Autora: Bia Ferrari
    Beta: Rachel Hemmin
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Última atualização: 07/10/2021






Eu amava estar na lateral do palco nas apresentações do Simple Plan, ver a alegria dos fãs por estarem ali vendo a banda que adoravam e, também o fato de ver a alegria dos caras e o sorriso lindo do em cima do palco; dava pra ver que ele amava fazer aquilo. Cantar.
Mas você deve estar se perguntando quem sou eu:
Meu nome é e eu sou a “namorada” do , quer dizer não exatamente namorada por que ele ainda não fez o pedido oficial, mas, a gente levava numa boa. Sempre fui fã da banda e sempre estava nos shows; até que um dia ganhei um concurso de uma rádio para ser estagiária da banda, fui morar na casa do e foi assim que tudo começou. Isso foi a algum tempo atrás; hoje nós temos um relacionamento na base do respeito e da confiança, mesmo eu sabendo que de vez em quando ele ficava com alguma fã por aí nos shows ao redor do mundo. E, por mim, tudo bem por que no final era sempre pra mim que ele voltava.
O Simple Plan estava sempre com a agenda de shows lotada; eles tinham acabado de lançar o novo álbum: Get Your Heart On, e as músicas estavam no topo das mídias e streamings. A música de trabalho era Jet Lag e eu amava a música e a letra porque segundo ele escreveu a música em parceria com o Chuck justamente em um saguão de aeroporto; em uma das turnês.
A tour pelo Canadá foi um sucesso, tanto que a banda fechou uma temporada de shows pelo Japão, seria uma semana apenas mas, a procura pelos ingressos foi tanta que eles foram obrigados a estender por mais uma semana por causa do enorme sucesso.
A gente falava por telefone quase todo dia, ou melhor noite e, quando a saudade batia demais, só a chamada de vídeo ajudava. A banda estava tento dias puxados, entrevistas, programas de televisão, ficar na tenda para sessão de fotos, soundcheck e tudo mais, então quando o show acabava tinha vezes que o nem me ligava de tão cansado que ele estava. E mesmo com saudade eu entendia.
Quando os shows eram perto de casa, no Canadá ou em cidades vizinhas eu ia com eles, ajudava na organização da tenda e tudo. Mas, dessa vez a viagem era longa e eu não podia simplesmente sair e deixar o trabalho pra trás, eu tinha algumas pessoas de confiança mas deixar um bar na mão de funcionários era complicado. Eu era dona do Dot Lounge, um bar bem popular em Toronto. queria que eu deixasse o bar para ir com ele nas turnês; quando era possível eu até concordava mas, não era sempre que eu podia viajar. E eu jamais abriria mão da minha liberdade financeira para viver às custas do dinheiro do . E ele sabia bem disso.
Já faziam quatro dias que ele tinha viajado, e para não ficar em casa pensando eu saia, ia visitar Louise e Réal. Passava o dia com a Jacquelin, e a noite abria o bar. Uma dessas noites que não me ligou; cheguei em casa tomei um banho e, me joguei na cama do jeito que estava, só de toalha mesmo. Fiquei pensando em e nas noites que passávamos juntos, das nossas conversas e brincadeiras, até que acabei dormindo e sonhando com ele…
me levantou no colo e me apoiou no encosto do sofá, enquanto beijava meu pescoço com força, ele queria me marcar era certeza. Desci minhas mãos até sua cintura e comecei a acariciar aquele abdômen trincado que eu tanto gostava, acariciei a tatuagem e bem de leve fui descendo até chegar em seu pênis que já estava duro, do jeito que eu gostava, massageava, dando apertos de leve e ouvia gemer em meu ouvido.
— Porra, , desse jeito voce vai me matar. — Ele falava e tentava manter o controle.
— Eu, Bouvier? Foi você quem começou eu estava quieta no quarto vendo você terminar de arrumar sua mochila.
— Você de vestido e na cama é jogo baixo sabe disso. — Enquanto resmungava em meu ouvido ele massageava meus seios com vontade e eu já estava desesperada de tão excitada mas, não tínhamos tempo; o voo da banda sairia em meia hora.
é melhor a gente parar, você vai se atrasar ou perder o avião. — Falei mas na verdade eu queria mesmo era terminar aquilo.
— Nem ferrando! Eu não saio daqui sem antes terminar o que eu comecei. — Sorri, era exatamente o que eu queria ouvir. — , não tenho muito tempo então vai ter que ser rápido. — E dizendo isso, me penetrou. Gemi; com aquela sensação de estar completa, a mesma sensação de todas as vezes que a gente transava. Como eu adorava aquela sensação, cumpriu a palavra, foi rápido mas foi ótimo, exatamente do jeito que ele sabia que eu gostava. Rápido e com força. Não demorou muito e eu gozei, e quando me ouviu gemer gozou logo depois. Essa conexão que a gente tinha era impressionante. Ele se arrumou, tomou um banho rápido, me deu um beijo e correu para o aeroporto.
Meu subconsciente vagava entre várias lembranças boas e o sonho continuava...


