Angel foi embora e ele ficou ali com aquela noite.
Semanas depois, estava para receber alta, e Okasian ainda ficaria um tempo no hospital recuperando da cirurgia. Ele já estava no quarto de , mas havia ficado em estado bem pior. Se não tivesse interrompido Wang, talvez não tivesse nem mesmo saído daquela. e Pietro revezavam as horas de visita no hospital, e davam prioridade para não estar ali no mesmo momento em que Gray e Liu apareciam. Naquela manhã, havia deixado avisado que ela mesma iria levar para casa, e por isso tomava um café no restaurante do hospital, enquanto se recordava da conversa com Angel e Pietro dias antes.
Flashback
Dois dias depois da confusão do acidente com e Okasian, já havia retornado para o trabalho na Insanity e estava ansiosa para saber o que Angel e Pietro tinham a dizer, que seria urgente e era tema da conversa do dia em que Jackson armou a cilada. A mulher entrou em sua sala e notou Pietro e Angel afoitos.
— ! Você demorou!
— Me desculpe, eu passei a noite no hospital e acabei me atrasando para voltar para casa.
— Como eles estão?
— Ainda vão ficar um bom tempo, eu acabei me encontrando com o tal Gray na saída, e ele disse que quer revezar para acompanhar os dois... Então, vou poder trabalhar um pouco mais, mas o que houve?
— Tenho ótimas notícias a você ! – Angel falou sorridente — Na verdade, é sobre a conversa que teríamos aquele dia!
Pietro também parecia animado e a mulher se contagiou pela expressão alegre dos dois funcionários. Ela sentou-se junto com eles ao redor da mesa de centro, no sofá do escritório, aguardando as novidades.
— Já podem dizer! – afirmou ao perceber que eles esperavam uma reação dela.
— Temos exatamente seiscentos mil dólares na conta da Insanity.
— O quê?
Angel riu por ser exatamente aquela a reação de Pietro dias antes, quando ela contou.
— Um investidor entrou em contato comigo, e manifestou o interesse em aplicar dinheiro na casa. Achei estranho, mas marquei um encontro, conversei com ele e depois de saber que não havia absolutamente nada de errado, e o dinheiro é limpo, eu aceitei trazer a proposta a você. Mas, ele pediu segredo. Disse que não gostaria que você soubesse quem era, e também não há nenhum ônus para nós. Ou seja, ele simplesmente só quis “dar” o dinheiro para a Insanity.
— A troco de nada? Isso não existe! – ela alarmou desconfiada.
— Ele tem sim um objetivo, e me garantiu que assim que você recebesse o dinheiro saberia o que fazer. Por isso, ele já teria sua recompensa. É alguém que tem admiração por você, .
— Angel você vai me dizer quem é! Por favor, né!
— Eu não posso, confidencialidade de advogada.
— Mas você é a minha advogada!
— , eu não vou contar. Apenas posso garantir que tudo foi feito de forma exímia e não há nada de errado. Você recebeu seiscentos mil dólares de presente para a Insanity. Espero que os use bem.
— Eu quero o extrato desta conta, agora.
— Como eu sabia que você iria o pedir, eu já providenciei.
Angel entregou a ela o papel e enquanto lia, Angel encarou Pietro feliz pela chefe e amiga.
— Bem, eu não disse quem é. – Angel afirmou sabendo que ela saberia exatamente quem era o investidor ao ver a procedência do dinheiro: — Só tem uma cláusula que você deve cumprir.
a olhou ansiosa e surpresa. Totalmente surpresa.
— Não pode devolver nem um centavo.
— Não acredito que ele fez isso!! – sorria lendo o papel.
— Já sabe quem foi não é? – Pietro perguntou.
— Sei sim, e sei exatamente por que ele fez isso…
Transferência bancária nº 25134785
Conta Central: Asian Airlines Corporation
Retirado da Conta Nominal de: So Ji Sub
Transferência Para: The Insanity Club
USD: 600.000,000 US$
Aquelas informações no documento corriam sob os olhos de , fazendo-a sentir emoção por uma atitude tão nobre e tão… Fraterna.
— Eu não sabia que você gostava de bancar mesmo o suggar daddy, Ji Sub… – ela murmurou para si.
Encarou aos amigos e finalmente explodiu em gargalhadas de incredulidade. Todos seguiram com a mesma reação. Pietro puxou num abraço e perguntou-a diretamente:
— Você vai aceitar o pedido de casamento dele agora, não é?
— Eu não posso… Mas, ele disse que vai esperar um pouco mais... ¬– ela falou em tom de brincadeira.
— Ai , faça-me o favor! O homem te deu praticamente dinheiro suficiente para você se livrar da Purple, pagar suas contas e viver tranquila por um bom tempo mesmo você o negando! O que o te deu até agora além de problemas?
— Orgasmos incríveis. – Angel respondeu e sorriu.
— Não acredito que Ji Sub também não consiga! – Pietro reforçou.
— Bem, eu… Eu não posso aceitar o pedido dele. Pelo menos não ainda… Quero dizer, eu gosto muito do Sub, mas…
— A gente já sabe! – Pietro a interrompeu: — O pau do deve ser mesmo incrível…
Depois de gargalharem, informou para Angel que providenciasse tudo para quitar as contas da Insanity. Enquanto ela precisaria providenciar sua saída da Purple. Nunca esqueceria o que Ji Sub fizera por ela.
Fim do Flashback.
deixou a xícara de café no balcão da cafeteria e pagou, em seguida subiu ao quarto onde e Okasian estavam internados. Okasian estava acordado olhando pela janela, e dormia. Quando viu entrando no quarto, Oka sorriu sacana e ela se aproximou do leito dele de braços cruzados.
— Que linda enfermeira... – Okasian zombou provocando-a em tom baixo de voz.
— Dói?
perguntou enfiando o dedo em um dos curativos da cirurgia dele. Okasian ia gritar quando ela abafou a boca dele repreendendo por estar dormindo.
— Sua maluca!
revirou os olhos e contou para Okasian o que tinha que dizer: estava caindo fora da Purple e queria saber se Okasian pretendia ficar com a parte dela.
— … Eu até tinha interesse, mas… Na verdade acho que pode oferecer a sua parte para outro sócio, não só a sua, quanto a minha...
— Finalmente! Esse poderia ser o dia mais feliz da minha vida, mas você não merece tanto. – ela respondeu e afirmou para Okasian: — Angel vai vir aqui trazer os papéis que você tem que assinar, e como o não entrou como sócio juridicamente, não vai ser preciso que ele concorde com nada.
— Beleza... Mas, pra quem vai passar?
— Ao Jackson, coisa que você deveria ter feito muito antes.
— Está maluca de se meter com ele de novo? – Okasian falou surpreso.
— Acorda seu idiota, eu não sou você. – afirmou revirando os olhos e sorriu sincera, antes de dizer: — Certo… Comporte-se com as enfermeiras ou eu vou incentivá-las a te envenenar. A gente se fala.
saiu de perto do leito de Okasian e aproximou-se devagar do leito de o observando, mas não tocou nele e nem fez mais nada, apenas o observou e saiu em seguida sem olhar para trás. Com o som da porta se fechando, abriu os olhos e Okasian sorriu por perceber que ele fingia.
— Então acabou? – perguntou para Okasian.
— É... Ela está caindo fora da Purple. Ofereceu a parte dela, mas… Óbvio que vou cair fora também.
— Viu que não dá conta dessa merda sem ela, não é?
— Exatamente, eu cansei de brincar de cafetão e depois… Sem a eu não posso ficar aqui, ou melhor… Sem a proteção dela. E ela já sabia disso... No fim das contas, ela conseguiu me vencer.
— E você não é tão burro de continuar desafiando a máfia... – afirmou.
Okasian concordou silencioso e olhou para de forma curiosa, e então perguntou.
— E você hein? Vai assumir um relacionamento com ela?
— Eu acho que ela... Já tem um relacionamento agora, e olha onde eu a trouxe, não é?
— Quem? O Jackson!? – Oka perguntou confuso.
— Não... Um cara bem melhor que eu e principalmente, melhor que o Jackson.
A enfermeira entrou naquele momento para medicá-los, e o assunto morreu. Em seguida teve sua alta assinada, se despediu de Okasian que ficaria ainda uns dias, e com cuidado foi levado por para casa. Eles conversaram bastante no caminho, coisas triviais. informou que tomou a liberdade de pedir ao Gray que providenciasse a limpeza da casa dele. Nada disseram sobre o lance que tinham e nada disseram sobre o dia do acidente, nada disseram sobre nada mais do que um “se cuida”, por parte de , e um pedido de para que ela continuasse ao menos sua amiga.
