A moça despertou de seu transe momentâneo. Sua assistente havia lhe chamado pela terceira vez. Ela tentou prestar atenção no que a outra dizia, mas seus pensamentos estavam borbulhantes naquela manhã. Mais do que de costume.
- Alex, por favor, me deixe sozinha, está bem? Depois você me fala melhor sobre isso... – A famosa executiva falou com um sorriso no rosto. A assistente assentiu, deixou alguns papéis amontoados em cima de outra pequena montanha de outros papéis que lá estavam e saiu.
Cristine Haner, ou apenas , para os íntimos. A mais nova executiva de uma das maiores e melhores revistas de New York. Ela havia acabado de completar 29 anos e foi nomeada, aos 25, a diretora-executiva da revista. é bastante rígida em tudo que fazia, principalmente em seu trabalho. Sempre focada em tudo que faz, ela nunca deixa coisas supérfluas desviarem seu foco. Porém, naquela semana, ela estava distraída em pensamentos do seu passado. Um passado que ela achou que estivesse enterrado junto com o seu ensino médio, lá no Canadá, seu país de origem.
As flores que recebeu pelo seu aniversário de 29 anos ainda enfeitavam a sala. Margaridas com lindas pétalas alvas como a neve. E o cartão que veio junto com as flores ainda estava em cima de sua mesa. Ela abriu o cartão com uma das mãos e o leu mentalmente, pela enésima vez.
“Querida ,
Nem sei se ainda posso te chamar assim. Já faz tantos anos, né? Eu sinto sua falta. Faz tanto tempo que a vida nos separou que eu... Bom, esquece. Só quero te desejar um feliz aniversário, muitos anos de vida e que você continue sendo essa mulher maravilhosa que você é. Eu...
Eu gostaria de te ver. Estarei com a banda em New York na semana do seu aniversário. Se você quiser, podemos marcar algo. Me liga.
Grande beijo,
”
, o , amigo de adolescência dela. Um amigo que ela conheceu no último ano do ensino médio, no Canadá. A moça ficou pensando em todos os momentos que passou ao lado do amigo em tão pouco tempo. Bom, eles eram mais que amigos naquela época. Eles namoraram por alguns meses até que o namoro acabou de maneira trágica, na visão de um adolescente.
Flashback-on. Anos atrás, Canadá.
já estava desconfiada da traição, mas ela não imaginava o que encontraria dentro daquele quarto. Uma de suas amigas a alertou que ela encontraria o aos beijos com a Sophia, ex namorada dele, em um dos quartos da grande casa de verão da família de seu melhor amigo. Naquele dia, estava acontecendo uma festa para comemorar o fim do ano letivo, era o último deles, e a formatura foi um sucesso. Então, eles podiam relaxar ao menos uma vez antes de começarem a se preparar para a faculdade.
Ela subiu as escadas irritada e foi barrada no meio do caminho por seu melhor amigo e dono da casa.
- É melhor você não subir, . – O rapaz magro, bonito e de altura mediana segurou de leve o braço da amiga. é o melhor amigo da e do .
- Me deixa passar, . – Falou irritada e saiu batendo os pés na direção do quarto indicado pela amiga. suspirou frustrado e foi atrás da amiga. abriu a porta, sem bater, e encontrou seu namorado, bêbado, beijando a ex namorada dele, que ela sentia uma grande raiva. – !!! – Berrou ela furiosa e partiu para cima dos dois.
- ! Ai, ai, isso dói, para, ! – Gemeu , pois estava batendo nas costas dele com muita força. O rapaz estava deitado em cima da outra que revirou os olhos irritada com a interrupção e começou a vestir a roupa.
- O que é isso, cara? – Falou num tom de decepção. Cambaleando, tentou se apoiar no amigo que segurou os braços do outro.
- Eu estou bêbado, cara... – disse, com a voz embolada.
- Não é desculpa, ! NÃO. É. DESCULPA! IMBECIL! – gritou e saiu correndo para o andar debaixo da casa. fez menção de ir atrás dela, mas o impediu.
- Deixa que eu falo com ela. Vai se lavar, cara. – Disse o rapaz, visivelmente irritado e decepcionado. – ! , espera! – Ele disse e abraçou a moça pelas costas. Ela estava chorando compulsivamente. Se virou e abraçou forte o amigo. – Eu estou aqui... calma – Ele disse num tom suave e afagou os cabelos dela.
