Autora: Li
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Finalizada em: 25/06/2021.




O clima no castelo era de mais pura tensão. O reino estava passando por uma guerra com o reino vizinho. Estavam reunidos na sala do trono: o Rei Fuyuki II, o general do exército, alguns capitães e o filho mais velho do rei, , que tem 17 anos e está sendo treinado para assumir o lugar de seu pai. O rei tem uma filha mais nova, , de 5 anos. E foi a pequena princesa , como era chamada, quem interrompeu a reunião de guerra.

— Isso não pode estar acontecendo! General, tome uma providência de imediato ou senão vamos ter que declarar desistência. E isso não está em cogitação! — Bradava o rei, irritadíssimo com o avanço das tropas inimigas.
— Senhor, já temos uma tática nova para atacar...

Começou a proferir o general questionado, quando, de repente, a princesa entra na sala do trono gritando.

! ! Veja só o que eu ganhei, irmão! — Ela saltitava feliz na direção do irmão, que estava postado em pé ao lado de seu pai. : era como a princesa chamava o irmão. — Olha que bonito, irmão! — Falou a menina, entregando um lindo buquezinho de rosas vermelhas que um dos empregados colheu e entregou a garotinha.
— Que lindo, irmãzinha! — Ele disse calmamente, pegando o buquezinho. — Agora vai com a , ela vai te levar para seu aposento. Mais tarde eu vou lá, ok?

é a responsável pelos cuidados com a princesa. A mãe dos dois havia morrido logo após o nascimento da princesa . tinha apenas 12 anos há época.

— Alguém tira esta criança daqui! — Berrou o rei, visível e extremamente irritado com a interrupção. — ! Você está aqui para deixar esta criatura longe. Faça o seu trabalho! — O rei não demonstrava gostar dos filhos. Ainda mais da mais nova que, na visão dele, tirou a vida de sua amada esposa: a amorosa rainha Harumi.
— Não fale assim dela, vossa alteza meu pai! — Gritou , irritado com a atitude do pai. Ele odiava o jeito com que o rei a tratava. — Já lhe disse para não tratar assim a sua filha! — Completou, irritadiço. A pequena começou a chorar ainda parada à frente do irmão mais velho. — Não chore, . — Ele disse docemente para a irmã. A mesma saiu correndo, ainda chorando, e deixou a sala do trono. — !!
— Princesa! Espere! — havia acabado de chegar ao local a tempo de ver a pequena correndo para fora do mesmo.
— Não se atreva a sair desta sala, moleque! — O rei bateu forte na mesa e levantou-se para encarar o filho mais velho que já caminhava atrás da irmã.
— Adeus! — disse, simplesmente, e saiu correndo atrás da irmã.

Antes de chegar à porta da sala do trono, ele ouviu seu pai derrubar papéis e taças de vinho ao chão. Ele odiava quando seu filho o desobedecia.

— Achou ela, ? — Perguntou , ao encontrar no salão de entrada. Ela parecia angustiada.
— Ainda não, príncipe . Temo que ela tenha ido para fora do castelo. — Os arredores do castelo sempre eram atacados pelo inimigo, portanto os integrantes que moravam ali estavam proibidos de sair sem algum guarda para sua proteção. — Princesa ! Princesa, cadê você?! — Eles gritavam por ela, mas nada da menina aparecer.
! Minha irmã, onde você está?!

já estava nos jardins, olhando cada detalhe daquele lugar enorme, ele sabe que sua irmã adora ali. De longe, ele ouviu o choro baixinho da pequenina que estava agachada atrás de um dos arbustos.

! Minha querida irmã... — ele disse docemente e agachou-se para ficar na mesma altura que ela. A menina tinha a barra do vestido suja de lama e seus pequenos sapatos também estavam melados de lama.
— Por que o papai me odeia, irmão? — Ela perguntou com a voz embargada. não soube o que responder. Ele nunca sabia como responder tal pergunta proferida por ela tantas vezes. Cada vez que seu pai a gritava, raivoso.
— Você tem a mim, meu amor. E terá para sempre. — O rapaz abraçou a irmã e a carregou no colo, ela aninhou-se em seu colo e enterrou o rosto no peito do irmão.

sentia-se segura nos braços do irmão mais velho. Desde muito nova, quando começou a falar, ela percebeu que seu pai não lhe tinha afeto e fazia questão de demonstrar tal desdém pela menina. Na visão dele, como foi falado, a menina era responsável pela morte de sua amada esposa Harumi, que faleceu pouco depois que a pequena nasceu. Obviamente, esta não era a mesma opinião do príncipe , que via na irmã uma personificação da falecida mãe. Além, é claro, de uma companheira para viver naquele castelo e aguentar os malfeitos do severo pai. Seu alento era saber que estaria em seu aposento quando ele chegasse do treinamento, cansado, e que ele poderia ir brincar com ela até tarde, escondido do pai para que não levasse bronca ou punição severa.
A guerra contra o reino vizinho estava a cada dia pior e mais violenta. e não saiam mais do castelo e estavam proibidos até mesmo de sair de seus aposentos. Às vezes, ele ia aos aposentos da irmã para ficar com ela. Sabia que ela sentia medo de ficar sozinha, ainda mais com o barulho dos bombardeios lá fora. Para fazê-la se sentir melhor e esquecer-se um pouco da confusão lá fora, o rapaz cantava em seu ouvido canções que sua mãe lhe cantava quando pequeno. Sempre funcionava e ela sempre dormia com o rosto sereno e agarrada às vestes do irmão. E isso se repetiu por algumas noites até que a notícia trágica chegou aos ouvidos de ambos, na manhã seguinte da última dessas noites.