— Eu não estaria aqui se não fosse sua amiga . – respondeu — Qualquer coisa me liga.
— Obrigado , de novo. E... – ele se aproximou tocando o rosto dela — Me desculpe.
sorriu de modo convencido e beijou o rosto de e zombando ao sair:
— Você sempre tem dívidas altas demais comigo, não é ?
Alguns dias depois, estava recuperado totalmente, Okasian já havia recebido alta médica, e a vida deles se encaminhava. estava tentando se concentrar mais e mais na AOMG, afastar-se dos maus hábitos e até mesmo, vinha se mostrando um pouco mais paciente com todos ao redor, o que inclui Gray e Liu. Ele e o amigo estavam um pouco melhor em seu tratamento, apesar de ainda querer manter-se afastado, foi durante sua internação que ele se viu obrigado a lidar com Gray. O rapaz também lembrou a que eles sempre foram mais do que parceiros de música, eram amigos. Grandes amigos! E se nem mesmo a traição de Akemi afetou-os quando Gray descobriu tudo, ele dizia a , que não achava certo eles continuarem se desentendendo pelo mesmo motivo. relutante, tentou pela milésima vez provar para Gray que sentia-se injustiçado por estar assumindo uma responsabilidade que, em sua mente, era também de Gray até que a criança nascesse e o DNA provasse a paternidade. Mas aquela questão continuava como uma briga de força para ambos os lados. Então, e Gray acordaram que não tocariam mais naquele assunto, até o momento certo.
Com isso, estava evitando assuntos que lhe trouxessem dor de cabeça. Mas, de todos os seus problemas, havia um em especial, que ele gostaria muito que estivesse o incomodando, mas infelizmente, não estava: .
Ele não falava com ela há algumas semanas desde ela o deixou em sua cobertura, e também não havia retornado a lugares que pudesse a encontrar, por absoluto medo de dar de cara com a mulher e Ji Sub, juntos, assumidamente. Naquela noite porém, ele dirigiu até a Insanity e chegando lá, havia acabado de sair. Pietro informou que ela precisava daquela folga, e não havia necessidade de não deixar o controle na mão dele.
— Ela está muito cansada . Tem trabalhado muito, não foi fácil administrar duas boates complexas, lidar com Jackson, Okasian e ainda por cima manter o bem estar emocional.
— É... A me faz sentir um babaca covarde que não suporta os próprios problemas, enquanto ela lida com tudo com tanta segurança e ainda mantém sua pose... Mas, estou preocupado... Ela, ela está doente?
A voz de era realmente preocupada e Pietro notou na postura dele, que se importava com . E talvez nem ela, e nem ele teriam se dado conta daquilo, mas Pietro percebeu. Sorriu ladino, segurando-se para não revelar que a doença de se chamava amor, então apenas o tranquilizou:
— Não, ela só estava cansada mesmo, e merecia a folga. Não se preocupe.
— Ela está no apartamento dela ou… – ele não conseguiu perguntar.
sentia o peito palpitar de raiva de Okasian por toda aquela situação passada, o coração ainda agonizava-se em culpa por , e também por medo de tê-la perdido.
— Na casa de Ji Sub? – Pietro perguntou o que não conseguira, e sorriu sarcástico antes de responder: — Ela está no apartamento dela.
— Certo… – uma onda de alívio tomou-lhe e ele agradeceu: — Valeu Pietro…
havia acabado de sair do banho, e vestir um pijama de flanela. Aquela noite estava fria, e chamativa para que ela ficasse à vontade em casa. Pediu pizza por um aplicativo e prendeu os cabelos de qualquer jeito. Quando o interfone tocou, ela informou ao porteiro que liberasse a entrega, mas ao abrir a porta de sua casa com o telefone na mão para realizar o pagamento assim que o entregador chegasse, se deparou com saindo do elevador. Ele ficou ali estático a observando em sua porta, e ela igualmente estática com a surpresa de ser ele. se aproximou e estendeu a sacola com a pizza.
— Eu já paguei. – informou sorrindo.
— Entra…
deu espaço para ele passar, e coçou a nuca confusa pela presença de . Fechou a porta e foi até ele pegando o pacote e caminhando até a cozinha com a seguindo. O homem observou vestida daquele jeito tão simples e sorriu. Ela ficava perfeita em tudo. E em nada também.
— Eu, conversei com Okasian. – ele informou assim que ela deixou o pacote na grande mesa e foi pegar os pratos e talheres.
— É eu já imaginava… E ele te contou tudo?
— Por que fez aquilo, ?
— Era o seu dinheiro de qualquer forma, nada mais justo que usá-lo para te livrar da morte.
— Do que está falando? – sentou-se confuso sobre a bancada de mármore.
poderia brigar, mas apenas revirou os olhos e continuou o que fazia: servindo-os de pizza e cerveja.
— O cheque que você me deu, eu usaria na Insanity. Mas, acabei usando para pagar as dívidas da Purple com o Wang, e assim… Negociar que eles te deixassem em paz. No final das contas, eu te extorqui por interesse próprio, mas você não me devia dinheiro algum pelo sucesso que fez com a sua turnê… Era justo usar seu dinheiro com você.
— Mas não era justo se colocar no meu lugar de punição, ao assumir algo que você não queria, e muito menos justo me esconder tudo.
— Agora já foi, . Eu já consegui me livrar da minha pena. E você da sua. Tudo certo.
Ela ia pegar os pratos para levar à sala, mas segurou seu punho a colocando entre suas pernas. , pega de surpresa, levou as mãos à cintura dele, o segurando levemente e encarou os olhos do homem, que sentado na bancada, encarava os olhos dela também.
— Você realmente não teve outro motivo pra decidir o risco?
— Que outro motivo eu teria? – ela perguntou com a sobrancelha arqueada, e séria.
— Sei lá… Só queria garantir que sei de tudo agora.
— Não tem nada mais para você saber, …
— Ok.
Os dois ficaram num breve silêncio ouvindo suas respirações e sentindo a proximidade dos seus corpos, que se estranhavam após tanto tempo sem se tocar. segurou o queixo de fazendo carinho ali, e perguntou o que tanto lhe corroía:
— Você e o tal… O cara lá… – pigarreou antes de continuar: — Enfim, você está com ele mesmo?
— Se eu estiver?
— Se estiver, acho que não vou poder tirar o seu pijama de flanela e te chupar nessa bancada, não é?
A safadeza dita por carregava certo dengo em sua voz, que trouxe à calmaria. Ela riu divertida segurando firme a mão dele que estava em seu rosto.
— Não você não vai poder, mas só porque eu não quero isso.
— Não está com ele?
— Ainda não. Ele voltou para a Europa e eu ainda não sei se devo aceitar a proposta dele de casamento.
— Casamento?
— É, casamento.
— Em apenas um mês com você o maluco já quer casar?
— Ele me conhece a muito mais tempo do que você, não esqueça. – ela desafiou tanto quanto ele zombou.
— Claro, o cara é o um tiozão, ele precisa mesmo correr contra o tempo.
— Deixa de ser babaca ! – ela falou e os dois gargalharam.
desceu da bancada e puxou para um abraço.
— A gente fica como? – perguntou em seu ouvido.
— Como amigos, sem nenhum benefício.
— Por quê?
— Por que… Porque eu não quero te perder totalmente, .
— Eu também não quero te perder, mas… Não vejo motivo para a gente não…
— ! – o interrompeu e soltou-se dele se afastando para conversarem olhando nos olhos: — Você tem problemas demais para resolver para querer se meter num relacionamento sem rótulo comigo, certo?
— A gente, pode colocar um rótulo se quiser…
Era a primeira vez que demonstrava aquele tipo de interesse em tornar tudo mais sério. Mas sabia que ele amava outra.
— É, mas eu não quero.
— Mas, aí você fode a gente né … Não me quer como fixo e nem como casual… Só amigo? Sério? Está apaixonada por alguém?
