deixou sua bagagem, novamente, ao canto do quarto e com as mãos na cintura olhou atentamente ao redor. Liu¹ sorria, mas também se sentia curiosa a respeito do que a mulher acharia do chalé para funcionários.
— É ótimo Liu! Incrível! Pequeno, mas, perfeito para o que eu preciso!
— Eu disse que o trabalho era ótimo! – Liu respondeu animada da soleira do chalé: — E tem muitos funcionários estrangeiros aqui! Inclusive, do seu país.
— Brasileiros aqui? Sério!? – os olhos de brilharam e ela colocou uma de suas malas sobre a cama.
— Não muitos, mas conheci dois. Um deles é chefe das camareiras. Nosso chefe.
— Uau… E o seu chalé, qual é!?
— 239. No outro pátio. , você trouxe todas as suas coisas?
Três malas era pouco para Liu, mas para tinha o suficiente. Ela não havia adquirido muitas coisas em Xangai, não era de gastar demais, então suas roupas eram básicas e necessárias. Não deixou nada na casa de Xangai, pois não era sua mesmo, e não queria dar desculpas para o seu antigo colega de casa a procurar. Sentia falta dele, afinal, ele era uma pessoa agradável dentro de todo o seu silêncio e mistério, sem falar que as suas últimas memórias com ele… Não seriam esquecidas tão cedo, talvez substituídas por novas, mas esquecidas não.
— Sim. Não podia deixar nada em Xangai.
— Os irmãos Li² reagiram bem?
— Sim! Na verdade, era como se eles esperassem que isso fosse acontecer… Digo… Eu ir embora alguma hora.
— Eles sabem que você descobriu que eles são mafiosos?
— Não, ao menos não contei, mas era como se já soubessem.
— É talvez imaginassem que a razão fosse essa… Sabe Thornburg sempre dizia que Xian era bastante difícil de apegar-se aos outros, porque ele se esforçava a isso, digo... Não se apegar. Estava acostumado ao abandono desde cedo, então, ele não suporta ver as pessoas partindo.
ouvia Liu enquanto guardava suas coisas ajeitando previamente o chalé, e não conseguiu evitar se sentir idiota de fugir de Xian daquele jeito. Mas não queria ser também inconsequente em correr perigos desnecessários, já não bastava estar noutro país.
— Bem! Eu vou deixar você arrumando as suas coisas. Mais tarde haverá uma recepção com o novo diretor do Resort. Ele é o herdeiro, e acabou de assumir o cargo. Então haverá uma recepção para os novos funcionários e uma festa para o diretor.
— Uow! Os funcionários poderão ir à festa?
— Seria um sonho.
— Eu imaginava… – fez uma expressão triste, mas depois sorriu: — Você passe aqui para irmos juntas hein!?
— Claro! Seja bem vinda de novo !
Assim que Liu saiu, sentou-se à sua cama. O chalé era muito confortável! Tinha uma cama menor do que uma cama de casal, mas maior do que uma cama de solteiro. Era uma cama futon³, ficava num andar superior pequeno, ao topo do chalé precisamente, onde a janelinha circular dava para ver o céu ao deitar. Abaixo, um pequeno espaço conjugado de frigobar, forno elétrico, micro-ondas e pia, como uma cozinha. Uma mesa de madeira, um sofá de dois lugares noutro lado, uma televisão pequena num pequeno raque, uma escrivaninha com abajur abaixo da escadinha do "quarto" e um guarda-roupa pequeno com espelho, na parede frente à cama, ao lado da porta. Ou seja, na última parede possível. Era seu novo lar pelos próximos… Sabe-se lá quanto tempo.
rapidamente levantou-se de súbito para voltar a arrumar tudo, já que ainda precisava andar pelo Resort, em seu único dia de folga, e conhecê-lo antes do horário de recepção aos funcionários. E com isso, ela se apressou. Acabando tudo ela foi se arrumar. Vestiu um shortinho jeans e um body branco, calçou uma rasteirinha e colocou óculos escuros, seu cabelo sempre solto e nenhuma maquiagem. era básica de Natureza, mas principalmente porque para viver de país em país, até suas poucas roupas precisavam combinar entre si. Mas ser básica, não significava desleixo ou falta de atenção para si, até porque ao sair de seu chalé chamava mais atenção do que tudo. As pessoas eram todas coloridas em suas roupas de verão e parecidas em seus luxos de gente rica. Ou seja, ela destoava num todo. E também, era linda! Sua brasilidade falava por si.
Caminhava pela estradinha de pedras e plantas que levavam a área dos chalés dos funcionários, até a praia de alcance do Resort. caminhava pela orla da praia sorridente e feliz! Phuket era o paraíso, mas quando encontrou as primeiras três pessoas passando ao seu lado nuas, achou aquilo extremamente estranho. Assim como foi encarada. Avistou uma placa que dizia "fim da zona de nudismo" e então observou que o Resort ficava nos limites entre a praia comum e as praia de nudismo. Gargalhou sozinha e ao ver as rochas que formavam uma espécie de mureta baixa, apenas para delimitação de área, pulou-as. Poucos passos e já avistava as mesas, cadeiras, espreguiçadeiras, hóspedes, garçons, e o quiosque beira-mar do Resort. levou as mãos até seu rosto, de um modo divertido, e chocado e riu novamente por ter sido a primeira vez, caminhando numa praia de nudismo e vestida.
