Muito boa noite com coluna nova! Maio já chegou e com ele, além dessa coluna, também chegou a estreia de Guardiões da Galáxia e vossa adm está agora mesmo prestigiando essa obra, mas não sem antes de deixarem vocês com mais um tema para reflexão. Vamos lá?

Classificação indicativa em livros

Como saber meu público-alvo?

A coluna de hoje vai começar com uma pergunta: você sabe como usar a classificação indicativa para caracterizar o tipo de público ao qual sua história se destina? Se sua resposta for negativa, ou se você ainda tem dúvidas nesse quesito, continue lendo!

A primeira coisa que você deve saber é: a categorização de livros (histórias físicas e/ou digitais) por faixa etária não ocorre da mesma forma que com filmes, séries e demais programas de audiovisual. Na verdade, só existem três tipos de classificação que se adequam a livros de acordo com seu conteúdo: juvenil, infanto-juvenil e adulto.

Em segundo lugar, é algo que cabe ao autor decidir (dã!), pois ele, mais do que ninguém, conhece sua própria história. Para facilitar essa escolha, aqui vão algumas perguntas que considero importantes o escritor fazer a si mesmo:

1.         Qual meu público-alvo?

2.         Há conteúdo sensível no meu livro? (Se sim, qual a intensidade e frequência com que ele aparece?)

As idades, porém, não devem ser encaradas como definitivas, uma vez que os gatilhos também entram em questão e são importantes detalhes a serem analisados. O problema disso, é que gatilhos são muito pessoais (o que é gatilho para um leitor, pode não ser para o outro), o que significa dizer que independem da idade.

E mais: as editoras, por estarem mais preocupadas com a comercialização do livro, muitas vezes não deixam avisos sobre os gatilhos que neles podem conter. Então, na hora de publicar sua história, pense sobre isso também e alerte seus leitores sobre o que estarão prestes a consumir. Transparência é tudo!

Outro motivo que leva a crer que a categorização expressa de um livro é indispensável é o fato de que as capas, por vezes, podem enganar bastante. Um exemplo disso é o livro A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood: a capa é “fofinha” e pode dá a impressão de que é apenas mais um romance para adolescentes, mas, na verdade, o livro contém cenas de sexo explícito e não seria recomendado para crianças menores de 16 anos. Com isso, é importante que sua capa faça jus à categoria na qual o livro se enquadra.

Trazendo de volta as palavras ditas lá no começo, a faixa etária não é definitiva. A leitura ou não de certo livro vai depender da realidade de cada pessoa. Porém, é, sim, importante fazer essa categorização e evitar que seu livro alcance um público pelo qual não será compreendido. Imagina uma criança leiga indo ler O Mundo de Sofia achando que se trata de uma fantasia infanto-juvenil e acaba esbarrando em reflexões quilométricas sobre filosofia! (Já me aconteceu.)

E isso é tudo, pessoal. Como já é de praxe: espero que tenham gostado da coluna de hoje e até mais!

– Lais