Para , não entrava em sua cabeça que, não quisesse nenhum tipo de outro relacionamento com ele, se não a amizade, por um motivo que não fosse outro homem. jamais iria pensar que, era por conta de outras mulheres na vida dele que ela não o queria, até porque, as outras mulheres para ele não existiam mais. Ele só não se atentou que não havia contado aquilo para ela. E , com a pergunta dele, só compreendeu que ele jamais pensaria nela como estando apaixonada por ele. Talvez a melhor resposta para que eles pudessem conviver bem, era dizê-lo que estava.
— Sim, eu estou apaixonada.
engoliu a saliva espessa e mordeu os lábios em silêncio. pegou os pratos e desconversando direcionou-se à sala.
— Vem logo, você fez nossa pizza esfriar. O que quer assistir?
Enquanto ela caminhava como se nada tivesse acontecido para a sala, e a observava cabisbaixo, ele sussurrou a resposta que ela não ouviria:
Um mês se passou com e naquela nova configuração de amizade sem sexo, mas com muitos encontros na casa um do outro para beber, ou apenas assistir Netflix. Eram praticamente um casal adolescente, que não transava. Nas últimas semanas, contava praticamente tudo para . E nas mesmas últimas semanas, ele estava sob um estresse tremendo, já que Akemi estava prestes a dar a luz.
Exatamente no dia em que o bebê nasceu ficou no hospital do momento de entrada de Akemi, até a alta. Gray e Liu o acompanharam naquela estadia, e por mais que tivesse pedido a para estar ali, ela sentia que não deveria. Não tinha lugar para ela naquela novela, e nem queria. Desculpou-se com ele, mas não foi.
— Akemi recebeu alta. – informou para Gray e Liu após falar com o médico.
— … Eu posso ajudar com ela, se precisar. – Liu se prontificou.
— Esquece. Só estou avisando pra vocês já irem.
Ele informou e deu as costas para o casal, e entrou novamente no quarto da recém-mamãe.
— Onde estão eles? – Akemi perguntou brincando com Eun Hyuna em seus braços.
— Já mandei embora.
sentou-se na poltrona do quarto ao lado dela.
— Nossa, , podia ter os deixado entrarem. Vai lá chamá-los para se despedirem da Hyuna.
— Eles não insistiram que eu era o pai? Estou usando minha autoridade de pai para deixá-los longe. E sério? A garota vai se chamar Hyuna?
— Está perguntando com a sua autoridade de pai?
— Estou perguntando como amigo da Hyuna de verdade.
— Eu sou a mãe, e eu sou a fã. Vai ser Eun Hyuna! , agora sério! Vá lá e os chame.
— Daqui a alguns dias, no dia do resultado do DNA eles vão ver a bebê, ou então, que vão à sua casa.
— Você está realmente com ódio de mim ainda, não é?
— Você sabe que ela não é minha filha, Akemi. – ele murmurou cansado.
— Não, eu não sei. Eu não tenho certeza! Mas, eu sinto que é sua.
— Não, você só não quer admitir que seja do Gray porque se sente culpada por ter enganado a nós dois. Mas, lá no fundo você sabe que eu não sou o pai da Eun.
Akemi ficou constrangida. Sabia que podia ter razão quanto à culpa dela e ela ter apenas “escolhido” acreditar que ele era o pai. Sabia que foi cruel em depositar toda a responsabilidade nele, isentando Gray de tudo.
— E aí, você vai para onde? – ele a perguntou.
— Para minha casa.
— E quem vai cuidar de você e do bebê lá?
— A minha governanta. – Akemi respondeu óbvia.
— Não consigo deixar isso acontecer. E a sua mãe?
— Ela não conseguirá vir, na verdade, ela não sabe lembra? Você me proibiu por contrato de expor a minha gravidez!
— Sua mãe é tão fofoqueira assim pra você esconder dela? A informação não tinha vazado!? Eu não passei estresse com isso?
— Que droga ! Minha mãe e eu não nos damos tão bem! Pronto? Satisfeito?
— Vocês ficam lá em casa, então. Não posso te deixar sozinha toda costurada e com um bebê!
afirmou pegando as coisas delas e arrumando na maleta. Akemi o olhou tão surpresa quanto emocionada.
— E você cuidará de nós?
— Qual o problema?
— Isso não vai dar certo.
— Nada disso está dando certo há muito tempo Akemi.
— … Posso te fazer uma pergunta? – ela perguntou ao vê-lo com o semblante entediado e claramente chateado, e ele apenas a encarou em silêncio aguardando a pergunta: — Você odeia a Hyuna?
— Por que eu odiaria um bebê tão lindo?
Depois de ouvir aquilo, Akemi sorriu sentindo uma lágrima escorrer sobre seu rosto. e Akemi se puseram com Hyuna para fora do hospital. Gray e Liu não estavam mais ali, e Akemi ficou reclamando todo o trajeto até o estacionamento por aquilo. Achou que com Liu por perto, já que havia se acertado com a garota minimamente, poderia ter ajuda feminina.
— , eu vou precisar de ajuda no banho e em outras coisas que você com certeza não vai saber lidar!
Akemi brigou e o homem abriu a porta do carro dele para ela, de forma irritada. Acomodou a bebê e a mãe em seu carro, e antes de entrar encostou-se à porta de seu carro para fazer um telefonema. Em seguida, dirigiu para sua casa. Logo que chegaram em sua cobertura, levou Hyuna e Akemi para seu quarto para descansarem enquanto ele tomava um banho rápido.
— Preciso de um banho e ela também, como faremos? – Akemi perguntou irritada, logo que ele retornou.
A mulher estava cansada, com dor pela cesárea e preocupada em como poderia se sentir confortável tendo como enfermeiro dela e de sua filha.
— Eu vou contratar uma enfermeira para vocês, mas hoje e amanhã nós teremos ajuda. Espere um pouco, ela já deve estar chegando.
— Liu? – Akemi perguntou suspeita e a campainha tocou.
deixou mãe e filha no quarto e foi até a porta, com um sorriso largo e braços abertos.
— Eu não acredito que você não se preparou para isso, !
— , muito, muito obrigado. Eu vou contratar uma enfermeira, mas não achei que Akemi não tinha se preparado. Ela dizia que tinha tudo sob controle.
Ele abraçou que entrou em seu apartamento com uma bolsa de mão e uma expressão confusa.
— E o que houve?
— A maluca pretendia que a faxineira e as outras empregadas da casa a ajudassem.
— Certo, certo… E onde elas estão? Ela sabe quem sou eu aqui?
— É… Não deu tempo de falar a ela.
— ! Você me coloca em cada situação!
adentrou pelo apartamento e o seguiu. Ela ouviu um choro de bebê à medida que se aproximava do quarto dele e não acreditava onde estava se metendo.
“Tudo bem , é apenas uma boa ação”.
Entrou no quarto, acompanhada de , e viu a bebê ao colo da mãe, já mamando. agia como se aquele encontro fosse super natural, e Akemi olhava com curiosidade.
— Akemi, esta é a . Ela vai ajudar a gente até a enfermeira ser contratada. O que será logo, eu prometo.
Ele falou olhando para as duas de braços cruzados.
— Olá! Obrigada pela ajuda.
— Tranquilo, Akemi. Eu imaginei que já tivesse preparado tudo.
— Não, na verdade, eu que decidi ir para casa sozinha, mas o tinha razão, eu não conseguiria…
Ela foi interrompida por um engasgo do bebê e se assustou. se aproximou e passando álcool na mão ajudou Akemi.
— Ela está com fome e não consegue sugar, acho que você terá que bombear no começo.
— A médica também me avisou. pegue a bombinha para mim, por favor. Na bolsa.
sabia que ele não reconheceria o aparelho e foi até ele, o ajudar. Hyuna chorava faminta, e quando trouxe o aparelho para mãe, ela pediu que segurasse a menina.
— eu acabei de chegar da rua, não vou pegar a neném no colo.
— eu não sei segurar um bebê!
— Aprende.
Ela ajudou o homem a tirar o bebê do colo da mãe, enquanto Akemi extraia um pouco de leite. sentou à cama com Hyuna no colo, um pouco desconcertado.
— Vocês estão juntos?
Akemi perguntou sentindo dor e encarando e .
— Sim.
— Não.
Responderam juntos e se olharam, então deu a última palavra.
— Somos amigos, apenas.
ajudou Akemi na retirada do leite, depois a mãe conseguiu dar o peito para Hyuna, então foi separar as coisas para dar banho no bebê. a ajudou, e pediu baixinho, num canto do quarto:
— Eu não quero ficar sozinho esta noite, com Akemi e Hyuna aqui…
— Tsc... – estalou a língua: — Eu já vim preparada para dormir. Não viu a minha malinha quando cheguei?