Os hóspedes não davam a mínima para a mulher que caminhava num bom humor compartilhado com ela mesma, assim como alguns encaravam suas pernas bonitas naquele short e o quadril mais avantajado que parecia um cartão a dizer: “não sou daqui” . As mulheres tailandesas eram mais esguias do que a abundância de coxas de permitia. Fora os traços no rosto, que já a denunciavam, mas para aqueles que encaravam seu corpo, antes do rosto, o quadril já dava o recado.
começou a caminhar por uma zona mais solitária da praia, onde poucos hóspedes estavam sentados e deitados, afinal, a maioria preferia ficar próximo aos arredores. Ali onde estava andando era mais frequentado, agora, pelos amantes de uma caminhada beira-mar. E ela não deixou de notar o rapaz que tinha os cabelos descoloridos, bagunçados propositalmente num corte desproporcional, e que se vestia numa roupa toda branca de fino tecido, sua camisa praticamente transparente mostrava seu corpo de forma delicada. Ele vinha andando na direção oposta a de , e observava ao mar com uma garrafa de bebida em mãos. Havia algo de atraente e novo nele, que não tinha se deparado ainda. O rapaz asiático, de olhar pequeno e sedutor levou a garrafa à boca, e virou um gole que escorreu por seus lábios, fazendo-o limpar delicadamente aquela gota com sua mão tão atrativamente delicada. já estava a poucos passos dele, e hipnotizada, diria. Ele era extremamente lindo!
Assim que ele olhou para frente e viu a mulher que caminhava em sua direção, não pôde negar: que quadril era aquele a rebolar tão naturalmente, sensual e displicente? Subiu o olhar por suas pernas, perfeitas e fartas. O body também não ajudava apesar da roupa simples tudo ali era extremamente certo. Ela não tinha padrões asiáticos, e ele não se lembrava, se quer de algum padrão naquele corpo. Era o melhor corpo que tinha visto no último mês. Suas férias já estavam monótonas e durante o trajeto pensava se não deveria realmente ir embora. Até vê-la. Assim que passou ao lado dela, viu a mulher lhe sorrir e arrumar o cabelo atrás da orelha, e mesmo que quisesse sorrir de volta, não era o seu estilo.
Ele desviou o olhar, desinteressado. fingiu não notar o rapaz, mas não se segurou, soltou aquele sorrisinho cretino que até Cah diria “nem precisa falar nada, ele já entendeu que você quer dar para ele, amiga” . Sorriu saudosa ao lembrar-se da amiga. Continuava atenta à paisagem, até que uma movimentação ao seu lado lhe chamou atenção. Ele estava ali observando o mar como antes. Só que agora, sério, com uma maldita cara de quem queria chupar o corpo dela, mas ao mesmo tempo, com uma expressão de quem não queria conversar. Ela o olhou, suspeita, e então ele apenas a disse:
— Não quer me dizer seu nome? – ele sabia que ela poderia ser uma turista estrangeira, então foi direto no inglês.
— Você está me seguindo, não deveria se apresentar antes?
— Seguindo? Não, não. A praia é pública.
— Ah sim, me desculpa, é que de repente você se colocou perto demais… – zombou.
Ele deu um sorrisinho de canto, bem malicioso e então concordou com ela que sorriu também abertamente.
— Eu gostaria de ficar mais perto ainda, mas tudo começa por uma apresentação formal, não é?
— Ok, você só vai falar o seu nome, depois que eu disser o meu… – ela concordou pensativa e disse: — Mariah.
Ele assentiu sem sorriso, e olhou para o mar ainda caminhando ao lado dela, e depois de encarar novamente , ele disse:
— Prazer, .
abriu um largo sorriso e parou de frente para ele com uma mão estendida. olhou para a mão dela, e arqueando a sobrancelha virou-se de frente para primeiro, esperando ela dizer algo. No rosto dela perdurava aquele tipo de sorriso travesso.
— Não vai pegar a minha mão em cumprimento? Eu sei que aqui não é assim, mas não era você que queria estar mais perto?
Antes que ele pudesse responder ou fazer algo, os dois foram interrompidos por três pessoas, entre elas uma que gritou:
— !
O homem a encarou e sorriu novamente, o riso discreto com olhar tão lânguido:
— Achei que fosse Mariah.
— Autopreservação. Mas é .
Ela sorriu e ele só concordou. acenou de volta para Liu com as outras meninas ao seu lado, e o rapaz ao perceber que não poderia ficar a sós confortavelmente com ela, se despediu.
— A gente se esbarra por aí, . Ou eu te procuro agora que sei o seu nome.
— Até mais .
Ela respondeu sedutora e ele sorriu esclarecendo:
— Pode me chamar de . Só a minha família me chama pelo nome.
Tão rápido e sorrateiro como se aproximou, ele se afastou tranquilamente.
— Quem era o bonito? – Liu perguntou ao se aproximar dela e encarar a direção que a amiga ainda olhava.
— O nome é .
— O !? – Liu perguntou eufórica: — O que está hospedado?
— Não faço ideia de quem seja.
— , é só um dos rappers coreanos mais gostosos!