- O que eu fiz de errado, ? – Ela disse ainda chorando. segurou o rosto dela com firmeza.
- Você não fez nada de errado, . O errado é ele! Você não tem culpa de nada, está ouvindo? – disse e ela concordou com a cabeça. Nessa hora, os rostos de ambos estavam próximos. Eles pararam um pouco para se olhar, rolou certo clima entre eles, mas bem na hora, apareceu e percebeu logo o clima que estava no ar.
- Que porra é essa?! – Gritou e partiu para cima do . – Meu melhor amigo! Que porra, ! – Ele gritou e deu um soco no rosto do amigo.
- Para, ! Para com isso!
- Eu não fiz nada! Nós dois não fizemos nada, o único culpado aqui é você, . Você é o bacaca e sabe disso! – Berrou e pôs a mão no rosto machucado.
- Ah, então agora a culpa é minha!
- A culpa sempre foi sua, . Idiota, acabou tudo entre nós e a culpa é somente sua! – Rebateu e puxou pelo braço. – Vem, ...
Eles saíram e deixaram o lá bravejando irritado. Depois desse dia, eles não se falaram mais.
Flashback off.
Desde então, e não se falam. Eles até se encontram pessoalmente, mas não se falavam. continua mantendo contado com a . Ele e têm uma banda, junto com os outros três amigos deles. A banda existe desde a adolescência deles, mas agora eles fazem bastante sucesso pelo mundo. Como diz o bilhete que enviou para , naquela semana a banda deles faria um show em New York. Atrás do bilhete havia o número do celular do . Faz tantos anos que ela não o vê, que ela não fala com ele. Mesmo assim, ela acompanhava a carreira dos rapazes. Várias vezes, mandou para ela algumas demos das músicas para que ela pudesse ouvir. Ela não admitia, mas virou fã da banda mais do que já era antes. E não admitia também que a voz do é tão boa quanto suas composições. E não admitirá também que ouvir a voz dele faz com que ela flutue sem nem mesmo sair do chão.
pegou o celular e discou o número do rapaz. Antes de apertar o botão para iniciar a chamada, ela pensou várias vezes. Apagou o número. Discou novamente. Fingiu que apertaria o botão de discagem. Apagou novamente. Repetiu o ciclo por inúmeras vezes até que tomou coragem e resolveu ligar. Chamou, chamou, chamou e caiu na caixa postal.
- Me fala para ligar e não atende a droga do telefone. Idiota como sempre, ! – Ela reclamou sozinha em sua sala. – Entra!
- Com licença, senhorita Haner. – Alex, assistente da , entrou tímida e carregava outra pilha de papéis para a chefe assinar.
- Mais contratos, acertei? – disse e se ajeitou em sua cadeira, voltando a cruzar as pernas. – Cadê? – Estendeu a mão para apanhar os contratos novos. Assinou e devolveu para sua assistente. Mas, a outra não saiu da sala, se manteve parada olhando para sua chefe. – Mais alguma coisa, Alex? – Perguntou arqueando a sobrancelha.
- É, senhorita... tem, tem... – Alex falou, gaguejante. sempre perdia a paciência com os gaguejos da assistente, que eram frequentes.
- Fala, Alex! – Alex deu um saltinho no próprio corpo.
- Tem um senhor aí fora que gostaria de vê-la, senhorita Haner, mas ele não está agendado e...
- Quem é? – Ela disse e interrompeu a assistente.
- Ele disse que se chama , senhorita. Disse que a conhece. – deu um salto na cadeira e voltou a se ajeitar, recompondo-se do susto que tomou.
- ... – ela disse para si mesma e ficou pensativa, de repente. Ficou imaginando que seria este o motivo por que o rapaz não atendeu suas ligações.
- Senhorita? Senhorita Haner? – A voz de Alex invadiu os pensamentos da que a olhou assustada. – Posso manda-lo entrar ou a senhorita irá atende-lo outro dia?
- Mande-o entrar, por favor. – respondeu, finalmente. Alex assentiu e saiu da sala. ficou nervosa, começou a suar frio. Sentiu-se com 15 anos novamente. Sentiu-se como se tivesse acabado de conhecer o . Lembrou-se do quão nervosa ficou no dia em que ele falou com ela, no dia da festa na casa de um de seu melhor amigo. – Entra. – Ela disse após alguém bater na porta. A mesma se abriu e a figura do entrou por ela. estava tão bonito que ela sentiu que iria parar de respirar. Suas mãos começaram a suar, o coração já estava acelerado há muito tempo, sua respiração descompassada... tudo porque ela o viu pessoalmente. Tentou não demonstrar (tanto) o que estava sentindo...