— Não reparei, mas eu posso te beijar em agradecimento por sua sagacidade.
— Para você ligar pedindo a minha ajuda, certamente estava muito desesperado.
— Acertou. Posso te pagar agora? – sussurrou no ouvido dela, referindo-se ao beijo.
o afastou de leve, ignorando o que disse.
— , antes de ajudar as meninas seria bom eu tomar um banho e tirar a roupa da rua. Fique com elas, eu não demoro. Vou usar o banheiro social.
saiu e deixou Akemi e ele a sós. A modelo observava a filha cheia de amor.
— Que gulosa Hyuna. – ele brincou observando a bebê mamar escorado na porta do closet.
— Igual ao pai.
Akemi falou provocante e fechou a cara, mas logo que a modelo riu ele notou que era uma provocação dela.
— Ela parece uma boa garota.
— É, espera até começar a chorar de madrugada.
— Não estou falando da Hyuna.
— ? – ele desviou o olhar para Akemi, desconfiado, mas viu nela um sorriso amigo: — A é incrível mesmo.
— Você está apaixonado por ela?
— Não...
Akemi não acreditou naquilo. Depois que saiu do banho, deu banho do bebê a agasalhando, depois ajudou Akemi em sua higiene e alimentação. As duas adormeceram juntas, e e puderam relaxar.
— Deixei Akemi no meu quarto, mas temos o quarto de hóspedes.
— Uma cobertura desta e só um quarto de hóspedes? Sério ?
Os dois estavam jogados no sofá da sala de TV.
— Transformei o outro num estúdio. Algum problema de dormir comigo também?
— Se você se comportar direitinho, podemos até dormir de conchinha.
— , qual é?
respirou profundamente prevendo a discussão até passar o braço por seu ombro e a puxar para perto, zombando:
— Não dá pra dormir de conchinha e se comportar com sua bunda gostosa no meu pau, não é...
— … – a frase ao pé do ouvido lhe causou arrepios, e mordeu a orelha dela, sacana — Não faz eu me arrepender de me segurar todo este tempo!
— Está se segurando porque quer, ! Eu nunca quis parar de foder contigo.
Os dois se olharam e riu irônica.
— Eu sei disso.
— … Quem é ele hein? Por que, eu não tenho visto ou sabido de você com alguém…
O choro de Hyuna os atrapalhou e o indicou o caminho até às visitas. Enquanto saiu contrariado para o quarto, pensava se deveria dizer que estava apaixonada por ele, mas não parecia que diria que sentia o mesmo. Ela se machucaria sem necessidade. Era melhor deixar como estava.
Naquela noite os dois dormiram na mesma cama, abraçados, e não tentou nada. Chegou ao ponto de, apenas estar ao lado dela ser suficiente, e ele sabia que aquilo só poderia significar uma coisa. Os dois revezaram em ir até Akemi todas as vezes que Hyuna acordou, e na última, acordou e sentiu o braço de em sua barriga. Ela virou-se de frente para ele, e o acordou.
— , vai lá…
— Hmmm… É só outra mamada. Akemi já acordou.
— Mas ela não pode levantar, precisa de ajuda. Vai lá , por favor, eu já fui nas outras…
— Ah ...
— Você fez! Você olha! – falou sacudindo o homem que abriu os olhos, sonolento e sério.
— Eu já disse que…
— Que ela não é sua filha, tá! – interrompeu o empurrando da cama: — Mas é sua vez.
ajudou Akemi pegando a pequena Hyuna do berço e entregando para a mãe que já se levantava com dificuldade.
— Quer arrebentar essa porra de pontos, é Akemi?
— A não vinha… – a mulher justificou-se pegando o bebê chorão.
arrastou o berço até a sua cama, e fez uma redoma de travesseiros, deixaria Hyuna deitada ao lado de Akemi. E depois disso pôde dormir tranquilamente.
Na manhã seguinte, depois do café, já tinha ajudado as duas mulheres da casa na higiene pessoal, e foi surpreendida por pronto a sair.
— Hey! Aonde você vai!? – ela perguntou para ele que vinha de seu quarto arrumado.
— Trabalhar.
— ! Eu não acredito que você vai trabalhar e me deixar cuidando do bebê, sozinha! – reclamou com a mão na cintura e uma faca na outra, preparava o almoço.
— Eu volto antes do jantar! É só um probleminha rápido!
— Coloca outra pessoa para resolver! Sei lá, o Okasian ou o Gray! Você não disse que ele é o pai? Não está fazendo porra nenhuma mesmo!
— É algo que só eu posso resolver na AOMG, . Embora você esteja certa.
— Eu deixei Pietro de novo no controle da Insanity para te ajudar e você vai me largar aqui com a criança!?
largou o copo de água na pia e sorriu ao encarar .
— Está rindo do que!? Eu estou falando sério!
— Dessa cena… – se aproximou mordendo os lábios e sedento pra beijar : — Desta situação. Parecemos um casal de pais, recém-casados… E você fica muito sexy de mamãe dona de casa...
— Nem vem …
— Vamos fazer um bebê?
Ele puxou a mulher pela cintura e soltou a faca, correspondendo ao beijo.
— Para… , para…
Afastaram-se e ele sorriu malicioso e safado e saiu apressado deixando ofegante. não podia imaginar o quanto ela sentia falta do corpo dele.
Ao final do dia, a enfermeira estava contratada para o dia seguinte. deu o banho da noite na bebê, e arrumou uma espécie de berço na banheira de Hyuna, mais seguro e melhor para ficar ao lado de Akemi, alimentou as duas no jantar e pouco antes de chegar, recebeu golfada de neném em si.
entrou no apartamento estranhando a ausência de na sala, e quando chegou a seu quarto Akemi brincava com a bebê.
— Ei, como passaram o dia?
— Oi tio ! Tia cuidou muito bem da mamãe e eu!
— Tio , Akemi? – ele perguntou desafiador.
— Você não aceita que eu diga que é o pai…
— Escuta, eu soube que vamos esperar algumas semanas pelo resultado, e quanto à enfermeira já contratei. Ela chega amanhã de manhã.
— Que pena! Gostei da .
— É, mas ela só veio quebrar um galho… – retirou a gravata e o relógio, e virou-se para Akemi perguntando: — Cadê a ?
— No banho.
— Você precisa de alguma coisa?
— Não, pode ir invadir o banho dela.
sorriu maroto, e deixou Akemi concentrada na filha. Entrou no banheiro social e tirou suas roupas apressado observando lavar a cabeça pelo vidro fosco do box. Ele sentiu um cheiro estranho, e abriu repentinamente a porta entrando no chuveiro com ela. se assustou.
— ! O que está fazendo!?
— Indo para o banho com você, gostosa… Mas que cheiro é esse de queijo podre?
— Hyuna golfou nas minhas roupas! Esqueci que ela tinha de arrotar!
— Porra, mas o que ela comeu? – reclamou pegando o seu xampu e jogando mais na cabeça de brincou: — Toma mais xampu para sair o cheiro!
— São as roupas ! – riu voltando a esfregar os cabelos: — Você não deveria estar aqui!
observou o corpo nu da mulher, escorrendo espuma em suas curvas favoritas, e logo colou o corpo nu dele, ao dela.
— Eu não quero mais noites solitárias, e você também não quer, não é? Já faz tempo que a gente não fode, muito tempo! Vamos parar de fingir que aguentamos, ok?
Ele beijou o pescoço dela, e mordeu os próprios lábios, tão ansiosa por aquilo quanto ele. Não conseguiria negar o sexo com ele nu roçando seu corpo no dela. encostou na parede fria do box e beijou-a com toda a vontade de muito tempo. arranhou as costas de , e levantou uma perna lateral ao quadril dele, que segurou firme na coxa dela apertando-a. O sexo que os dois fizeram naquele chuveiro, foi o melhor sexo de recomeço de suas vidas. Não sabiam ainda, mas aquele era um sexo com mais do que paixão. Tinha amor genuíno, e nada superava aquilo.
Alguns dias se passaram, e já transavam de novo, Akemi já podia ir para sua casa junto com a enfermeira, livrou-se de vez da Purple e estava novamente arrastando para fazerem exames íntimos, já que ela ainda não confiava que ele não estivesse dormindo com outras mulheres, e ainda discutiam como sempre faziam.