A amiga riu e deu de ombros. As amigas brasileiras que Liu havia conhecido aguardavam para serem apresentadas à . Bia e Biba, ambas intercambistas também, estavam no Resort a passeio. Bia, era estudante e apesar da viagem curta, já estava tentada a dar um jeito de ficar por ali, mas Biba por mais que quisesse precisaria voltar para o Japão pelo menos até o seu contrato de babysitter com a agência acabasse. Ela havia ido para o Japão fazer um curso, desde então não voltou ao Brasil. adorou conversar com as conterrâneas. E por mais que quisesse ficar mais tempo ali, não podia. Liu a apressou para voltarem aos chalés, já que teriam compromisso em breve.
¹ Liu: Personagem da minhas fanfic: “Everything You Wanted” e que também está postada no Fancon! Leia a fanfic que antecede esta, postada neste especial: “Run It” .
² Irmãos Li: Li Xian e Li Mei, personagens da fanfic anterior “Run It” .
³ Cama futon é uma cama baixa, geralmente de madeira e tradicional da Ásia. Em alguns países asiáticos, o futon é apenas o colchão já que também é comum na Ásia, dormir ao chão.
já estava chegando ao salão que foi disposto para a recepção dos funcionários, junto com Liu e outros funcionários que fizeram amizade. A roupa pedida era “traje esporte fino” , então aquilo dava um ar mais informal para uma recepção onde o atual diretor – e herdeiro – do resort iria conhecer ao novo proletariado. O lugar já estava cheio de funcionários do Resort, que sortudos entre todos, foram convidados a irem receber os seus novos colegas enquanto outros trabalhavam. Aparentemente, a recepção era uma tradição e um momento aguardado entre eles para saber “quem irá receber a folga dos justos” .
Uma mulher muito bonita recebeu-os na porta e os encaminhou para uma mesa comprida em que estariam apenas os novatos. Liu estava muito familiarizada com tudo, por conta de ter chegado semanas antes de naquele lugar, e a … Ainda estava bastante impressionada com a recepção em si, mas com a beleza local. Ela contava na mesa para alguns dos amigos recém-feitos ali, sobre seu susto em andar na área da praia de nudismo mais cedo. Tiveram seus risos interrompidos, pela mesma mulher que os recebeu na entrada, ela pedia-lhes para ficarem de pé no palco montado para que a apresentação iniciasse.
— Apresentação? – sussurrou confusa ao ouvido de Liu.
— Sim, nós vamos dizer os nossos nomes e no final pedir que eles cuidem de nós, por educação, reverenciando. Sabe como é, não é?
— Ah... Sei... Eu só não achei que faríamos isso coletivamente e em cima de um palco!
não estava tímida ou nervosa. Já tinha se acostumado a ser despojada na adolescência e nunca se sentia acuada facilmente. Com isso, ela seguiu a todos e ficaram alinhados e sorridentes. O diretor apareceu levantando-se de uma mesa, e as atenções foram todas para ele.
— Ele é o diretor e herdeiro do grupo . – Liu sussurrou de volta — , o solteiro dos sonhos de qualquer garota!
— Como você sabe disso?
perguntou surpresa a Liu, que continuava observando atenta ao diretor que tinha o sorriso impecável, e exalava sensualidade natural. caminhava cumprimentando algumas pessoas enquanto tentava chegar ao palco.
— Não é óbvio!? Olha para aquele homem!
— Não, não é isso, sobre ele ser solteiro…
— Fofocas.
O diretor subiu os degraus do palco e com o microfone que uma das assistentes deu, ele iniciou seu discurso de boas vindas. observava atenta o quanto ele era um homem lindo da cabeça aos pés, mas principalmente, em como ele era diferenciado! Simplesmente acessível para todos. Essa era a imagem do senhor ! Um homem simples apesar de seu posto, e que parecia enxergar a todos ali como iguais. Ele caminhou para perto dos funcionários e um a um passou com o microfone perguntando seus nomes, e conversando brevemente, até chegar na .
— Boa noite senhorita, qual o seu nome? – a encarou fascinado.
Havia um brilho diferente nela.
— .
— E está gostando da sua recepção, senhorita ?
— Com toda certeza senhor .
— Hmmm… Isso me deixa muito feliz! – ele respondeu simpático e com largo sorriso que fez ter desejos nada castos pro momento, enquanto sorriu de volta e o ouvia: — E de onde você é senhorita?
— Eu sou do Brasil, mas venho de Xangai.
— Seja muito bem vinda ao Secret Cliff Resort , espero que aproveite a sua noite e se torne uma funcionária permanente aqui. Muito obrigada por sua presença e confiança em nossa empresa.
Embora ele tenha repetido o mesmo para todos, notou que os olhos dele traziam um interesse nela, além disso a piscadinha de olho que o chefe a lançou ela não notou em mais ninguém. Pronto, aquilo foi suficiente para que fantasiasse coisas.
Durante todo o restante da noite, conheceu os amigos de trabalho, aproveitou a festa e entre uma espiada e outra, admirou . Poderia dizer que estava louca, mas não conseguia evitar sentir um estranho desejo de conversar com aquele homem. E também entre uma espiada e outra, ela pôde perceber que talvez, ele também desejasse.
Aquela piscada de olhos do senhor ainda estava martelando à mente de , mesmo estando ela em seu primeiro dia oficial de trabalho, e com tantas coisas para aprender e pôr em prática. Se ela não tomasse cuidado perderia a cabeça facilmente e cederia para aquele sorriso de covinhas.