Eu amava ouvir o sussurrar no meu ouvido, às vezes ele cantava pra mim e em outras ele só dizia que queria ficar comigo pra sempre, sentir o calor do corpo dele junto do meu me trazia paz, me dava segurança e me fazia sentir querida, importante e até amada. Por que não?
…Eu estava tomando banho quando escuto a porta do box se abrir e entrar junto comigo no chuveiro quente.
— Tem lugar pra mais um? — Ele falou sorrindo de lado.
— Claro que tem, pra você sempre tem lugar, Bouvier. — Falei pra provocar.
— Ah é? E, tem lugar onde pra mim ? — Ao falar meu apelido ele mordiscou minha orelha.
— Onde você quiser, , sabe que sempre vai ser bem vindo onde quer que seja. — Falei para desconversar quando na verdade eu queria dizer: Tem lugar para você na minha vida e no meu coração é só chegar.
— Eu tenho a impressão que você queria falar outra coisa mas, tudo bem depois falamos disso. — me conhecia bem demais. Droga.
Para mudar o rumo do assunto, comecei a olhar pra ele como se o devorasse com o olhar, eu amava ver o nu.
— Para de me olhar assim , se não nós dois vamos perder a cabeça.
— E pra que você entrou aqui se não foi pra fazer isso? — Falei sorrindo.
— Bom, é…— me encarava.
Ficamos mais do que o necessário no chuveiro mas saímos de lá bem felizes e satisfeitos.
Acordei no meio da noite ainda de toalha e suando, Eu e meus sonhos com , meu Deus ele tinha que voltar logo! Fui para a cozinha beliscar alguma besteira e comecei a pensar...
era aquele tipo de homem que te coloca no céu com um sorriso e te leva ao paraíso apenas com uma palavra. Ele me conhecia bem, sabia do que eu gostava e me satisfazia com maestria. Nosso relacionamento era uma amizade com benefícios apesar de Louisse e todo mundo dizer que a gente já era um casal.