Flashback
— Definitivamente , não dá pra gente ficar contando com a sorte sempre! Você não deveria ter entrado naquele chuveiro!
— E eu fiz sozinho por acaso? Você também é culpada por esquecermos a proteção, mas... Que merda , qual é!? Eu já falei que não estou dormindo com mais ninguém!
— E eu sou o papai Noel, ! – revirou os olhos sussurrando e discutindo com ele enquanto estavam sentados esperando os resultados no laboratório.
— Por que essa neura toda?! Por acaso... Você acha que está grávida? – ele perguntou assustado num misto de felicidade que não sabia de onde vinha e desespero já conhecido.
— Vira essa boca para lá! – bateu em seu braço e revirou os olhos explicando: — O que você chama de neura, eu chamo de cuidado! O maior problema não seria uma gravidez... Quer dizer, é claro que seria também, mas... Ah, , para de falar de merda!
— Bem, eu não fiz nenhuma pergunta impossível, aliás, até que uma miniatura nossa seria fantástico... – disse ele como se estivesse lendo uma placa de trânsito.
— Está falando sério? – se surpreendeu sentindo o coração palpitar.
— Senhora e senhor ? Os resultados estão aqui. – a técnica do laboratório os interrompeu entregando os envelopes.
Fim do Flashback.
Desde então, as coisas se encaminhavam normalmente, mas ainda havia algo para fechar aquele ciclo. Afinal, Eun Hyuna já havia nascido, e aquele era um momento muito esperado. O corredor do laboratório, não tinha mais do que as pessoas que precisavam estar ali. Gray e Liu em pé lado a lado conversando, ansiosos. Akemi segurava Eun Hyuna, seu bebê recém-nascido. Ela estava sentada uma poltrona depois de . Ele mantinha seu olhar baixo enquanto mexia em seu celular. O som do salto alto se aproximando chamou atenção de todos, menos dele.
— Boa tarde.
A voz da mulher foi ouvida e todos respondiam sem entender quem era ela. Até que Akemi a cumprimentou sorrindo, e prestando mais atenção, Gray e Liu a reconheceram: era , a “amiga” de . Gray cumprimentou-a, e Liu queria perguntar para ele quem era aquela mulher, na verdade, o que eles eram, mas, assim que a viu sentar ao lado de e o olhar com uma expressão brava, ela desistiu. Akemi observava-a curiosa também, podia jurar que novamente a pegou de surpresa.
— Era mesmo necessário que eu viesse? – ela falou baixo encarando .
Ele olhou para sorrindo ladino. Sabia que a última coisa que ela queria, era estar ali.
— Olha para essas pessoas. É óbvio que era necessário. Você é a única aqui que gosta de mim. – ele respondeu.
— Engano seu. Eu não gosto de você. Eu só transo com você.
riu puxando-a pela cintura e beijando a bochecha dela, e na mesma hora foi repreendido por . Voltou a mexer em seu celular, e extremamente desconfortável com aquilo o imitou. Mas seu telefone tocou e ela se surpreendeu.
— Ji Sub?
levantou-se e afastou-se um pouco, sendo observada cautelosamente por . Akemi riu discreta.
— Eu também gosto de você .
— Akemi, você está me empurrando uma filha. Isso não é gostar!
— Apesar do seu surto de bipolaridade, e dos seus últimos tempos de maus hábitos, você está melhorando .
Ele a encarou e sorriu ainda sobre a preocupação pela chamada que atendia.
— Sim Sub, eu consegui graças a você, e estou muito bem! Obrigada! Também… Beijos!
que tinha se aproximado dela e ouviu aquela parte, não se conteve em curiosidade.
— O que ele queria?
— Isso é ciúme!? – perguntou cruzando o braço.
— Graças ao que, você conseguiu o que?
— O dinheiro que me fez quitar as dívidas da Insanity, e com isso sair da Purple. Foi graças a ele.
— E por que não me pediu isso!? Aliás, por que não me contou?
— Ah , por favor… Ji Sub agiu sem que eu soubesse...
— É ele o cara que você ama e nunca aparece, não é? Está esperando ele voltar para se casar?
riu do surto de , que sacudiu os cabelos, nervoso.
— Não acredito que você vai se casar com esse… Esse suggar daddy de quinta!
— Sabe há quantos anos Ji Sub me pede em casamento?
— E daí? Só porque o cara está correndo atrás há anos você vai casar!?
— quem disse que eu vou me casar? Está surtando de ciúme! – brigou sussurrando para ninguém ouvir.
chegou mais perto dela, e sussurrou de volta:
— Estou! Estou puto porque não vou deixar ninguém tirar você de mim!
— Larga de maluquice! Nós não somos…
— Só porque você não quer! Está apaixonada por outro que eu não conheço! Outro que não quer me dizer, enquanto eu estou louco pra gente finalmente ser um casal como se deve!
confessou e arregalou os olhos, surpresa.
— Nós somos muito burros. – ela falou observando a expressão séria e constrangida no rosto de .
Os dois estavam apaixonados um pelo outro e por puro medo e insegurança de um e orgulho e falta de atenção de outro, não haviam dito aquilo antes. não teve tempo de reagir e nem de agir. O som de passos foi ouvido, e dessa vez era o técnico de laboratório trazendo o resultado.
Estavam todos ansiosos demais para alguém ler. E Akemi pediu para que o próprio técnico abrisse e lesse o resultado para eles. Os minutos se fizeram quase eternos e as palavras ininteligíveis. Mas, quando que havia se sentado ao lado de Akemi, e segurado sua mão, beijou-a a testa e levantou-se puxando a mão de em direção a saída... Sob o olhar incrédulo de Liu aos olhos dele, e Gray de cabeça baixa com Akemi o olhando sem graça… entendeu.
não era o pai de Eun. E algo entre os olhares culposos de Gray, dizia a todos que ele sabia daquilo. Algo no olhar incrédulo e assustado de Liu dizia que ela estava decepcionada com Gray e consigo. Algo no olhar indiferente de Akemi dizia que ela já não se importava em quem seria o pai, desde que a filha tivesse um e aquele drama todo se findasse. E algo no olhar aliviado e injustiçado de dizia que a sua fase ruim finalmente passaria.
seguiu calada à medida que era arrastada para fora dali. Mas, antes de chegar ao local onde ele estacionara o carro ela parou bruscamente chamando a atenção de . Ele percebeu naquele silêncio, que aguardava respostas.
— Eu já sabia.
Ele falou, e a mulher indicou por sua expressão que esperava mais. Ele sabia que ela queria ouvir o desabafo dele. Não apenas para ajudá-lo a se livrar daquilo, mas por buscar entender se mudaria sua postura em relação a tudo o que vinha fazendo.
— Eu fui injustiçado, . Akemi bradou tanto que aquele era meu filho, que eu perdi a mulher que eu achava que amava. Talvez, não haja culpados nessa história e talvez não seja exatamente assim como eu conto. Mas, foi o que eu senti. Como se Liu tivesse sido tirada da minha história, e eu estivesse pagando por um erro, que de verdade, quando o cometi, eu não sabia o que estava fazendo…
se aproximou o abraçando forte. Ela era uma mulher durona, mas, àquela altura da paixão que sentia por só se preocupava em tirá-lo daquela vida absurda. E ele entendia aquilo.
— Você se meteu em tanta merda, ... — Oh oh oh… Eu realmente tentei parar, garota. Não entenda mal…
Ele cantarolou uma frase da música que havia composto naquele tempo tão obscuro.
— Pare! – disse enérgica e separando-se do abraço o olhou dizendo: — Chega, . Chega! Eu já entreguei a Purple para o Jackson, não tem mais nada que te prenda nessas coisas destrutivas! Eu nunca quis estar no meio disso, e você sabe. Eu só entrei nessa por sua causa, e nem me pergunte o motivo de ter agido assim!
— Você gosta de mim. – ele falou risonho.
— Cala a boca. Eu já mexi os meus pauzinhos para te fazer cair fora do tráfico antes. Mas, a decisão é sua. Okasian é o tipo de pessoa tóxica e você deveria começar a se afastar realmente dele! Por favor, … Recomece a sua vida, toca a sua empresa como antes! Acabou! Agora acabou! Você pode finalmente se resolver com essa mulher aí se quiser e…
foi interrompida com um beijo.
— Você gosta de mim. – ele repetiu após separar seus lábios dos dela.
— Para! Eu estou falando sério contigo!