- Oi, ! – ..., mas, quando o rapaz lhe disse isso, todo seu disfarce desmoronou. A voz dele continuava grave, mas estava mais grave que antes. Seu porte físico estava, digamos: um espetáculo de homem. Mesmo com a camisa colada e a jaqueta grossa por cima, dava para ver seus músculos definidos. engoli em seco e sorriu totalmente sem graça.
- Oi, ... – Ela disse e suspirou, soltando um pouco o ar que estava preso dentro de si, que a sufocava. O nervosismo dela era totalmente visível.
- Finalmente consegui falar com a famosa senhorita Haner. A grande executiva de New York! – Ele disse sorrindo. Ah, aquele sorriso. o amava. Muito.
- Veio aqui outras vezes, ?
- Claro, desde ontem que tento falar com a senhorita, mas não consigo. Sua assistente não lhe passou os recados? – Ah, Alex! quis matar sua assistente! Muito! Por que diabos ela não lhe passou o recado de que havia ligado? Que ele havia procurado por ela? Ah, a raiva que ela sentiu da assistente... ela disfarçou, soltou uma risadinha abafada e negou com a cabeça. – Não faz mal, agora estou aqui. Finalmente. – Ele disse e tirou as mãos dos bolsos da jaqueta e apontou para cadeira vazia à frente da mesa dela. – Posso sentar?
- Fique à vontade, por favor. – Respondeu educadamente e o rapaz sentou-se sem ao menos tirar os olhos dela. Isso a deixou levemente incomodada. Um arrepio gélido percorreu sua nuca, da mesma forma de quando ele a beijava. – A que devo a honra de sua presença aqui, senhor ? – Falou ela e cruzou as pernas. O olhar de desceu imediatamente para as pernas dela. Ela notou e pigarreou enfaticamente, encarando o rapaz, com as duas sobrancelhas suspensas. sorriu de canto de boca e falou.
- Eu vim ver você, . Estou com saudades... – Falou ele. arqueou somente uma sobrancelha e sorriu debochada.
- Agora você sente minha falta, ...
- Sempre senti. Sempre quis que nossa relação fosse adiante, mas eu fui um babaca, né? – disse e ela riu novamente.
- Você acha? Me poupe, .
- , eu...
- O que realmente veio fazer aqui? Se veio me chamar para ir ao show de vocês, saiba que vou ver se tenho tempo na agenda. Já avisei ao semana passada e ele sabe disso. Creio que você também saiba, eu sou uma mulher ocupada , eu não posso ficar indo à shows... – Disparou a falar e ele teve que interromper ela.
- ! – falou mais alto, com sua linda voz grave, ela encarou ele com certa raiva por ter sido interrompida. – Desculpe... – Desculpou-se pelo excesso. não conhecia esse lado mais centrado do . O rapaz sempre foi bem agitado quando adolescente, inquieto, brincalhão. Ele continua assim, às vezes, mas bem mais educado e centrado em suas atitudes. Quase calculista em seus atos. – Eu vim aqui porque eu quero pedir perdão pelo que eu fiz, no passado... – começou a falar e interrompeu seu próprio pensamento de interromper ele, deixando o rapaz prosseguir em sua fala: – Eu nunca tive a oportunidade de te pedir perdão por aquilo. Eu fui extremamente babaca naquela época, em ter ficado com a Sophia e de não ter procurado você depois. Você veio para os EUA no mesmo ano e eu fiquei sem chão, sem você eu me perdi e acabei ficando péssimo. Depois de perceber o meu erro, imenso, diga-se de passagem, eu tentei te procurar, mas não consegui achar você. – Ela lembrou-se que fez o jurar pela amizade deles que não contaria ao para qual faculdade ela foi e nem seu novo número de telefone. Naquele momento, enquanto ele falava, ela sentiu sua garganta se fechar num nó. – Quero te pedir perdão, . Eu, eu, eu ainda sinto algo muito forte por você. Sempre senti desde que te vi sentada, sozinha, naquele banco da praça do colégio, o já havia apresentado a gente. Lembra? – Perguntou saudosista. E ela se lembra perfeitamente daquele dia. Ela estava sozinha, triste, sentada no banco da praça. Havia brigado mais uma vez com seu pai, ele havia proibido ela de sair com a amiga que ela havia feito (mais tarde, a garota em questão não falou mais com a ). aproximou-se dela e perguntou se ela queria um sanduíche. E aí eles conversaram durante todo o intervalo (estendendo um pouco além da aula que veio logo em seguida). assentiu e sorriu para ele.