Caminhava empurrando o carrinho de roupas sujas, depois de fechar o quarto do hóspede. Naquele dia, Bruno – seu supervisor que era brasileiro – havia delegado a ela o serviço fácil, de coletar as roupas de cama pela manhã. Mas não era tão fácil percorrer todos os quartos de um prédio empurrando o carrinho pesado, como ele lhe fez parecer. Na verdade, todos os novatos faziam serviços menos complexos como dizia o supervisor, e pela tarde tinham o treinamento dos funcionários. Bem, estava então debruçada em seu carrinho, empurrando-o com certo esforço, apesar das pernas fortes. Bruno lhe disse que poucas as tailandesas davam conta de fazer aquele serviço rapidamente, já que são delicadas por natureza e cultura.
— Se você conseguir fazer tudo rapidinho com suas perninhas fortes, eu te dou um prêmio.
— Espero que não seja uma cantada, supervisor. – ela respondeu atrevida e risonha ao conterrâneo que virou seu amigo na noite anterior.
— Digamos que é uma proteção entre brasucas. Mas, ninguém pode saber. – ele respondeu num riso discreto, e ambos conversavam sós e em português.
— Eu sabia que ia amar ter brasileiros amigos trabalhando aqui!
— Agora é sério! Saia-se bem, nenhum de nossos funcionários brasileiros decepcionam!
— E isso é pelo patriotismo ou pela pontuação do supervisor?
— Quem te contou?
— Karoline. Ela falou que é por isso que você arrasta os brasucas pro seu time, já que a gente meio que está acostumado a trabalhar igual mula.
— Karol, delicada como um coice, escritora e fofoqueira. – Bruno murmurou balançando a cabeça e sorrindo.
— Pois é! Depois falamos sobre esse seu amor enrustido por ela, agora em que prédio eu fico?
sorriu divertidamente, e sozinha com os pensamentos da conversa de horas antes com Bruno. Se ele queria que ela demonstrasse bom serviço, ela saberia encarar aquela tarefa como uma competição! E por isso estava apressada e dando seu melhor ao empurrar o carrinho pesado, e mal viu o hóspede que se virou no corredor em sua direção. Com olhos arregalados, segurou o carrinho com mais força e por muito pouco não o controlava. O homem que vinha ao seu encontro notou que de certa distância, a mulher controlava a velocidade daquela caçamba de lençóis e toalhas sujas.
— Não acha perigoso correr empurrando isso, ? – ele a olhou de cima a baixo dentro do uniforme, e parou o olhar novamente em suas pernas contemplativo esperando resposta.
— Meus olhos são mais em cima, .
— Quem disse que eu quero ver seus olhos?
— E o que você quer ver, então? – sua voz carregava malícia.
sabia que estava trabalhando e não era ela o tipo que se fazia de profissional ética o tempo todo, e nem queria. tinha sido a primeira pessoa que ela conheceu ali, antes de tudo já havia sentido o clima entre eles, embora o homem nunca lhe sorrisse confirmando o flerte.
— Eu te digo qualquer hora. – ele respondeu encarando a expressão desafiadora dela e se aproximou observando-a ainda mais perto: — Não me disse que trabalhava aqui.
— Você não perguntou. – respondeu ela dando de ombros e se apressando: — Eu preciso ir, bom te ver .
— Belo uniforme, . – ele respondeu mordendo os lábios.
sorriu maliciosa e feliz pela reação dele e disse:
Bruno, Liu, Karoline, Patrick e estavam reunidos numa fogueira da praia de nudismo, após três de trabalho. A noite estava amena e a praia vazia.
— Não é errado estarmos aqui vestidos?
— Fique a vontade para tirar a roupa Patrick. – respondeu.
— Na verdade, ninguém vai nos ver. E não estamos constrangendo ninguém… – Liu deu de ombros e voltou-se para animada: — Hey! Você viu o rapper de novo?
— Há uns três nos esbarramos no corredor, depois não o vi mais. Ele ainda está hospedado?
— Espera… O tal ? – Bruno perguntou e trocou olhares cúmplices com Patrick.
— É, tem outro rapper hospedado?
— Dessa vez não, mas o Jay Park já veio uma vez, desde então o pessoal da AOMG quando quer dar um tempo realmente relaxante e isolados vem para cá. – Bruno respondeu.
— Tá, mas o que você ia dizer do ? – Karoline perguntou.
— Ah, ele andou perguntando pela …
A voz maliciosa de Bruno e o risinho baixo do Patrick demonstrava às mulheres que tinha algo mais.
— Perguntando o quê sobre mim?
A curiosidade e ansiedade no rosto da eram extremamente palpáveis.
— Digamos que amanhã de manhã você tem um quarto para limpar, e pode ser que tenha uma folga noturna.
Liu encarou ao homem com surpresa, era a única não brasileira ali, então não sabia da proteção entre os estrangeiros dentro de seus cargos.
— Espera, você está manipulando o quadro dela? Isso não é contra as regras? – Liu perguntou preocupada e se preocupou pela atitude de Liu.
— Não quando é pedido de um hóspede que tem mais cartaz do que o meu cargo. Ou de alguém de cima. – Bruno respondeu.
Liu encarou , e embora achasse estranho estava se divertindo. Sorriu maliciosa e junto com Karoline sacudiu dizendo:
— Hm… Acho que alguém tem um encontro?
— Parem com isso! O cara só me viu uma vez!
— E aquele clima na praia? – Liu perguntou com a mão mas cinturas.