— E eu também.
Os dois ficaram se encarando em silêncio. com seu sorriso ladino, cafajeste e os olhos miúdos e sedutores. não sustentou a expressão raivosa por muito tempo. Ela bufou e relaxou os ombros.
— Eu já falei que só estou contigo porque a transa é boa.
— Mentirosa.
— Não fui eu quem me declarei lá dentro!
Ela entrou no carro e ria do lado de fora. Quando ele entrou no automóvel e deu partida, lançou a única frase, que há alguns meses aguardava o momento certo de dizer para ela por todo aquele tempo:
— Você se esqueceu da sua promessa. Mas, eu não. “Volte da turnê e a procure, nem que tenha que atropelá-la. Se a música fizer sucesso, ela é sua”, você disse.
— Deixa de ser babaca! Isso não teve nenhum real valor de promessa, foi só coisa de momento e depois... Não foi isso o que você fez!
— Quando te reencontrei não era mesmo a minha intenção, mas de todas as vezes que pude fugir de novo, eu não fugi.
— O que isso quer dizer?
— Que eu já havia sido conquistado naquela época, e acho que você também... Aquele momento, por mais estranho que seja... Foi muito mais do que um casual e você sabe disso. Por isso não voltei. Eu não podia usá-la de novo.
— Então, por que você tem me usado esses meses todos?
— Quem disse que eu fiz isso?
olhou para , confusa. Não entendia.
— “Nosso relacionamento é como brisa fresca na sombra escura”. É o que eu escrevi na música sobre nós. Não era sobre a Liu. Talvez eu nem a amasse de verdade, mas estava com o ego ferido. Dormi com a namorada do meu melhor amigo sem saber quem ela era. Gray se vingou ficando com a garota que eu queria. Acho que todo esse teatro foi uma briga de ego entre dois homens estúpidos, que envolveram duas mulheres inocentes. Eu julguei e ainda julgo a Akemi, mas, porque eu sou um machista fodido. Mas, eu tive a Liu tentando me mostrar isso, ainda que ela nem tenha feito conscientemente, eu acho. E depois… veio você, me mostrando o quanto eu tenho sido, ou melhor, o quanto eu sou um babaca. E eu me sentia o contrário disso. Envolvi na minha disputa auto afirmativa, duas mulheres que, não interessa mais as escolhas delas, eram inocentes. E eu não podia envolver uma terceira. Quando me dei conta de que já estava te envolvendo… eu precisei parar de fugir e me envolver de verdade com você, sem ter medo do que viria ser, e fazendo o mínimo pra te manter longe de todo aquele drama. Só que... eu não sabia que a gente já estava vivendo outro drama só nosso com a coisa do Wang e...
— Fala de uma vez, . – interrompeu-o, estava nervosa e impaciente com todo o monólogo de — Esse rodeio todo está me deixando confusa.
— Se eu te usei esses meses todos, , foi para ser um cara melhor me apaixonando por você.
— Aish… – ela reclamou falsamente tentando não se fazer atingida pela confissão dele — Você é instável, bipolar, brega quando tenta ser romântico e extremamente idiota.
— É eu sei. Eu também gosto de você. Não é só pela transa.
sorriu, ainda contrariada. Eles seguiram para a Insanity onde ela ficaria. após deixá-la ali, seguiu até o local combinado com Okasian. Na casa do próprio, e havia duas mulheres ali com Okasian. Ele pediu que elas saíssem, e mesmo com toda a fumaça de cigarro e as inúmeras garrafas sobre a mesa, conseguiu ter uma conversa séria com o “amigo”. Deixou claro que Okasian seria apenas um contato da AOMG para , que não iria mais se afundar com ele em programas destrutivos, e de certa forma, Okasian afirmou ter ficado feliz por . O considerava um amigo, mas descobriu que a relação de Oka não era o tipo de amizade certa... Um cara que vê você se afundar e não faz nada para impedir... Não, aquilo não era amizade, tampouco era “coisa da imagem rapper”. Okasian era de fato, uma pessoa cretina e egoísta, e não precisava embarcar naquilo. Okasian compreendeu o lado de , sabia que tinha dedo de naquela vontade de mudança do chefe – porque agora era só isso que voltava a ser – e ainda, sabia que não poderia se queimar ainda mais com . Afinal, já tinha dado o que o “amigo” queria: influência. Mas, precisaria ainda mais dela, para manter sua carreira de rapper com o apoio da AOMG. E para sair daquela situação numa boa, deixou claro que não queria mais se envolver com nada que contrariasse ou tirasse o sono próprio.
Sobre , ainda tinha algo em sua identidade que não fora completamente sanado da crise existencial. Ainda era um idiota, agora, pode-se dizer um idiota por meio turno. Mas, estava focado em esquecer todas as confusões e farras, ser apenas um empresário de sucesso com uma história fodida, mas que deu certo. Aquela noite, ele pôs a cabeça no travesseiro e dormiu. Como há muito tempo não fazia. E na companhia de , com todos os rótulos que aquela relação evitou por tanto tempo.
estava deitada de bruços na cama de , adormecida, enquanto ele havia acabado de acordar e preparar um café. Aquilo não era algo que ele habitualmente fazia principalmente para uma mulher. Então, ainda que ele não levasse café na cama para a mulher, ela poderia se sentir lisonjeada por ele ter feito alguma coisa. Não só preparou o café, como pediu que buscassem o sanduíche que ela gostava do Subway.
Depois de deixar a mesa da cozinha posta, se encaminhou ao quarto e viu o corpo nu e descoberto de . Parado à porta, ele ficou admirando-a e não acreditava que aquela era sua realidade de algum tempo. Desde que assumiram seus sentimentos um ao outro, nada mudou, apenas as idas à casa um do outro que estavam menos formais. Um já tinha a liberdade de ter a chave da casa do outro. Mas não era um namoro oficializado. se recusava a fazer um pedido oficial, ou formalizar aquilo como todos fazem por pura certeza de que, aquilo não era necessário e de que não se importava. Oras se até Akemi os convidou para serem madrinha e padrinho de Hyuna, sua filha com Gray, juntos, e eles haviam concordado… Que necessidade havia num pedido formal?
O suspiro de denunciava que ela iria acordar, desencostou-se da porta, e com um sorrisinho maldoso se colocou a engatinhar na cama, tateando devagar pelo corpo de . Passou as mãos em suas pernas grossas, apertou a bunda da mulher e deixou beijos lentos pelas costas dela. se pronunciou animada e já excitada.
— Se começou vai terminar…
— Com prazer… – ele respondeu chupando a orelha dela.
sentou-se nas coxas nuas de e começou a massagear suas costas, sentindo que não conseguiria por muito tempo, já que o leve roçar de seu pênis na bunda dela, já estava o excitando.
— Vou viajar.
falou de repente, parou de apertar o corpo da mulher, e a observou com o cenho franzido. Que história era aquela agora? Ela abriu os olhos e de relance virou cabeça e um pouco do corpo para encará-lo.
— Continua.
— Viajar para onde? Assim do nada?
Ele perguntou ainda parado. então se movimentou para ficar de frente para ele, e saiu de cima dela sentando-se ao lado dela na cama. sentou no colo de de repente, e ele não conseguiu segurar o riso, adorava sentir a nudez dela sobre o corpo dele. o deu um beijo de bom dia, e antes que ele aprofundasse mais o beijo, ela o respondeu:
— Vou para a Europa.
Pronto. Foi o suficiente para ficar com a pulga atrás da orelha. Ele bufou e a olhou desconfiado. esperava aquela reação.
— Já te falei que você fica com uma cara de perigo gostoso quando aperta ainda mais seus olhinhos desse jeito e não sorri? – ela provocou.
— Que porra é essa de Europa agora !?
— Eu só quero viajar, e vou aproveitar a maré de boas entradas financeiras na Insanity.
— Não estou falando disso, estou perguntando de onde veio essa ideia do nada!
— Não é do nada! Já estava planejando há algum tempo…
tirou o corpo de de cima de si, e levantou-se indo em direção à sala. Ela gargalhou e vestiu um roupão de seda antes de ir até ele. Chegando lá, estava em seu barzinho, servindo uma dose de uísque. o encarou e riu imaginando a razão daquilo.
— Ji Sub me convida há tanto tempo para ir à Londres e eu nunca vou! Achei que…
— Sério !?
a interrompeu zangado e ela foi até ele tirando o uísque de sua mão.