12 anos depois...

O Rei estava na sala do trono, como sempre fazia ao levantar-se e banhar-se logo cedo. Já havia tomado o desjejum e aguardava a chegada de seu general que vinha lhe trazer notícias vindas do reino vizinho. O rapaz, agora com 29 anos, esperava o general tranquilamente sentado em seu trono. Antes da chegada dele, o Rei recebeu a visita de sua amada irmã, a princesa .

— Bom dia, vossa alteza, meu irmão! — fez a reverência clássica ao seu rei. Keigo praticamente proibiu a todos de chama-lo de “meu rei , ele não quer e nunca quis que tivessem tantas formalidades com ele.
— Bom dia, minha irmã! Como vai? — Perguntou o mais velho com um sorriso no rosto.

A moça aproximou-se dele e os olhares dos guardas, que protegiam a sala do trono, seguiram-na, inevitavelmente. A beleza dela, agora com 17 anos, encantava quem a visse. E sua personalidade forte também era admirável.

— Estou melhor hoje, irmão. Agradeço a preocupação. — Na noite anterior, havia passado mal durante o jantar. O que assustou bastante a todos os presentes. — Aproveito para falar algo com vossa alteza, meu irmão. — Seu objetivo naquela visita matinal era somente um: tentar convencer seu irmão a desistir da aliança com o reino vizinho.
— Já sei o que vai dizer e você também sabe o que eu vou dizer. — Ele disse calmamente e completou: — Quer continuar dizendo, ainda assim? — Ele manteve seu olhar sereno, como sempre, e um sorriso meio debochado no rosto. Antes da princesa falar algo, foi interrompida, ainda que sem querer, pela chegada do general.
— Com licença, meu senhor. Bom dia, mandou me chamar?

O general é um rapaz muito bonito e galanteado por onde passa. Além, é claro, de ser um excelente general, forte e sagaz no que faz. Ele é o homem de confiança do rei desde que assumiu o reinado por conta da morte de seu pai, na última guerra.

— Bom dia, princesa . — O rapaz fez a reverência a ela que lhe retribuiu.
— Mandei lhe chamar sim, general . — Este é o apelido que o rei chama o general. Eles são amigos desde a infância. — Quero notícias sobre a aliança com o reino vizinho. Espero que sejam boas, afinal.

O rei do reino vizinho ofereceu trégua desde sua derrota há 12 anos, quando o rei Fuyuki morreu em batalha. Ofereceu uma aliança para selar de uma vez a cooperação de ambos os reinos: o casamento de seu filho com a irmã do rei . Era justamente este o assunto que a princesa gostaria de tratar com o irmão.

— O Rei Matthew confirmou sua vinda amanhã para o jantar de confirmação de vossa aliança, senhor. O mensageiro confirmou hoje mais cedo — Disse o general. pigarreou e chamou a atenção de todos os presentes.
— Vossa alteza, meu irmão, peço novamente a palavra, por favor. — Disse ela, um pouco angustiada.
— Diga, minha querida irmã. — O sorriso de agora era totalmente debochado. Ele sabia de cor o discurso que ouviria a seguir.
— Entendo que queira firmar aliança com os nossos vizinhos, entendo perfeitamente. Só não entendo, vossa alteza, meu irmão, o motivo de eu ser esta moeda de troca para que esta bendita aliança seja firmada... — ela falou, encarando o irmão. O general olhava para ela com admiração. — ... eu não posso permitir que isto aconteça! Eu não quero me casar agora e, muito menos, com alguém que não conheço. Nem mesmo vossa alteza o conhece. Vossa alteza quer entregar a mão de sua única e querida irmã para um desconhecido, rei ? — O rei se ergueu em seu trono, incomodado por ouvir seu nome pronunciado pela irmã. Desde pequena que ela o chamava de e nunca pelo nome de batismo.
, por favor... — Ele começou a falar, mas foi interrompido por ela.
— Não venha me dizer que é drama meu, pois o senhor, meu querido irmão, sabe perfeitamente o que eu acho deste meu pretendente e deste casamento descabido. — Disse mais uma vez com muita firmeza e completou: — Vossa alteza sabe o que eu acho disso tudo, não sabe, meu irmão? — encarou a irmã e instaurou-se silêncio por alguns segundos.

O general pigarreou, quebrando o silêncio.

— Precisa de mais alguma coisa de mim, meu senhor? — Perguntou e curvou-se.
— Não, general, pode ir. Obrigado. — Disse o rapaz sem desviar o olhar de sua irmã que também sustentou com o olhar fixado no irmão.
— Com licença senhor, senhorita.
— Até mais, general. — disse e deu um sorriso, sem ao menos olhar para o general. Ainda mantinha o olhar fixo no irmão. Após a saída do rapaz, ela quebrou o silêncio entre ela e o rei. — Irmão, por favor, me escute.
, esta conversa toda que você me contou não faz sentido.

Ele referia-se à conversa que teve com ela meses atrás, quando começaram as primeiras reuniões para formar a aliança. Seu pretendente, o príncipe James, e seu pai, rei Matthew, estavam tramando contra o rei e seu reino. A ideia era casar-se com a princesa, matar o rei e depois tomar o trono. ouviu uma conversa entre pai e filho, onde tramavam alguns detalhes do plano e contou para o irmão, que não acreditou e não acredita até hoje.