— Foi antes de saber que eu era funcionária! Ele não sairia com uma camareira, faça-me o favor, não é?
— . Faça o favor você de chupar ele todinho por mim! Outro dia eu fiquei babando nele no bar da piscina.
Karoline arrancou risos com seu pedido, exceto de Bruno que apenas desviou o olhar, como todos notaram, menos a própria Karoline.
Na manhã seguinte, estava a caminho do quarto que Bruno a enviou para limpar. O suposto quarto de . Com seu cartão magnético abriu a porta, e fingiu que não sabia de nada. Empurrou o carrinho de limpeza para dentro, fechou a porta olhando ao redor. Não tinha ninguém.
Caminhou cautelosa observando as coisas dele, e foi até a cama dele para arrumar quando o som da campainha do quarto tocou. Estranhou, porque só pedidos direto da cozinha ou recepção tocavam a campainha. E ela estava sozinha, não estava?
Andou na direção da porta e a abriu.
— O hóspede não está? – perguntou o rapaz que trazia a bandeja de café.
— Não. Cheguei para limpeza e estava tudo vazio já.
— Bem, que estranho. De qualquer forma deixarei o pedido dele aqui.
— Certo.
fechou a porta assim que o rapaz saiu e encarou o pedido, a bandeja com frutas bonitas e graúdas, com uma expressão confusa. Voltou à cama para trocar os lençóis, e não demorou a ouvir uma voz masculina conhecida.
— Espero que goste de morangos.
Ela olhou na direção da voz e deparou-se com a figura do homem de cabelos molhados, expressão safada e nenhuma roupa no corpo. Foi o suficiente para ela sentir seu rosto ficando rubro.
— É… Eu com certeza adoro morangos…
Ele sorriu da cara de surpresa dela e caminhou em sua direção cauteloso até ficar próximo o suficiente para que percorresse os olhos pelo corpo nu dele, e encarou o olhar firme, minucioso e sádico, de .
— Eu já falei que amei as suas tatuagens, ? – ela mordeu os lábios e sorriu.
finalizou a pouca distância puxando o corpo dela junto ao seu, e colando suas bocas num beijo cheio de desejo. Puxou o nó do avental de uniforme dela, e após soltá-lo o jogou num canto do quarto. não podia fazer aquilo e precisava avisar, mas a boca carnuda de tornava difícil romper o beijo. E foi ainda pior depois que ele a jogou sobre sua cama, com aquele corpo nu esfregando-se nela.
— … Eu tenho um tempo para entrar e sair dos quartos.
falou no ouvido dele entre um morder do seu lóbulo e os beijos dados por ele em sua boca e pescoço.
— Eu prometo ser rápido.
— Mas… – foi interrompida por outro beijo de , que já desabotoava o uniforme dela.
Ele puxou um dos seios de para fora do sutiã e abocanhou a fazendo gemer devagar, não de excitação, mas de divertimento pela sensação de perigo em ceder e se meter em problemas no trabalho. Enquanto sugava seu seio e massageava a intimidade dela sob a calcinha, teve um súbito pensamento de juízo e empurrou o homem para o lado num salto. a encarava assustado, contrariado e até surpreso. Logo ele, sempre tão sério.
sorriu sacana e se levantou ainda meio trêmula, e abotoou de volta seu uniforme, e ele a encarou agora entediado, jogado na cama com seu pênis um pouco rijo.
— Vai me deixar assim?
— Eu tenho que arrumar isso aqui em tempo recorde e sair do quarto antes que as câmeras do corredor me peguem!
— Eu só deixo você ir se prometer que hoje à noite vai me encontrar no bar lounge.
— eu trabalho…
— Já arranjei a sua folga.
Ele levantou e disse a interrompendo. Caminhou até ela que ajeitava os cabelos e pegou o avental da garota ao chão.
— Você não tem desculpa para não terminar o quê começamos. – ele virou o corpo dela de costas ao seu, passou o avental nela e aproximou a bunda dela de modo a esfregar seu pênis nela enquanto amarrava o mesmo nó que havia desfeito.
mordeu os lábios doida pra voltar a tirar a roupa, mas apenas o encarou e se afastou.
— Está prometido! Agora eu preciso arrum…
— Pode ir, não precisa arrumar o meu quarto. Mais tarde vamos bagunçar mesmo.
olhou em seu relógio e precisava ao menos trocar a roupa de cama para sair e parecer que limpou. Puxou os lençóis e os trocou, enquanto , de provocação masturbava-se sentado em uma cadeira a observar ela se esforçar a se concentrar em sua tarefa e não cair de boca no pau dele. Antes de abrir a porta, ameaçou:
— Você me paga, mais tarde!
Abriu a porta e empurrou seu carrinho com o rosto ainda quente e o fogo entre as pernas. Mas, concentrou-se em seu trabalho.
ainda não acreditava que havia feito aquilo, e lá estava ela falando no telefone com Cah, antes de entrar finalmente ao Lounge.
— Amiga! Por favor, você dê aquele chá nele para o boy querer mais!
— É óbvio! Cah, eu fui ouvir essa tarde algumas músicas dele depois do expediente, enquanto as meninas me ajudavam a me arrumar… E meu Deus amiga! Não é só o aquele olhar dele que me destrói não viu? Aquela voz sussurrando no meu ouvido eu nem posso imaginar!