— Muito cedo pra ferrar mais, o seu fodido fígado.
— Já empatou a foda lá dentro, não empata o álcool! – ele brigou e pegou o copo de volta.
— Está me chamando mesmo, de empata foda, ?
— Posso saber que merda de ideia é essa, ir até o Ji Sub do nada!?
— Ele é um amigo , fez e faz muito por mim! E depois, você não tem uma viagem para lá com o Loco em breve!? Podemos nos encontrar!
— Puta que pariu ! Eu odeio esse cara! Eu odeio lembrar que você deu uma chance para ele por minha culpa! Eu odeio que você usou o vestido que eu adoro, pra sair com aquele filho da mãe! Eu odeio que…
— Espera! Como você sabe?
— Eu te segui.
respondeu, óbvio e indiferente, indo até a sacada da sua cobertura. não sabia daquilo, mas até achou engraçado ao ouvir. Ela seguiu , pronta para o fazer dizer o que ela queria desde o dia que os dois confessaram seus sentimentos um ao outro.
— Não acredito que você fez isso, !
— Eu tenho feito muita coisa que não faria por sua causa, !
— Ah é? Tipo?
Ela sorriu divertida e provocante a surgir ao lado dele escorada na grade da sacada, de costas à rua.
— Tipo o café da manhã!
— Não brinca!?
gargalhou achando fofa a cena, e odiou aquilo ainda mais bebendo o último gole do uísque e se virando para sair, até ela o puxar.
— Está com medo de eu te trocar pelo Sub?
— Não é medo, mas do lado dele você não vai ter que lidar com um temperamental como eu. Sem falar que todo tempo que eu tive você do meu lado, não foi nada fácil, eu não percebi seus esforços, não valorizei você, só me afundei mais.
— E mesmo assim eu troquei Ji Sub, por você.
— Você é doida né …
riu e também.
— , na boa… O que, o surto de agora, realmente tem a ver?
— Como eu posso lidar com o fato de que você não é minha propriedade?
— Bem, que ótimo que você sabe que não somos mesmo propriedade um do outro! – ironizou ela pela problemática do uso daquela palavra.
— Eu não quis dizer desse jeito! Estou falando de outra coisa... De como eu não sei como reagir, não estou acostumado com isso.
— Com o amor de verdade? – ela perguntou se aproximando dele devagar, e ele apenas a encarava com olhos apertados.
— Com isso tudo.
— Se você tivesse certeza sobre nós, eu acho que isso facilitaria. Já vamos fazer quase um ano juntos, entre todas as confusões, e eu ainda não sou sua?
— Eu tenho certeza sobre o que sinto, mas e você? Como vou saber que vai ficar comigo? Que vai ser melhor ter você comigo, ao invés de te deixar livre? Eu não sei lidar com essa merda, na minha cabeça a gente é um casal. Já somos até padrinhos de um bebê! Eu já fui buscar seu cachorro na casa do seu ex com você! Mas…
— Mas você ainda não pediu formalmente. – ela atestou o que também a incomodava, embora nunca fosse dizer aquilo.
queria, pela primeira vez em sua vida, a merda de um rótulo no que ela e estavam tendo. Afinal, entre idas e vindas, o sentimento nasceu de uma relação livre demais, e agora, que queriam ser o elo um do outro, ambos morriam de medo da forma como a liberdade fazia-os sentir que tudo iria escorrer entre os dedos. Não queriam sufocar-se num relacionamento, até porque nenhum dos dois fazia o tipo que se deixa aprisionar, mas queriam saber que estavam realmente juntos. Juntos, como um casal que planeja um futuro lado a lado, e não um casal livre demais para não construir nada sólido.
— Se eu fizer isso, é assim que funciona? Você não vai viajar? Não vai me deixar? Vai ficar comigo por cem anos?
— Eu não posso dizer nada disso, mas se eu aceitar ficar com você, você tem a minha palavra. E a minha palavra é lei, . Mas e você? Eu posso contar que vai ficar comigo 365 dias no ano? Ou tempo o bastante para gente fazer nosso próprio bebê um dia?
— Espera… – observou a expressão divertida de se dando conta de algo: — Você não vai viajar porra nenhuma, não é?
começou a gargalhar. suspirou pesadamente e cruzou os braços reclamando:
— Vai à merda, ! Você fez isso só para me ouvir implorar?
— Você não vai mesmo oficializar?
— Eu espero que você fique comigo. Pra sempre.
— Isso já é o seu pedido?
— Eu fiz o café da manhã, e prevendo que ia estar uma merda mandei comprar seu subway favorito pra você ter o melhor café da sua vida!
— Isso é mesmo tudo?
— Nesse momento, é.
— Hm… Você nem ia dizer essas coisas todas se eu não dissesse que vou ver o Ji Sub!
— Eu só acho que não tem necessidade de armar uma cena para uma parada que a gente já vive.
— Então eu vou tomar café, você vai trabalhar e eu vou visitar meu amigo, e quando eu voltar você me mostra se faz melhor do que isso de “fiz um café ruim e comprei um sanduíche”... – remendou a voz dele de modo zombeteiro e riu em seguida.
— Eu faço melhor agora! – puxou num beijo, desatou o nó do roupão dela deixando-a nua em sua varanda, e arrastando a mulher pra sala.
Os dois se jogaram no sofá, extremamente desejosos um do outro, e puxou firme os cabelos de beijando com vontade seu pescoço. Abriu as pernas da mulher prendendo-as em sua cintura, deixou que fizesse todas as coisas que ela gostava, e depois de sentir as mãos dele em sua intimidade, ela começou a gemer e pedir por mais.
não só estava ansioso para fazer gritar e gemer alto, como também estava com ciúmes de imaginar que ela iria viajar só para provocar ele. Confiava que ela não faria nada com Ji Sub, mas temia que o cara ainda tentasse. Chupando o pescoço de com vontade e sabendo que deixaria marcas ali, e seria escorraçado por aquilo, já que ela não gostava, gemeu ao sentir a mão dela lhe apalpando.
— Mete logo, que eu quero tomar café, gostoso.
— Como queira.
— Ainda me acha empata foda, seu vadio?
— Eu te acho é gostosa!
correu para buscar o preservativo no quarto, e ao voltar, depois de mais carinhos preliminares um ao outro, penetrou-a rapidamente e embora quisesse que fosse tudo uma rapidinha, não conseguiu, e nem ela. Os dois ficaram se beijando sem parar, mesmo depois do primeiro orgasmo abraçados no sofá. Depois tomaram banho, e quando estava secando os cabelos, trouxe uma caneca de café para ela, que gargalhou e fez cara de nojo logo após beber.
— Que merda! Isso está horroroso! Ainda bem que você não é meu namorado, assim não vou precisar terminar por sua falta de habilidade em passar um café de máquina.
— Eu não tenho que saber, eu não bebo café. E eu avisei que poderia estar uma droga. Já coloquei seu sanduíche ao micro-ondas, porque a omelete que fiz ficou doce. Troquei o sal por açúcar.
— Hey… – se aproximou do homem emburrado de braços cruzados na porta: — Valeu o seu esforço.
— Vai ficar aqui em casa?
— Relaxa , eu não vou viajar, foi só pilha pra deixar você com raiva. Sexo com raiva é meu favorito.
— Eu não perguntei isso.
— Ih… Ainda está bravo porque te fiz falar o que você geralmente não diz?
— Eu vou gravar o MV de Stay With Me, essa manhã, se você não ficar aqui hoje, pelo menos volte no fim do dia.
saiu para se arrumar, e ficou muito intrigada por ele ainda ter manifestado aquele humor. Foi só uma brincadeira, mas o semblante preocupado dele não mudou. Então, ela decidiu apenas deixá-lo mais na dele. Arrumaram-se, e saíram juntos cada um para seu trabalho. E como ele pediu, no final do dia, ela voltou para a casa dele.
— quer alguma coisa Pietro… Ele sabe que eu não volto pra casa todo dia à noite e essa semana, já fiz isso duas vezes para dormir na casa dele. – afirmou ao melhor amigo e funcionário, quando se preparava para sair da Insanity.
— Relaxa , eu dou conta das coisas aqui. Depois, você nem está mais tão apertada com o trabalho.
— Exatamente por isso que estou indo. Toma conta de tudo, qualquer coisa liga!
— Eu não vou ligar, vai tranquila.