— Só fala isso porque não quer se casar com ele.
— Estou cansada dessa história, , cansada! — Bradou ela, irritada. arqueou a sobrancelha surpreso.
? Hm, agora eu sou o ... — Admirou-se o rapaz e soltou uma risadinha.
Rei . — Corrigiu-se ela e revirou o olhar.
— Depois conversamos sobre isso, ok? — Ela o encarou com os olhos semicerrados e assentiu.

A princesa fez reverência para o irmão e deixou a sala do trono. Resolveu sair para cavalgar, como sempre fazia quando estava irritada ou quando queria distrair a mente, pensar. Pediu para um dos empregados arrumar sua égua, pois ela sairia para cavalgar. Foi para seu aposento, colocou uma bota de cano alto e manteve seu vestido longo e vermelho. Desceu até o estábulo e pegou sua égua, a Luna, que tem desde criança. Ela sabe montar muito bem e sabe lutar com espada também. Adquiriu o hábito de carregar consigo uma adaga amarrada na bota e sua espada presa num cinto que circundava sua cintura por cima do vestido.
Após cavalgar por alguns quilômetros nas terras do reino, ela parou para descansar à sombra de uma árvore. Amarrou Luna nela e sentou-se na grama. Fechou os olhos e pensou na lembrança de sua mãe. Gostaria tanto de poder conhece-la. Só a conhecia pelos relatos de seu irmão a respeito da personalidade forte e valente da mãe. E também quão amorosa ela era com todos, principalmente com os filhos e o marido. A mãe dela faleceu horas após o nascimento da , ainda teve alguns momentos com a filha nos braços antes de deixa-la para sempre. só queria poder aconselhar-se com ela a respeito deste casamento. Queria também que seu irmão desse ouvido a ela.
adormeceu e nem viu a hora passar. Já estava quase anoitecendo quando ouviu um barulho e acordou prontamente. Ergueu o corpo e viu, ao longe, um cavalo vindo em sua direção. Seu cavaleiro usava o traje clássico do exército do reino e o brasão da família bordado em sua capa e na sela do cavalo. Aquele cavalo ela conhecia e como conhecia. Sua pelagem preta entregou-lhe logo quem era seu dono.

— Princesa! Graças aos deuses te encontrei! — Ofegante pela cavalgada, o general disse e ordenou que seu cavalo, o Trovão, parasse. Desceu do mesmo e caminhou até a princesa. — Vosso irmão está preocupado com a senhorita.
— Eu estou bem. Apenas adormeci, perdi a hora. — Ela disse e sorriu. — Não se preocupe, general. Estou bem. — Ela falou e foi desamarrar a Luna da árvore.
— Vou acompanha-la até o castelo. Vosso irmão a aguarda ansioso. — Falou o rapaz e quando ia montar em seu cavalo ouviu-se um trovão muito forte. E não era o cavalo relinchando... — Parece que vai chover, senhorita. Melhor nos apressarmos.
— Ótimo, adoro cavalgar na chuva. — Ela disse e montou em Luna. — Vamos, general! Que tal uma corrida até o castelo?! — Ela gargalhou e deu o comando para Luna disparar. O general subiu rapidamente em seu cavalo e disparou atrás da moça.
— Senhorita! Princesa , por favor, vá devagar! Senhorita! — Ele gritava e tentava enxergar através das gotas de água da chuva que caiam fortes em seu corpo. — Princesa, está chovendo muito forte. É melhor pararmos e aguardarmos um pouco. Por favor, princesa, pare de correr tanto! — Gritou novamente e conseguiu alcança-la.
— General! Me ajude!!! – Ela gritou, pois havia perdido o controle de Luna. A égua estava assustada com o barulho dos trovões e saiu sem rumo desobedecendo a dona. — Ahhh, socorro, general! — general alinhou seu cavalo ao lado dela e conseguiu segurar a correia: parando Luna. — Ai, droga! — Bradou e deu um tapa involuntário em Luna, que saiu novamente em disparada.
— Princesa! — Gritou o general e voltou a comandar Trovão em disparada atrás da égua. não conseguiu se segurar muito tempo em cima da sela e caiu, batendo forte ao chão. — Pelos deuses... — Lamentou-se ele e conseguiu segurar e domar Luna. Depois, voltou para ajudar que estava caída com as mãos na perna.
— Minha perna! Minha perna! — Gemeu ela. General chegou próximo e agachou-se.
— Princesa, a senhorita está bem? — Perguntou prontamente e logo viu que não estava tudo bem. A perna da moça sangrava na altura da panturrilha. Um pequeno galho de árvore estava encravado na perna dela. — Vai doer, senhorita, me perdoe, por favor. — Ele disse e ela assentiu. De uma só vez ele puxou o graveto e a moça gritou de dor. O sangue que ainda saía do ferimento foi lavado pela chuva. — Com licença, senhorita. — Ele rasgou um pedaço do vestido dela e fez um curativo improvisado.

ajudou ela a se levantar e a colocou em cima de Trovão, subiu no mesmo e puxou a correia de Luna. Eles precisavam sair da chuva. Estavam numa área descampada e, pelo andar da carruagem, logo cairiam raios naquele local. sabia que ali perto havia uma cabana, pois passou por ela na ida. Ao chegar lá, amarrou os cavalos na varanda, protegidos da chuva, e entrou com a princesa carregada em seus braços. Acendeu as lamparinas do lugar e sentou-se próximo a ela. Trocou o curativo molhado por um novo. A perna dela ainda sangrava um pouco e, pelas caretas que ela fazia, ainda doía bastante.