Já tinha passado uma semana desde que o Simple Plan viajou em turnê para o Japão e, se tudo corresse bem, os shows iriam durar por mais um final de semana. E eu ficaria quinze longos dias com saudades do Bouvier. Tinha dias que a saudade batia forte.
Acordei no meio da noite, desnorteada, confusa e com um barulho irritante ao longe. Eu peguei no sono no sofá vendo televisão. Sonhei com o outra vez, lógico só que desta vez o sonho me deixou mais excitada do que os outros e sem ele pra me fazer relaxar. Droga eu estava louca de saudade dele. O barulho que me acordou do meu sonho tão bom continuava. Parei e ouvi com mais cuidado, o som irritante vinha do meu quarto? Olhei no relógio: 3 da manhã. Corri até meu quarto, devia ser meu telefone tocando. Atendi antes que parasse de tocar.
— Alô — atendi quase sem ar por ter corrido.
— Oi baby, o que foi? Está correndo uma maratona em casa a essa hora?
— Engraçadinho, não eu só acordei assustada com o telefone tocando aqui no quarto já que eu peguei no sono lá na sala. — Expliquei.
— Acordou? — pareceu pensar por um minuto e ficou mudo.
— Caramba , eu sou muito burro; aqui são tres da tarde mas, no canadá ainda são tres da madrugada. Te acordei, desculpa. — parecia mesmo chateado. Tentei desviar do assunto.
— Não tem problema, só fiquei brava porque você me tirou de um sonho muito bom Bouvier. — Provoquei.
— Ah, é? O que tinha nesse sonho? Eu estava vestido? — Sorri, ele sabia bem dos meus sonhos.
— Não estava não, e a visão que eu tinha era maravilhosa. — Falei pensando exatamente no sonho, eu até tremia só de pensar. respirou forte no telefone e disse:
para com isso os caras estão aqui e se você começar o que eu acho que você quer começar vai ficar ruim pra nós dois. — Sorri safada do jeito que ele gostava. ok, parei.
— Me conta como estão as coisas por aí? — Mudei o foco da conversa porque eu já estava bem excitada pelo sonho.
— Por aqui está tudo indo bem, os shows estão com recorde de público, e é quase certo que vamos ter que ficar mais uma semana aqui.
— Nossa, sério? Que bom, mas to com saudades Bouvier. — Confessei.
— Eu sei , acredite; eu também estou com saudades, o que me deixa maluco é esse fuso horário trocado, às vezes eu estou aqui fazendo algo legal e quero mandar pra você mas, aí eu lembro que provavelmente deve estar dormindo. Eu nem queria ter fechado essa tour para o ocidente, mas os caras e os empresários falaram que era bom para a divulgação da banda e do cd. Mas vou te falar esse Jet Lag ta me fazendo perder a noção. — Sorri no telefone, o nervoso era tão fofo.
— Calma Bouvier, quando a banda tiver um retorno bom você vai ver que foi a coisa certa a se fazer, e a saudade a gente mata quando você voltar. Pode deixar. — Provoquei.
— Pra você é fácil, , eu ligo pra minha mãe, falo bom dia, quando na verdade é meia noite. Te ligo pensando que são três da tarde mas na verdade são três da manhã. E, sem contar que pra mim é terrível dormir sozinho na cama enorme do hotel sem você.
— Poxa , desse jeito eu vou pegar um avião direto pro japão. — Falei manhosa.
— Vem, , eu vou ficar bem feliz — gargalhei, ele estava mesmo maluco.
— Não posso viajar agora, Bouvier tenho que trabalhar.
— Droga me animei a toa. , não faz isso comigo poxa, detesto dormir sozinho e até meu coração tá com Jet Lag, fico pensando na gente quando eu tenho que estar pensando nos ensaios e nas entrevistas. E isso é maldade. — reclamava na tentativa de me fazer voar para o Japão só pra gente se ver, e bem que eu queria mas não podia deixar o bar nas mãos do Ed, era muita coisa pra fazer. Suspirei de saudade e mudei de assunto:
— São três da tarde, certo? Me conta onde você está agora? Está fazendo o que? — Sim, aqui são três da tarde, o clima está bom então estou dirigindo, eu e os caras vamos a um parque ver as flores de cerejeira, e antes que eu me esqueça; em cinco dias estarei em casa . — falava comigo e eu escutava os meninos provocando ao fundo: - o tá um chato sem você, na próxima viagem você vem também nem que seja na marra. David e Jeff gritavam ao fundo. Sorri, estava com saudades dos meninos também.
— Estou com uma foto sua de wallpaper do celular , pra me ajudar a matar a saudade, eu odeio pensar que você está aí no seu apartamento sozinha. Queria estar com você. — falava com a voz doce e cheia de sentimento, tanto que me deu um nó na garganta. Tentei disfarçar minha voz chorosa com uma desculpa qualquer:
— Eu me mantenho ocupada com o bar e ajudando sua mãe quando ela precisa de alguma coisa, o fuso horário também me atrapalha porque tem horas do meu dia que quero muito falar com você mas, eu sei que você deve estar cansado da maratona de shows. Então sempre espero você me ligar para não te incomodar no seu sono. — Suspirei.
— Droga , assim eu só sinto ainda mais remorso por te ligar de madrugada. — confessou.
— Deixa disso Bouvier, eu não me incomodo com a hora você sabe, e outra eu fico bem feliz só de ouvir a sua voz por alguns minutos, fico animada, e me dá ainda mais vontade de te ver pra gente matar essa saudade enorme que eu sei está matando a nós dois.
— Você me conhece bem demais não é ? A saudade é terrível sim e, se prepara que quando eu voltar não vou te largar por uma semana inteira.
— Sério, ? Adoro. — Falei sorrindo.
— Sim, vou ter você só pra mim por um longo tempo.
— Quero só ver.
, chegamos ao parque é preciso estacionar, mais tarde nos falamos. Beijos e pensa em mim.
— Nem precisa pedir Bouvier, eu sempre penso em você. — Falei e desligamos.