— Nossa! Que inveja! – Cah suspirou sorrindo — Depois dessa, eu vou atrás do meu boy, e você me conte tudo depois hein!
— Com certeza amiga, bom dia para você! Estou morrendo de saudades!
— Eu também! E você.. uma ótima noite safada!
As duas se despediram rindo, arrumou seu vestido preto solto, deu nova amassada no cabelo com as mãos, e puxou um espelho de bolso da sua bolsinha para checar o batom. Assim, que entrou no lounge, olhou ao redor e não avistou . Alguns funcionários não a reconheceram e deu graças por aquilo. Discreta e segurando o pingente de seu colar sutil, ela caminhou atenciosa para encontrar o rapper. Quando o viu numa mesinha de dois lugares num local menos iluminado, do ambiente privativo, ela sentiu o coração acelerar.
Caminhou sensual em direção a ele. estava remexendo o seu uísque enquanto esperava a garota surgir, no momento em que checou ao relógio identificando a hora, retornou o olhar à porta mas do interrompido por fãs que se hospedavam ali, de novo. Levantou-se e tirou fotos e autografou guardanapos para elas. As mulheres não queriam sair de perto, mas ao notarem que o olhar dele tomou outra direção, elas perceberam a mulher sedutora que vinha até onde eles estavam. Era linda, estrangeira, e intimidadora. A mulher brincava com o pingente em seu pescoço enquanto caminhava lenta até o lugar onde estavam e com um sorrisinho satisfeito ao rosto. Logo as fãs se afastaram, e pôde apreciar melhor o vestido curto, preto simples, e soltinho no corpo dela.
encarava a expressão séria dele com êxtase, ele não era de sorrir, mas por alguma razão ela sabia dizer quando ele o queria fazer, como naquela hora. O olhar brilhante dele não negava a atração. A poucos passos do corpo dele, se aproximou em silêncio do corpo dela, levou uma mão à cintura de como se fosse beijar o rosto da mulher em cumprimento, mas na verdade levou seus lábios ao pescoço de a causando arrepios.
Mas ela não se fez de ingênua, arranhou a nuca dele e beijou a boca dele, com olhos abertos, provocativa e lambendo os próprios lábios em seguida.
— Já devemos subir? – ele apertou a mão na cintura dela.
— Não precisamos de pressa, até porque você deve me pagar um desses. – ela anunciou apontando com o olhar o copo de uísque dele.
soltou as mãos de de sua cintura e ele adorou a postura tão dominadora quanto a dele. Certamente aquela noite seria foda em cima de foda. A depender dele, principalmente.
Os dois beberam, conversaram um pouco mais para se conhecer, e por mais que ele falasse pouco, para ela falou tudo o que queria. Já , era uma tagarela incrível, e se pegou pensando que tipo de coisas ela falaria na cama para ele. Aquela mulher escondia o jogo, e ele sabia.
Enquanto conversavam, bebiam e comiam alguns aperitivos, no outro canto do lounge, outro admirador da beleza incomum de observou a mesa com o rapper. Muito pela mulher que o acompanhava, não sabia dizer se era a funcionária do hotel, mas algo magnetizava para aquele par de pernas cruzadas. Sorriu de lado, decidindo que seria uma ótima ideia cumprimentar ao hóspede ilustre, estava no meio do caminho para a mesa dele, quando a mulher levantou sem notar sua aproximação às costas dela, e dirigiu-se ao banheiro.
Não restou nada mais a , do quê realmente cumprimentar ao hóspede. E foi enquanto eles conversavam, que da porta do banheiro, notou seu chefe master ali.
— Puta merda! – sussurrou e pensou em voltar ao banheiro, mas o chefe encarou o lugar onde ela estava e depois sorriu de canto.
Ele tinha a visto e reconhecido, e mal teve tempo de reagir. a cumprimentou num aceno discreto da cabeça, com as mãos em seu bolso devorando a imagem da mulher que ainda estava ali parada a poucos metros. virou a cabeça para acompanhar o olhar do diretor do SCR. Ao notar que ele desejava a mesma garota que estava agora com , o rapper não pôde deixar de se sentir divertido. aproximava-se com sua boca vermelha, bem marcada e retocada em um batom matador, e logo que estava à frente do senhor , o encarou como se não estivesse em possíveis problemas por estar jantando com um hóspede, dentro do hotel.
— Senhor . – ela cumprimentou num aceno leve de cabeça.
— Está muito bonita .
Ele havia não só a elogiado, quanto a cantado bem ali, na frente de . O rapper observou a tudo, com discrição e divertimento.
— Obrigada senhor.
— Bem, aproveitem a noite.
falou se direcionando em olhares aos dois, discreto sorriu em agradecimento, e apenas abaixou a cabeça desviando olhar nos olhos de seu chefe. Logo que deu-lhes as costas e saiu, ela espiou-no com olhos baixos e suspirou voltando a sentar-se na frente do rapper.
— Como se sente sabendo que…
falou pausadamente chamando a atenção dela, e pegou metade do limão que estava na mesa, e o observava interessado, então olhou para a mulher atenta à sua frente, e concluiu:
— Que o dono deste resort todo quer muito foder com você?
Ele perguntou com uma cara safada e espremeu o limão na própria língua. A língua dele era demasiadamente chamativa e apetitosa aos olhos de , então ela apenas pegou o limão da mão dele e repetiu a cena o respondendo:
— Bem, mas muito melhor vai ser quando você parar de falar e me foder de uma vez.