— Vamos ter que ficar aqui até que a chuva passe — Ele disse enquanto observada a chuva através da janela. Ela se manteve calada todo o tempo que esteve ali, até então. Ela tentava se manter aquecida, usava um cobertor que o rapaz tinha lhe dado. — Aqui princesa, fique com o meu cobertor. Pode acabar adoecendo. — Ele jogou o seu cobertor por cima dela para aquecê-la.
— Obrigada, general, por tudo. — Pela primeira vez, ela proferiu com um sorriso no rosto.
— É o meu dever. Faço com prazer, senhorita. — Disse e assentiu sorrindo.

Ambos começaram a conversar sobre assuntos diversos, para poder passar o tempo. falou para o general a respeito da conversa que ouviu entre o príncipe James e seu pai e do medo que sente disso se concretizar. ficou espantado que o rei não lhe tenha dito nada sobre isso e prometeu que ficará de olho no príncipe e em seu pai. Prometeu a ela também que não deixaria que se casasse com o príncipe James, já que não era de seu agrado o casamento.
Depois conversaram sobre o que o general fazia para se divertir, quando não estava a serviço do reino. é curiosa e quis saber os detalhes da diversão do general. Ele, envergonhado, apenas disse que saía para beber com alguns soldados, às vezes, nada demais.
A chuva passou e eles saíram, ela mancando e ele a ajudando a andar. Montaram nos cavalos e cavalgaram de volta para o castelo, que não era longe dali. Ainda era noite, tarde da noite, e as luzes do castelo ainda estavam acesas. Do lado de fora, ambos ouviram os gritos do rei querendo notícias de sua irmã desaparecida. Ao entrarem na sala do trono, encontraram o rei andando de um lado a outro, ainda com sua roupa de rei e coroa na cabeça, havia muitos soldados visivelmente cansados pelo horário extra de trabalho e alguns empregados ao redor. O barulho da porta do salão principal se fechando atraiu a atenção de todos.

— Minha irmã! Pelos deuses, onde estava?! — Bradou , ao ver a irmã apoiada nos braços de seu general. — General , explicações. Agora! — Exigiu ele. fez reverência e proferiu com a voz cansada.
— Encontrei a senhorita há alguns quilômetros do castelo repousando sob uma árvore. Estávamos voltando a cavalo, porém, começou a chover e tivemos que aguardar numa cabana aqui perto, senhor. A senhorita sofreu um pequeno acidente, caindo de sua égua, e machucou a perna. Precisa de cuidados. — Explicou o general prontamente.

revirou os olhos.

— Eu sei falar, sabia, general? — Disse e o rapaz não soube o que responder. Apenas a olhou envergonhado e sussurrou um “me desculpe, senhorita.” — Tudo bem, general. Tudo bem. Eu sei que o meu irmão só acredita em vossa palavra. Afinal, você é seu homem de confiança. — Ela disse num tom debochado.
... — caminhou até ela e segurou sua mão — Não haja dessa forma, eu fiquei preocupado com você. Está tudo bem? — Perguntou no mesmo tom doce que usava quando ela era pequena.
— Minha perna dói, estou com frio e cansada. Vou para o meu aposento, vossa alteza, meu irmão. Se me der licença. — assentiu frustrado pelo tom fechado de sua irmã — , por favor, me ajude. — ainda cuidava das coisas da princesa. Era seu fiel escudeiro e companheiro de aventuras às escondidas do irmão.
— Claro, senhoria . — disse , cordialmente — Com licença, vossa alteza. — Reverenciou o rei e ajudou a princesa a ir para seu quarto.

Já em seu aposento, recebeu cuidados com o ferimento na perna, tomou um banho quente e trocou de roupas para repousar em sua cama. Quando estava à sós com , contou-lhe sobre a conversa que teve com o general . voltou a falar que ela só falava bem do general e o quanto ela ficava com um ar bobo ao falar dele. revirava o olhar toda vez que falava dessa forma. Na opinião da moça: sua ama está apaixonada pelo general e não quer admitir. O que eles não sabiam, era que o general sentia o mesmo por ela.
No dia seguinte, o rei acordou animado, pois naquela noite se realizaria o jantar de confirmação da tão sonhada e batalhada aliança com o reino vizinho. Esse não era o mesmo sentimento de sua irmã. A princesa acordou com o humor azedo naquela manhã. insistiu para que ela escolhesse um vestido para o jantar da noite, mas ela não o fez.

“Qualquer coisa. Este ser não merece que eu me arrume para vê-lo”

Ela disse ao ser questionada novamente por a respeito do vestido.
Enquanto isso, estava em seu aposento dentro do castelo, na torre oeste, o quarto da princesa fica na torre sul (aos fundos), ele pensava numa maneira de impedir o casamento sem demonstrar tanto seus sentimentos por ela e sem ser acusado pelo rei de conspiração contra o reino. Muito menos gostaria de causar uma guerra entre os reinos. A princesa é uma nobre, não que seja proibido generais casarem-se com nobres. Porém, o “normal” é a princesa casar-se com um príncipe e isso sempre ficou entendido entre todos. Ele sabe que não teria muitas chances de ficar com ela.
Já era noite e todos no castelo estavam na expectativa da chegada do rei Matthew e de seu filho, o príncipe James, para o grande jantar. Como general e homem de confiança do rei, tinha que estar no jantar, para seu total descontentamento. Seu alento era poder ver a princesa. Ele vestiu sua roupa de festa e penteou os cabelos para trás. Estava bem bonito, como sempre. A comitiva do rei Matt, como era conhecido, chegou e logo o rei o recepcionou no salão de entrada.