- Claro que eu me lembro, . – A voz da saiu quase num sussurro e ela segurou para não chorar. Aquelas lembranças traziam certa dor para ela.
- Eu te amo tanto, . Tanto... eu não consegui amar mais ninguém nessa vida. Só você. – A voz de também saiu embargada. Esse assunto também emocionava muito ele e trazia certa dor para seu coração.
- Ama? – Perguntou ela ofegante. se levantou, rodeou a mesa dela e puxou para junto de seu corpo. – ... – Ofegante, tentou não transparecer muito o que sentia. E o que ela sentia? Um enorme amor ressurgindo dentro dela.
- Me perdoa? – Falou ele, também ofegante. – Me desculpa os mais de dez anos de atraso... – Ele sorriu de leve e encostou a testa na testa dela. é menor que ele, ela praticamente se perde no abraço do rapaz.
- Está tudo bem, , eu... esquece isso. – Falou ela, arrepiada pelo simples toque da mão dele em sua nuca.
- Eu posso te dar um beijo, ? – não falou nada, foi aos poucos chegando cada vez mais perto dos lábios dele e encostou sua boca na dele. Que beijo! Ela sentiu-se novamente com 15 anos de idade, no dia em que deu o primeiro beijo no (e de sua vida).
Eles não falaram mais nada. Não havia necessidade. Tudo que precisava ser dito, foi dito. O beijo ficou mais intenso, quente. girou no próprio eixo, sem interromper o beijo, e sentou-se na cadeira dela. sentou no colo dele, sem interromper o beijo, e passou as mãos pelos cabelos do rapaz que deslizava as mãos dele pelas costas dela, apertando com força e trazendo o corpo dela para si. Esse beijo estava carregado de amor e saudade. A falta que ela sentia do toque dele. A falta que ele sentia de apertar o corpo dela com o dele. Era imensa. E intensa. levantou ela em seus braços e a sentou na mesa. abriu os olhos arregalados e interrompeu o beijo. Ele a olhou aborrecido e pediu para ela não se preocupar. Depois arrumariam tudo. Deitou ela na mesa, que é de madeira (senão teria quebrado, certamente, com o peso dos dois), e foi deitando por cima da moça. Voltaram a se beijar e ele pressionou seu corpo no dela. Durante o beijo, sem saber ao certo o porquê, lembrou-se do dia em que apresentou ela ao .
Flashback On – Montreal, Quebec
10h47A.M. – Em alguma parte dos fundos do colégio
- Ah, dude, qual é?! Você tem que ir! – Exclamava , irritado com a desistência de última hora do seu amigo.
- Tenho trabalho para terminar. Aliás, todos temos, né? – Disse e todos os amigos que o acompanhavam na caminhada até o ginásio deram de ombros.
- Depois eu olho o seu, meu bro! – Disse colocando as mãos nos ombros do amigo. – Aliás, - disse ele, de repente, – tenho que te apresentar uma grande amiga minha.
- Amiga? Solteira? Onde? – Disse um outro amigo deles, se metendo na conversa.
- Sai daqui! – Falou rindo.
- Que amiga? – perguntou, curioso, com a sobrancelha arqueada. Ele havia terminado um namoro de quase dois anos que lhe consumiu toda energia e alegria. Desde então, tenta lhe arrumar um novo amor.
- Olha ela vindo ali! – disse, surpreendendo a todos e apontando na direção do fim do caminho de pedras que dava até o ginásio. – Minha querida ! – Ele completou num tom amoroso. aproximou-se sorrindo para o amigo e o abraçou com carinho. ficou apenas observando, calado. – E aí, tampinha? Está de bobeira? – Perguntou para .
- Estou indo à biblioteca. – Respondeu ela. revirou o olhar.
- Nerd. – Ele disse e ela riu.
- O que queria falar comigo, ? – Perguntou curiosa. estava mandando mensagens para ela desde cedo, pedindo para se encontrarem, pois ele tinha algo urgente para lhe falar.
- Ah sim, quero te apresentar meu amigo... – puxou pela camisa – este é , mas pode chama-lo de . Ou de “amor” também... – deu uma tapa muito forte no braço do amigo – Hey, dude! Isso dói, cara! – Gemeu .