Ela beijou seu funcionário no rosto, desceu as escadas e quando chegou ao estacionamento encontrou Jackson Wang e Lumiya aos beijos no capô do carro dele. As coisas entre ela e Wang estavam normais de novo. Sorriu disfarçando, e entrou em seu automóvel antes que a vissem. Deu partida e dirigiu para a sua casa a fim de ver seu cachorrinho, antes de passar no . Seu pensamento na mesma hora foi à lembrança do dia em que ele foi buscar o cãozinho com ela.
Flashback
— E por que só agora o Jackson quer devolver o cachorro?
— Porque ele disse que não precisa de mais nada que o faça lembrar-se de mim, agora que está apaixonado por Lumiya.
— Porra, mas o cachorro não é um souvenir!
— Exatamente por isso eu te pedi para vir comigo na mesma hora! Meu carro está na oficina em revisão, e eu não quero deixar o Gold lá! Não sei o que houve! Quando Jackson pediu para ficar com o Gold, que nós criamos e adotamos juntos, eu achei que era pelo cachorro.
— E ele cuida desse cachorro direito?
— Disso não posso reclamar, Gold é o Golden Retriever mais bem cuidado que conheço.
murmurou contrariado, estava morrendo de raiva por Jackson querer devolver o cachorro para como se não fosse nada. Chegaram à entrada da mansão Wang e desceu do carro pedindo ao para ficar.
— Aonde você vai? – ela perguntou ao ouvir a porta batendo e se aproximando dela.
— Viemos buscar o Gold! – ele respondeu para a câmera de campainha do portão que já denunciava que alguém os atendia.
O portão abriu e os dois entraram. reclamando, de peito estufado. Até Bambam aparecer com óculos escuros e um sorriso largo.
— O tal !
— E aí, Bambam cadê o Jackson? – perguntou ignorando o comentário sobre sua companhia.
— Te esperando à vontade na piscina, como em seus velhos tempos.
encarou Bambam, com aquele sorriso cínico em seu rosto, e quase foi para cima do capanga de Jackson se não fosse a puxar ele pela casa.
— Puta que pariu , eles já são doidos pra te esfolar, não inventa! – reclamou ela no caminho.
— Eu vou é devolver aquela surra e esfolar eles se ficarem fazendo esse tipo de piadinha.
— Para com isso, e se comporte!
Jackson os notou na área da piscina, e saiu da água em um pulo. o encarou e foi encarado de volta.
— Cadê o meu cachorro, Wang!? – foi direto ao assunto.
— Ei , calma! Eu achei que você ia ficar puta mesmo, mas eu não posso ter dois cães a mais na casa, Lumiya está trazendo o cachorro dela, e você sabe como o Gold é temperamental.
— Isso não justifica nada.
— Ah , qual é! Você sabe que sempre lidou melhor com os bichos temperamentais do que eu… Até com homenzinhos problemáticos você lida melhor… – zombou Jackson encarando e rindo.
— Vai logo buscar o Gold, Jackson! Nada do que você disser tem justificativa, não tivesse ficado com ele então se iria o abandonar!
— Não estou abandonando! Estou dando ele para mãe cuidar, Gold é filho de pais separados.
Nem a brincadeira de Jackson fizera com que ou suavizassem suas expressões. Depois de entregue o cachorro, dirigiu ao veterinário para que dessem uma olhada em Gold, e nunca mais ficou sem cuidar do animalzinho junto com . Acabou se apegando ao cão, tanto quanto à dona.
Fim do Flashback.
Assim que entrou em casa, não foi recebida pelo cachorro em seu apartamento. Estranhou, e então o procurou, mas o cão havia sumido. Então ela telefonou para .
— , cadê o Gold? Você o buscou?
— Sim, ele está aqui em casa te esperando!
— Essa foi a sua maneira de garantir que eu iria até aí?
— Na verdade não, mas pode ser agora.
— Porra , me avisa quando pegar ele!
— Desculpa, gostosa, eu esqueci porque estou muito ocupado. Vem logo, estamos esperando.
Ele respondeu e desligou a chamada sem mais despedidas. O que estava se passando na cabeça de ? extremamente fula da vida seguiu rumo à cobertura de , e logo que chegou ao condomínio, entrou com o carro para o estacionamento privativo da cobertura e subiu. Assim que abriu a porta do hall de entrada, Gold veio correndo até ela. Estava vestido com um smoking fofo, e ela na mesma hora sorriu e abaixou-se para acariciar o animal.
— Gold! Quem te deixou lindão assim!? Cadê o ?
O cachorrinho como se soubesse do que ela dizia, disparou em corrida para o estúdio de gravação de . também foi até lá e encontrou um , lindo, bem vestido e sentado a um banquinho com o microfone aberto. Ela se posicionou no vidro ao observar ele, e Gold entrou pela portinha aberta da sala e começou então a cantar os versos de Stay With Me para ela. Gold deitado ao lado dele de olhos fechados parecia apreciar a música, e tinha um sorriso bobo no rosto. Observando ele cantar uma música que dizia tanto, e que para ela soava como um pedido oficial do que ela já estava vivendo há algum tempo com ele.
se aproximou entrando também na salinha, e quando se aproximou de e ele a colocou sentada em uma perna sua, ainda cantando com todo carinho para ela. A mulher não pôde deixar de lembrar-se da primeira vez que ela e transaram. Há muito tempo atrás, e que os deixou totalmente aterrorizados com o sentimento de amor que nem sabiam que teriam um pelo outro, mas que naquela transa que era para ser só um casual, já se fazia presente. Os olhos dela marejaram, sentia que estava tudo certo, mesmo quando tudo parecia errado. podia dizer sentir o mesmo, era seu Akai Ito. Ele sentia. E abraçados eles sentiam o calor do corpo um do outro, com seus corações ardendo de amor e conforto. terminou de cantar, e enxugou a lágrima emocionada dela.
— …
— Espera.
Ele pediu e bateu na sua própria perna chamando Gold que apoiou as patinhas, e arfava com a língua para fora. retirou um saquinho amarrado na coleira dele e entregou para .
— Abre aí, te comprei um doce. – fez piada.
Sorriu e a mulher o encarou, desconfiada. Enquanto ela abria, com a mão livre que não segurava a cintura dela acariciava Gold. puxou uma caixinha de dentro e abriu-a, sem acreditar.
— Que isso? – olhou para as alianças e perguntou ao , tentando disfarçar a própria emoção: — O Ji Sub cansou de me esperar e já mandou as alianças?
que sorria, fechou a cara e revirou os olhos e sarcástico zombou:
— É, o tiozinho mandou as alianças sim…
gargalhou e sorriu contagiado pelo riso dela, afirmando o que ela queria ouvir:
— Mas eu espero que você fique comigo.
sorriu e beijou com todo o amor que tinha por ele.
— Claro que eu fico, afinal, não faz muito tempo você disse que queria fazer um bebê comigo...
— Olha fazer um bebê é só um código, a gente pode esperar né…
— Não senhor… – ela sussurrou ao ouvido dele: — Eu quero agora!
se levantou puxando pela mão, e ele seguindo a mulher, foi para fora do estúdio dando a ordem para Gold:
— Vigie a casa enquanto mamãe e papai fabricam um irmão humano pra você, Gold.
gargalhou sendo agarrada por até o quarto. E o cachorro parecia entender, não saiu do estúdio e nem chegou perto do quarto. Assim e pareciam finalmente oficializar aquele relacionamento solto que tinham, e que desde alguns meses juntos verdadeiramente, ainda não havia sido declarado: namorados, fixos, permanentes.
Fim.
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Nota da autora: E finalmente nosso casal juntos! Espero que vocês tenham gostado muito dessa história até aqui, deixem comentários, me sigam no insta e me acompanhem em outras histórias aqui no site. Quero agradecer especialmente ao site pelo espaço e pela acolhida carinhosa que recebi ao vir publicar aqui, agradeço à Ana por sempre ser uma scripter maravilhosa comigo, e agradeço, claro, a cada leitor ou leitora que deu uma chance à minha história! Muito obrigada, e até a próxima! ♥
• E atenção! Eu amo interagir com minhas leitoras! Estou sempre de olho nos comentários, respondo todos e se bobear você ainda aparece no meu instagram de autora! Aliás, pode visitar o insta: @escritoraraydias e se você me seguir eu vou ficar muito, muito feliz! Está cheio de coisas legais por lá! Dá uma conferidinha!•