— Boa noite! Que bom revê-lo, vossa alteza, rei Matt! — Rei disse, cortês e galante como sempre. Ele vestia sua melhor roupa para a ocasião. Mandou até polirem sua coroa para que brilhasse mais que de costume.
— Boa noite, alteza, meu amigo! Como vai? — Respondeu, na mesma cortesia, o rei Matt.
— Olá, alteza, boa noite. — Príncipe James cumprimentou o rei educadamente e lhe fez reverência. respondeu e o príncipe completou: — Onde está a minha futura noiva? Gostaria muito de vê-la. — Esta pergunta fez com que o estômago de revirasse. Ele só não sabia se estava enjoado ou com raiva.
— Tenha calma, meu filho. Terá a noite toda para ver sua futura noiva. — Brincou o rei Matt e deu um sorriso.
— Ela já vai descer. Está se arrumando em seu aposento. — Respondeu — Venham, vamos aguardá-la na sala do trono. — Chamou o rei e todos o acompanharam.

Minutos se passaram e nada da princesa descer.

— General... — chamou o rapaz que logo aproximou-se de seu senhor e amigo. — Por favor, veja onde minha irmã se meteu.
— Sim, senhor, com licença. — disse e já ia saindo da sala do trono, mas antes de chegar à porta, ele viu o semblante da princesa vindo em sua direção. — Princesa! — Ele disse, espantado.

estava vestida com sua roupa de cavalgar. Usava o mesmo vestido sujo de lama e rasgado na ponta do dia anterior. Sua perna ainda estava enfaixada com um curativo, mas usava botas baixas. deu uma risada abafada ao ver a roupa que a princesa escolheu para ir ao seu jantar de noivado com alguém que ela não quer casar.

! — Exclamou , irritado ao ver a irmã vestida daquela forma. — Que trajes são essas?! Pelos deuses, !!! ! — Ele berrava, super irritado. caminhou levemente e deu um sorriso para ao passar por ele. O rapaz se virou e acompanhou os passos dela sorridente, mas se conteve no sorriso.
— Pare de histeria, meu irmão. — disse num tom alto, sem gritar. a olhou intercalando entre os olhos arregalados e os semicerrados. — Boa noite a todos e perdoem-me pelo atraso. Estava esperando meu vestido secar. — Ela disse com um sorriso debochado. — Vamos jantar?

Príncipe James deu um sorriso ao ver sua futura noiva vestida daquela forma e fez sinal para que ela passasse até a sala de jantar. Ela sorriu e acompanhou a todos até lá. Jantaram e durante todo o jantar James lançou olhares significativos para , que o ignorou a noite toda. Já , tentava disfarçar os olhares que a princesa lançava sobre ele. Após o jantar, introduziu o assunto do noivado.

Catherine , volte aqui imediatamente!

disse irritado. , furiosa, levantou-se da cadeira (fazendo com que o general e os outros levantassem prontamente em seguida) e saiu. Aos gritos, tentou fazer a irmã voltar, mas ela recusou-se e foi na direção do estábulo.

— A Luna, agora! — Ordenou furiosa ao empregado que guardava o estábulo naquela hora. Ela olhava para trás para ver se ninguém a havia seguido. De longe, no escuro, pôde ver o semblante furioso de seu irmão parado na escada principal e o rei Matt, seguido por seu filho, o general estava postado atrás do rei . — Obrigada e não conte ao meu irmão sobre isto, está bem? — O rapaz que a ajudou assentiu e ela montou em Luna saindo em disparada logo em seguida. — Se ele pensa que vou me casar com aquele frangote ele está muitíssimo enganado. Ah, se está! — Bradou ela para si mesma.
Aposto que ela saiu para cavalgar. — Pensou o general e deu um sorriso ao ver, de longe, que sua teoria estava certa. Viu disparando, olhando para trás, montada em Luna. — O Trovão, por favor. — Depois de sair de fininho e deixar o rei irritadíssimo na escada principal de acesso ao castelo, ele foi até o estábulo pedir seu cavalo. Prontamente, o rapaz que estava lá deu-lhe o cavalo de pelagem negra para seu dono. — Obrigado. — Agradeceu e disparou atrás da princesa.

Ele cavalgou por horas. Estava cansado, mas determinado a achar a princesa. Já era tarde da noite, quando finalmente a achou. Ele passou primeiro na cabana onde ficaram na noite passada, mas ela não estava lá. A encontrou mais adiante, perto da parte mais densa da floresta: tinha uma outra cabana abandonada, maior que a anterior. Logo ele avistou Luna amarrada na varanda da cabana. Fez o mesmo com Trovão, seu belo cavalo, e bateu à porta da cabana. não respondeu. Ele bateu novamente e chamou por ela.