Eles sorriram e subiram discretos para o quarto de . Não tão discretos para não notar. Na verdade, ele não havia desviado a atenção do casal, queria muito encontrar a sua funcionária em outro momento mais apropriado.
e estavam se controlando e agindo como dois completos estranhos no elevador. As malditas câmeras de segurança por todo o lugar só faziam tudo ter uma emoção maior, entre os olhares provocantes de um para o outro, a porta do quarto de nunca foi tão distante. Ele caminhava na frente e abriu a porta do quarto para ela, com finalmente, um sorriso. passou o dedo indicador no rosto dele, já mordendo ao próprio lábio e entrou. A porta fechou e finalmente os dois se atracaram. empurrou o corpo da mulher na primeira parede que viu, e aprofundou sua língua na boca dela, sem menor resistência por parte de . pressionava seu corpo no dela, literalmente a prendendo na parede, e bagunçando os cabelos dela de modo afoito. estava louca para apertar o pau dele sob a calça, desde que o viu de manhã se masturbando. Na verdade, ela queria fazer tudo o que ele fizera, queria tocá-lo. Então rapidamente ela levou sua mão livre ao pênis e o apertou, resmungou um gemido sufocado pelo beijo, e tão desejoso quanto ela apertou forte a bunda de . Os dois estavam quase se fundindo um no outro. levou os lábios ao pescoço dele, afastou os cabelos dela e segurou firme a cabeça de , e não se conteve em atravessar a mão para baixo do vestido dela esfregando a intimidade da mulher com o polegar. Sentiu-a tão molhada que seus dedos poderiam escorregar para dentro, então ele puxou a calcinha dela para baixo e gemeu com urro fraco.
A mulher soltou-se do corpo dele, e sentou-se na cama retirando as sandálias de forma sensual, mas tomou a ordem da ação, e ajoelhou na frente dela sendo ele a retirar o salto alto dela, de forma delicada, beijando as suas pernas. A medida que subia seus lábios pelas pernas dela, ele alcançou a calcinha no meio das coxas de , que o próprio tinha puxado e desceu-as completamente e seguiu subindo seus lábios em direção ao lugar mais molhado do corpo da mulher. Com uma expressão de súplica e travessura, massageava os próprios seios e subiu seu curto vestido abrindo bem as pernas. sorriu e lambeu a virilha dela, em seguida penetrou-a com a língua,com os dedos e alternava-se em chupá-la e penetrar seus dedos nela.
seguiu entregue até seus olhos começarem a revirar e ela sentir uma maior necessidade de ser fodida completamente, esfregou o rosto de ainda mais em sua intimidade, e não aguentando mais o puxou de encontro a um beijo sujo e animal. ergueu seu corpo sobre o dela na cama e puxou o vestido para deixar o corpo dela nu, como ele tanto queria olhar. E apreciou cada pedacinho de pele exposta dela, enquanto a mulher mordia seu lábio maliciosamente. começou a retirar as próprias roupas que ainda vestia e antes que pudesse subir no corpo de novamente, ela tomou o controle.
— Eu disse que você me pagaria pela provocação de mais cedo…
Ela empurrou ele, sentado na cama, e com estupidez afastou as pernas dele com o próprio pé, enquanto suas mãos apertavam os próprios seios e ela cirvundava a própria boca com a língua, numa expressão safada de si. sorriu e já sentia o torpor que ela iria o provocar. Ele se deixou deitar pelos cotovelos à cama, e observou a mulher abaixar e com propriedade tomar seu pau nas mãos e começar o jogo. Massageou suas bolas e depois as sugou, a leve pressão dos lábios quentes dela já deveriam dizer o quão perigoso seria para ele, não se proteger dos efeitos do toque de em sua memória.
— Porra, me chupa todo, vai.
murmurou ao sentir a ponta da língua dela na sua glande a brincar com seus instintos. Um suspiro fraco saiu de sua boca. Um beijo carinhoso os lábios dela depositaram em seu baixo ventre,e uma sequência de penetração oral se sucedeu de forma rápida e certeira. sabia exatamente o que estava fazendo e se deleitava com a fragilidade do corpo dele a reagir aos seus toques. Sentiu o pênis de vibrar em sua boca e sugou-o tomando o jorro de porra garganta abaixo.
— Eu preciso de dois minutos, e eu vou te rasgar, putinha.
Ele respondeu arfando e gargalhou.
— Me chupa de novo.
Ela subia engatinhando sobre ele, até que sentiu as mãos dele em seus quadris e ouviu o sussurro da voz rouca dele ordenando:
— Senta na minha cara enquanto eu me recupero.
Mais do que obediente ela o fez olhando firme a ansiosa para ele que não obstante continuou:
— E geme alto, que eu gosto.
era obediente. E não ia suportar passar o restante de suas férias ali longe dela.
passava pelo corredor da ala de funcionários da lavanderia, e nem cumprimentou ao Bruno que estava dando um esporro em um funcionário. Passou discreta por eles e adentrou ao porão das caldeiras. Um maldito urso de pelúcia foi recolhido pelo funcionário que tomava o esporro de Bruno, e ele mais do que imediatamente a pediu para ir procurar antes que fosse destruído na lavagem. Ela entrou apressada observando por qual das caçambas iria começar a revirar: 67, 68 ou 69. Era os números das caçambas que passaram na ala onde a família do garotinho estava hospedado.