- Babaca... – resmungou – Prazer, . – ele disse sem graça com a brincadeira do .
- Olá, . – Disse , também sem graça e sorriu para ele – Você vai à festa sexta? Podemos conversar melhor lá, então. – apenas concordou com a cabeça – Ótimo, te vejo lá! – Ela piscou para ele e saiu. – Tchau rapazes! – Despediu-se ela e saiu andando.
- Então, o senhor vai à festa? – Ironizou rindo.
- Cala a boca! Vou sim. – sorriu abobado ao final da frase, ainda olhando caminhar na direção do prédio onde fica a biblioteca. Seus amigos se entreolharam e riram.
- Está apaixonado! – Zombaram. E eles não estavam errados...
Flashback-Off
e ainda se amavam, desta vez eles se amaram no sofá da sala dela. Ela por cima e ele por baixo. Não demorou para que ela chegasse ao seu ápice...
Após o ato, eles ficaram abraçados. Então, para surpresa dela, começou a cantar uma das várias músicas que ele escreveu para ela, assim que eles se separaram anos atrás (música esta que ele gravou com a banda).
Versos que eu não escrevi, tava faltando uma palavra
Passos que não dei. Vidas que eu não vivi. Por medo de continuar.
Termina meus versos. Caminha meus passos
Me faz sentir por mais breve que seja
Me tira de casa. Me leva para o espaço. Para bem longe daqui
E se não chegar a ti essa canção desastrada
Sei que você vai me ouvir. Ecoando a madrugada.
...
Não importa quanto tempo
Essa canção vai voar com o vento
Até você voltar
Não existe outra saída
Deixa eu entrar na sua vida
Para ela não acabar
Deixa eu ficar
sentiu seu estômago se arrepiar. Se é que aquilo era possível de se sentir. Sua respiração voltou a ficar descompassada e se confundiu com a de . Ele se aproximou dela, após terminar de cantar, achou que ele a beijaria, mas ele apenas repetiu a última frase da música em seu ouvido.
- Deixa eu ficar... – o suplico sussurro do rapaz fez a pele dela inteira ouriçar-se ainda mais. Ele percebeu e sorriu.
- ... eu... estava com tanta saudade de você. – Confessou ela ainda de olhou fechados e bastante emocionada.
- Eu amo você, ! Eu... eu nunca deixei de te amar! – segurava o rosto dela. – Te amo tanto... minha little! – Brincou ele, relembrando o apelido que deu para ela quando namoravam na adolescência. é menor que ele. Ela riu com a lembrança.
- Não sou baixinha, . Você que é maior que todo mundo. Anormal! – Resmungou ela. lhe deu um beijo no nariz. – Eu nunca deixei de amar você, apesar de tudo. – Confessou ela. a beijou novamente.
- Quer casar comigo? – Ele disse, de repente, após o beijo.
- Ca-casar? – Disse ela espantada.
- Não quer casar comigo? – Perguntou o rapaz levemente magoado.
- Não é isso! Eu quero sim, mas é que eu achei que você fosse me pedir em namoro primeiro.
- , amor, a gente já namorou – Ele falou e ela riu. Eles namoraram pouco tempo na adolescência. – Você aceita ser minha linda esposa? – Repetiu o pedido.
- Claro que aceito! Mas... onde vamos morar? Infelizmente, não posso sair pelo mundo junto com você e a banda. – Ela disse rindo – Tenho uma revista para comandar.
- Eu venho morar em NY, sem problema. – Ele deu um selinho nela e completou: – Los Angeles já estava me cansando mesmo. – Ela riu com a revelação dele.
Os dois saíram para almoçar. Após o almoço, foram para o local do show que a banda fará mais tarde. Todos ficaram felizes em reencontrar a amiga de colégio. E mais felizes ainda em saber que e irão se casar. convidou para ser seu padrinho de casamento. Foi uma grande festa.
Atualmente...
e moram em NY. Ele continua viajando com a banda e voltando para o sei de seu lar em NY ao lado de sua esposa. E ela continua sendo a diretora-executiva de uma das melhores revistas de NY.
No final, a canção desastrada que fez para sua amada , amoleceu o coração dela e a fez ressurgiu com o amor de adolescência. Eles construíram um casamento e um lar feliz. Que perdurou por anos. Cada dia mais forte.
Fim.
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