— Princesa, sou eu, general . Por favor, abra. Estou sozinho. — Ela abriu a porta, no susto, e pulou no pescoço do rapaz que ficou sem reação imediata. — Princesa, o que houve? — Ele a abraçou sem jeito. Recompondo-se, ela falou com a voz embargada.
— Fiquei desesperada com este casamento. Eu não quero me casar com o príncipe James, general. Eu não posso me casar com ele, por favor me ajude! — Ela falou em desespero e voltou a abraçar o general pelo pescoço.
— Acalme-se princesa, por favor. — Ele a abraçou sem jeito. Entraram na cabana e sentaram-se no sofá de madeira que havia ali. — Está mais calma, princesa? — Questionou ele após alguns minutos.
— Sim, perdoe-me qualquer inconveniente, general. — Falou ela cabisbaixa.
— Está tudo bem, princesa. — Ele hesitou um pouco a falar o que falaria a seguir, mas depois de relutar internamente, ele proferiu, ansioso. — Se me permite dizer, princesa...

Ela levantou o olhar para vê-lo.

— ... a senhorita não merece casar-se com o príncipe James. Ele não merece casar-se com a senhorita. Bem, a princesa merece casar-se com alguém que a ame, que a respeite, que a valorize e essa, pelo que vi, não é a intenção do príncipe. — Ele falou sinceramente, ela sorriu.
— Obrigada, general...
! Pode me chamar de , princesa. — Ele falou e ela assentiu.
— Então, por favor, me chame somente de e me trate de você. Eu insisto. — Ela falou e sentiu-se desconfortável em trata-la dessa forma.
— Senhorita , eu...
! Somente, , general.
... — ambos riram. — Está bem, . Melhor assim?
— Sim, melhor assim, .

Os dois riram novamente e conversaram boa parte da noite, já era de madrugada quando empolgou-se no assunto e na sinceridade.

— Posso lhe ser bem sincero, princesa ? — Ele não abandonou totalmente a formalidade com ela. Isso ela não pôde reclamar e deixou que a chamasse de princesa ainda.
— Pode sim, . — Disse e ficou atenta a ele.
— Lembra que conversamos ontem sobre amores e paixões? — Ela assentiu e então ele prosseguiu sua fala — Bom, eu gostaria de lhe falar que não fui totalmente sincero com você, princesa.
— Como assim?
— Não lhe disse quem era a mulher pela qual sou apaixonado. — O coração dela deu alguns saltos a mais dentro de seu peito, quase lhe saindo à boca.
— Se quiser, não precisa me dizer.
— Eu preciso dizer. — Ele falou, sério, e segurou suas mãos se aproximando mais dela no sofá. — Pois, se eu não disser, eu posso acabar perdendo o meu grande amor. — Ele a encarou e foi difícil para ela sustentar seu olhar, pois os olhos castanhos do rapaz eram tão penetrantes que a intimidavam, porém, não de um jeito ruim. Sentiu arrepios percorrerem seu corpo, inclusive seu estômago. — Princesa, eu... se me permite dizer, eu sou apaixonado pela senhorita. — Voltou-lhe a formalidade ao se declarar para ela. ergueu o corpo e arregalou os olhos engolindo em seco.
Por mim? — Perguntou com a voz trêmula.
— Sempre fui, princesa. — Ele disse sem pestanejar e prosseguiu: — Se me permite, eu sou apaixonado por sua beleza, por sua coragem, por suas atitudes e, principalmente, pelo conjunto de tudo isso resultar na senhorita, princesa. Seus olhos — ele segurou o rosto dela — parecem que foram feitos das estrelas mais brilhantes do céu. E tenho certeza de que as flores têm vergonha de florescer na presença de seus lábios de rubi, tão delicados. — Ele passou os dedos levemente nos lábios dela. — Me perdoe o atrevimento. Eu não devia... — Ele soltou as mãos dela e seu queixo, se afastando um pouco dela.
— Eu também sou apaixonada por você, general. — Ela disse de imediato ao afastamento dele e aproximou-se de novo do rapaz. — Se me permite dizer, general, eu quero casar-me com você. — Falou e segurou as mãos do rapaz, ajoelhando-se perante ele.
— Princesa, por favor, levante-se. — Ele disse e levantou ela deixando a moça muito próxima de si.
— Seus lábios são tão bonitos, general... — ela falou involuntariamente e sorriu.
— Se quiser pode tocá-los, princesa. — Falou com um sorriso galanteador nos lábios.

aproximou seu rosto do dele e tocou-lhe seus lábios com os dele, resultando num beijo. Findado o beijo, ambos se encararam e voltaram a se beijar, desta vez ferozmente.
Os dois tiveram uma noite de amor que seria, aos olhos do rei , algo inimaginável e totalmente proibido. Na manhã seguinte, eles acordaram felizes e apreensivos. Ambos sentimentos oriundos da noite que passaram juntos. Assim que raiou, eles cavalgaram de volta para o castelo. Sabiam que encontrariam o rei extremamente irritado com a irmã e que não seria um bom momento para contar do amor de ambos. percebeu que não precisa de muitas chances, precisa de apenas uma chance para ficar com a . E foi nisso que ele se agarrou para continuar sentindo o que sente por ela e lutar por este amor. E saber que ela também o amava foi essencial para ele ter coragem de prosseguir.
Chegaram perto do castelo e estranharam a movimentação de tantos soldados. Desmontaram de seus cavalos e entregaram para um empregado que estava próximo ao estábulo e se aproximaram de um dos capitães do exército, que conversava com alguns soldados.

