Hello, fanfiqueira, como está sendo esse começo de semana de vocês??? Aqui o clima de frio e chuva está ótimo para ler uma fanfic e a coluna de hoje.
~Rachel H
Consentimento
Hoje venho trazer um tema importantíssimo, que deve ser levado em conta não apenas nas histórias restritas, mas em todas as categorias, consentimento. Consentimento está relacionado a permissão, autorização, licença, relacionado a outra pessoa.
Quem aí nunca leu aquela fanfic que, durante ou depois de uma briga o badboy empurra a garota contra a parede e a beija com força? Muitas vezes a menina se debate e tenta empurrá-lo. Este é um exemplo clássico do que toda fanfiqueira já leu, e sempre achava algo lindo e romântico.
Crescemos sendo ensinadas por histórias de romance (não apenas na literatura, mas em filmes, novelas, séries…) que esse tipo de atitude é uma demonstração de amor, de afeto ou de que a pessoa está apaixonada, que esse tipo de atitude é aceitável e as normalizamos, mas esse é um traço marcante de relacionamentos tóxicos.
O consentimento precisa estar presente em qualquer situação, para dar início ou continuidade a ela. Por exemplo, os personagens estão em um momento romântico e a garota se permite ser beijada ou tocada pelo garoto, ali há um consentimento. Agora, se o casal está na mesma cena romântica, e ela perde a vontade de ser beijada ou de fazer sexo, sua vontade deve ser respeitada e a ação deve ser interrompida pelo parceiro.
Não importa onde você esteja, na ficção ou na vida real, para que aconteça algo, você precisa consentir. Coloque-se no lugar do seu personagem, imagine que alguém está te obrigando a fazer alguma coisa que você não quer e disse não uma ou várias vezes, desconfortável, não?
“Quem cala consente!”
Errado, o silêncio não quer dizer que a personagem tenha consentido, ela pode estar se sentindo acuada, confusa, com medo ou apenas não teve a chance de dar uma resposta, silêncio não é sinônimo de consentimento.
“Ah, mas eles estavam bêbados.”
O álcool também não é desculpa. A bebida em excesso compromete o comportamento e o julgamento, a pessoa não oferece resistência. Se um dos personagens consentiu antes da embriaguez, o outro deve ter consciência de interromper o ato, isso vale tanto para o homem quanto para a mulher. Se os dois estiverem bêbados, lembre-se, nem tudo precisa acabar em sexo.
– Rachel Hemmin