Passaram alguns dias sem que eu falasse com e, isso estava me deixando preocupada, quando numa quarta feira ele me liga por vídeo chamada, em plena luz do dia pra mim/ noite pra ele lá no japão. Eram oito horas da manhã, eu já estava acordada e pronta para fazer minha meia hora de exercícios, quando meu telefone tocou. atendi sorrindo.
— Hey, , o que foi pra você me ligar tão cedo? — Estava curiosa.
— Nada demais baby, estamos aqui no meio de um show, sim fizemos shows praticamente a semana toda, por isso não te liguei. — Ele me explicava.
— Nossa, sério? Shows direto? Vocês devem estar exaustos. — Falei assustada.
— Não vou mentir, estamos cansados sim, mas está valendo a pena; como você disse. — estava suado, de camiseta preta, e com o retorno pendurado.
— Você está onde agora? No backstage?
— Sim, estou esperando o sinal para voltar para o bis, e por isso te liguei quero te mostrar a vibe daqui, do show, dos fãs a magia desse lugar. — me falava sorrindo, mesmo com o rosto cansado o sorriso dele ainda me tirava do eixo.
— Sério? — Falei animada.
— Sim, vem, vamos comigo, os caras estão chamando e, essa música que vamos tocar agora fala muito de como eu me sinto hoje. — colocou o retorno e voltou em direção ao palco.
Começaram os acordes de Jet Lag.

Oh oooooh!
Oh oh oooooh!

What time is it where you are?
I miss you more than anything
Back at home you feel so far
Waitin' for the phone to ring
It's gettin lonely livin' upside down I don't even wanna be in this town
Tryin to figure out the time zones makin' me crazy

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad
And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged


Oh oooooh!

What time is it where you are?
Five more days and I'll be home
I keep your picture in my car
I hate the thought of you alone
I've been keepin busy all the time
Just to try to keep you off my mind
Tryin to figure out the time zones makin' me crazy

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad
And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged


Oh oooooh!
Oh oh oooooh!


Durante grande parte da música cantava e deixava o celular dele para que eu pudesse ver a platéia, o lugar e a alegria dos fãs. E, meu Deus, era surreal a quantidade de gente, e a alegria daquele povo. virou a câmera do celular para que eu pudesse ver ele cantar. Ele sorria pra mim e cantava:


I miss you so bad (I miss you so bad)
I miss you so bad (I miss you so bad)
I miss you so bad (I wanna share your horizon)
I miss you so bad (and see the same sunrising)
I miss you so bad (and turn the hour hand back to when you were holding me)


Então depois de me dizer que sentia minha falta, que ele queria compartilhar do meu horizonte, dizer que ele queria voltar para o tempo em que ele me abraçava. colocou a câmera de volta na plateia e acabou de cantar:

You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss when...


You say good morning when it's midnight
Going out of my head alone in this bed
I wake up to your sunset
And it's drivin' me mad I miss you so bad
And my heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
Heart heart heart is so jet-lagged
So jet-lagged
Oh oooooh! So jet-lagged.


A essa altura eu já estava com os olhos cheios de lágrimas, mas ainda não tinha acabado. era terrível, e ele aprontava com perfeição quando queria me surpreender, e, assim ele fez. Ao terminar de cantar Jet Lag ele voltou a câmera do celular pra mim, me encarou através da tela; sorriu e disse:
— Te amo . Quer namorar comigo? — Assim, na frente de milhares de pessoas e dos caras.
— Fiquei em choque e já estava chorando. Ao ouvir o que tinha me falado, os caras pararam de tocar e fizeram um silêncio absurdo na casa de show.
— E ai, ? Todo mundo está esperando a sua resposta. — provocou.
Fingi pensar por alguns minutos, respirei fundo controlando a voz embargada pela emoção e segurando as lágrimas, e respondi:
— SIM!! um milhão de vezes sim.
Na casa de show, explodiu aplausos, gritos de comemoração e de pesares. Os caras apareceram na câmera e diziam um sonoro "Aleluia". Sorri porque eu sabia que os meninos torciam por esse pedido de namoro tanto quanto eu.
, preciso desligar e continuar o show mais tarde nos falamos. — me jogou um beijo pela tela, sorriu e desligou.
Eu não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer, eu tinha sido pedida em namoro por e por vídeo chamada! Comecei a chorar de rir, em uma mistura de incredulidade e felicidade.
Liguei para as meninas e para os pais de e contei a novidade; ninguém se espantou, já sabiam que ia fazer isso. Fiquei irritada por ser a última a saber, mas estava feliz como jamais estive.
Agora era real, era oficial e com o Japão inteiro de testemunha. Eu me tornei a namorada de Bouvier.

Fim.



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Nota da autora: Que alegria pra mim poder escrever a letra de Jet Lag, é uma das minhas músicas favoritas do cd, e poder dar um cenário para essa música me deixa ainda mais apaixonada, colocar o que passa na minha cabeça toda vez que eu vejo o clipe em palavras é muito gratificante. Assim como eu amei escrever, espero de coração que vocês gostem de ler. Obrigada pelo convite para participar desse ficstape tão querido.
E, até qualquer dia.
Xx Bia xX






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