— General! Que bom que trouxe a princesa de volta! — O capitão disse — Princesa, que bom ver que a senhorita está bem e segura. — Completou o alto rapaz, os soldados em volta concordaram com ele com um aceno de cabeça.
— Por que tantos soldados postados aqui a esta hora, capitão? — Perguntou o general, apreensivo.
— Após a fuga da princesa ontem, o rei Matthew declarou guerra contra o nosso reino. Por pouco, ele não desfere um golpe de espada em nosso rei... — nem quis ouvir o restante da história. Subiu as escadas correndo e entrou no salão principal feito um rojão.
! ! — Chamou pelo irmão. Ao entrar na sala do trono, viu que ele estava sentado em seu trono cercado por alguns soldados.
! Graças aos deuses você está aqui! — Suspirou aliviado e pediu para que deixassem ele à sós com a irmã. — Você está bem, ? Minha irmã, achei que aquele maníaco tinha te sequestrado. Fiquei tão preocupado — Falou ele, abraçando a irmã com carinho.
— Eu estou bem. Estava com o general . Me perdoe meu irmão, eu saí ontem para cavalgar, fui inconsequente, eu não devia ter saído de tal forma... — Lamentou-se ela e foi interrompida pelo irmão e rei.
— Não se preocupe, minha irmã. Você não irá casar-se com o príncipe James, não depois da ameaça que recebi ontem. Você esteve certa todo este tempo. Lhe devo perdão por minha cegueira e desconfiança. — Ele curvou-se para ela, que logo ergueu o corpo do irmão.
— Está tudo bem, meu irmão, pelo menos agora sabe que falo a verdade e como o rei Matthew é realmente. — Falou e viu que o irmão segurava o lado esquerdo da barriga após voltar a se erguer e fazia uma careta de dor — O capitão disse que o rei Matthew desferiu um golpe de espada em você, meu irmão. Está ferido? — Questionou.
— Foi de raspão, não se preocupe, minha irmã. Estou bem.

Proferiu o rapaz e ambos viraram para a porta da sala do trono: general caminhava na direção de ambos.

— Vossa alteza, o senhor está bem? — Questionou preocupado.
— Estou bem, general. — Respondeu rei com um sorriso e completou: — Minha irmã me disse que estava com ela ontem. Obrigado por cuidar da segurança de minha irmã, general. — disse agradecido e apertou a mão do rapaz.
— É sempre um prazer imenso estar na presença da princesa e cuidar de sua segurança. — encarou , que desviou o olhar quando o irmão a olhou. Rei jogou o olhar de um para o outro e pigarreou.
— Agora entendo... — ele sorria vitorioso, como se tivesse entendido algo muito difícil — Agora sei o porquê da fuga de minha irmã. Tudo faz total sentido agora. — Falou e os dois o olharam sem entender.
— Entendeu o que, meu irmão? — perguntou e tossiu falsamente.
— Depois conversaremos a respeito do relacionamento de vocês dois. — Ambos arregalaram o olhar e completou erguendo o indicador para ambos — Só aviso uma coisa: não vou tolerar desistências. Se querem casar-se, casem-se. Lhes dou minha benção.

Ao fim da frase de , todos foram interrompidos pelos gritos de alerta do capitão que entrou na sala do trono avisando do ataque do reino vizinho. A correria foi total: soldados fizeram um cerco em volta do trono do rei, o general se postou à frente do rei e da princesa. queria lutar e proteger seu reino, mas não deixou. Ela ficou irritada e conseguiu escapar do cerco de soldados e foi para seu aposento pegar sua espada.
notou sua ausência e pediu para ir atrás dela. , disse o rapaz apreensivo e então ouviu-se o estampido da porta do castelo sendo arrombada por soldados do outro reino. subiu até os aposentos a procura da princesa. Ao chegar na torre Sul, onde fica o aposento dela, encontrou ela saindo do mesmo com sua espada empunhada.

, você não vai lutar! — Ele disse, angustiado. — Guarda essa espada.
, me perdoe, mas você não manda em mim. Eu vou lutar pelo meu reino e você não irá me impedir. — Ela passou por ele, ignorando sua ordem, e correu até as escadas que davam acesso ao salão principal. deu de ombros e correu atrás dela.
— Deixe-me pelo menos te dar cobertura, está bem? — Ele disse e ela sorriu vitoriosa, assentindo ao pedido dele.

Os dois correram descendo as escadas, ambos com suas espadas empunhadas. Logo encontraram soldados adversários para lutar. ergueu sua espada e desferiu um só golpe no soldado, que caiu de imediato e derrubou sua espada ao chão.

— Belo golpe, ! — disse e ela sorriu orgulhosa. Prosseguiram com o embate, ambos lutando cada um de um lado do salão. correu para dentro da sala do trono atrás de seu irmão. — ! Me espere, por favor! — Pediu , mas ela já estava entrando na sala do trono.
! — Gritou ao ver que o irmão estava lutando com dois soldados adversários, enquanto os soldados de seu reino lutavam com outros muitos que invadiram o local. — AAAA! — Ela gritou e desferiu um forte golpe nas costas do soldado que lutava com o rei .
! O que está fazendo? — Questionou , enquanto ainda lutava com o outro soldado. desferiu outro golpe, desta vez neste soldado que caiu com as mãos nas pernas, local onde ela o atingiu.
— Lutando, meu irmão! Cuidado! — Outro soldado vinha por trás do e já ia golpeá-lo nas costas. fincou sua espada contra a dele produzindo um estampido forte. — Maldito! — Ela o desarmou e apontou a espada para seu rosto: o rapaz se rendeu erguendo as mãos. — Covarde! Golpear alguém pelas costas, isso não se faz, soldado! — golpeou o soldado nas pernas e na barriga e o largou ferido ao chão. — Fique em alerta, meu irmão. Alerta! — a olhava admirado com a coragem e destreza da irmã.
!! — gritou ao entrar na sala do trono correndo em direção ao rei e sua amada princesa. — Graças aos deuses, você está bem? Achei que tivesse ouvido você gritar — perguntou ele e abraçou a moça.
— Eu estou bem, , estou bem. — Ela aspirou o cheiro dele, se distraindo por um instante, mas logo recobrou a consciência da circunstância que viviam.
— Cuidado, ! — Outro soldado ia golpear o general, mas o rei se pôs em sua proteção impedindo o golpe, que parou em sua espada. — AAAAA! — golpeou o soldado, mas antes de comemorar mais um soldado caído, ele foi golpeado pelas costas.
! — gritou e, com raiva, golpeou o pescoço do soldado que feriu seu irmão.