— Tenta o 69, você é boa nisso.
Ela ouviu a voz conhecida de entrando pelo porão e se assustou.
— ! O que faz aqui? Essa ala é proibida para hóspedes!
— Eu só vim me despedir.
— Nos despedimos ontem.
falou risonha e ele imediatamente puxou a mulher para um último beijo.
— Poderia ter passado minhas férias todas com você.
— Pelo menos eu pude divertí-lo em suas últimas semanas. – ela falou com largo sorriso, mas desviando o olhar do dele.
O olhar dele era o mesmo e não era. Desde a primeira vez os dois vinham se esgueirando fora do expediente dela numa sequência de transas frenéticas.
— Foi bom te conhecer . – ela falou envergonhada, mas feliz.
— Eu só não te fodo de novo, porque você está trabalhando,mas até com vergonha você é uma putinha sexy … – ele zombou.
Na verdade queria dizer o quanto ela era fofa, deliciosa e o quanto deixou marcas nas memórias dele. Na noite anterior, depois de transarem loucamente ele queria saber se poderia ver depois de tudo aquilo. Mas não perguntou, até que ela pediu a ele para manter contato quando desse. Se manteve sério ao ouvir aquilo, mas queria sorrir. E agora estava ali, entrando escondido no lugar dos funcionários, buscando e seguindo a camareira brasileira pelos cantos do hotel, só para dizer que estava indo embora. Queria propor a ela ir com ele, mas sabia que não assumiria um compromisso com a mulher, então não fazia sentido a convidar para ir embora com ele apenas para transarem por onde fossem. Entretanto, queria.
— Você é uma boa garota .
— Você é um bom cara, também, .
Ele sorriu com a pronúncia dela ao seu nome mais íntimo. se aproximou dela de novo, e beijou de uma forma calma, segurando seu rosto entre as mãos. De um modo quase… apaixonado.
— Eu vou te ver outras vezes . Pode esperar.
Ela sorriu concordando e ele logo deu as costas a ela, mas antes de sumir pela porta com sua expressão séria de sempre, sorriu abertamente para ela, dizendo:
— É sério, começa pelo 69 que você é mesmo muito boa nele.
Os dois riram e ele saiu. suspirou sentindo assumidamente um pouco de saudade. era o tipo de homem que podia não ter nada a oferecer, mas ela nunca diria não para estar ao lado dele. Seja numa foda ou só numa boa companhia.
Lembrou de uma breve conversa com ele pós sexo, e sorriu. iria mesmo fazer falta:
— Eu poderia foder com você sem parar . – ela murmurou após se aconchegar nos braços dele.
— Você é como o Sol de Inverno, . – ele respondeu com as mãos abaixo da própria cabeça e olhos fechados.
— Como assim!?
— Quente de uma forma aconchegante. – abriu os olhos e a encarou antes de responder: — Do tipo que podemos nos adaptar facilmente.
Acoplou a escadinha de apoio na caçamba 69, ainda rindo pelo palpite dele e começou a vasculhar nos lençóis. E encontrou, vinte minutos depois. Ficou pensando se havia feito aquilo acontecer de alguma forma só para ter um momento só com ela, mas daí já era muita soberba. Encaminhou-se à sala de Bruno e logo que ele abriu, entrou sorrindo.
— E aí!?
— Aqui o ursinho fedorento, Bru. – ela respondeu risonha.
— Se eu não estivesse tentando pegar a Karoline eu beijaria sua boca agora !
— É melhor entregar logo, antes que os hóspedes reclamem na gerência.
— Vou imediatamente! – Bruno pediu o urso e beijou o rosto dela agradecido: — Você tem sido a melhor aqui! Obrigado!
riu satisfeita com o elogio que era real, e saiu logo depois de Bruno. Ele trancou a própria sala e antes de sair correndo pelo corredor e a deixando para trás a avisou:
— Agora corra para a suíte presidencial. Há um pequeno tumulto com isso, mas o senhor interfonou à mim solicitando sua presença imediatamente. E bem… Melhor se apressar, as notícias correm rápido aqui e as fofocas também.
estagnou no corredor. O que o senhor queria com ela? Todos os desde que ele a flagrou com , ela tomava o maior cuidado. Estranhou não ter sido repreendida antes por se encontrar com hóspedes, mas não acreditava que o seria agora. E se ele ou alguém tivesse visto entrando na caldeira? E se alguém viu qualquer outra coisa ao longo daqueles ? Suava frio de nervosismo, mas se controlou bem à porta da suíte presidencial do resort, onde vinha morando desde que assumiu a direção. Tocou a campainha, teve seu acesso liberado, entrou e observou o homem silencioso e imóvel de frente para a grandiosa sacada com portas de vidro.
— Senhor , mandou me chamarem?
Ela perguntou e viu o homem tranquilamente se virar em sua direção. Os olhos calmos, deslumbrados, inocentes e um sorriso gentil em seu rosto.
Algo a assustava, não sabia se a aura bondosa dele, a beleza suprema como se fosse desenhado a pincel, ou o medo de ter sido pega em suas últimas aventuras.
— Olá . Precisamos conversar.
Fim.
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Nota da autora: Chegamos ao final da segunda aventura desta personagem! Como podem perceber, teremos uma continuação, que não entrou neste especial, mas em breve estará no site! Espero que tenham gostado, e, por favor, não deixe de comentar!❤