caiu ferido, com as mãos nas costas, próximo ao local onde fora atingido pelo rei Matt na noite anterior. ajoelhou-se ao seu lado.

— Meu irmão, por favor, não morra. Não me deixe, . ! — Suplicou a moça e algumas lágrimas rolaram de seu olhar.
— Você não vai se livrar de mim assim tão fácil, mocinha. — Brincou , com a voz fraca. Ele havia sido golpeado quase no mesmo lugar que antes. — Me ajude a levantar, minha irmã — ajudou ele a se levantar.

Devagar, eles foram andando para o aposento que há atrás da sala do trono. acompanhou ele, protegendo a fuga. O número de soldados inimigos havia diminuído consideravelmente e aos poucos, os que restaram, fugiram de volta para seu reino: aceitaram a derrota. Dentro do aposento, o rei foi tratado e medicado. Um dos capitães avisou a todos que haviam vencido a guerra. O rei Matthew estava ali e admitiu a derrota, voltando assim para seu reino derrotado. suspirou aliviada ao saber disso e, principalmente, ao ver que seu irmão havia recuperado a cor no rosto.
A recuperação do rei foi rápida, poucos dias depois ele estava de volta ao seu posto e sua irmã ao seu lado, desta vez.

— Fique calma, minha irmã. Desse jeito vai acabar tendo um acesso de nervos. — ria da angústia da irmã que estava em pé ao seu lado aguardando a chegada do general . Hoje será o dia em que ele a pedirá em casamento oficialmente. — Sente-se, . Ele já vai chegar — agora há uma cadeira ao lado do trono do rei , onde agora senta-se a princesa do reino.
— Estou nervosa, meu irmão. Ele está demorando! — Ela disse, angustiada. Um dos soldados entrou na sala, atraindo a atenção de todos.
— Senhor, o general acaba de chegar. — Disse o soldado e sorriu.
— Mande-o entrar, por favor. — Disse o rei e o soldado obedeceu. Logo o entrava na sala do trono não apenas como general-comandante do reino, e sim, também, como pretendente e futuro noivo da princesa , irmã do rei . O rapaz estava muito nervoso. — Olá, general! Que bom que veio, minha irmã está um poço de angústia a sua espera. — Falou , fazendo com que a irmã lhe lançasse um olhar reprovador.
— Olá, vossa alteza. — Curvou-se e virou-se para a futura noiva — Princesa! — Disse com um sorriso encantador. Ela sorriu envergonhada.
— Olá, general ... — falou ela, com um largo sorriso. Ele se aproximou dela, segurou sua mão e beijou a mesma.
— Vamos direto ao assunto, general . O que veio fazer aqui? Me fez vestir minha roupa de gala e estar aqui tão cedo para que mesmo? — Direto ao ponto, falou. lhe lançou outro olhar repressor (que ele ignorou prontamente). pigarreou e proferiu sem mais delongas.
— Senhor, eu amo vossa irmã, a princesa , e gostaria de pedi-la em casamento. Se me permite, senhor. — Ele disse, rapidamente. sorriu e respondeu sem mais demora.
— Se for do desejo de minha irmã casar-se com você, , então eu lhe dou a mão dela com todo prazer. — Virou o rosto para a irmã, que tinha um sorriso bobo no semblante.
— Eu o amo, meu irmão — virou-se para o irmão e sorriu — Eu aceito me casar com você, general .

desceu do local onde fica o trono e correu para os braços do . Abraçados, eles juraram amor um pelo outro. aplaudia a felicidade dos dois e ordenou que começassem a organizar o casamento da irmã com o seu melhor amigo e homem de confiança, seu general.
Logo o casamento dos dois era realizado. Foi uma grande festa onde estava com um lindo vestido branco com uma longa calda e com seu traje de general, de gala. Anos depois aconteceria o nascimento de seu primeiro filho, o pequeno príncipe Brian, quarto na linha de sucessão. Já que sua mãe, a então princesa , era a primeira a substituir seu irmão rei ; logo após ela, vinha o filho do rei , o pequeno príncipe Jimmy e depois seu irmão, príncipe John (alguns meses mais novo que o irmão). e tiveram uma longa vida juntos.
Uma longa e próspera vida real.


Fim.



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Nota da autora: Olá, princesas!! E então? O que acharam dessa fic lindinha?! Eu escrevi ela em dois dias e foi depois de um sonho que tive bem significativo. Ultimamente, Kohshi Asakawa (vocalista da Flow) anda em meus pensamentos e parece que não sairá tão cedo hahaha. Eu amo esse homem, mds!
Enfim, espero que tenham gostado e, em breve, tem mais fics minhas. Não esqueçam de comentar!
Beijinhos!


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